Fique em silêncio escrita por ChibiMoon


Capítulo 1
Pouco som


Notas iniciais do capítulo

Eu comecei a escrever uma história similar ano passado e durante um acidente de percurso acabei perdendo tudo o que escrevi e agora volto aqui para tentar novamente.
Não sou boa no português e na redação, mas espero que possam ajudar em qualquer aspecto para que eu continue escrevendo e a qualidade seja sempre a melhor!
Boa leitura.



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Deitada de bruços, apenas com parte do quadril coberto pelo edredom e ainda adormecida após uma madrugada chuvosa e de vários pesadelos. O vento que passava silencioso e gelado pela fresta da janela roçava em seu pé, obrigando-a a levantar, pois julgava impossível dormir em tais condições. Talvez seja um hábito de seus pais ou sua personalidade revolucionária que cultivara desde criança, mas deixar os pés descobertos era rotina em todas as suas noites de sono, incluindo as de inverno.

Chateada com o clima que invadia seu quarto e incomodada por não ter tido uma noite agradável de descanso, Ágata levantou-se da cama de forma automática, pois ainda não estava totalmente acordada. Após fechar a janela em um movimento brusco e de total descontentamento, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho e quem sabe assim, ficar totalmente sã. As turbulências de seus pesadelos foram aos poucos surgindo em sua mente, revivendo seus terrores noturnos e despertando uma antiga angústia que mantinha dentro de seus pensamentos.

Era impossível que suas visões de acontecimentos passados voltassem em uma noite comum, uma vez que Ágata esteve determinada a esquecê-los para sempre. Entretanto, após um momento de reflexão, não pode deixar escapar a surpresa de ser enganada pela própria mente, já que hoje era o dia, a data tão esperada. Na verdade, a data nunca esperada.

Oh Deus, não.— soltou um sussurro quando se deu conta de que dia era.

Rapidamente, Ágata levantou-se da cadeira, preparou um café, vestiu uma roupa confortável e quente, sentou-se novamente e enquanto comia torradas com seu café preto e amargo tentou encarar a angústia de ter que reviver todo o horror pelo qual ela passou quando era mais nova, algo bem mais amargo que seu café.

— Faz tanto tempo... Não achava que iria superar, mas por fim eu... haha, EU ESTAVA BEM! Mas que porra... – e olhando para o chão, chorou por alguns minutos antes de se levantar e seguir porta a fora.

Uma vez fora de sua casa, Ágata respirou fundo o ar gelado daquela manhã, acalmou-se e tentou traçar o caminho que teria de fazer naquela segunda-feira de fevereiro. Passou a segunda metade do ano passado cuidando de si e principalmente tentando digerir a situação na qual esteve nos últimos anos. Como não estava acostumada a ter encontros com mais de cinco pessoas, encarar a rua de sua cidade que mesmo cedo já estava movimentada foi aterrador. Ainda falava, escutava e enxergava tudo com perfeição, mas já não conseguia se comunicar plenamente com outros indivíduos e sentia-se pressionada por cada olhar que recebia. Aliás, Ágata recebia muitos olhares enquanto andava pelas ruas, entretanto sabia que não era observada pela sua aparência jovem ou por seu belo cabelo longo e castanho, mas pelas profundas olheiras e pela grande cicatriz que tinha no pescoço.

Seria um dia daqueles.


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Notas finais do capítulo

Pretendo desenvolver bem este conto e quero MUITO conseguir dar qualidade pra quem quiser ler. Segundo capítulo semana que vem.
Espero que gostem!



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