Em Dez Anos escrita por Allie Luna


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi geeeenteeeeeee
Primeira fic de Teen Wolf, peguem leve comigo kkk
Sou louca pela série e por Stydia desde que eu comecei a assistir, lá em 2013, mas nunca tinha pensado em escrever nenhuma fic. Bom, isso até a temporada lacradora que foi a 6A. Mas podem ficar tranquilos, que não tem spoilers

Ah, essa fic se passa na época em que eles tinham 8 anos e eu tentei deixar o mais "8 anos" possível, mas não sei se conseguiu.
Espero q gostem. Qlqr erro ou se não gostarem de algo, me falei ♥

[08.12.18] Capítulo editado. Alguns erros foram corrigidos.



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A professora explicava a tabuada de três para os alunos da terceira série, escrevendo no quadro explicações para que eles entendessem melhor. Os alunos, crianças na maioria com 8 anos de idade, olhavam atentamente para ela e suas explicações. Exceto por um deles.

Stiles, como gostava de ser chamado, já que detestava o nome por nem mesmo ele conseguir pronunciar direito. Ele não conseguia se concentrar na aula, como normalmente acontecia. Algo irônico, já que ele era um dos alunos com as melhores notas da turma.

Sentado na carteira escolar, ele balançava os pés continuamente, numa tentativa de arrumar algo para fazer e espantar o tédio que a aula trazia a ele. Podia ser o suficiente para impedir ele de levantar e sair correndo pela sala, mas não era para mantê-lo de boca fechada.

— Ei — sussurrou, chamando Scott, o garoto que estava sentado ao seu lado e também seu melhor amigo. —, a sua mãe vai fazer pipoca?

O garoto parou de olhar para o quadro, virando-se para o amigo e sorriu.

— Claro, ela sempre faz quando você vai lá em casa.

Stiles deu um pequeno sorriso.

Apesar dele amar ir para a casa do melhor amigo, sabia que havia um motivo para o pai dele deixá-lo lá durante algumas horas por dia, em quase todos os dias do último mês, coisa que não acontecia antes; e que isso tinha a ver com o sumiço de sua mãe.

Ninguém tocava no assunto com Stiles e quanto ele mesmo tentava, disfarçavam de uma péssima forma. Falavam que Cláudia estava visitando os avós dele em outra cidade, escondendo que ela, na verdade, estava doente e no hospital.

Achavam que ele era novo demais para saber a verdade, que não entenderia e seria um sofrimento a ele que poderia ser evitado. Mal sabiam que a tentativa de esconder as coisas do garoto, o fazia sentir-se pior ainda e que ele já sabia o que estava acontecendo. Mas pelo pai e, principalmente, pela mãe, ele fingia que estava tudo bem e que não sabia de nada.

— Vou pedir pro meu pai pra ele deixar eu levar o videogame — falou — A gente pode fazer uma competição, quem ganhar mais partidas, ganha um prêmio. Se você ganhar, eu te dou metade dos chocolates que escondo no quarto, mas se eu ganhar, vo-

O garoto não conseguiu terminar de falar o que ganharia caso vencesse as partidas, pois foi interrompido pela professora, que havia parado a aula e olhava furiosa para Stiles.

— Stilinski! — gritou, usando o sobrenome dele, já que ela fazia parte da maioria e não conseguia pronunciar o nome dele corretamente. — Só hoje, essa já é a quarta vez que você atrapalha minha aula. Vá para a direção agora e só volte para a aula de amanhã se tiver com uma advertência assinada pelo seu pai.

Que droga, pensou Stiles.

[…]

Após ir para a sala do diretor, o garoto entregou o papel dado a ele pela professora, onde dizia o que ele havia feito na aula e um pedido para que ele ligasse para o pai de Stiles. Enquanto o diretor fazia o que lhe foi pedido, o garoto esperava do lado de fora da sala, sentado num dos bancos que tinha ali.

Stilinski balançava os pés freneticamente e encarava os tênis amarelados por ficar se enfiando na floresta ao lado da escola sempre que podia. Ele sentia-se extremamente culpado e pensava que deveria ter tentado ainda mais manter-se calado na aula. Ainda assim, tinha feito um progresso e tanto. Antigamente, o pai de Stiles era chamado na escola pelo menos uma vez na semana por comportamento indevido do filho. Culpa de sua hiperatividade. Porém, na semana anterior, ele conseguiu o incrível feito de não ir parar na direção em nenhum dia, algo que ele não fazia desde a metade da segunda série.

Enquanto emergia em mais pensamentos de culpa e remorso, o menino levou a ponta dos dedos a boca, procurando qualquer pontinha de unha para roer. Mais uma das formas que encontrou de manter-se quieto.

— Ei. — Uma fina voz infantil chamou, o fazendo deixar as mãos caírem sobre o banco e olhar ao redor, procurando quem falou. — Minha mãe fala que faz mal roer as unhas. Ela disse que vão pra barriga e podem furar ela. Deve ser ruim ter um buraco lá.

No banco em frente a Stiles, sentada na extremidade oposta, estava uma garota. Ela aparentava ter a mesma idade dele e tinha longos cabelos ruivos claros, com cachos nas pontas e olhos verdes. A boca do menino entreabriu-se, em partes pela menina, em partes pelo que ela disse.

Stiles nunca tinha visto uma garota que achasse tão bonita como ela. De uma forma inocente, ele imaginou-se sentado ao lado dela, ambos tomando sorvete de flocos, o preferido dele. A sua visão do que seria o que os adultos chamam de namorar. Eles também diziam que namorar era algo para duas pessoas, sendo assim, queria que fosse com a menina ruiva.

— Até agora eu não tenho nenhum, acho que não funciona comigo — falou e ela soltou uma risada.

A menina levantou e sentou ao lado de Stiles.

— Você estuda nessa escola? — perguntou.

Balançando a cabeça, ele concordou.

— Eu vou estudar aqui. Minha mãe ‘tá lá. — Apontou para a porta da sala do diretor, onde uma mulher havia entrado após a saída de Stiles. Ele deduziu que ela fosse a mãe da menina. — Ela disse que ia falar com alguém e que amanhã eu já vou estudar aqui.

— Legal! — O garoto quase gritou de tanta animação por saber que poderia passar a vê-la todos os dias. — Qual série?

— Terceira.

Assim que ela disse, Stiles sorriu ainda mais.

Ele ia falar algo, mas antes que pudesse, um barulho alto e irritante ressoou. Era o sinal que indicava o fim das aulas da manhã. Quase simultaneamente, a porta da direção foi aberta e a mãe da menina passou por ela.

— Já terminei o que tinha que fazer aqui, Lydia. — Ela pôs a mão no ombro da filha e sorriu. — Se despeça do seu novo amiguinho para irmos embora.

Lydia olhou para o garoto com as pálpebras decaídas e os cantos dos lábios ligeiramente curvados para baixo.

— Tchau — disse e aproximou os lábios da bochecha de Stiles, deixando um beijo ali, antes de levantar, sorrindo para ele.

A boca dele entreabriu-se e ele arregalou os olhos pela atitude inesperada dela. Stiles não conseguiu ter outra reação, exceto acenar, enquanto ela saia.

Mesmo após perder Lydia de vista, ele continuou da mesma forma, olhando para o último ponto no corredor de salas da administração da escola onde a havia visto, antes dela virar em direção a saída da escola.

Observou os estudantes passarem pelo corredor principal, saindo das salas de aula e indo na direção da porta de acesso ao gramado e garagem, o mesmo lugar para onde a menina ruiva e sua mãe haviam ido. Até um deles virar para o corredor onde Stiles estava e correr até ele.

— O que aconteceu? — Scott perguntou. Ele sentou ao lado do melhor amigo, jogando a mochila no banco. Após não conseguir uma resposta, balançou a mão em frente aos olhos dele. — ‘Tá ai? Parece que viu um fantasma.

Demorou alguns segundos até ele piscar algumas vezes e prestar atenção no menino de queixo torto.

— Eu conheci uma menina. Ela vai começar a estudar aqui amanhã.

Scott franziu o cenho.

— Eu ‘tava falando do diretor, mas tanto faz. Ele sempre chama o seu pai e faz ele assinar um papel lá. O que tem essa menina?

Stiles pôs as duas pernas sobre o banco, cruzando-as em frente ao corpo, antes colocar as duas mãos nos ombros do amigo, uma de cada lado. Scott arregalou os olhos.

— Ela é bonita e acho que gosto dela. Scott, daqui há dez anos, eu vou estar namorando com ela. Eu juro, quando crescer, eu quero ser o namorado dela. — Conforme falava, os olhos do menino brilhavam.

— Dez anos é muito tempo, nem a gente tem dez ainda. Porque dez?

Stiles deu de ombros.

— Eu gosto desse número — falou e os dois riram.

— Qual o nome dela?

O rosto dele se contorceu numa careta, a mesma que fazia quando era obrigado a comer cenoura.

— Não sei, não perguntei — falou, mas ao terminar, pareceu pensar sobre algo. — Pera, a mãe dela chamou ela de Lydia.

— Ela sabe o seu?

Ele negou com a cabeça

— Fiquei com medo dela achar que eu ‘tava xingando ela. Eu podia ter falado meu apelido. Esqueci.

Scott riu do amigo e ambos continuaram a conversar sobre a menina. O assunto logo passou para videogames e durou até que o pai de Stiles chegasse. Porém, ele não esqueceu a menina de cabelos ruivos.

No dia seguinte, descobriu que ela estava na outra turma de terceira série, no horário oposto ao dele. Ele passou a pedir as vezes, ao pai que o buscasse alguns minutos mais tarde, apenas para poder ver Lydia, mesmo que por nervosismo, não conseguisse chegar perto e conversar com ela. Mas, nos dias seguintes aos que a via, falava sem parar sobre ela para Scott, sobre como ela ficava bonita com o cabelo preso ou que a tinha visto comendo o chocolate preferido dele.

De uma forma boa, aquilo tudo serviu para o distrair em relação ao que acontecia com a mãe. O que ele não sabia era que a paixonite inocente de criança evoluiria com o passar dos anos e que, em dez anos, conseguiria conquistar o amor de Lydia. Mas até ela dizer isto a ele, bom, Stiles teria que esperar um pouco mais.


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Notas finais do capítulo

A parte dele ver ela comendo o chocolate dele preferido foi inspirado na cena da primeira temporada em que Lydia, Stiles, Scott e Allison estão na patinação no gelo e ele da um chocolate p ela ^--^
Gostaram?



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