Don't Wanna Know escrita por Queen Jeller


Capítulo 24
Capítulo 24 - Balada do Amor Inabalável


Notas iniciais do capítulo

Por esses dias foi aniversário da nossa capitã Mari e hoje, excepcionalmente nesse capítulo, é aniversário do Roman. Aproveitem esse capítulo tão bem quanto ele aproveitou a data! ♥



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Balada do amor inabalável

 

— Você tem um timing excelente, sabia? — Ele disse enquanto o elevador fechou na minha frente.

— Não estava se aguentando de saudades e ia pular do prédio se eu não chegasse, rapaz?
Ele riu em resposta.

— É só que eu não queria passar meu aniversário longe de você. — Ele disse e passou a mão do pescoço a nuca e depois me encarou.

Eu o encarei um pouco confusa pois na minha cabeça seu aniversário era no próximo dia e não hoje. O elevador parou no térreo e nós descemos a caminho da garagem. Como eu havia deixado tudo em casa, ele havia ficado com meu carro.

— Seu aniversário não é amanhã? E até onde eu sei, você odeia festividades animadas demais.

— Isso não quer dizer que eu não queira ter um bom dia ao lado das pessoas que eu gosto.

Nós havíamos entrado no carro então eu me virei pra ele tanto quanto o cinto de segurança deixou.

— Vem cá. — Eu disse o puxando pela camisa e o beijei.

Como eu estava com saudades dos seus lábios, da sua língua deslizando sobre a minha a sua barba me arranhando. Seus beijos eram tão ternos e ao mesmo tempo quentes que derretiam cada vez mais cada parte de mim. Os dias em Chicago estavam tão frios que sua falta foi mais do que sentida para me aquecer, mas agora que eu estava com sua boca sobre a minha, ele havia me esquentado em segundos.

Nos separamos lentamente enquanto eu reversava meu olhar entre sua boca e seu olhar.

— Eu também senti sua falta. — Ele disse e eu o olhei com convencimento.

— Eu sei que sim. — E parti com o carro.

Ao chegar na casa dele, uma dúvida me tomou enquanto ele abria a porta.

— O que você estava fazendo no FBI com o Weller?

Ele sorriu antes de abrir a porta e me deu passagem para entrar.

— Nada. Ele me disse que você estava chegando e eu fui buscar você. Vem cá!

Depois de dizer isso, ele me puxou pros seus braços e me deu mais um caloroso beijo. Dessa vez mais agressivo, mais quente, mais movido de uma saudade que provavelmente tinha definhado não só a mim, mas também a ele.

Eu amava senti-lo assim, sentir que minha dependência que havia nascido dele era uma dependência dele por mim também e que todo o frio de ausência que eu senti nos meus lençóis ele também sentiu nos dele.

Não demorou para que eu tirasse sua camisa e jogasse em qualquer parte e ele então me pegou pelos braços e só me largou para me jogar em cima da cama e logo ele tinha voltado pra cima de mim.

Ele deu um tratamento especial com seus lábios a cada parte do meu corpo enquanto me despia, me fazendo ficar excitada como nunca e me dando prazer como nunca antes mesmo antes de entrar no meu corpo. Ele passeou com seus lábios, língua e barba por todo o meu corpo, me dando um misto de tesão e arrepio como nunca e quando eu estava quase implorando em gemidos para que ele me invadisse, ele assim o fez.

Seus movimentos iniciais foram carinhosos, pois ele seguia aproveitando-se com seus lábios do meu corpo da maneira que podia e me dando violentos beijos, mas logo eu também comecei a remexer e seu gemido se juntou ao meu e seus movimentos se intensificaram e só pararam após termos espasmos depois de gozarmos.

Após recuperarmos a respiração, eu o olhei com felicidade vendo-o relaxado em cima da cama. Era uma das minha visões favoritas dele ver ele deitado despreocupado com a vida lá fora.

— Você realmente sentiu minha falta, hein? — Comecei rindo e ele virou-se de uma vez, puxando meu corpo pra cima do seu.

— Vai dizer agora que não sentiu? Foi a primeira coisa que você disse ao me ver.

Eu o olhei do peitoral aos olhos e o encarei.

— E tinha como não sentir?

Ele fingiu incredulidade por conta do meu olhar travesso.

— Que perversa! Está dizendo que sentiu minha falta por causa de sexo?

Eu o olhei o seriamente que poderia.

— Você sabe que não é só isso. Eu senti falta do seu amor e do seu cuidado por mim.

O sorriso que tinha em seu rosto se esticou ainda mais.

— Pois bem, — Ele começou e me beijou. — Agora eu estou aqui para cuidar você.

— Acho bom ficar aqui pelo menos pelas próximas horas. — Rebati e roubei mais um beijo dele, que acabou nos levando para mais um intenso sexo.

 

Nos levantamos apenas para comer e pedimos comida, pois estávamos com preguiça e pouca disposição para ficar no fogão. Estávamos na sala assistindo algo na TV, Roman somente de cueca e eu com uma camisa sua, enquanto eu ainda beliscava um Yakisoba. Olhei pro relógio da TV e já era mais de meia noite, então eu me virei para encarar ele, colocando a comida de lado e pegando suas mãos na minha.

Eu amava observar cada detalhe dele. Seus pelos loiros, seu corpo escultural, o comprimento dos seus dedos agarrados aos meus. Quando cheguei em seu olhar, ele já estava sob o meu e não só na mesma altura, mas também na mesma sintonia. Ele me olhava do mesmo modo que eu o olhava, transmitia o mesmo afeto, carinho, aquela pura paz que nos domina quando matamos uma saudade, sentimentos que eu transparecia.

— Eu estou muito feliz de estar aqui com você. E não só porque é seu aniversário, e não só hoje, mas por todos os outros dias anteriores e pelos dias que virão. Minha vida não era ruim, mas ela era comum. Eu só amava meus amigos, meu trabalho e minha cama e nada mais. — Ele apertou minha mão quando a emoção do momento me tomou e limpou uma lágrima que fugiu dos meus olhou e então eu continuei, me aproximando ainda mais dele. — Mas então Aubree apareceu e depois você. E Cristo, eu detestava você. Como eu pude? Como o destino pôde? Ele veio e me mostrou o amor justamente através de você. Antes, eu sentia que nada faltava, mas hoje eu percebo que faltava você na minha vida. Faltava alguém pra eu brigar porque não fecha a tampa da pasta ou pra brigar comigo por causa da minha bagunça. Faltava alguém pra aquecer meu corpo e que me dê uma boa noite de sono. Faltava você, mas agora eu te tenho e eu te prometo que eu vou fazer o possível pra nunca te perder. — Eu disse e o beijei.

Um beijo também aquecido, mas dessa vez de amor.

Não havia sido fácil me abrir, mas era como se eu tivesse me livrado de um peso e de repente me banhado de muita felicidade. Felicidade que reluziu nos nossos sorrisos quando nos separamos e eu então sussurrei.

— Feliz aniversário, meu amor.

Ele me respondeu com um beijo.

— Esse já foi o melhor presente que você me deu.

— É porque você não viu o próximo. — Eu respondi com um riso, mas antes dele perguntar algo, eu sentei em seu colo e namoramos mais uma vez, ficando cada vez mais sedentos um do outro.

 

A noite passou de uma maneira linda, matando a saudades um do outro e alimentando o fogo do nosso amor. Acordamos descansados e firmes em nós mesmos. Ele começou a cozinhar e o dia parecia correr normalmente para ele, mas eu e Weller acabamos planejando de levar todos a um bar com uma música boa e muita bebida.

Antes, porém, resolvi tirá-lo de casa para que ele pudesse ver Aubree e eu também, já que estava com saudades da menina.

— Eu queria comer a carne com molho de churrasco. — Disse olhando-o mexer no armário.

— Eu vi você mexendo aqui e você sabe que não tem.

— Então vamos ao supermercado, uai. — Rebati e me aproximei dele com os olhos suplicantes. — Você não vai fazer uma desfeita dessa com sua namorada, vai?

Ele riu e passou a língua no lábio superior.

— Claro que não.

Saímos de casa comigo no volante então foi fácil desviar o caminho pro orfanato. Ele ficou muito feliz pelo desvio e logo que chegamos, vimos que Aubree estava na mesma felicidade.

— Feliz aniversário, pai! — Ela disse pulando nos braços dele e quase o derrubando e logo depois me olhou e pulou para mim. — Tia Tasha!

— Oi, querida. — Retribui o abraço que ela me deu e Roman nos olhou. — Eu estava com muitas saudades de você!

— Eu também estava. Fico feliz que a senhora tenha voltado pro aniversário do meu pai.

— Eu voltei de vez. Meu trabalho em Chicago já acabou.

Ela sorriu satisfeita então Roman nos interrompeu.

— Nós viemos aqui pra você dar carinho ao seu pai que está ficando velho ou para vocês matarem a saudade uma da outra?

Nós duas rimos e eu decidi provocá-lo.

— Acho que um pouco dos dois.

Aubree pediu licença e voltou minutos depois com um desenho pro pai dela.

Quando abrimos, vimos que se tratava de nós três, um boneco de neve e uma mensagem “Enquanto o senhor não me der mesada não posso comprar nada, mas posso agradecer por tudo que o senhor me deu e principalmente pela família. Eu amo você, pai. Espero que o senhor seja tão feliz quanto eu sou por ter você na minha vida. O aniversário é seu, mas você é meu maior presente.”

Depois disso, eles se abraçaram e eu virei uma mera espectadora por uns minutos de um pai e uma filha que se amavam imensamente tanto quanto implicavam um com o outro.

Não poderíamos ficar muito tempo então voltamos pro carro logo depois de Aubree entrar. Quando entramos no carro, Roman ficou encarando a cartinha da filha com os olhos lacrimejantes.

Levei minha mão ao seu rosto e enxuguei uma lágrimas que estava prestes a cair e então ele me olhou.

— Eu acho que me apaixonei pelo cara mais emocional do universo. — Eu disse e nós dois rimos.

Ele me olhou e enxugou os olhos.

— Ah, desculpa, é que… — Mas eu o interrompi com um beijo.

— Sem desculpas. Isso é um dos motivos pelo qual eu sou apaixonada por você.

Seu sorriso triplicou.

Ele guardou a cartinha no bolso do casaco e fomos para o supermercado e depois pra casa.

 

Ele recebeu ligação da Jane, que não pôde encontrá-lo. Creio que ele estranhou porque Jane apenas o ligou, mas Kurt a segurou, alegando que ele o chamaria para ir ao bar. Durante o dia, ele comentou sobre a irmã saber que ele não gosta de festas e talvez por isso ela não tinha aparecido.

Quando a noite caiu, eu o perturbei até ele decidi sair. No final, ele acabou gostando de arrumar ao me ver na frente do espelho com um vestido vermelho.

— Uma pena que tenhamos que sair de casa agora. — Ele disse me abraçando por trás.

O vestido tinha parte das costas nuas, mas como estava com o cabelo grande, disfarçava um pouco. Eu já estava com maquiagem, mas sem batom então eu o beijei. Ele estava mais bonito que o normal com uma camiseta verde, calça e tênis pretos. A cor da camiseta havia destacado a cor dos seus olhos e ele havia aparado a barba.

— Nós vamos voltar alguma hora. — Respondi com humor e ele sorriu.

Saímos de táxi, pois estávamos planejando beber.

Assim que cheguei no bar, Patterson já estava lá e me abraçou e depois cumprimentou o Roman e me olhou com desconfiança, provavelmente por termos chegado juntos. Porém, não restou muito tempo para ela falar algo pois logo Jane e Kurt chegaram. Ela abraçou imediatamente o irmão.

— Ei, você veio! — Ela disse animada e o abraçou.

Ele olhou para mim e para o Weller enquanto a abraçava e disse.

— Eu vim!

Kurt coçou o queixo pela reação dele então eu o empurrei de brincadeira.

Ela então virou-se para mim.

— Uau, Tasha, você está muito bonita.

— Ela está. — Roman completou e todos o olharam e ele me encarou.

— Obrigada, mas todos vocês estão! — Respondi sustentando um pouco o olhar que ele me deu e depois olhando para os demais. Jane estava num lindo vestido preto e Patterson estava com um macacão. Kurt estava de preto, assim como Jane.

Nos cumprimentamos todos e então fomos nos sentar e pedir bebidas, que não paravam de chegar. Logo começou uma música e Patterson me puxou para dançar e eu fui, pois já tínhamos bebido bastante e Roman estava conversando com a irmã. Algumas músicas depois, Jane e Kurt vieram, mas Roman não.

— Como assim vamos todos ficar aqui e ele lá?

— Você sabe como ele é. — Jane disse por cima da música e se virou para dançar com o Kurt.

 

Eu cheguei perto dele e puxei sua mão.

— Vem.

Ele me encarou e começou a rir com o nosso estado de um pouco de embriaguez.

— Você sabe que eu não sei dançar.

— Aprende, uai. Eu não sabia dançar antes.

— Não? — Ele disse e puxou minha cintura com a mão livre. — Você é tão boa de ginga.

Eu o encarei de maneira levada.

— Vocês sabe, uma boa ginga depende de quem vai conduzir, não só de quem vai remexer.

Isso o fez rir e me deu brecha para insistir.

— Venha, por favor.

Ele cedeu e depois que levantou não soltou minha mão.

— O que eu não faço por você.

— Nada. — Eu respondi seguido de um sorriso.

 

Jane e os outros ficaram bem surpresos quando o viram ali e Jane o encarou.

— Você realmente veio? — E o abraçou.

Eu a encarei e ri.

— Não há nada que eu não consiga, querida. — Rebati com humor e começamos a dançar com muito humor e eu resolvi provocá-lo, até ele chegar perto de mim e sussurrar em meu ouvido.

— Você sabe que vai me matar, não sabe?

Eu apenas acenei com a cabeça que sim.

Seu riso solto me dava a certeza de que aquele era o momento certo de fazer aquilo, então conforme a música foi ficando mais alta e mais envolvente, eu coloquei minha mão esquerda em seu pescoço e puxei seus olhos pros meus e seu sorriso aumentou.

Percebi que ele olhou rapidamente ao redor.

— Você quer me beijar?  — Perguntei com atrevimento e ele deixou escapar um sorriso feliz, embora um pouco surpreso e se aproximou ainda mais de mim, o que nos deixa num clima ainda mais íntimo.

— Você sabe que eu quero fazer bem mais que isso. Quanto você já bebeu hoje pra me fazer essa pergunta tão atrevida, Tasha?

Não pude não rir, o que deixou bem claro que eu já havia bebido bastante, e a julgar pelo fato de que ninguém havia nos interrompido e ele não havia colocado distância entre nós, todos ali também haviam bebido bastante também, ou estavam nos assistindo.

Eu tentei engolir o riso, porém, queria que ele soubesse o quão sério eu estava levando aquele momento, o quão sério eu estava levando nossos sentimentos um pelo outro.

— Acho que eu bebi o suficiente pra saber que é o momento certo de fazer isso. — Eu disse e o puxei em direção aos meus lábios.

Seus lábios logo perceberam o que os meus queriam, assim como seu corpo percebeu o que o meu queria e logo suas mãos estavam na parte mais baixa das minhas costas e seus lábios estavam dançando com seu gosto de cerveja com o meu. O modo como seus lábios roçavam nos meus, como suas mãos esquentavam meu corpo, só me faziam ficar mais firme na decisão de mostrarmos aos nossos amigos que estávamos juntos e felizes assim. Nos separamos pela milésima vez com um sorriso no rosto, e quando colamos uma testa na outra, fomos interrompidos por aplausos de Jane, Kurt e Patterson, que agora estavam tirando onda com a nossa cara.

Ficamos abraçados e eu me virei para meus amigos e todos eles estavam felizes e eu também fiquei feliz, pois não só eu estava fazendo Roman feliz e vice-versa, mas todos estavam felizes com isso.


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Notas finais do capítulo

Me deixem saber o que vocês acharam!



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