As Crônicas dos Amaldiçoados, Caimitas escrita por Elias Pereira


Capítulo 8
Capítulo 8




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  Paolo para o carro na frente do luxuoso hotel. Observo a entrada, tinha muitas pessoas ainda passando de um lado para o outro. Um homem ficava abrindo a porta para quem entrava ou saía. Tinha parado de chover.

—Paolo! – Olho para ele pelo retrovisor. – Entre e faça a reserva de um quarto próximo ao máximo da cobertura, ofereça o dobro do valor ou até o triplo se disserem que não tem vagas. Apenas tente manter-los ocupados contando dinheiro.

—Certo senhor Vivale. – Paolo sai do carro, entrega a chave para um manobrista e entra no hotel. Ele caminha seriamente até a recepção e começa a conversar com uma mulher ali.

Caminho para dentro do local, as pessoas não prestavam muita atenção em mim, eu evitava olhar nos olhos dos humanos. Subi as escadas que ficava logo na frente, os degraus cobertos com uma tapeçaria escura, o corrimão de madeira entalhada.

No andar de cima pego um elevador vazio, pressiono o botão da cobertura e a porta se fecha. Faz um tempo que não a vejo, nem lembro quantos anos já. A porta abre na suíte champagne, a mais cara do local.

Caminho e percebo que a porta precisava de um cartão para abrir. Não ouvia movimentações no quarto, estava vazio. Suspiro e encosto a mão na porta, próxima a maçaneta, uso minha força de forma explosiva ao empurrar, ela abre com um estalo do trinco partindo. Entro e caminho pelo local.

É imenso. Logo de frente temuma mesa de centro com alguns sofás feito em couro. Na parede mais próxima uma estante grande com vários livros. Mais afastado tem uma mesa de madeira para oito pessoas. No teto um lustre de cristal magnífico. Isso é a cara dela.

Caminho e pego uma garrafa de uísque que estava em uma mesinha. Sirvo-me com uma dose e caminho até uma poltrona de couro perto da mesa de centro. Sento e fico olhando a porta. Ela provavelmente chegará a qualquer minuto. O quarto estava escuro, mas eu consigo enxergar à noite. Bebo um gole da bebida forte. Sinto descer queimando pela garganta.

Olho no meu relógio, já são mais de dez horas da noite. Ouço então passos no lado de fora do quarto. Uma pessoa para ao ver a porta arrombada e entra no quarto. É uma mulher loira e de cabelos cacheados, pele branca, olhos azuis cintilantes. Ela veste um terno justo ao corpo. Em sua mão tem uma maleta de couro marrom.

—O que faz aqui Tyler? Ou devo só chamar de Vicent Vivale agora? – Ela fala e ao me olhar uma criatura surge das sombras nas minhas costas e me agarra pelo pescoço.

Era um monstro que somente as succubus podem criar. Uma criatura feita de sombras, mas com uma forma humanóide. Sorrio para ela.

—Como vai Nina? – Ela me olha seriamente.

Nina é a líder de outra família de vampiros, as Succubus. São todas mulheres, descendem de Lilith, a primeira mulher amaldiçoada por Deus. Ela caminha para o local da sala onde estava a garrafa de uísque e serve-se.

—Você ainda não me disse o que quer! – Ela bebe um gole e volta seus olhos à mim.

—Uma das suas succubus matou um dos meus. Posso saber por quê? – Pergunto ignorando totalmente o monstro me segurando pelo pescoço.

—A Rose matou aquele homem por ter tentado mostrar-se superior a ela. Apenas por isso. – Ela termina a bebida e coloca o copo na mesa.

Nina tira o terno ficando somente com a camisa social. A criatura some como se fosse uma névoa. Conserto a lapela de meu terno e acendo um cigarro.

—Faz sentido agora! – Trago e sorrio. – O que faz na América? Cansou da França?

—Minha empresa tem negócios aqui. – Nina caminha até mim e tira o cigarro de minha boca, coloca-o entre os seus próprios lábios e sorri. – Ou achou que era por causa de você?

—Não! – Me recosto na cadeira. – Sei que não viajaria para tão longe por um Caimita. A não ser que algo importante esteja acontecendo. – Olho para ela e passo a língua por entre os lábios.

Nina traga a fumaça e expira por entre os lábios. Caminha então pelo quarto tirando a roupa e jogando pelo chão.

—Miguel me procurou. – Ela tira a camisa e fica somente de sutiã. – Precisamos encontrar Hugo.

Hugo era o líder da última família de vampiros criada. Os Iscariotes, descendentes de Judas. O ultimo homem amaldiçoado por Deus.

—Há muito tempo não vejo aquele homem também. – Acendo um cigarro.

—Vamos até o Brasil então? – Nina tinha se despido totalmente. Seu corpo era formoso. Não tinha uma imperfeição sequer. Mais uma das habilidades das Succubus.

Levanto da cadeira e sigo até a varanda do quarto. Podia ver muito dali, os prédios iluminados, carros em movimento. O vento frio em minha pele causava arrepios. Nina segue até mim, ainda sem roupa. Apago o cigarro na mão e jogo pela murada. A queimadura na mão cicatriza quase instantaneamente.

—O que o arcanjo quer conosco? – Pergunto sem tirar os olhos da rua.

—Eu não sei! – Nina para atrás de mim e toca meu ombro. – Mas, algo grande deve vir disso.

Olho para ela. A Succubus me beija, sinto sua língua brincando com a minha e suas presas roçando meus lábios. Com minha velocidade eu arrasto ela dali para uma parede onde a prendo com meu corpo e a beijo intensamente. Minha mão pressionando sua cintura e subindo pelo quadril. Ela tira meu terno e deixo cair ali mesmo no chão.

Começo a desabotoar minha camisa enquanto beijo seu pescoço e mordo. Minhas presas entrando em sua carne, mas não injetando veneno. Um filete de sangue desce e ela suspira e deixa escapar um gemido. Nina tira minha camisa com um puxão, estourando o resto dos botões. Tiro minha calça e a levanto nina pela bunda, ela entrelaça as pernas em minha cintura.

Em um piscar de olhos atravessamos o quarto a colocando em cima da cama. Dessa vez ela nos fez viajar pelas sombras, uma habilidade das Succubus. Penetro-a e começo a movimentar meu quadril, ela gemia e enterrava suas garras em minhas costas, sentia a carne cortando e o sangue descendo.

Continuamos nessa mesma movimentação por quase duas horas, e por quase todos os cômodos dali até que enfim chegamos ao ápice, ao orgasmo e caímos deitados no chão ao lado da mesa de centro satisfeitos. Meu corpo estava todo suado, levanto do chão e começo a me vestir, ela fazendo o mesmo.

—Amanhã temos que ir ao Brasil encontrar Hugo! – Nina fala enquanto coloca uma camisa.

—Sim. Amanhã me ligue informando o horário do vôo. – Termino de vestir as calças e a camisa. Pego o terno no chão e calço os pés.

—Certo! – Nina termina de se vestir e serve-se de uma dose de tequila dessa vez.

Sorrio e saio do quarto. Ligo para Paolo o mandando descer e me encontar na rua. Sigo pelo corredor até o elevador, desço pelo saguão e encontro Paolo próximo ao carro já.

—Vamos voltar Paolo! – Entro pela porta do carona.

—Certo senhor Vivale! – Ele dá partida no motor.

—Bom... – Acendo um cigarro. – Vamos então continuar a historia. Dessa vez quando eu tinha 15 anos.


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