Paparazzi escrita por Kyra_Spring


Capítulo 8
Capítulo 7: Melodias da vida




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            Não agüentei ficar em casa muito mais tempo, depois que ele foi embora.

            Assim que tive a chance, peguei minha bicicleta e saí em direção ao parque. Naquela hora, eu precisava, antes de tudo, de ar fresco. Ainda não tinha conseguido processar tudo o que ele havia dito, não sabia em que acreditar... As coisas haviam ficado ainda piores do que antes de ele vir.

            Pelo menos o parque era um lugar que me relaxava. E o clima estava bem agradável para um passeio de bicicleta. Concentrei-me unicamente em andar pela ciclovia entre as árvores, tentando esvaziar a minha mente e preenchê-la apenas com o som dos pássaros e do vento nas folhas.

            Ele podia estar sendo sincero, afinal de contas. Talvez ele realmente quisesse consertar as coisas.

            Ou talvez aquela fosse apenas outra desculpa. Como as outras tantas que ele deu antes.

            Por fim, encostei a bicicleta numa árvore e me deitei no gramado. Era possível ver as nuvens entre as árvores. Elas formavam desenhos. As sombras também pareciam ir mudando de posição, à medida que o vento mexia com as folhas.

            Se eu pudesse ficar ali... dormir sob as árvores, esquecer de tudo... eu faria isso.

            Minhas pálpebras começaram a pesar. O gramado estava mesmo convidativo para um cochilo. E eu estava cansado... tão cansado...

            Então, percebi uma sombra diferente, e abri os olhos.

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            Por que eu estava tão ansioso?

            Desde o dia em que a mãe de Axel ligou para ele na escola, eu acompanhava o estado de espírito dele. Ele estava ansioso, inquieto. Falava pouco, quase nunca o via pelos corredores, e sempre que o via ele estava correndo para a sala, ou para o pátio. Ele não conversava comigo, apenas cumprimentava de longe. Mas dava pra ver que ele parecia lutar consigo mesmo.

            E eu podia entender. Eu podia avaliar a extensão da mágoa dele.

            Mas eu tinha meus próprios problemas para resolver.

- Hikaru, precisamos da sua ajuda – o grupo de fotografia estava agora se reunindo mais regularmente. Eles eram legais, e trabalhávamos bem juntos. O presidente do clube, Riku Ebihara, era meio sério e calado, mas ainda assim educado e gentil – Decidimos nos inscrever na competição nacional de fotografia esse ano. E, para isso, precisamos que todos participem. A idéia é montar um álbum coletivo com fotos de coisas cotidianas, mas vistas de outro ângulo.

- E como vamos fazer isso? – Hayner Uemura, um menino da minha sala, também fazia parte do clube – Que ângulo é esse?

- Pensei em dar um capítulo para cada um – sugeriu Riku – Aí vocês se viram. Cada um vai escolher um ângulo, uma idéia. E acho que seria legal cada um fazer em um lugar também. O que acham disso? Posso ir para a torre, Hayner pode ir até o templo... e você, Roxas, como mora aqui há menos tempo, poderia ir tirar umas fotos no parque, que é mais perto daqui. Tudo bem?

            Nós dois concordamos. E eu passei vários dias tentando imaginar como faria as malditas fotos.

            Por fim, no domingo à tarde, resolvi ir ao parque, em busca de alguma inspiração. Aquele era mesmo um lugar muito agradável. Muitas árvores, bancos, amplos gramados regulares, um lago cercado por árvores e coberto por plantas aquáticas... Fiquei andando pela pista de caminhada. O lugar era realmente lindo, mas... droga, como eu o fotografaria?

            Então, passei em frente a um gramado mais arborizado. Havia uma bicicleta presa a uma lata de lixo. E uma cena realmente engraçada. Lá estava Axel, deitado no gramado, de camisa social e gravata, com a cabeça apoiada nas mãos, quase dormindo.

            Cheguei perto dele e...

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- Axel? – a princípio, era difícil visualizar o rosto por causa do sol, mas eu reconheceria aquele cabelo espetado em qualquer lugar – O que está fazendo aqui?

- Ah, oi, Roxas – eu me sentei. Ele estava parado na minha frente, me encarando – Só estava relaxando um pouco. Gosto de vir aqui para pensar.

- Ah, sim – ele se sentou ao meu lado. Ele hesitou por um instante, antes de perguntar, meio tímido – E... como foi?

            Engoli em seco. Claro, alguém ia perguntar.

- Pra ser honesto, não sei – respondi – Não consigo acreditar nele. Ele parecia estar atuando, sei lá.

- Mas pelo menos você o confrontou – observou Roxas – Isso é um começo.

- É, isso é verdade – concordei – Mesmo assim... é uma droga.

            Silêncio outra vez. Ele o respeitava, e isso era bom.

- Sabe, é a primeira vez que eu venho a esse parque – então, ele disse de repente – Acabei de chegar à cidade, você sabe. E estava procurando um lugar para fazer umas fotografias legais...

            Só então percebi que ele estava com a câmera pendurada no pescoço. Sorri. Se ele queria um bom lugar para tirar fotos, havia acabado de encontrar.

- Eu aqui falando dos meus problemas e nem pergunto de você! Como anda o clube?

- Tá legal – ele sorriu – Vamos participar de um concurso nacional no mês que vem. Por isso, queríamos umas fotos diferentes, sabe? Pegar um ângulo diferente, algo assim. Alguma idéia?

- Ah, eu não entendo nada dessas coisas – dei de ombros e ri – Mas o parque é um ótimo lugar pra isso. Você poderia... – então, olhei para a minha bicicleta – É isso! Você poderia pegar a minha bicicleta e tirar fotos enquanto pedala, que tal?

- Eu não sei andar de bicicleta... – ele murmurou, baixando os olhos meio envergonhado. Caramba, o que ensinaram a ele durante toda a sua vida?

- Não tem problema – insisti – Eu te levo. Você só precisa se equilibrar um pouco.

            Ele me encarou, hesitante. Ah, qual é, ele não era de porcelana ou vidro! O máximo que poderia acontecer era a gente levar um tombo e ralar um pouco os joelhos, só isso. Além do mais, eu era um bom ciclista. Quantas vezes Marly e Zex já me exploraram pedindo caronas de bicicleta... Por fim, acabou aceitando, não sem antes acrescentar:

- Você me garante que a gente não vai cair, não é?

- Ora, é claro que sim! – sorri – E essas fotos vão ficar incríveis. Você vai ver.

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            Meu coração disparava enquanto Axel desacorrentava a bicicleta.

            Aquela era uma péssima idéia. A gente ia cair e quebrar todos os ossos do corpo. Eu tinha certeza disso.

            Mas aquele sorriso... eu adorava quando ele sorria daquela forma. Para alguém que dedicava boa parte do tempo a ser cínico e a esconder suas reais emoções atrás de um sorriso sarcástico, vê-lo sorrir com sinceridade era muito bom. Foi aí que ele realmente me convenceu. Subimos os dois na bicicleta – eu atrás, no banco, e ele na frente, pedalando de pé – e ele começou a pedalar, a princípio com esforço, e depois mais suavemente, quando pegou um ritmo.

            Por alguns segundos, me limitei a me segurar ao banco. Pela força do vento no meu rosto, estávamos indo rápido – rápido demais, para mim – e a bicicleta não parecia lá o meio de transporte mais estável do mundo.

- Se você não abrir os olhos, como vai saber onde fotografar? – ouvi a voz dele, risonha, e corei. Como ele sabia? – Olha, ali tem um lugar legal!

            Abri os olhos, apenas para querer fechá-los outra vez. Realmente, estávamos indo rápido.

- Eu nunca fui bom com fotos – ele dizia, em voz alta – É só ver as do meu celular, são todas horríveis e desfocadas. Mas acho que tirar fotos em movimento deve ser divertido e dar um efeito legal. Por que não testa com aquelas árvores ali?

            Tentando não tremer e não derrubar a câmera, fiz algumas tentativas, para acertar as configurações de cor e luz. E o resultado me surpreendeu. Sim, havia ficado interessante! Tentei outras vezes. Nenhuma foto ficava nem minimamente parecida com a anterior. Aquilo me empolgou, e eu consegui ignorar um pouco o medo. Comecei a fotografar tudo, o gramado, as árvores, os parquinhos, as pessoas, as nuvens.

            Ele continuou pedalando, e eu continuei tirando fotos. Por ser domingo, havia muita gente lá, crianças brincando, pipas no céu, casais passeando... pequenos aspectos da vida cotidiana. Estava realmente uma tarde muito agradável. E (isso é uma coisa que eu tenho que dizer) eu estava me divertindo muito. Era algo tão simples, mas ainda assim tão agradável...

- A parte mais bonita do parque é o lago – disse Axel – Vamos passar por ele logo, sempre tem pedalinhos e patos por lá. E – então, ele riu – provavelmente vai ter alguma mãe brigando com algum moleque por ele teimar em pular no lago...

            Pela risada dele, supus que aquela frase tinha algum fundo de confissão.

            E, então, chegamos ao lago. Era lindo, de verdade. A brisa suave criava pequenas ondas, e elas brilhavam com o sol da tarde. E havia pessoas ao redor dele, toalhas de piquenique, famílias que passeavam juntas, amigos que jogavam bola... e até mesmo uma mãe brigando com os filhos e tentando tirá-los do lago. Devo ter acabado com metade da memória da câmera só naquele lago.

            E, a cada foto que eu tirava, sentia algo estremecer dentro de mim. Uma... saudade? Será que era isso mesmo? Porque ver todas aquelas famílias ali, apenas desfrutando um momento simples num parque estava mexendo comigo, isso era fato. Eu sentia falta do tempo em que era criança, e tudo era simples e belo como uma tarde no parque. E me perguntava se as coisas teriam sido diferentes se aquilo não tivesse acontecido. Será que minha mãe teria que correr atrás de mim para me manter longe do lago, ao invés de ficar na cabeceira da minha cama toda noite apenas esperando que eu acordasse gritando outra vez?

- Sabe... minha mãe me trazia aqui, quando eu era criança – a voz de Axel estava tingida de nostalgia, enquanto ele diminuía o ritmo das pedaladas – Ela gostava de vir aqui para trabalhar. Ela trazia o violão dela, e nós nos sentávamos em frente ao lago, e ela tocava...

            Ele também sentia saudade. Mas pelo menos sabia o motivo.

- O que acha de pararmos aqui um pouco? – ele perguntou – Não dá pra simplesmente passar pelo lago sem se sentar um pouco e observá-lo com atenção. Que tal?

- Claro – aceitei na hora.

            Então, ele parou a bicicleta, e a acorrentou num poste. Depois, tirou os sapatos, e começou a caminhar descalço pela grama. Fiz o mesmo, a sensação era agradável. Por um tempo, percebi o olhar dele, perdido na superfície da água. Não era o olhar vazio das aulas, era um olhar intenso, faiscante, como se ele quisesse absorver aquela cena e imprimi-la em sua mente.

            E então, ele disse, de repente...

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- Ei, quer um sorvete? – ficar encarando o lago estava levando meus pensamentos de volta ao ponto do qual eu estava tentando fugir. Então, resolvi levá-los de volta ao aqui e agora à força – Não dá pra ir embora do parque sem provar o internacionalmente famoso Sea Salt Ice Cream.

- “Sea Salt Ice Cream”? – ele perguntou, erguendo uma sobrancelha – Sorvete salgado?

- Mais ou menos – dei uma risadinha – Ele é doce, mas ao mesmo tempo é salgado. E é muito bom, exatamente por isso. É como colocar frutas doces numa salada salgada.

            Ele deu de ombros, não acreditando muito. Hehe, eu ia provar isso!

            Um vendedor passou por nós, e eu comprei dois sorvetes. Ele até tentou protestar, dizendo que ia pagar o dele, mas eu não deixei. Oras, eu estava convidando, logo eu pagava! Ele experimentou, a princípio com receio, mas assim que provou, arregalou os olhos, surpreso.

- Caramba, isso é bom! – ele disse, provando mais – Muito bom mesmo...

- Se tem uma coisa que eu posso chamar de meu vício, é isso – eu disse, comendo também e dando uma risada – Pode parecer meio ridículo alguém da minha idade com toda essa tara por sorvetes, mas... sei lá, é tão bom, eu simplesmente não consigo ficar sem!

            Nos sentamos no gramado, olhando para o lago. A tarde já começava a cair, e o céu começava a lentamente se tingir de laranja e salmão. Não sei porque, mas de certa forma era como se isso me despertasse alguma lembrança muito antiga e enevoada. Eu, Roxas, sorvetes e o pôr-do-sol. Algo de outra vida, talvez. Eu nunca saberia com certeza.

- Você quase nunca fala de si mesmo, Roxas – arrisquei perguntar – Sei lá, você podia contar alguma coisa inofensiva da sua infância, algo assim. Não tô pedindo pra você ser um livro aberto como eu, mas podia pelo menos contar uma coisinha ou duas.

- Ah, não tem nada interessante – ele deu uma risadinha – Hum, vejamos... Teve uma vez em que viajamos para uma cidade histórica... eu fiquei tão fascinado pelas construções que saí andando, me perdi do grupo e, quando percebi, estava sozinho e não fazia idéia de onde estava. Devo ter atrasado a viagem de volta em umas três horas...

- Hehe, eu fiz isso também, uma vez – dei uma risada – Mas não foi numa viagem dessas. Teve um ano em que fomos viajar para as montanhas. Resolvi sair para um passeio noturno, e arrastei o Zex e o Demyx junto comigo. A gente acabou se perdendo no meio da floresta... por sorte, encontramos um guarda florestal que nos levou de volta para o alojamento. Nossa, nem sei como a professora não teve um ataque cardíaco naquele dia...

            E assim, seguimos. Ele me contou pequenas coisas da vida dele, nada muito profundo, mas ainda assim era legal saber disso. Assim, eu o conhecia melhor. Foi assim que eu fiquei sabendo, por exemplo, que ele era péssimo em esportes, que havia adquirido a mania de mastigar canetas depois de um professor particularmente maldoso de história, que ele gostava de RPGs e que era especialmente fã de uma série em especial que o fez pesquisar muito sobre algo, no mínimo, inusitado...

- Ah, fala sério, você manja de tarô? – nessa eu não consegui acreditar.

- Sim, é verdade – ele riu – Comecei a jogar no ano passado, e os arcanos apareciam muito, aí eu fiquei curioso e resolvi pesquisar. Acabei descobrindo que dá pra relacionar os arcanos maiores com psicanálise, essas coisas. Não que eu acredite nessas coisas, é claro... Mas, mesmo assim, é interessante.

- Bem, então se você tivesse que dizer qual é o meu arcano, qual você diria? – desafiei.

- Não funciona assim – ele deu de ombros – Mas, perguntando assim, de supetão, sem nenhuma leitura ou teste... acho que eu diria que é A Torre.

- E o que isso significa?

- A Torre é o arcano da renovação. Ele indica rompimento com a ordem vigente, o que pode ser libertador. Também é o arcano da ambição e da coragem. Mas, dependendo da situação, ele pode indicar destruição, também. Bem, essa sempre pode ser uma conseqüência da mudança, não é?

            Não respondi imediatamente. Tá, eu não acreditava nessas bobagens de adivinhação nem nada, mas... de certa forma, senti que aquilo combinava muito comigo. Eu só não sabia ainda se era para o bem ou para o mal que aquelas mudanças viriam.

- Eu... acho que tenho medo disso – acabei murmurando, meio sem querer – Medo das mudanças. Sempre que as coisas mudaram para mim, acabaram ficando piores.

            “E eu não quero que isso mude”, pensei. Pelo menos essa parte eu consegui não dizer. “Não quero que isso mude, não agora... não agora que, de repente, encontrei tantas pessoas legais ao mesmo tempo.”

            E o pôr-do-sol seguia, e nós não percebíamos o tempo passar.

            Só então percebi que Roxas me encarava. Era engraçado, ele era dois anos mais novo que eu, e mesmo assim, no final das contas, eu acabava sendo mais dependente dele do que ele de mim. Engraçado, e um pouco ridículo. Mas ele não parecia se importar com isso.

            Acho que foi só nesse dia que eu me dei conta do quanto a amizade dele era importante para mim. De repente, tornou-se difícil me imaginar sem tê-lo por perto. E isso me deixava feliz. Eu só esperava que ele se sentisse da mesma forma em relação a mim.

            Isso me lembrou de uma frase do meu livro favorito, O Pequeno Príncipe. Eu o li pela primeira vez quando tinha doze anos, e a princípio não entendi nada dele. Mas, alguns anos depois, li outra vez, e tive outra imagem. E li outra vez. Nele havia uma passagem, um diálogo entre o Príncipe e uma raposa, e ela dizia uma frase que, naquele momento ecoava em meus ouvidos.

            “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

            Sim... de certa forma, ele era responsável por mim, agora.

            E eu era responsável por ele.

- Sabe, acho que já consegui muitas fotos boas hoje – ele disse, por fim, me despertando dos meus devaneios – Mas já está ficando tarde... até já acenderam as luzes.

            Estava quase anoitecendo. O tempo havia passado e eu nem me dei conta disso.

- Na verdade, só falta uma foto agora – ele disse – Uma foto nossa, que tal?

- Ah, não, de jeito nenhum! – recusei, rindo – Sempre odeio o jeito que saio nas fotos.

- Por favor... – o olhar de súplica dele chegava a ser uma chantagem – Por favor, vai...

- Tá bem, eu tiro... – é, não dava pra dizer não.

            Ele chegou mais perto, e sorriu, enquanto erguia a câmera. Eu também sorri, e fiz um sinal de vitória com os dedos. Atrás de nós, dava pra ver o lago, agora colorido de azul-escuro e nuances avermelhadas pelos últimos raios de sol. Ele tirou a foto, e me mostrou na câmera, depois. Havia ficado muito boa, ele realmente era bom.

            Um belo registro de um dia que, apesar de tudo, terminou muito bem.

- Bem, acho que é hora de ir embora – eu disse, calçando os sapatos – Quer uma carona até a sua casa?

- De jeito nenhum! – ele protestou – Já tive a minha cota de passeios arriscados por hoje.

            Eu ri. E decidi acompanhá-lo devagar, no mesmo ritmo em que ele andava, ainda conversando até que nossos caminhos se separassem. E, quando entrei em casa, e minha mãe me perguntou o que havia acontecido naquela saída para me deixar tão feliz, eu só pude dizer que havia passado o dia com um grande amigo.

            E, então, naquela noite, um pouco antes de ir dormir, uma luz se acendeu em minha cabeça.

            Uma luz que me fez me levantar e correr para a escrivaninha.

            Levou quase a noite toda. Mas, na manhã seguinte, a letra de Slip Out estava pronta.


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