Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 6
O que não se deve fazer num leilão




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Já se passara uma semana desde que Damon e eu casamos. Segundo Caroline, Damon estava com mais mau humor na empresa, principalmente com ela.

Eu estava ficando entediada de passar o dia todo dentro de casa. Mesmo num palácio como a casa de Damon. Eu já tinha terminado de ler vários livros de sua biblioteca pessoal, tinha posto minhas séries em dia e tinha assistido a muitos filmes pela Netflix. Acho que eu estava engordando de tanto tomar sorvete. Eu também estava ficando muito mal acostumada sendo servida o tempo todo pelas gentis empregadas da casa. Já tinha até aprendido os nomes de todas.

Agora, eu estava em meu quarto, lendo uma revista de moda para ver se me inteirava nesse assunto. Então, eu ouvi um barulho no corredor. Cautelosamente, abri a porta do meu quarto e choquei-me com o que vi.

Damon beijava selvagemente uma mulher loira que estava com as pernas agarradas na cintura dele. Quando ele tirou os lábios da sua boca, para beijar o pescoço, seus olhos encontraram os meus. Com uma mão livre, fez sinal para que eu voltasse para o meu quarto.

Ainda chocada, eu obedeci.

Tentei voltar para a minha revista, mas a cena que eu presenciara há pouco girava em minha cabeça.

Não conseguia parar de pensar em Damon com aquela mulher e nas coisas que os dois iam fazer. Algo nisso me deixou um pouco incomodada. Mas por quê? Não era esse o nosso acordo? Ele poderia ficar com quem ele quisesse. Eu não deveria ficar incomodada. Eu sabia que isso ia acontecer.

Mas eu não imaginava que ele iria trazer os seus casos para a nossa casa. Quero dizer, casa dele.

Aí, o que está acontecendo comigo?!

*

— A noite foi boa? – perguntei sarcástica, quando Damon apareceu para o café da manhã na cozinha.

Ele olhou para mim com um sorrisinho cínico e respondeu:

— Não poderia ter sido melhor.

— Por que não chamou sua amiga para tomar café com a gente? – perguntei, tentando ignorar sua resposta.

Damon sentou-se a mesa e serviu-se de ovos e bacon.

— Eu não durmo com elas, Elena. Mando-as embora na madrugada, depois de... Bem, você sabe – ele respondeu, sem dar muita importância.

— Damon! – choquei-me. – Como você pode ser tão canalha?!

— Mando meu motorista levá-las para a casa ou para qualquer lugar que elas queiram – ele explicou. – E até parece que você está preocupada, Elena. Vi a sua cara ontem. Não estava gostando nem um pouco de me ver beijando outra.

— Eu estava com nojo, isso sim! – levantei-me da mesa, um pouco enjoada.

Damon era pior do que eu pensava! Cheguei à sala quando fui puxada por ele.

— Estava mesmo com nojo ou estava desejando ser aquela mulher? – ele perguntou, aproximando-se perigosamente de mim, até unir nossos lábios em um beijo.

Afastei-o rapidamente, dando-lhe um tapa no rosto.

— Não me toque! – exclamei. – Estamos sozinhos aqui, Damon! Não tem porque agirmos como se fôssemos um casal apaixonado.

Depois disso, corri para o quarto. Não deixaria Damon me usar. Não mesmo!

*

— Eu estou bem, mãe, não se preocupe. Sim, eu ia contar sobre o casamento. É, que... Não, mãe. É só...

Estava há mais de trinta minutos falando com a minha mãe pelo telefone. Ela estava chateada por saber do meu casamento pelos jornais. Estava tentando explicar que não queria incomodá-la com uma coisa assim sendo que Anna estava passando por um tratamento sério. Mas é claro, ela não me ouvia. Acabei rindo com os gritos dela pelo telefone quando percebi que tinha companhia.

Damon estava parado a porta olhando-me com uma expressão de certa tristeza.

— Mãe, olha eu tenho que desligar. Depois a gente se fala, ok? Te amo muito, beijo – desliguei o telefone e meu marido entrou.

— Estava aí há muito tempo? – perguntei.

— Alguns minutos – ele respondeu, distante.

— Algum problema? Você está bem? – perguntei um pouco preocupada.

— É só que... – ele começou a responder, mas pareceu pensar melhor. – Nada. Estou ótimo. Aliás, vim aqui dizer que você precisa se arrumar. Iremos a um leilão organizado por Elijah Mikaelson, um parceiro meu em alguns negócios. Se apronte. Sairemos às 21h.

— Como?! – exclamei estarrecida. – Damon, por que você não me avisou antes?! São 19h30min! Como você espera que eu me arrume num piscar de olhos se eu nem sei o que vestir em um leilão?!

Damon soltou um suspiro e entrou no meu closet. Em um minuto, saiu de lá com um vestido verde longo.

— Esse. Use esse – falou, jogando o vestido na cama. – Não tem mais desculpas. Já pode se arrumar.

E deixou o quarto.

Olhei para o vestido. Era bem bonito apesar de parecer simples comparado aos outros do closet. Ele era todo verde, com alguns brilhantes na parte superior do busto. As mangas longas eram abertas na parte dos ombros, o que dava um ar de importância.

Parei de admirar o vestido e fui tomar banho. Era melhor eu ficar pronta logo.

*

— Nossa! – exclamei quando chegamos ao local do leilão.

Damon sorriu.

— Isso não é nada – ele sussurrou percebendo o meu encantamento.

Eu não acreditei nele. Se isso não era nada, onde eu vivi todos esses anos?

Para começar, o lugar era enorme. Damon disse que era uma das melhores casas de festa de New York. Estava toda decorada de prata e dourado, dando um ar de realeza. Ou pelo menos, eu achava.

— Damon Salvatore! Que bom que veio! – um homem alto, de cabelos e olhos pretos veio cumprimentar-nos, seguido de uma mulher.

— Elijah! Não poderia perder isso por nada! – Damon apertou a mão do homem, sorrindo de maneira falsa. – Permita-me apresentar minha esposa. Elena esse é Elijah Mikaelson e essa é sua esposa, Hayley.

Elijah pegou minha mão e levou-a até os lábios.

— É um prazer conhecê-la.

— O prazer é todo meu – respondi com um sorriso.

— Por favor, fiquem à vontade – Hayley se pronunciou pela primeira vez. – O leilão começará daqui a alguns minutos.

Nós assentimos e eles se afastaram. Damon guiou-me para uma mesa um pouco próxima ao palco.

— Eles são simpáticos – comentei.

— Porque você não viu Elijah numa sala de reunião – Damon contrapôs.

— Não me diga, é igual a você? – provoquei.

Ele me olhou com um sorriso sarcástico.

— Mais ou menos isso.

Eu ri e voltei observar o salão. Era muito provável que meu encantamento nunca passasse.

— O que sua mãe queria? – Damon perguntou, surpreendendo-me.

— Ah, ela queria explicações sobre o casamento. Ela não se conforma de ter visto isso numa revista. Ela está chateada por eu não ter ligado avisando que iria casar – respondi. – Por que o interesse?

— Curiosidade – Damon respondeu vagamente.

Não acreditei nele, mas também não perguntei o real motivo de seu repentino interesse pela minha família, uma vez que ele já tinha a ameaçado mais de uma vez.

— O leilão vai começar – ele avisou e eu voltei minha atenção ao palco.

Elijah anunciava as peças a serem leiloadas à medida que as pessoas davam seus lances. Eu estava achando tudo isso ridículo!

Trezentos milhões de dólares em apenas um quadro! Tudo bem, era um Picasso legítimo, mas mesmo assim! Isso é demais!

— Você já comprou alguma coisa em leilão? – perguntei em voz baixa para Damon.

— Algumas – ele respondeu vagamente.

— Isso é ridículo! As pessoas pagam uma fortuna por coisas tão supérfluas! – exclamei indignada.

— As pessoas que frequentam esses tipos de leilão podem pagar, Elena – ele falou, indiferente à minha indignação.

— Bom, se eu tivesse dinheiro, escolheria gastar em coisas mais úteis, como ajudar as criancinhas carentes e as pessoas que morrem de fome na África – falei, um pouco irritada. Todos estavam ali para comprar essas coisas ridículas enquanto crianças morriam!

Damon riu.

— Só você mesmo.

Elijah continuava a apresentar as peças e as pessoas continuavam a dar seus lances.

Eu estava ficando entediada. Levei as mãos para ajeitar algo em meu cabelo, quando fui surpreendida pelo grito de Elijah.

— Três milhões de dólares! Vendido para a Sra. Salvatore!

O QUÊ?!

Olhei para o palco num susto. Era um vestido longo rosa, cheio de brilhantes. Parecia que tinha pertencido a alguma princesa.

— Damon! – sussurrei em busca de socorro. – Eu não fiz nada!

— Você levantou a mão – ele explicou, bastante calmo.

— Eu estava ajeitando o meu cabelo! – exclamei desesperada. O que eu ia fazer?!

— Nunca, em hipótese alguma, levante a mão em um leilão – ele advertiu.

— Até parece que eu vou a um leilão de novo! – sussurrei alto o bastante para que ele ouvisse. – Mas o que eu vou fazer agora?! Eu não tenho três milhões!

Damon riu como se eu estivesse fazendo alguma piada.

— Ah, Elena, às vezes você é tão boba – ele falou ainda rindo. – Não, na maioria das vezes.

Cruzei meus braços e o encarei irritada.

— Posso saber o porquê?

Ele inclinou-se para mim e falou baixinho:

— Porque você agora é uma Salvatore. O que significa que você tem dinheiro.

— É o seu dinheiro, Damon. Não o meu – contrapus.

— Tanto faz – ele disse simplesmente. – Enquanto você estiver casada comigo poderá usar o meu dinheiro, além da quantia mensal que vai receber.

Como? Não lembrava que isso estava no acordo.

— E depois, quando o casamento acabar, você vai cobrar tudo que gastei. Centavo por centavo – concluí.

— Elena, se você não percebeu, eu tenho muito dinheiro. O que você gastar será apenas uma ninharia comparado ao tamanho do meu patrimônio – ele falou começando a se irritar.

— Hum. Certo – não estava acreditando nele, mas pelo menos teria dinheiro para pagar o erro que tinha cometido.

E olhando bem para o vestido, não era tão ruim assim. Na verdade, ele era lindo! Comecei a entender o que as pessoas viam em leilões.


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Notas finais do capítulo

E então??? O que acharam de Elena nessa cap???
E pq Damon teve curiosidade em saber da família dela??
Comentem!!!



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