Casais Problemáticos escrita por Pan Alban


Capítulo 1
Capítulo Único e Problemático


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Eu chegando de surpresa com onezinha Shikatema, pq Shikatema é muito amor ♥ Alguns acontecimentos aqui citados acontecem na Novel do Shikamaru ;) Mas não precisa ler ela para entender (apesar de ser muito linda, recomendo)
Dedico à Mari e à Gaby_Uchiha por aguentarem meus surtos, e a Mirys pelo mesmo motivo e por betar a fic hahahahha

Boa leitura, xuxus!



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Konoha era definitivamente muito diferente de Suna. Isso era algo que Temari já havia percebido e se acostumado há muito tempo, mas a cada visita àquela vila lhe surpreendia um pouco mais.

E quando comparava via que não era só no clima, que ali era bem mais fresco, mas também no comportamentos das pessoas.

Ela se lembrava da primeira vez que fora para lá. Estava com os irmãos e iriam prestar o exame Chunnin, além de outras coisas… Muito havia mudado de lá pra cá, Gaara não era mais o mesmo desde aquela primeira visita à Konoha onde lutou contra ninjas como Rock Lee e o seu grande amigo e salvador, Naruto. Ela e Kankuro se aproximaram mais do irmão sem medo. Suna e Konoha haviam se aliado. Mas o que não havia mudado muito era a primeira impressão dos moradores da vila que os três irmãos da areia tiveram: eram molengas.

Passado muito tempo, claro, Temari fez grandes amigos ali. Amigos que se mostraram mais fortes do que ela havia julgado. Suas viagens para Konoha eram mais prazerosas com a companhia destes nos tempos livres.

Estava ali, naquele dia em específico, porque havia trazido uns papéis de Gaara para o atual Hokage Kakashi, com quem já havia tido sua reunião e agora aproveitava o fim do dia para tomar um chá ao convite de Sakura. Ela era uma das que Temari julgou, havia crescido muito em seu conceito como ninja; não só no seu como no do mundo ninja inteiro. Era aprendiz de Tsunade, uma dos três sannins lendários, e com uma força que se equiparava com sua inteligência. Hinata apareceu também, Temari não a conhecia muito bem, mas sabia que se tratava da herdeira de um dos maiores clãs de Konoha. Ela não se parecia com uma ninja que comumente se via, mas Temari percebeu olhos mais sensíveis e observadores, mesmo que não usasse seu poder ocular.

As duas eram diferentes do tipo de companhia que ela tinha em Suna, normalmente ficava com os irmãos e pessoas do conselho, ou até em Konoha que se resumia ao cara mais preguiçoso e inteligente que ela conhecia, que aliás não havia visto ainda. No início, quando começou a receber convites em Konoha nem sabia como iria se comportar, mas com o tempo viu que formalidades ficavam para dentro do gabinete e que bastava estar aberta para conhecer aquelas pessoas.

As três estavam sentadas do lado de fora de uma bonita casa de chás. Um guarda sol rosado as protegia dos fracos - na percepção de Temari - raios de sol e o lugar dava visão privilegiada para a rua movimentada do centro da vila. Conversavam sobre assuntos rotineiros, agradáveis para uma tarde tão bela.

— E Ino? — Hinata perguntou um pouco mais solta na conversa. — Está em missão, Sakura?

Temari jogou sua atenção para Sakura esperando a resposta. Não havia visto a Yamanaka desde que chegara lá, nem seus companheiros de equipe. Normalmente era Shikamaru quem a aguardava nos portões da vila, mas daquela vez era um rapaz jovem de nome Konohamaru. Ela não perguntou a ele sobre o paradeiro de Shikamaru, mas desta vez poderia saber sem perguntar.

Sakura deixou uma risada escapar e tomou um gole de chá.

— Ino convidou Sai para ir até um jardim que tem em outra vila. Ela está mesmo apaixonada por ele, isso é muito estranho. É o Sai!

— O coração sabe escolher, Sakura. — Hinata comentou com as bochechas rosadas.

— Você é outra. — Sakura balançou a cabeça. — Sabe, meus companheiros de equipe são dois desmiolados. Eu não entendo você e Ino.

Temari puxou um sorriso concordando com Sakura e a Haruno ergueu a xícara como se brindasse enquanto Hinata murmurava “eu não sei do que você está falando”.

— Todo mundo já percebeu como você fica perto do Naruto, Hinata. — Sakura afirmou e Temari quase teve dó da Hyuga. — Não é, Temari?

— Na verdade, eu nunca reparei. — respondeu sincera. Romances e essas coisas não eram com ela. Mas até que o assunto era divertido com duas companhias tão distintas. Mesmo sendo três anos mais velha que elas e sempre estando perto de pessoas mais velhas, ela se sentia bem com um clima daqueles, parecia estar vivendo uma adolescência civil. — Mas sério que você gosta do Naruto?

Hinata abaixou a cabeça e quase pareceu que fumaça iria sair pela cabeça dela. Começou a gaguejar algo, mas Sakura riu um pouco passando a mão pelos braços de Hinata.

— Pode ficar tranquila, nenhuma de nós irá falar para ele. Aquele cabeça de bagre só vai saber por você, ok?

Hinata balançou a cabeça agradecida e deu um sorriso para as duas.

— Eu gosto do Naruto desde que éramos crianças. — Hinata se explicou para Temari que ficou um pouco surpresa com a tímida confissão.

Temari aprumou-se na cadeira incomodada.

— Desde criança? E você nunca falou pra ele?

— Na verdade, já falei. — Hinata disse olhando para o colo. Sakura soltou uma exclamação surpresa, mas Hinata continuou — Foi quando a vila foi invadida por Pain. Eu achei que eu fosse morrer, eu precisava falar.

— E ele? — Sakura perguntou com as mãos em punho.

— Eu não sei. — Hinata encolheu um pouco os ombros. — Aquela época era muito complicada, tinha um peso enorme em cima dele, além do reconhecimento que finalmente ele teve por ser um grande ninja. — Hinata justificou.

— Nunca mais falou sobre isso? — Temari perguntou inconformada.

Hinata apenas balançou a cabeça.

— Mas ele é um debilóide. Certeza que nem entendeu o que você quis dizer, Hinata. — Sakura a confortou — Olha lá, no meio da criançada como se ainda fosse um.

Não muito longe Naruto ensinava golpes para um grupo de crianças que o idolatrava. Mesmo que Sakura usasse um tom inconformado, Temari sabia do grande amor entre irmãos que existia entre eles. Apesar de Naruto parecer mesmo um crianção, era um grande homem.

— Todas as coisas acontecem no momento certo, enquanto isso eu vou esperar. Se os sentimentos dele forem recíprocos eu vou estar aqui para recebê-lo.

Sakura sorriu para Hinata com doçura, as duas apertaram as mãos com cumplicidade enquanto Sakura dizia concordar. Temari se absteve de comentar, olhou ao redor pensando em onde estaria aquele preguiçoso de uma figa. Olhou para o céu e não havia nenhuma nuvem sequer por ali, então não estaria deitado em um telhado as olhando. Só o que faltava ele ter ido novamente em alguma missão suicida sem avisar ela.

— É assim comigo e com o Sasuke — Sakura falou na hora que Temari voltou a prestar atenção na conversa. — Passamos por tantas coisas, sofreu tanto por tudo o que aconteceu em sua família e as consequências disso. Mas eu sempre estive ali para mostrar-lhe que comigo ele tinha amor.

— Vocês estão juntos, então? — Temari perguntou estranhando.

Sakura apertou as mãos em frente ao corpo e Hinata pousou a mão em seu ombro.

— Não. Ainda não — os olhos verdes e brilhantes de Sakura se elevaram para Temari — Ele me prometeu que voltaria, e eu vou esperá-lo. Esse amor não vai morrer, não agora depois de tantas provações.

Temari apertou um pouco os olhos não sabendo como responder aquilo. Voltou a olhar ao redor. Onde estava aquele preguiçoso?

As duas continuaram falando de seus amados e Temari só ouvia e fazia alguma observação. Mas no geral, ela constatou que aqueles dois casais eram muito problemáticos.

Ela não queria algo assim na sua vida. Mesmo que romance e planos sobre ele no futuro não atolassem sua mente, ela pensou, naquele momento, que definitivamente não queria tanto drama para ficar com o homem amado. Se pegou lembrando de Shikamaru que um dia lhe confessou que queria só ser um ninja mais ou menos, ganhar mais ou menos, ter uma esposa que não fosse nem feia e nem bonita, um casal de filhos, se aposentar e morrer de velhice.

Para ela era um bom plano, com o problema dele passar longe de ser um ninja “mais ou menos” e com certeza ganhar mais do que ele planejava como salário.

Riu sozinha, ele não era tão bom com estratégias a longo prazo como pensava. Mas ainda tinha a mulher que não era nem bonita e nem feia, além das duas crianças. Essa mulher teria sorte de ter Shikamaru como marido, pensou Temari, um homem esperto demais, inteligente demais, até sensível demais - aquele bebê chorão. Ele sempre simplificava tudo, era direto, odiava discussões e era muito prestativo e querido com seus amigos.

Bebeu mais um gole de seu chá não gostando de para onde seus pensamentos iam. Não era a primeira vez, aliás. Imaginar Shikamaru casado com qualquer uma daquelas mulheres que passavam na rua era estranho e errado, não encaixava.

— Servida? — Sakura chamou sua atenção oferecendo uns docinhos, que Temari negou voltando a olhar ao redor à procura dele.

Viu o lugar onde tiveram o “encontro” depois da missão no país do Silêncio e lembrou de como aquilo pareceu qualquer coisa, menos um jantar romântico. Das horas que passaram falando sobre a missão e sobre como ela tinha que salvá-lo todas as vezes. Ela quase deixou escapar um riso saudoso com a lembrança da cara dele à sua afirmativa irrefutável.

Onde ele estava?

Shikamaru era um homem tão fácil de lidar, tão responsável e astuto. Estar ao lado dele era… simples.

Suspirou incomodada. Fazia tempo já que havia percebido, ela não era nenhuma criança, mas a ideia de chegar e ter um romance era impensável, até estar em frente àquelas duas mulheres.

Konoha havia ensinado muito para ela, e pelo jeito continuaria a ensinar. De jeito nenhum ficaria esperando que ele chegasse. Ela era Temari, princesa de Suna, aquela que salvou a vida daquele preguiçoso atraente mais vezes do que qualquer homem poderia salvar sua amada. Ela não ia ficar sentada!

— E por quê você não chega agora no Naruto e se declara pra ele? — ela questionou de uma vez olhando para Hinata. A menina enrubesceu e negou repetidas vezes com a cabeça.

— E você, Sakura? Faz uma mala e corre atrás do homem!

— Não é assim tão simples, Temari! — Sakura se assustou.

Sim, era simples. Muito simples.

Na mesma hora encontrou ele se arrastando ao lado de um Chouji alegre com um saco de batatinhas nas mãos. De longe viu o rosto dele marcado pelo travesseiro e os bocejos livres. Levantou-se de sua cadeira e olhou determinada para as duas mulheres.

— É assim que se faz.

Andou com toda a sua coragem e impulsividade. Shikamaru a olhou molenga, sonolento demais enquanto Chouji acenava alegre sem soltar o saco de batatas. Não demorou para escutar a voz arrastada de Shikamaru:

— Temari? Descul…

A fala foi interrompido com o beijo brusco que ela roubou dele. As mãos femininas apertando os dois lados de seus rosto. Quatro pares de olhos arregalados. Um saco de batatinhas caído no chão. Dois corações acelerados.

Ao se separar ela não quis olhar ao redor. Pegou na mão dele disposta a terminar o que começou.

— O que… O… — Shikamaru guaguejava vermelho olhando para ela.

Temari acenou por cima do ombro para as duas garotas boquiabertas enquanto puxava Shikamaru pela mão até o hotel que normalmente se hospedava.

— Vai começar me explicando onde estava até agora, Shikamaru.

 

Não. Temari não teria um relacionamento problemático.

 

betado por Mirys

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Logo estou de volta com att!

Só para deixar claro, é possível gostar de todos os casais de Naruto, não precisa necessariamente diminuir um para gostar de outro. Naruto tem uma história linda e, mesmo que o foco passe longe de ser romance, cada casal tem a sua história particular. Naruto é vida, Naruto é amor ♥

Mil beijos, Pan ama vocês!



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