Written in the stars escrita por Talita Domingos


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Gabi, não vou me estender muito aqui, afinal, já estou atrasada.
A você e todos que forem ler, espero que gostem!



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 --Mamãe, você pode me contar aquela história de novo? – Anthony pediu com sua voz infantil. Já estava deitado e coberto, apenas esperando sua mãe fazer o que tanto ele queria.

—- Tudo bem meu amor, tudo para você.

Já havia se passado três anos desde que Gabi havia se separado do seu marido. Resolvera ela mesma colocar um ponto final em seu relacionamento que estava fadado ao fracasso. As brigas eram constantes, por diversos motivos, inclusive o desejo de Gabi ser mãe, era o maior dos problemas. Brigavam todos os dias, não havia trégua.

Assim que acabou sua faculdade de letras, resolveu escrever seu primeiro livro, tendo um sucesso inimaginável. Tinha uma vida boa: ganhava bastante dinheiro, seus fãs amavam-na, fazia o que gostava  e tinha amigos fantásticos. Porém ainda faltava  a peça para completar seu quebra cabeça. Estava tao concentrada que tomou um susto ao perceber que seu despertador havia tocado. Estava atrasada para sua consulta, o trajeto até o hospital era pequeno, mas pareceu durar horas, tamanho o seu nervosismo. Assim Que chegou o doutor Petter logo tratou de fazer os procedimentos para a inseminação artificial.

—-Prontinho dona Gabi Adriana, daqui a 12 dias faça um teste de gravidez Caso dê negativo, poderemos realizar  esse procedimento mais duas vezes, depois disso ele se tornará ineficaz – declarou.

Ela saiu da clínica eufórica e ao mesmo tempo receosa, era tão importante para ela ser mãe... ao chegar em casa, evitou qualquer esforço, até para subir em cima da cama ficou com medo.

Acordou no outro dia muito disposta. Tinha certeza de que tudo daria certo, já podia até sentir seu pequenino chutando. Foi para seu trabalho radiante, apesar de ser escritora, também trabalhava como editora de livros, precisava ganhar uma renda extra. Sua vontade era gritar para o mundo, que seria mãe.

—- Bom dia Senhorita Gabi, vejo que hoje está radiante – Sua secretária comentou.

Ela entrava em êxtase toda vez que alguém dizia isso. As semanas passaram voando. Quando se deu conta, já era o dia de fazer o teste. Foi até a farmácia suando frio, suas pernas bambas. Com a voz trêmula de medo, pediu um teste, com a velocidade da luz foi para casa.

—- Um, dois, três e já! Não seja medrosa olhe o resultado – falava para si mesmo pela quarta vez. Faltava-lhe coragem para ver.

Enfim decidiu que seria melhor ir ver, acabar logo com tudo isso.

POSITIVO

Era o que estava escrito em letras garrafais. No mesmo instante caíra no chão, era demais para ela. Ela teria um filho ou filha, isso não importava. Um bebê, ela havia conseguido. Depois de tentar adoção, enfrentar seu marido e acabar com seu casamento, ela conseguiu.

Passaram-se meses, ela já tinha tudo pronto:  quarto, cortinas, berço, brinquedos, roupinhas, tudo mesmo. Descobriu que teria um menino, se chamaria Anthony, seria o menino mais amado do mundo todo.

Sua vida em poucos meses havia mudado drasticamente. Teve de abdicar de suas roupas favoritas, noite de sono, pois seus enjoos eram fortes e constante.

Doutor Peter virou seu obstetra, havia risco na gravidez dela. Poderia acontecer a qualquer momento descolamento de placenta e um aborto espontâneo a qualquer momento. Mas Gabi tinha fé de que nada aconteceria.

Estava no seu oitavo mês de gestação conturbada, mais de duas vezes havia ido parar no hospital, por falta de ar e até mesmo alguns sangramentos. Não conseguia ingerir nada, teve de ficar mais de duas semanas no soro, se alimentando apenas por ali.

Estava fazendo serviços domésticos simples, quando sentiu um dor em seu ventre e logo em seguida um líquido pegajoso escorrendo entre suas pernas. Ao ver que era sangue se desesperou. A única coisa que conseguia pensar era “meu bebê está morrendo”.

Não conseguiria dirigir, suas pernas pareciam gelatina. Com muita dificuldade ligou para a emergência, a ambulância demorou muito, Gabi não conseguia se levantar do chão. A dor era muita, dor física e mental era grande. Quando os paramédicos chegaram, ela estava desmaiada.

Foi lavada às pressas, sua pulsação estava baixa, estava perdendo muito sangue. O bebê estava morrendo. Gabi tinha momentos de delírio e outros de sanidade.

—- Retirem meu bebê, ele está morrendo – gritou desesperada.

Doutor Peter tentava a todo custo manter uma conversa com Gabi, não poderia deixa-la apagar. Teriam que fazer a cesariana com ela acordada. Talvez ela morresse, talvez o bebê morresse. Na pior hipótese os dois morreriam.

Foram duas longas horas, Gabi teve uma parada cardíaca. Mas tudo ocorreu bem.

Depois de algumas semanas tiveram alta e foram para casa. E até hoje eles vivem feliz.

—- Agora já pode dormir filhinho, mamãe te amo – Deu-lhe um beijo, se retirando do quarto.

Guardou na estante aquele livro, o mais importante que já escreveu. Afinal, era o livro que contava sua história de vida


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