Don't Wanna Know escrita por Queen Jeller


Capítulo 18
Capítulo 18: XO


Notas iniciais do capítulo

Hoje faz exatamente um ano que eu tive a ideia dessa fanfic após conhecer um pouco do Roman. De lá pra cá, muitas pessoas entraram nesse navio comigo e eu sou muito feliz por ter me aproximado dessas pessoas. Alguns dias atrás, uma dessas pessoas me ofereceu um prompt e aqui está ele eternizado nesse capítulo. Muito obrigada por isso, Marcella. E esse capítulo é pra você.
Meus agradecimentos e aplausos a Alice Weller que foi quem escreveu boa parte desse capítulo comigo. Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724093/chapter/18

Acordei com uma batida na porta. Por um devaneio, achei que estava em casa, mas ao abrir os olhos, lembrei que estava na casa, mais propriamente no quarto de Roman. Aubree estava despertando pelas batidas quando me levantei pra abrir a porta.

— Trancou-se pelo lado de fora? — Perguntei com o melhor dos humores para Roman que carregava uma bandeja com café da manhã.

Ele respondeu com um beijo rápido e entrou. Aubree já estava sentada na cama, mas ainda coçando os olhos quando sentamos novamente na cama.

— Bom dia, pai. — Ela disse logo que seu pai sentou-se e o abraçou.

— Bom dia. — Ele disse com um sorriso no rosto retribuindo o abraço e logo olhou para mim.

Logo Aubree também estava olhando pra mim.

— Não vai me desejar bom dia? — Perguntei sorrindo pra ela e ela então veio me abraçar.

— Bom dia, tia. Eu estou feliz porque a senhora ta aqui. — Ela disse e continuou em meus braços.

Eu estava sentada de um modo que ela sentou-se no meu colo e eu estava brincando com seus cabelos loiros.

— Eu também estou feliz por estar aqui. — Rebati e então Roman me olhou, me dando um daqueles sorrisos calados e tímidos dele que transmitiam para mim algo que eu sequer sabia descrever.

Começamos a comer em silêncio até que Roman começou a puxar assunto com Aubree, embora ele não tirasse os olhos das minhas mãos que estavam ao redor da filha dele.

— Você dormiu bem? — Ele perguntou.

— Sim. Eu sonhei que a tia Jane tinha dois filhos! — Ela começou a contar com uma animação enorme. — Um menino e uma menina, mas eles só pareciam a tia Jane e só o menino tinha os olhos do tio Kurt e eles eram bem legais. A tia Jane estava super feliz, mas era difícil segurar duas crianças. Ela me deixou segurar a bebê, foi bem legal. Eu nunca tinha segurado um bebê.

Eu e Roman rimos da animação dela contando e ela virou-se pra mim.

— A senhora acha que a tia Jane vai ficar feliz em ter dois bebês?

— Eu acho que ela seria a mulher mais feliz do mundo se ela tivesse dois bebês.

— E você, ficaria feliz em ter algum bebê?

Não pude não rir, principalmente quando vi o constrangimento do Roman que era adorável.

— Todo mundo ficaria feliz em ter um bebê, mas eu tenho você pra ser minha bebê — eu a abracei mais forte, o que a fez sorrir, e depois continuei — e se tia Jane tiver bebês eu posso ajudar ela. Depois, se algum dia eu tiver um bebê então eu vou amá-lo muito.

Aubree encarou Roman, como se tivesse desafiando-o. Ele me olhou com timidez e eu estava segurando o riso, o que o deixou ainda mais vermelho.

Conviver com ele e Aubree fora do orfanato era ainda mais divertido do que eu havia pensado inicialmente. Era tão engraçado o modo com o qual ela o tirava do sério, da zona tímida e de conforto dele, mas no fundo eu sabia que era por isso que ele a amava e a queria como filha. Ela o tirava de uma zona de conforto e colocava ele num lugar novo. Isso era adorável de se assistir e agora de viver.

Terminamos de comer e então Aubree saiu do meu colo e foi tomar banho.

Eu fui pra cozinha com o Roman ajudar ele a limpar tudo já que ele havia cozinhado sozinho. Colocamos tudo em ordem e Aubree saiu do banheiro e então Roman pediu para que eu fosse. Saí do banho já com novas roupas e Aubree estava no sofá. Roman foi tomar banho e eu sentei no sofá com ela que assistia algum desenho animado que eu desconhecia.

O desenho foi pro intervalo e passou o comercial de um parque de diversões. Era há uns dois quarteirões da casa e vi os olhos de Aubree brilhar ao ver o comercial.

— Você gosta de parque? — Perguntei fingindo nenhum compromisso.

— Eu nunca fui em um. — Ela logo rebateu. — Meus antigos pais não saiam muito comigo, mas eu sempre quis andar de montanha russa e de roda gigante.

— É bem legal. — Eu respondi e ela então sorriu pra mim. — Aposto que um dia o seu pai vai te levar pra um.

— Eu adoraria que você viesse conosco.

— Eu com certeza irei com vocês, se você quiser.

Nosso papo foi interrompido quando Roman apareceu atrás do sofá. Ele logo sentou-se entre nós e colocou os braços sob os nossos ombros. Ficamos um tempo ali assistindo TV, mas o tempo passou rápido e logo o horário do almoço chegou. Decidimos pedir comida árabe e quando o entregador chegou, Roman pediu para Aubree pegar a carteira. Era o meu tempo de falar com ele.

— Vamos pro parque. — Eu disse pra ele.

— De onde saiu isso? — Ele perguntou.

— Aubree nunca foi ao parque e tem um aqui perto. Ela quer muito ir.

Nossa conversa foi interrompida novamente quando ela chegou. Roman me olhou e acenou com a cabeça. Comemos e enrolamos um pouco em casa assistindo TV, até que eu tive a ideia de sair para caminhar. Trocamos de roupa para algo mais leve pois o dia estava quente e alguns minutos depois estávamos em frente ao parque.

Os olhos de Aubree brilhavam quando viu a roda gigante. Entramos no parque, eu estava feliz por ver aquele sorriso no rosto de Aubree e consequentemente no rosto de Roman. Eles tinham felicidade e prazer em coisas que pra muitos poderia parecer algo bobo, o que me encantava. Eles me faziam acreditar no lado bom das coisas quando eu passava a semana vendo coisas ruins no trabalho.

Aubree escolheu a maioria dos brinquedos que queria ir e então compramos bilhetes para nós três. Ela estava sozinha no carrinho de bate-bate e Roman a observava e ele então me abraçou, dando um daqueles carinhosos beijos em minha testa.

— Muito obrigada. — Ele disse e eu sabia exatamente pelo que era, mas eu apenas respondi com um beijo e sorri de volta pra ele.

A vez de Aubree acabou e então Roman foi pegá-la na saída do brinquedo.

Com poucas nuvens, a luz do sol refletiu em seus olhos, eu nunca tinha descoberto o tom real de seus olhos, mas neste dia eles estavam impressionantemente azuis. Eu amava o seu rosto com aquele sorriso. Adorava o brilho dos seus olhos que aumentavam ainda mais quando ele estava com a filha. Como estava me sentindo boba naquele momento ao ver ele se aproximar com suas mãos enlaçadas nas de Aubree.
Quando me avistou Aubree correu em minha direção.
— Tia Tasha — eu abaixei para ficar a sua altura — eu quero muito aquele jacaré de pelúcia, mas meu pai disse que você é a única aqui no parque capaz de conseguir ele para mim.
— Se o seu pai diz, me mostre o jacaré que farei o possível pra conseguir ele pra você — respondi tomando a sua mão.
Ela me levou para a barraca de tiro ao alvo. Realmente o alvo era difícil, mas nada impossível para alguém que fez treinamento em Quântico, mas Roman era bem capaz de fazer isso também. Eu disse que topava e enquanto Aubree estava distraída me virei pra ele.
— Não sou só eu que sou capaz de acertar isso — eu disse enquanto ele trocava a ficha pela pequena arma de airsoft.
— Eu sei que não, mas ela ficou feliz com a ideia, e eu também — ele disse com o sorriso no rosto enquanto me passava a arma — quero ver se você é realmente boa.
— Okay — disse o atendente da barraca — você tem três chances para acertar no alvo. Se você acertar no meio pode escolher qualquer um dos prêmios. Caso contrário, eu somo os pontos que você fez e você escolhe o prêmio de acordo com a pontuação. Entendido?
— Entendido — respondemos juntos, eu, Roman e Aubree.
Estava tentando me concentrar quando senti algo. Era a Aubree puxando a barra da minha blusa.
— Você consegue, eu e meu pai acreditamos em você. — ela disse sorrindo e me deu um beijo.  
Eu sorri pra ela, e olhei para Roman que estava do outro lado. Ele concordou dando uma piscadela. Eu era boa de mira, mas a pressão ali parecia maior. Se eu já estava nervosa, naquele momento estava 3 vezes mais.
Meu primeiro disparo passou perto do alvo. Precisei colocar o revolver pra baixo e enxugar o suor da minha mão. Eu subestimei aquilo, era realmente difícil. Principalmente sob tal pressão.
O segundo disparo foi direto, bem no meio do alvo. Eu tinha conseguido.
Senti a Aubree pulando no meu colo, se não fosse pelo Roman teríamos caído no chão, o que não seria muito legal.
Enquanto Aubree dizia para o atendente qual prêmio queria, Roman se aproximou de mim e em um movimento rápido me deu um beijo na boca.
— Eu sabia que você ia conseguir — ele disse sussurrando no meu ouvido. — Principalmente porque você adora um desafio.

Eu sorri com sua afirmação.
— Não me faça fazer isso novamente — eu disse rindo — eu quase não consegui.
— Que nada, você tirou de letra.
— Obrigada tia Tasha, você foi demais — a Aubree falou nos interrompendo, com os olhos brilhando de felicidade — eu adorei.
Aubree saiu na frente segurando seu enorme jacaré de pelúcia deixando eu e Roman pra trás. Ele passou seu braço pelo meu ombro, eu fiz o mesmo passando o meu pela suas costas. Seguimos rindo e conversando logo atrás dela. A tempos não sentia essa paz. Enquanto caminhávamos uma brisa passou por nós, fazendo o perfume dele grudar no meu nariz. Sorri para mim mesma, sentindo orgulhosa por estar andando abraçada com o homem mais bonito que já tinha conhecido.

Brincamos em mais alguns jogos e a tarde começou a cair quando olhei para o horizonte e vi o sol começando a se pôr. Uma das coisas mais simples e que mais me fazia feliz era contemplá-lo. A beleza de mais um dia vivido, e aquele tinha sido de plena felicidade do lado de pessoas que eu gostava tanto, embora não conhecesse há tanto tempo. Nós já tínhamos ido em todos os brinquedos e eu estava faminta, então resolvi fazer uma proposta.
— Que tal a gente sentar naquelas mesas, comprar um cachorro quente enquanto assistimos o pôr do sol? - eu disse empolgada.
— Ainda falta um brinquedo para a gente ir, Tia. — Aubree disse e puxou minhas mãos em direção ao brinquedo.

— E acho que a gente vai conseguir ver o pôr do sol melhor de lá do que daquelas mesinhas - Roman reforçou.

Quando ela parou na frente da roda gigante eu congelei, não poderia acreditar. Eu tinha um certo pavor de qualquer altura sem adrenalina, e roda gigante era um desses pavores. Minha mão começou a suar. Eu não queria assumir meu medo perto da Aubree, ela era apenas uma criança que estava experimentando coisas novas, eu não poderia simplesmente dizer que era perigoso ou algo do tipo, porque realmente não é. Era um medo pessoal e eu não queria estragar o passeio dela. Ela havia ficado tão empolgada ao ver a roda gigante no comercial que eu não poderia quebrar a magia daquilo.
— Eu estou faminta, podem ir vocês dois eu vou preferir assistir o pôr do sol enquanto como o meu cachorro quente — eu disse e virei as costas andando em direção oposta.
Roman tirou o dinheiro do bolso e deu para Aubree comprar as fichas e veio atrás de mim.
— Ow, onde você vai? - ele disse me alcançando e pegando na minha mão, o que o fez perceber que eu estava nervosa.
— Jesus, que mão gelada.
— Estou com fome, é por isso. E já nos divertimos muito nós três juntos. Acho que seria legal ir só vocês dois dessa vez — eu disse soltando a minha mão da dele, antes que ele percebesse algo.
— Você está com tanta fome assim que não pode ir em um brinquedo por 10 minutos? Ou você está passando mal?

— Não é isso. — Eu disse ainda não querendo assumir meu medo.

—  Hoje é para ser um passeio de nós três, se você não for, não vai ter a mesma graça — ele disse olhando no fundo dos meus olhos — nem pra mim e nem pra ela.
Aubree então se aproximou da gente, devolveu o troco para o Roman e entregou os nossos tickets. Com a mão esquerda segurou a minha mão e com a mão direito pegou a mão do Roman. Não tive como escapar e nem pra onde correr.

Eu não tinha como dizer não para eles para dizer sim pro meu medo. Eles eram maiores para mim do que isso. Eu só precisava ficar de olhos fechados, estava de óculos escuros mesmo, eles não iam perceber isso, mentalizei.
A cabine era redonda, toda fechada. Dos assentos pra cima era de vidro para que nós pudéssemos enxergar o lado de fora e tinha quatro assentos. Roman entrou primeiro, logo depois a Aubree que se sentou ao lado dele "melhor ainda" pensei, "eles não vão nem desconfiar". O funcionário fechou a portinha e deu o ok para começar a rodar.
No primeiro balanço eu assustei e levei as minhas duas mãos a perna do Roman.
— Você tá bem? — ele perguntou segurando mais firmemente as minhas mãos.
— Sim, tudo bem, só desequilibrei. Não estava preparada ainda. — menti voltando as minhas mãos para o meu colo.

Na verdade eu estava me perguntando como eu não havia tido medo de andar em helicópteros em algumas ocasiões no trabalho, mas agora estava com medo.
A velocidade foi aumentando, eu tentei fechar os olhos mas senti como se tivesse dez vezes mais rápido, então respirei fundo e enxuguei o suor das minhas mãos na calça. Ao olhar pro lado percebi que já tinha ido uma volta. Só mais quatro, você vai conseguir, pensei. Mais uma volta. Mais uma. Tudo tranquilo até que a roda gigante parou, e nossa cabine ficou no topo.
— O que que tá acontecendo? — perguntei tentando não parecer tão nervosa.
— Já que somos os únicos nessa roda gigante, pedi que o moço nos deixasse um pouco aqui em cima, para que você pudesse ver melhor o pôr do sol — ele disse sorrindo.
As intenções dele eram tão perfeitas, eu não poderia pedir mais... se eu não tivesse tanto medo. Eu não conseguia olhar para o lado, eu mal conseguia tirar os olhos dos meus pés.
A mesma corrente de vento que veio mais cedo e me fez agradecer, resolveu aparecer e fez a cabine balançar, muito. Mais uma vez segurei nas pernas do roman, dessa vez um pouco mais forte pois a cabine não parava.
— Você tem certeza que ta tudo bem? Você tá pálida — ele disse fazendo carinho nas minhas mãos.
Eu resolvi deixar as minhas mãos ali, vai que ele conseguia me deixar mais calma.
A Aubree parecia distraída, curiosa que só ela, estava adorando ver tudo de cima. Eu me senti tão pequena e boba por ver uma criança de 8 anos sem medo algum e eu com muito medo, mas  aproveitei para confessar pois esconder isso dele só o deixaria preocupado.
— A verdade é que eu tenho medo de roda gigante — eu disse quase cochichando.
— É sério? — Roman perguntou tapando a boca para não rir.
— Sério — eu disse abaixando a cabeça e dando um tapinha no joelho dele pelo riso.
— Deus, por que você não falou antes?
— Por causa dela — eu disse apontando minha cabeça para Aubree que estava distraída com a paisagem.
— Filha — Roman disse despertando a atenção dela — que tal você trocar de lugar com a Tia Tasha, para você também ver o lado de lá.
— Boa ideia, pai. Você pode trocar de lugar comigo, Tia Tasha?
— Claro, bebê — Roman ajudou a Aubree com o seu jacaré e segurou as minhas mãos para eu mudar de lugar.
Com a nossa troca a cabine começou a balançar mais uma vez.
— Aí meu deus — eu sussurrei com a voz trêmula por impulso enquanto me acomodava.
— Ei, calma — roman segurou a minha mão — olha pra mim, vai ficar tudo bem, em poucos minutos estaremos em terra firme.
— Tia Tasha, você pode ficar com o meu jacaré se você estiver com medo — ela disse com uma pureza tão linda no olhar — ele me ajudou a não ficar com medo, e vai te ajudar também eu tenho certeza. Você quer?
Eu peguei o jacaré das suas mãos e ela se virou de costas pra nós, procurando alguma coisa lá embaixo.
Eu olhei para o Roman e ele tinha o mais lindo dos sorrisos no rosto. Passou o seu braço por cima do meu ombro e eu me acomodei no seu peito. Era tão confortável ali, nem parecia real.
— Estou bem melhor agora — eu disse passando as mãos na pelúcia do jacaré da Aubree.
— Por minha causa ou por causa do jacaré? — Roman perguntou sarcasticamente.
— Que pergunta.  Óbvio que por causa do jacaré - respondi bem direta.
Ao virar meu rosto pra cima encontrei meus olhos com os dele. E em um ato mútuo nossas bocas se encontraram, um beijo rápido para não sermos pegos por Aubree.
A cabine começou a balançar, a roda gigante estava rodando. Logo agora que eu estava gostando. Ele me segurou, como se pudesse e quisesse tirar todo meu medo com aquele abraço.Do outro lado a Aubree nem piscava. Demos mais uma volta e finalmente chegamos. Terra firme.
Ao pisar no chão minhas pernas falharam, eu estava tão tensa que quando passou e chegamos no chão eu relaxei de tal forma que minhas pernas quase não aguentaram.
— Você tinha razão, o Sr Jacaré me ajudou muito, fiquei bem melhor depois que você me emprestou ele — eu agradeci entregando o jacaré para a Aubree.
Ela sorriu e pegou o jacaré. Com a mão livre pegou na mão do Roman, e eu segurei a outra mão dele.

 

Voltamos pra casa e Roman colocou Aubree nos braços, pois ela dizia estar cansada. Compramos uma pizza e então jantamos ela quando chegamos em casa. Logo depois, Roman disse para Aubree ir tomar banho e ficamos somente nós dois na cozinha. Aproveitamos o momento pra trocar alguns beijos, mas logo ela voltou pra sala. Porém, ela já estava de pijama.

— Tia, — Ela me chamou com a cabeça pra dentro fora da porta — você pode vir aqui?

Roman nos olhou com preocupação, mas eu apertei a mão dele e o acalmei.

— Claro que sim.

Ela entrou no quarto e então eu a acompanhei.

 

POV ROMAN

 

Eu estava terminando de jogar o lixo no local quando Tasha saiu do quarto. Ela havia enxugado o rosto, mas dava pra perceber que ela havia derramado algumas lágrimas. Ela porém veio em meu sentido sorrindo e me abraçou pelo pescoço.

— Está tudo bem? — Eu perguntei ao ver seus olhos ainda emocionados.

Ela me olhou com aquele seu sorriso que encolhe um pouco dos seus olhos e me faz querer apertá-la.

— Está sim. Você tem uma filha incrível.

— Uma filha e tenho você.Você é incrível. — Eu disse e então coloquei seu cabelo atrás da sua orelha, com meu dedo deslizando pro seu queixo e eu depositei mais um beijo em seus lábios. — O nosso dia foi ainda mais maravilhoso porque você estava conosco.

Meu coração estava tão cheio de bons sentimentos por tê-la comigo. De uma maneira que eu nunca imaginei que estaria alguns anos atrás, mas agora que eu estava com eles ali, eu só queria poder transbordá-los, principalmente para ela que era quem me fazia sentir aquilo.

— Eu sei que foi você que me escolheu, — eu disse entrelaçando nossos dedos e olhando no fundo daqueles olhos castanhos, para que ficássemos ainda mais perto do que estávamos, — mas eu sou muito grato por isso. Por você ta aqui e por aceitar dividir esses momentos com Aubree. Você encarou seu medo por ela e isso só me dá certeza do quão sortudo eu sou por ter você aqui.

Ela respondeu com um beijo muito terno, o que me fez abraçá-la mais forte.

— Tão romântico! — Ela disse com um pouco de deboche, mas um tanto lisonjeada. — Eu que sou sortuda por ter vocês e por você me deixar participar da vida dela. Vocês são muito especiais pra mim.

Foi a minha vez de responder com um beijo, que logo se intensificou.

Minha mão já estava na barra da sua camisa  e sua respiração já estava ofegante quando eu parei, embora ela tivesse continuado beijando meu pescoço.

— O quarto está ocupado. — Eu sussurrei e ela sorriu pra mim, puxando-me pela calça com seu olhar malicioso.

— E quem disse que uma casa tem apenas quarto? — Ela respondeu e me jogou na porta do banheiro, onde eu sabia exatamente o que iríamos fazer.

Iríamos fazer aquilo que tanto queríamos agora.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para deixar mais claro:
O prompt de Tasha no parque com Roman foi de Marcella
Foi Alice Weller quem escreveu 96% dos momentos no parque, que inclusive me fez gritar horrores quando me mandou esse capítulo. Você é mto talentoda, menina. Adoro você!
Comentários são bem vindos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Don't Wanna Know" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.