The Redhead Twin escrita por mischief


Capítulo 4
Elizabeth Potter e a Pedra Filosofal - Wingardium Leviosa


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!
Aqui estou eu com mais um capítulo e voltando a pedir comentários se vocês gostarem da leitura!



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Elizabeth acordou assustada com uma batida na porta, era Hermione entrando de fininho no quarto, ela parecia bem irritada.

— Mione? - chamou baixinho. - Onde você estava? Não dormiu?

— Oh, Elizabeth… - a garota sentou-se na cama da ruiva. - Você nem sabe o que aconteceu agora…

— Então, me fala.

— Draco Malfoy. - ela revirou os olhos. - Convidou seu irmão para um duelo. Só que era apenas uma emboscada. Eu falei… Eu avisei, mas eles me ouviram? Não. Foram mesmo assim, e eu, boba segui eles. E foi como eu tinha falado, Draco não estava lá, mas fez o favor de avisar Filch que tinha gente andando pelos corredores à noite… - ela parecia bem nervosa. - Ainda bem que a gente correu… Imagine quantos pontos a gente ia perder… Onde já se viu? Argh…

— Bem, pelo menos ninguém pegou vocês…

— E não para por aí! - exclamou um pouco alto. - A gente teve que se esconder… Adivinha onde? No terceiro andar! E lá tinha um enorme cachorro de três cabeças dormindo, em cima de um alçapão. Me pergunto o quê está lá embaixo…

— Um cachorro de três cabeças? - Elizabeth franziu o cenho. - Tem certeza que você não estava dormindo?

— Pergunta pro seu irmão, Liz. - ela se levantou e foi se deitar. - Francamente...

— Elizabeth!

A ruiva girou seu corpo pra ver Draco Malfoy correndo até ela.

— Oi, Draco. - ela sorriu.

— Oi. - ele disse. - Como está?

— Hum… Queria falar com você, na verdade.

— Pois diga!

— Para de querer colocar meu irmão em uma grande confusão. - falou nervosa.

— Ora, Elizabeth, não vamos conversar sobre seu irmão.

— É só um pedido. - ela deu os ombros. Pelo jeito, não havia nenhuma maneira de Harry e Draco se darem bem algum dia.

— Bem… É uma pena você não ter ido para Sonserina.

— Ou você ter ido pra Grifnória. - ela deu uma risadinha.

— Ah, tá bom! - ele disse irônico. - Até parece.

— Você é tão convencido… - ela disse.

— Isso é um elogio? - ele piscou.

— Nunca.

— Eu sei que gosta de mim.

— Um pouco. - ela empinou o nariz. - Se fosse mais gentil com meus amigos, quem sabe…

— Nem vem. - ele a interrompeu.

Ela bufou.

— Você é tão teimoso, Draco. - revirou os olhos. - De qualquer forma, mesmo em casas diferentes… Bem, isso não impede da gente ser amigos, não é?

— Amigos? - ele arqueou a sobrancelha. - É, tá bom. - ele sorriu sinceramente.

— Acho bom. - ela disse.

— Nos vemos por aí, então? - ele disse.

— Claro.

— Até mais, Elizabeth. - Draco piscou.

— Tchauzinho.

A ruiva viu o loiro caminhar até se encontrar com seus amigos de Sonserina.

Draco não era tão ruim assim, só era… Perturbado.

— Menina Potter. - sentiu um braço em cima de seu ombro.

— Fred. - olhou para o gêmeo ao seu lado. - George. - os cumprimentou.

— Quer nos acompanhar para o café da manhã?

— Adoraria. - ela sorriu.

Os três caminharam juntos até o Salão Principal, Elizabeth sentou-se ao lado de Harry.

— Que história é essa de duelo? - sussurrou baixinho.

— Quem te contou? - Harry perguntou, mas olhando já para Hermione.

— Isso não interessa, e você sabe quem foi.

— Pois é…

— Está ficando doido, Harry? Quer voltar pra casa dos Dursley?

— Claro que não!

— Então, sossega. - ela disse firme. - Não se meta em confusão.

— Okay, Elizabeth.

— E que negócio é esse de cachorro de três cabeças? - ela perguntou. - Isso é verdade?

Então, ela ouviu atentamente a história de Harry e Rony sobre o animal que estava preso no terceiro andar.

— Que tipo de escola deixa um bicho desses por aí? - ela perguntou espantada.

— Hogwarts. - Rony disse.

— E como foi o negócio do Quadribol? - Elizabeth perguntou mudando de assunto.

Desde que Harry havia ganhado uma vassoura da professora McGonagall, seu entusiasmo para treinar tinha aumentado. A Nimbus 2000 tinha mesmo deixado o gêmeo Potter bem feliz.

— É meio confuso. - ele disse. - Mas entendi rápido.

— Ansioso?

— Muito. - enfiou uma torrada na boca.

— Urgh. - Elizabeth fez uma careta.

Hogwarts era um lugar maravilhoso.

As aulas eram complicadas e os professores eram exigentes, mas Elizabeth acompanhava tudo na maior harmonia. Só podia reclamar de uma única coisa: sua cicatriz doía levemente de vez em quando, tão fraco que parecia apenas uma coceira irritante, mas ela ainda sim, não entendia porquê aquilo acontecia.

Na aula do professor Flitwich, eles se sentaram em duplas. A ruiva ficou com a morena que tinha visto no primeiro dia, Harry com Seamus e Rony com Hermione.

— Wingardium Leviosa! - Elizabeth disse e a pena começou a flutuar.

— Ora, vejam só. A senhorita Potter conseguiu. - o professor disse animado. - A senhorita Granger também! Ora, que maravilha! - as duas amigas sorriram uma para a outra.

— Sério, como você fez isso? - uma voz tímida lhe chamou. - Eu tô tentando há séculos e não consigo.

Elizabeth riu.

— É só girar e bater. - fez o movimento com as mãos, mostrando pra garota, que tentou mais umas cinco vezes antes de deixar a varinha cair na mesa.

— Desisto! - exclamou. - Sou Kyle. Kyle Reed.

— Eu me lembro de você. - a ruiva sorriu. - Elizabeth.

— A Potter.

— Pois é…

— Não gosta? - perguntou a olhando atentamente.

Elizabeth mordeu os lábios. A morena era a primeira a perguntar se ela se sentia confortável com toda a fama que tinha.

— É meio estranho. - deu os ombros. - Não faz nem quatro meses que eu descobri que sou uma bruxa…

— Ah sim. Também vim do mundo trouxa.

— É mesmo?

— Sim. Meu pai é trouxa.

— Você também surtou por tipo… Uma semana?

— Uma semana? - a morena riu. - Eu surtei durante um mês inteiro, aliás eu tô surtando até agora.

— Dois. - Elizabeth acompanhou sua risada.

O resto da aula foi legal, foi muito fácil para a Potter se identificar com Kyle, a morena era bem alegre, tinha um sorriso bonito. Não tinha falado com ninguém além de Neville Longbottom até aquele dia, a timidez desaparecendo depois de alguns minutos, e se tornando bem divertida.

— Definitivamente isso é algo que eu faria. - Elizabeth ria com uma história que Kyle contava sobre sua visita ao Beco Diagonal.

— Foi constrangedor. - a morena deu mais uma risada. - Nunca mais quero passar por isso de novo.

As duas ficaram algum tempo caladas depois que Seamus quase explodiu seu rosto ao tentar fazer o feitiço.

— Nunca te vi por aí… Só na cerimônia de seleção. - Elizabeth disse.

— Ah… - a menina abaixou os ombros. - Não tenho muitas amigas… Aí fico no quarto estudando.

— Oh! Bem, agora somos amigas. - ela sorriu.

— Assim? Tão fácil?

— E devia ser difícil? - ela franziu a sobrancelha.

— É… Acho que não. - pareceu pensar.

— Ótimo! Quero te apresentar aos outros. - disse animada assim que o sinal tocou.

— Tem certeza?

— Eles não vão te morder.

As duas garotas caminharam em direção a Hermione.

— Mione! - Elizabeth disse. - Essa é Kyle. Kyle essa é Hermione.

Conversaram por um curto tempo antes da morena falar que deveria ir andando até a próxima aula.

— E nós também. - Hermione disse assim que se despediu.

— Vamos.

— Senhorita Potter. - o professor Flitwich a chamou. - Seu irmão esqueceu seu livro…

— Oh, obrigada, professor. Vou entregar. - disse com um sorriso. - É rapidinho, Mione.

As duas correram atrás de Harry e Rony.

— É “leviôsa”, não “leviosar”. - ouviram o ruivo falar. - Essa Hermione é um pesadelo, sério. Não me admira que ela não tenha amigos.

Elizabeth abriu a boca para xingar Rony, mas Hermione já tinha passado rapidamente entre eles e sumido pelo corredor.

— Acho que ela te ouviu. - Harry disse.

— Vocês acham? - Elizabeth deu um tapa no braço dos dois. - Rony, você deve a ela um pedido de desculpas. - falou nervosa. - E se querem saber, eu sou amiga  dela! - disse antes de ir atrás de Hermione, que tinha entrado no banheiro feminino.

— Mione! - lhe chamou docemente.

— Vai embora, Elizabeth!

— Claro que não vou. - bateu na única cabine fechada. - Você é minha amiga… E não vou deixar você sozinha.

Ouviu um soluço alto.

— Não fica assim, Mione… Por favor. - ela pediu. - Rony só estava com inveja porque você conseguiu e ele não. Não fique assim…

— É mentira.

— Claro que não é. Você é bonita, inteligente, legal… Você foi minha primeira amiga… Minha melhor amiga. - disse com um sorriso involuntário.

— Sou mesmo sua melhor amiga? - Hermione abriu a porta, deixando que Elizabeth entrasse na cabine junto com ela.

— Claro que é! Quem mais poderia ser?

As duas se abraçaram felizes.

Harry ficava olhando sem parar para todos os cantos do Salão Principal.

Onde estava Elizabeth?

Já era hora do jantar, e ela ainda não havia aparecido em lugar algum.

— O que te aflige, Harry? - George perguntou.

— Hum… Elizabeth.

— Por quê? - Fred tinha um tom de preocupação.

— Ela deve estar com Hermione. - Rony disse.

— Tá. - Harry disse. - Mas onde está a Hermione?

— Disseram que ela chorou à tarde toda no banheiro das meninas. - Neville disse.

Harry e Rony se entreolharam, os gêmeos Weasley já iam fazer uma pergunta sobre isso quando professor Quirrell entrou correndo pelo corredor entre as mesas.

— TROLL NO CASTELO! TROLL NO CASTELO! - gritava desesperado. - Achei que deviam saber. - e desmaiou.

Assim que o baque foi ouvido, gritos desesperados ecoaram por ali até que Dumbledore chamou a atenção de todos, os mandando para seus dormitórios.

— Caraca, isso acaba com o jantar. - Rony disse decepcionado.

E com isso, uma coisa estalou na cabeça de Harry.

— ELIZABETH! - ele gritou.

— O que foi?

— Ela e Hermione não sabem.

Os dois garotos correram até o banheiro das meninas, e pararam bruscamente ao ver uma sombra gigante e gorda na sua frente.

Finalmente, a fome havia vencido as duas garotas sentadas no banheiro.

— Caraca, eu poderia comer um cavalo. - Elizabeth disse com a mão no estômago.

— Liz… - Hermione disse amedrontada. Os olhos verdes da Potter seguiram os da amiga, se levantando para ver um enorme troll as olhando.

Gritaram desesperadas e correram novamente para dentro de uma das cabines.

— Não foi nossa melhor ideia. - Elizabeth disse antes de se abaixarem rapidamente para não serem acertadas pelo bastão, que destruiu tudo, fazendo com que alguns pedaços de madeira caíssem sobre elas.

— LIZ! MIONE! - elas suspiraram em alívio quando ouviram as vozes de Harry e Rony. - Corram! - gritaram quando começaram a jogar alguns pedaços de concreto na cabeça do monstro.

Isso o distraiu por um tempo, e as duas correram para debaixo de uma pia, foi o máximo que puderam alcançar até o troll voltar sua atenção a elas.

— HERMIONE! - Elizabeth gritou e empurrou a amiga para frente quando viu que ela seria atingida, mas ele acertou as pias, que caíram em cima da ruiva. O bastão atingiu levemente sua perna, mas o suficiente para quebrar alguns ossos e fazer um profundo corte, já que era um bastão gigante.

— AH! - ela gritou de dor.

— LIZIE! - Harry gritou desesperado ao ver que sua irmã estava machucada. Sem realmente pensar nas consequências, se pendurou no bastão, e subiu até sentar-se no pescoço do troll, dando-lhe umas cutucadas no olho e enfiando sua varinha em seu nariz.

Hermione ajudou Elizabeth a se arrastar pra longe dali, ficando mais perto de Rony. Por onde a ruiva passava, deixava um enorme rastro de sangue.

— FAÇA ALGUMA COISA! - Harry gritou pendurado pelos pés na mão do troll.

— O quê? - Rony estava completamente perdido. Ele olhava preocupadíssimo para Elizabeth, que ainda chorava de dor.

— QUALQUER COISA! - o gêmeo Potter não sabia até quando poderia ficar se desviando dos ataques.

— Wingardium leviosa! - o ruivo disse quando Hermione lhe deu algumas instruções, então o bastão de madeira parou no ar. O troll olhou confuso antes do objeto cair em sua cabeça, o fazendo cair desmaiado no banheiro.

Quando Harry sentiu seus pés no chão, ele correu até sua irmã, a deixando de bruços já que sua perna estava machucada ali, e colocou sua cabeça apoiada em suas coxas.

— Lizie… - ele disse triste quando viu que ela ainda urrava de dor.

Elizabeth ofegava. Seu rosto estava coberto de lágrimas, e sua perna não parava de pulsar de dor, não conseguia a mexer de modo algum.

Sem que percebessem, McGonagall, Snape e Quirrell entraram no banheiro rapidamente.

— Senhorita Potter! Senhorita Potter! - Minerva e Snape se ajoelharam ao lado do corpo da garota ensanguentada.

— O que aconteceu? - Snape perguntou.

Seu peito torcia ao ver a garota tão doce urrar de dor.

— Troll a acertou com o bastão na perna. - Hermione explicou já que Harry também chorava com a irmã.

— Precisamos levá-la imediatamente para enfermaria. - o professor de poções disse.

— Não…! Minha irmã!

— Senhor Potter, por favor. - a diretora de Grifnória disse suavemente.

Harry não queria deixar Elizabeth de jeito algum, mas permitiu que Severo pegasse sua irmã no colo, ele a levou cuidadosamente.

— Vai ficar tudo bem, Elizabeth. - o professor a tranquilizou.

A ruiva deixou-se relaxar e dormir, ainda ouvindo a pequeno choro de Harry, e as vozes de Fred e George chamarem seu nome preocupados.


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Notas finais do capítulo

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