Free Fallin escrita por Elizabeth Stark


Capítulo 3
Part III


Notas iniciais do capítulo

DESCULPE A DEMORA.
Eis o último capítulo, espero que gostem.
Obrigada pelos comentários.
Boa leitura ♥.



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Sirius havia planejado a coisa toda. Não conseguiu nem fechar os olhos na madrugada de domingo, submerso com as notícias. Na segunda, passou o dia andando pelo bairro arrumado desculpas para frequentar lojas e mercados, buscando informações. A sorveteria da esquina era o melhor alvo – a dona era uma senhora solteira que sempre estava a par das novidades.

Sirius comprou uma casquinha de morango com três bolas e a cada esfera de sorvete colocada para ele, a Sra. Thompson lhe perguntava coisas sobre sua vida amorosa. Quando estava prestes a perder a paciência, ela o olhou penalizada, de um modo acolhedor, perguntando se Marlene retornara para vê-lo. Morar em uma cidade pequena como Anniston cuja população era predominantemente crianças e idosos, casais jovens atraiam fofocas e olhares curiosos. Quando brigava com Marlene, lembrava o quão rapidamente sua vizinha espalhava a novidade.

Pelo visto, ele fora o último a saber, da volta dela, como previsto.

— Sra. Thompson, estamos separados faz dois anos. – respondeu friamente enchendo a boca de sorvete.

— Ah, é mesmo, não, querido?

— Bom, de qualquer forma, espero que ela consiga resolver os problemas dela. – ela levantou os olhos para Sirius, esperando uma pergunta desesperada, mas quando viu que ele mantinha sua atenção calma, continuou: - Fiquei sabendo que houve violência na família dela. O pai dela voltou para cá alguns meses atrás e andou se metendo em brigas com a polícia. Foi acusado de abuso com uma garota ai. Não espalhe isso por ai, não, viu Black? Não gosto de fofocas na boca do povo...

 Sirius engasgou.

— Enfim, ele não está aceitando, não. Diz que foi outra pessoa que fez isso com ela. Estão investigando o caso e acho que a família de Burt está envolvida também.

Não houve como evitar. Sirius teve que perguntar.

— Burt está envolvido, também?

Um prazer ansioso estava estampado no rosto da velha.

— Não, a sobrinha dele. Foi abusada. Ali na viela do açougue, bem na entrada na estrada para vim para cá. Estão acusando o pai de Marlene.

A essa altura seu sorvete tinha derretido, quase intocado em cima do balcão.

— Mas eu acho que ele vai se safar. – opinou a Sra. Thompson – tem muito dinheiro essa família. Duvido que Burt não vá aceitar uma propina para esquecer o assunto. A sobrinha é pura encrenca.

— Quando? – Sirius perguntou debilmente.

— Semana passada.

Sirius montava um quebra cabeça gigantesco em sua cabeça. A sobrinha de Burt, com quem já tinha dormido, era uma pessoa acessível para esse tipo de violência. Uma garota irresponsável e que na maior parte do tempo estava drogada ou bêbada. Agora, por mais que fosse bizarro admitir, o pai de Marlene se encaixava perfeitamente no papel típico de um agressor: bruto, gordo, rico, hipócrita e com um casamento infeliz. O tipo de homem que encontra consolo sexual com prostitutas. Apesar de que, em Anniston, Sirius sabia, era precário esse tipo de negócio.

Saiu da sorveteria as pressas, procurando um lugar para por crédito no celular e ligar para James. Estava ofegante pelas preocupações.

Como Marlene deveria estar ligando com esta situação? E sua mãe?

Usou as únicas notas que no bolso para a recarga e imediatamente pôs o contato de James para uma chamada.  O amigo atendeu nos primeiros toques.

— O que você fez? – James disparou.

— Calma, está tudo bem. Não fiz nada estúpido.

 Ainda, pensou.

— Preciso te falar o que a Sra. Thompson me contou agora.

— Você foi à sorveteria buscando fofocas, não foi?

— Não importa, Pontas! – aborreceu-se. Estava cansado de todos pensarem que tudo que fazia era arrumar problemas.

Contou ao amigo tudo que descobrira, detalhe por  detalhe. Repassando a história para outra pessoa identificou uma preocupação nova.

— Pontas, semana passada eu fui até a loja de Burt comprar cerveja e voltei pela mesma estrada que Betty foi abusada. Você acha que eles podem armar algo contra mim?

— Se analisarmos o tipo de gente que estamos lidando, é bem possível.  Mas não acho que eles levem a um nível assim... –Sirius apertava o celular nas mãos, desejando estar cara a cara com James. Sua intuição dizia claramente o contrário. Atravessou a rua, pegando o caminho de volta para casa.

— O pai dela tem grana. Ele e Burt são amigos.

— Burt não seria tão demente a ponto de aceitar dinheiro em troca de ficar com o bico calado, ainda mais do crime contra a própria sobrinha.

No meio das nuvens, um sol tímido se espreguiçava. Em segundas-feiras Sirius não ia trabalhar. Uma hora dessas, sua mãe estaria preparando o almoço.

— Burt é um porco maligno. Ninguém sabe disso como eu. Aceitaria dinheiro a custo de qualquer coisa. E Betty não é nenhuma flor que se cheire. Duvido que ele levante um dedo para fazer justiça.

James soltou um muxoxo. Claramente não concordava.

— Preciso desligar. Meus créditos estão acabando. Ligo pra você mais tarde, Pontas.

Sirius sabia que o amigo jamais veria as coisas do modo que ele mesmo estava acostumado. James não viera de uma família sem dignidade e por isso não possuía uma desconfiança natural. Não era tampouco rotulado como praticamente um criminoso.

Lembrava na escola a surpresa dos professores quando não fora ele que havia começado a briga, ou roubado algo que estava faltando. Desde criança essa aura negra de injustiça pairava sobre sua cabeça.

Às vezes ele mesmo acreditava no que diziam.

A família Mckinnon estava temporariamente hospedada na casa da tia que ainda morava no Alabama. O pai de Marlene estava excluído vivendo no único hotelzinho do bairro.

Sirius sentia que deveria aparecer por lá, ou tentar contata-la, mas não sabia como. Ligar seria o menos arriscado, mas a tia Angel lembrava bem de sua voz. Não fazia ideia do número atual do celular de Marlene.

Na terça de manhã enquanto acordava, pode absorver uma aura positiva do dia. Parecia que nem tudo estava conspirando contra ele. Levantou da cama, pronto para tomar o café da manhã e ignorar a existência dos pais, quando seu celular vibrou na cômoda. Uma mensagem de James.

Lily conseguiu o número de Marlene.  Elas eram bem próximas antes das merdas acontecerem. Ouve um período de drama aqui em casa por conta dela também. 

Coloquei crédito em seu celular.  Anota o número em um papel, apaga essa mensagem e depois jogue o papel fora.

Estou do seu lado, se não é óbvio.

Até.

Sirius rabiscou na parede o número desesperadamente, conferindo duas vezes. Um sentimento de gratidão e amizade se restaurou no seu peito pela mensagem do amigo. 

Apagou a mensagem tendo a certeza de que se nada ficasse bem em sua vida, se contentaria em saber de que James seria feliz.

 -

Os eventos não haviam tomado forma do modo que imaginara, mas não tinha mais tempo para se lamentar. Tinha coisas para resolver se quisesse que sua vida continuasse. Arrumar um emprego, sair da casa dos pais, encontrar uma namorada que realmente gostasse e estar presente quando seu afilhado nascesse.

Havia uma porta que precisava ser fechada, mesmo que de forma desconfortável e imperfeita.

O número do telefone de Marlene parecia gigantesco na parede desbotada de seu quarto. Uma aberração. 

Um rabisco grotesco do seu passado. Engraçado como as coisas boas do passado podem virar monstros e te assombrarem no futuro. 

E eu estou livre, em queda livre

Sim eu estou livre, em queda livre

Era apenas ligar mesmo que significasse apertar um pouco mais sua ferida antes dela se fechar. Segurou calmamente o celular na mão, discando os números com precisão. Estava decidido e assim seria.  O barulho das chamadas no fundo ressoava. 

Ouviu uma voz feminina atender no terceiro toque. Pelo timbre, era definitivamente ela. Durante aquele segundo, nem pareceu que milhares de quilômetros e milhares de problemas o separaram por tanto tempo. 

— Marlene?

— Sim?

O estomago de Sirius fez saltos inacreditáveis.

Esqueceu-se das milhares de coisas que pretendia falar. Sua voz saiu num gaguejo terrível e tremido.

— É Sirius.

E depois:

— Lembra-se de mim?

Sirius.— ela respondeu como se provasse seu nome na boca. Como se alguém tivesse sugerido dar esse nome para seus filhos.

Um longo silêncio.

— Como conseguiu meu número?

— Eu nunca parei de te procurar, na verdade. 

Ela suspirou. 

Não podemos nos falar.

— O QUE FIZERAM COM VOCÊ? – Sirius gritou. – Eu tenho passado pelo inferno pelos dois últimos anos! Eu já senti tanto sua falta que já perdi a conta de quantas vezes fiquei doente. O que aconteceu? Alguém disse algo tão terrível de mim que você teve coragem de me abandonar? 

Seu peito subia e descia freneticamente. Sua voz estava elevada e sua raiva incontrolável. Não queria que isso tomasse conta de si, mas longe do que sua calma poderia controlar.

— Você não entende. As coisas vão além de você, Sirius. – Marlene disse na defensiva. A voz dela soava carregada de impaciência e cansaço. 

— Eu nunca conheci ninguém tão egoísta como você. Fiz tudo por você e mesmo quando não estava aqui, eu continuei fazendo. Eu não sei mais quem eu sou, porque tudo ao meu redor só tem tristeza e raiva. Eu não mereço isso, Marlene. Não de você. – sua visão estava embaçada e olhos lacrimejados. – Não se vira as costas para quem ama. Isso nunca vai passar pela minha cabeça. Nunca. O que você fez...

— Não foi de propósito! Eu não estava pensando só em mim!

A janela do quarto de Sirius refletia as nuvens e o nublado do céu. O ar estava mais frio apesar da chegada do verão. Talvez à tarde pingos de chuva pincelassem o vidro. 

— Você está louca? Como ousa dizer isso? Eu realmente não consigo ver um cenário onde você esteja pensando em mais alguém. Em mim pelo menos! Eu sinto que até hoje eu não me recuperei disso tudo. Você me quebrou, Marlene. 

Ela respondeu imediatamente. 

— Se você esta procurando por um pedido de perdão, você o tem. Eu realmente sinto muito. Mais do que você possa pensar ou entender. Você precisa abandonar isso, Sirius, como eu fiz. Eu não destruí sua vida. Você que não foi capaz de seguir em frente e nunca mais conseguiu se levantar. – Marlene suspirou pesadamente. Após uma longa pausa, ela finalmente disse com a voz embargada. - Black, eu tenho exatamente dois minutos para terminar de falar com você. Literalmente. Escute e desligue. Preciso que me prometa que vai jogar seu celular fora assim que desligar e nunca mais me procurar.

O coração de Sirius batia loucamente. Já sabia o que ela iria dizer, estava esperando por isso.

Meu pai e Burt vão te incriminar. Não sei como, mas vão. Estou te dizendo isso porque prefiro ver meu próprio pai preso a você.

Sirius se precipitou a falar.

Me deixe terminar. Sua vida depende disso. Vá embora. Para longe. Da cidade e do país. Não leve nenhum de seus pertences e não comente com ninguém. Se souberem que eu te disse algo, nunca vão deixar de te procurar. Eu imploro para que faça isso. Fuja, Sirius. E nunca mais volte. Por mim.

— Eles pensam que fiz algo a você? Marlene, me explique! Não é justo!

— Não há tempo. Por favor.

Sirius Black desligou o telefone sem se despedir. O fato de ela ter lhe contado algo que provavelmente era verdade e salvaria sua vida, não a fazia mais inocente ou bondosa.

Se houve um instante em sua vida que sentiu um enorme apreço por si mesmo, foi agora. De agora em diante, Marlene estava praticamente morta para ele. Se algum dia ela trouxe verdadeiramente algo de mágico, fora há muito tempo atrás, em realidades muito distantes.

Pela primeira vez, Sirius olhava com olhos diferentes seu velho e pobre quarto. A cama de solteiro estava bagunçada e o único cobertor de listras estava jogado para o lado, amontoado na parede. As duas portas do armário estavam abertas porque quando as fechava ao mesmo tempo, ficava impossível de abrir novamente. A vidraça da janela, tinha manchas de anos que duvidava que um dia saíssem. Ao menos nunca tentou remove-las para saber.

O velho criado mudo de Regulo continuava ao lado da cama, o único pertence do irmão que sobrara. Ali guardava o dinheiro que recebia, as chaves de casa, fotos antigas, e três bilhetes de Marlene da época que precisavam se ver escondidos.

Precisava deixar tudo para trás. Algo em seu peito se contorceu ao imaginar fugindo para uma nova vida sem ao menos uma muda de roupa limpa. Se levasse qualquer objeto que fosse, iriam suspeitar.

Abriu a gaveta do criado mudo e tirou apenas uma foto dele com James, encostados na picape vermelha, em um penhasco tomando a primeira cerveja. Dobrou-a e guardou no bolso. Não faria diferença para quem o procurasse, mas para ele não tinha valor que definisse.

Quando chegou à cozinha pensou seriamente em deixar um bilhete na porta da geladeira. Será que faria alguma diferença para seus pais? Achou melhor não avisar nada. Se fossem espertos o suficiente, lembrariam que James poderia dar noticias dele.

Deu uma última olhada na casa. Registrou a sala de estar com o sofá velho e a TV intacta na parede. A porta de seu quarto roída por traças. O antigo quarto de Regulo, que agora era um depósito de quinquilharias.

Não sentiria a mínima falta. Mas era estranha a sensação de deixar o lugar que crescera para trás.

Abriu a porta da frente, sentindo a luz do sol no rosto. Fechou-a com toda força que pode, sabendo que isso deixava seu pai irritado.

 -

Na garagem mal iluminada da casa dos Potter, Sirius estava sentado em um banco enquanto James cortava seu cabelo. A cada cacho castanho um pedaço de sua masculinidade ia embora também. Achou mais seguro tomar essa precaução antes de partir. A noiva de James havia preparado uma sacola com roupas do amigo, comida, um celular pré-pago e revistas para Sirius levar. O sol estava quente e seria uma ótima desculpa para usar chapéu e óculos escuros para ir a estação rodoviária. 

— A partir desse dia, terei um cuidado dobrado com o que desejo. - James disse seguido pelo barulho de corte da tesoura. - Sempre quis cortar esse cabelo para o bem maior e aqui estou eu, cortando -o para um bem maior até demais. - lamentou. - Quando eu estava namorando Lilian, por exemplo, torcia para ela ter uma família engraçada, mas que nos desse espaço também. Bem, eles são tão bizarros que podem tirar umas gargalhadas suas de vez em quando e nos dão tanto espaço que nem olham na cara dela quando a encontram na rua. Agora estou com medo de pedir que venha uma criança saudável e o destino pregue uma peça terrível. 

Fora da garagem, Sirius ouviu pássaros cantando em cima das árvores que cobriam a casa. 

— James, seu filho será tão saudável quanto todos os jogadores de basquete da liga juntos. É um fato. Caso contrário, já saberíamos, não acha? As coisas acontecem e nem sempre estão no nosso controle. 

— Eu sei. Acho que está sendo difícil para mim processar que terei que beber cerveja sozinho ou que ninguém ensinará  meu filho sobre esportes tão bem quanto você. 

Sirius engoliu em seco. Havia um vazio gigantesco em seu peito. Não veria Harry nascer. Mal sabia se veria James de novo. 

— Não se preocupe. - respondeu com a voz abafada. - Qualquer idiota pode me substituir sem problemas. 

James guardou a tesoura, resmungou algo sobre ter finalizado o corte e deixou a garagem dizendo algo sobre lavar as mãos. Sirius conhecia ele bem o suficiente para saber que precisava chorar com privacidade. Ele próprio também precisava mas se permitisse uma lágrima sequer, sabia que jamais iria embora. 

Os raios de sol estavam ficando mais fracos quando Lilian trouxe sua muda de roupas e mantimentos dizendo que já estava na hora de partir. Abraçou-a rapidamente agradecendo por tudo e que mandaria cartas em códigos sobre sua localização uma vez por mês. 

A porta se abriu e James entrou com um enorme embrulho em um lençol branco. Sirius sabia que era uma moto. 

— Triumph Bonneville 1959! - exclamaram juntos quando o lençol foi puxado e um jato de poeira pulou no ar. 

— Foi o que o dinheiro da picape conseguiu comprar. - James explicou. - O negócio de última hora mais rápido que já fiz. 

Sirius tinha absoluta certeza que uma picape velha caindo aos pedaços jamais compraria uma moto seminova em perfeito estado. O amigo claramente acrescentara um valor alto para complementar. Desviou os olhos, imaginando se algum dia estaria presente para retribuir tudo de volta.

Na beirada do penhasco, o vento balançava os cabelos de Sirius Black e James Potter. O céu nublado com nuvens pesadas e escuras representava com maestria o humor de Sirius.

O carro de James estava estacionado na estrada, em um ponto sem rochas e buracos. A moto de Sirius seguiria pelo caminho oposto, em direção as montanhas até a divisa do Tennessee. Com as mãos no bolso, a expressão apertada, virou o rosto para Pontas e disse com a voz embargada.

— Obrigado por tudo. – James estava tão triste quanto ele. Selaram as mãos em cumprimento. Sirius olhou para a moto seminova e abraçou o amigo abruptamente, mesmo sendo uma amizade sem o costume de abraçar, sentiu que a ocasião pedia um.

— Não quero dizer adeus. – Pontas sussurrou contra seu ombro. – Vejo você em breve. Guardarei cerveja na geladeira.

— Tentarei escrever, mas será difícil. Não espere com muita frequência.

 Por fim se despediram e Sirius passou a perna por cima da moto. Pronto ou não, era hora de ir. Respirou fundo e pôs os óculos escuros e a touca de lã para encobrir seu rosto o máximo possível. Estranhou a sensação da nuca raspada sem o bolo de cachos de costume.

Sua mente estava tranquila e em estado progressivo de aceitação, mas seu coração permanecia amedrontado e partido em várias partes.

Sorriu para James antes de virar o rosto e pisar no acelerador, deixando a silhueta dele virar um borrão ao passar.

O horizonte a frente abria caminho para o norte, entre as montanhas amarronzadas divididas por incríveis penhascos. Sirius levantou a cabeça, guiando-se para frente e não voltou a olhar para trás.


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