Power Game And Love escrita por Samy Meireles, Samara Meireles


Capítulo 32
Batizado


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores, como vocês estão?
Aproveitem esse capitulo ♥



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12 de Dezembro, 2026, Inglaterra.

Rachel estava há exatas 4 horas da sala de parto, mas Percy não parecia preocupado. Depois de 4 filhos, o nascimento do 5 já não era tão desesperador.

— Majestade. -chamou o Dr

—Sim? -ele se levantou

Apolo  não quis participar do parto de Rachel, ele disse que a criança era pra ser filho de Annabeth. É claro que Percy achou baboseira e insistiu, mas o homem não estava disposto a mudar de opinião.

—Seu filho nasceu saudável. É um lindo menino. Meus parabéns pelo herdeiro. O parto foi complicado, Rachel está um pouco debilitada, mas nada preocupante. O aborto que sofreu deixou algumas lesões, mas ocorreu tudo bem.

Percy sorriu, sincero e agradecido. O Dr lhe indicou o caminho, mas Percy disse que o veria depois. Ele perguntou quando ela receberia alta, o Dr lhe disse que se não passasse mal no dia seguinte poderia sair com o bebê.

Percy foi para casa, tomou um banho e dormiu.

No dia seguinte, depois do almoço Percy foi para buscar mulher e filho.

— Você não veio vê-lo. Não me ver.  -reclamou Rachel quando ele chegou ao quarto

—Achei que não precisava de mim. -respondeu

—Pensei que quisesse conhecer seu filho.

—Eu vou cria-lo pro resto da vida, o que é um dia a menos?

—Ele é seu filho! Devia ao menos segurá-lo depois de nascer!

—Basta, vou segura-lo agora.

Percy foi até o berço hospitalar e olhou o pequeno.

— Ola Alfred William. -ele sorriu -Bem vindo ao mundo.

Percy segurou a mão do filho por um tempo, apreciando a criaturinha.

—Eu preciso ir agora. -disse, afastando-se de Alfred e colocando- o no berço

—Para onde?

—Preciso avisar meus filhos que o irmão deles nasceu. Volto para buscá-la mais tarde.

—Ah, os bastardinhos. -falou baixo

—O que disse?

—Os bastardinhos. -repetiu dessa vez em voz alta

—Não os chame assim!

—Mas eles são!

—Você sabe que não! Eles foram concebidos em legítimo casamento!

—Não comigo. -rebateu a ruiva

—Não interessa. São legítimos e ponto, James me sucederá.

—Eu não deixarei! Agora Alfred existe e lutarei para que seja Rei.

—Ele não será, mesmo que desejasse isso, a constituição não permitiria.

—Pode haver um golpe. -Rachel soltou um risinho debochado

—Não seja tola Rachel! Alfred nunca assumirá o trono!

—É assim que você trata seu filho? Ele mal nasceu e já é tratado como… como -buscou palavras- como qualquer um!

—Ele não é qualquer um! Eu o amo, mas tire da cabeça que ele tem algum direito ou alguma possibilidade de ser Rei.

—Se você diz. -concordou ela por fim

—Eu digo sim. Agora, eu te pego mais tarde, e se reclamar mando o motorista  para te buscar.

Percy estava irritado e saiu apressadamente antes que Rachel pudesse contestar.

Dirigiu até a casa de Annabeth, para avisar-los.

—Percy, o que faz aqui? -questionou Annabeth  ao abrir a porta

—Meu filho… Alfred William, nasceu hoje.

Annabeth sentiu uma pontada no coração, pontada de dor.

—Ah… -sorriu fracamente -Meus parabéns então.

—Eu… Obrigada. -agradeceu -Os meninos estão ai? Queria contar.

—Ah claro, eles estão lá em cima. -Annabeth abriu a porta para que ele pudesse passar

Percy parou na frente dela, encostado no vão da porta.

— Você não vai contar aos meninos? -perguntou ela depois de passou -se algum tempo encarando-se

— Vou. -respondeu sem se mover

Suas respirações eram pesadas, seus corpos pareciam plantados ali. Percy tomou coragem para chegar alguns centímetros mais perto, ele respirou no cangote na ex esposa, sentindo o cheiro de seu perfume natural que ele tanto amava.

— Seu filho acabou de nascer Percy… -falou Annabeth, com o intuito de afastá-lo dela

—É, acabou sim… -Percy se aproximou mais, perto o suficiente para beija-la.

—PAPAI! -berrou James

Os dois se afastaram rapidamente, Percy sorriu e abraçou o filho.

—Oi James, como vai? Venha, vamos subir, tenho que contar algo a todos vocês.

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—Quer dizer temos um irmãozinho? -questionou James, sua fala um tanto enrolada

—Sim. -confirmou Percy

—Mas eu não vi a mamãe grávida papai. -falou George,

Percy riu da inocência das crianças.

—Lembram daquela mulher que lhes apresentei no meu casamento? Que vocês entraram jogando flores antes dela entrar?

—Sim. -responderam os 3 em conjunto

—Como eu disse, casamento. Nós casamos, e bem, ela engravidou…

—Irmão? -perguntou Thomas

—Sim, vocês tem um irmão. Desculpe não ter contado antes, inclusive, ele nasceu hoje.

—Ele? É um irmãozinho? -perguntou George

—Sim.

—Qual o nome dele pai? -perguntou James

—Quando poderemos vê-lo? -perguntou George

— Brincar? -Thomas tentou

—Ele se chama Alfred William. Eu vou voltar para leva-lo para casa ainda hoje, falarei com a mãe de vocês e verei quando poderão vê-lo. -Percy olhou para Thomas e passou a mão nos seus cabelos, bagunçando-os.

—Ele ainda é muito novo para brincar Thomas. Quando ele crescer um pouquinho você poderá brincar. -ele riu

—Ok meninos. -Annabeth entrou no quarto -Está na hora do jantar, o pai de vocês tem que cuidar do novo irmão de vocês.

—Não eu posso ficar mais um pouco...

Percy olhou para ela e recebeu um olhar de reprovação. A loira desceu.

—Sua mãe tem razão meninos, eu tenho que ir.

—Fica mais papai. -pediu James

—É pai, você nunca fica com a gente papai. -disse George

—O papai não tem muito tempo, mas o tempo que tenho venho ver vocês pequenos.

—E agora não virá mais nos ver! -gritou George, saindo correndo do quarto

—George Phillipe Chase Jackson volte já aqui!

James balançou a cabeça negativamente para o pai.

—Você vacilou papa. -James disse, dando a mão para o irmão Thomas e indo atrás de George.

Percy achou melhor não ir atrás dos filhos, e esperou um tempo até pudesse sair. Sabia que os meninos falariam com a mãe, e ela provavelmente deixaria que eles fossem a qualquer lugar que pedissem, bem provável que seria o jardim ou na piscina.

—O que aconteceu? -perguntou ela quando o ex marido sentou ao seu lado no sofá

—Bem, George insinuou que nunca tenho tempo para eles, e que com o nascimento de Alfred William não tempo nenhum.

Annabeth suspirou e riu um pouco.

—Do que ri? -perguntou ele, incrédulo

—Meus filhos são expertos.

—Nossos filhos são expertos -corrigiu ele

Annabeth riu.

—Sim, de fato nossos filhos são. -ela concordou com uma piscadela

—Mas eles estão errados, e você sabe, sempre que posso eu venho aqui.

—E isso não é muitas vezes.

—Eu estaria com meus filhos se eles ainda morassem comigo. -jogou

—Eles podem, quando tiverem idade para decidir, e quiserem morar contigo….

—Você entendeu, eles não precisavam reclamar que o pai não lhes dá atenção se a mãe deles não tivesse optado por tal coisa.

Annabeth suspirou e bufou.

—Chega disso Perceu, pare de ficar jogando isso na minha cara como se fosse inevitável!

—Podia ter sido evitado.

—Não podia não Percy, era necessário.

Ele balançou a cabeça negativamente.

—Nunca vou te entender.

—Não precisa. -ela se levantou do sofá -Só precisa aceitar.

********************************************************

15 de janeiro, 2027, Inglaterra.

—Eu o batizo Vossa Alteza Real Príncipe da Inglaterra e Duque de Hvid Græsplæne da Dinamarca, Alfred William Dare Jackson. In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. Amen.

—Amen.

***********************************************

—Papai, ele é pequeno papai. -disse James ao observar de perto Alfred nos braços do pai

—Sim, ele é. -respondeu rindo

— Brincar? -perguntou Thomas

— Ainda não Thomas, ele é pequeno.

—Posso pegar ele? -perguntou com expectativa George

—Não pode não. -interferiu Annabeth, afastando os pequenos do irmão

—Porque não Annabeth? -Percy questionou

—Ele ainda é muito sensível, e seus filhos não são nada sensíveis. -ela riu -Vão brincar lá fora meninos.

As crianças saíram correndo para os jardins do palácio de Buckingham.

—Você deveria estar apreciando os convidados, a festa lá fora está magnífica. -brincou ela com ironia

—Imagino que sim, Rachel deve estar dando pulos por todos os lados em homenagem a Alfred William. - ele riu

—Ela diz que ele daria um ótimo Rei. E que vai cria-lo para isso. Devo me preocupar? -ela arqueou uma sobrancelha e

Percy riu.

—Não, para que isso acontece deveria haver uma desgraça. James precisaria morrer, e então George assumiria, ele precisaria morrer, então Thomas assumiria, e ele também precisaria morrer. -parou para respirar e rir um pouco da suposição -E aí chega em Victoria, e se ela morresse, Alfred William seria Rei. Isso é impossível.

—Não é não. -sussurrou ela para si

—O que disse?

—Nada. Posso pega-lo?

—É claro.

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—Percy, meu amor, venha, tenho alguém para lhe apresentar. -Rachel puxou Percy jardim a fora, passando pelos convidados e os comprimentando.

—Este é Richard Edgar William Stephen Edward Lewis. -apresentou

—Muito prazer Richard. -Percy curvou um pouco a cabeça, em um cumprimento rápido

—Majestade -reverenciou ele -Quero lhe parabenizar quanto ao nascimento do Príncipe Alfred William.

—Muito obrigado, Sr Lewis você tem nomes de antigos Reis, um nome um tanto grande para um plebeu. -Percy riu -Não leve como ofensa.

—Tudo bem Sir, na verdade o nome Edgar vem da Dinastia de Wessex, como sabe. William I da dinastia da Normandia. Stephen da Dinastia de Blois. E Edward IV da dinastia de York. Meus pais apreciavam com certa paixão a história dos antepassados. -Richard riu

—Mas e Richard?

—Ah, Dinastia Plantageneta.

—Claro. -eles riram

Annabeth observou de perto, e sua boca se abriu ao perceber de quem se tratava. Por onde ele havia entrado? O que ele estava fazendo ali? E porque Rachel estava apresentando-o a Percy?

Ela não fora a única a notar a presença de Richard, por que dois minutos depois Luke e Silena estavam ao seu lado, discutindo em sussurros o que estaria acontecendo.

—Eles parecem conversar normalmente. -disse Luke

—Claro, tirando o fato de que Richard quer matar Percy. -ironizou Silena

—Sabem o que isso significa? - Annabeth os olhou seriamente, ignorando o comentário de Silena -Rachel o conhece, e possivelmente trabalha com ele.

—Rachel? -Silena perguntou -Rachel é muito pamonha para isso!

—Não é não Silena. -respondeu Luke - Se bem conheço o tipo de gente que Richard se mete, provavelmente Alfred William nem é filho de Percy.

—Essa é uma suposição ridícula. -Annabeth riu

—A criança é ruiva, mas tem olhos azuis. Azuis como os de Richard. -disse Luke, pensativo

Annabeth parou para refletir.

—De fato, mas Alfred William é pequeno demais para precipitações. - respondeu Annabeth

—É, mas já se tem provas do contrário de sua paternidade.

—Como não pensamos nisso? -questionou Silena

—O que? -perguntaram Luke e  Annie juntos

—Que Rachel poderia estar trabalhando com Richard. E… -Silena fez uma careta antes de continuar -Ele falou o nome completo, mas não consegui compreender direito.

—É Richard Edgar William Stephen Edward Lewis.

—De onde veio o Lewis? -perguntou Selena

—Veio da enfermeira que adotou o Príncipe Herdeiro Delph, era o sobrenome dela, ela nunca se casou com ninguém, e Delph passou o nome que recebeu ao filho. Mas quando ele descobriu da troca, já era tarde demais, ele deixou a carta para Richard. E aí você já sabe no que acabou. -explicou Luke

—Rachel está olhando para cá, ela tem um sorriso vitorioso no rosto.

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—Eu quero agradecer a todos aqui presentes -Percy começou, os convidados estavam reunidos para o pronunciamento do Rei, já no final da festa - Por terem comparecido ao batizado de Alfred William. É muito gratificante ver amigos, parentes, enfim, toda nossa família. -houve palmas dos convidados, Percy fez um gesto com as mãos para silenciar os convidados.

—Por nós três, -Rachel interrompeu, com Alfred nos braços - A família Real -enfatizou ela - Agradecemos por tudo, o nascimento do Príncipe é um novo recomeço, um novo herdeiro, uma nova linhagem. Obrigado.

Houve um silêncio, pois todos no compartimento interpretaram bem a Rainha em sua fala. Annabeth riu debochada, e olhou para Richard que estava do outro lado, ouvindo-o puxar uma salva de palmas.

Percy olhou com reprovação para a esposa, depois sorriu para os convidados e foi até Annabeth.

— Sabe que não é  possível não é?

—O que? -a loira fez-se de inocente

—Alfred William, é meu filho, levará meu nome adiante, mas não minha dinastia.

—Rachel não acredita nisso.

Ele riu.

—Não importa o que ela acredita, o que acontecerá é fato. James Edward me sucederá. Não precisa temer, já lhe falei isso.

—Não temo nada. Mas Rachel sempre consegue o que quer.

—Dessa vez não.

—Percy! -chamou Rachel, aproximando-se deles e fazendo cara de falsa ao olhar para Annabeth -Ah, olá Annabeth.

—Majestade. -reverenciou com deboche

—Meu amor, deixei Alfred William com as babás, mas ele requisita o colo do pai.

—Ah, sim vou lá. Annabeth. -despediu-se e saiu até o filho mais novo.

Rachel olhou para a loira.

—Já deve ter visto Richard aqui. -disse a ruiva

—Sim, eu vi.

—Sei que não vai falar nada a Percy. -afirmou, com um sorriso vitorioso

—E por que?

Rachel riu com deboche.

—Você sabe o que perde com isso.

Rachel se virou, indo embora.

—Ei! -chamou Annabeth, a ruiva se virou -Alfred William não é filho de Percy.

—Bom, parece que nossos filhos são meio irmãos então. -Rachel sorriu vitoriosa e saiu.

********************************************************

—Perceu, novamente muito obrigado pelo convite. -disse Annabeth

O carro estava atrás da loira, o motorista esperava que ela e os filhos chegassem

—Não fiz mais do que certo. Você é mãe de meu herdeiro, e este é o batizado de meu filho. As crianças tinham que vir.

—Sim, de fato. Onde está Victoria?

—Ah, pedi que a babá de Alfred William fosse busca-la.

—Porque? Eu poderia ir lá…

—Não. -ele a interrompeu -Annabeth, você cuida das crianças sozinha. Porque não deixa eles morando um tempo comigo?

—Jamais! -a loira contestou -Eles ficam comigo!

—Tudo bem. -defendeu-se ele - Só pensei que você talvez quisesse ter um pouco mais… Um pouco mais de privacidade.

—Está supondo que preciso arranjar alguém? -perguntou com a sobrancelha arqueada

—Não, não. -ele abanou as mãos -Mas os jornais indicam que o Duque de Gyllene Bergarter é mais que seu amigo.   

—Ole é um bom amigo, apenas isso.

—Não é o que os jornais dizem. -ele riu

—Então você anda lendo os jornais em? -ela riu

—Talvez um pouco. -respondeu -Ele tem um filho não é?

—Sim, Lord Mikkel.

—Hmmm. Lord Mikkel.

—Percy, ele tem 8 anos.

Percy se tornou um tomate.

—Vossa Majestade. -chamou a babá, chegando com Victoria nos braços

—Passe-me ela. -pediu Annabeth -Dê um beijo na sua filha Perceu

—Vamos mamãe! -disse James de dentro do carro

—Já vou! -respondeu -Ande Perceu.

Percy repousou  a mão sobre a cabeça de sua filha e ali depositou um beijo.

—Princeps mea. -ouve-se sair da boca de Percy

—Ok, já  chega papai. - brincou  Annabeth

—Cuide-se Lady Annabeth. - disse ele despedindo-se dela

—Você  também Majestade.

Ouviu se um “Percy" ao longe, era a voz de Rachel lhe chamando.

—Devo ir. Até  mais.

Annabeth  sorriu para ele, um sorriso distante e triste. Entrou no carro e partiu.

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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram?
Aquele esquema de sempre galera, vocês comentam e eu posto mais rápido, caso contrario eu posto só mês que vem.
Até ♥



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