Just The Destiny escrita por Giii_Poynter


Capítulo 16
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/72391/chapter/16

- Uau Brad, você estava preocupado comigo? – Perguntei com uma pontinha de esperança.

- CLARO QUE NÃO! EU ESTAVA PREOCUPADO COM A LOJA QUE VOCÊ DEIXOU SOZINHA. – Ele gritou.

Ah claro, eu havia me esquecido com quem estava falando. Brad nunca teria amor no coração.

- Você é ridículo. – Falei.

Ele me deu um tapa na cara, pegou o meu braço machucado, me puxou e me jogou no sofá.

- Ai Brad! Meu braço...

- Você vai ficar aí e me contar onde você estava e como se machucou desse jeito. Senão...

- Senão o quê? – Levantei a sobrancelha. Brad precisava de mim. Então, ele simplesmente não podia me botar no olho da rua porque ele não tinha dinheiro para contratar uma empregada e nem uma nova vendedora, ele precisava de mim para limpar sua casa e cuidar de sua loja.

- Senão eu vendo Meg para um tráfico de órgãos. – Ele colocou as mãos na cintura, orgulhoso de sua idéia.

Arregalei os olhos. Eu odiava só pensar no fato de Meg se ferir por minha causa. E Brad sabia disso.

- Você ama aquela pirralha, né?

- Você não faria isso... – Falei.

- Se você acha isso, é porque você não me conhece nem um pouco, Jenny. – Ele deu um sorriso maligno. – Anda, me conta agora o que aconteceu.

E contei toda a história para ele. Não que eu quisesse, mas eu tinha que contar, pela vida de Meg.

- O QUE? Eu não acredito que você fez isso... – Ele falou. – COMO VOCÊ OUSOU ME DESRESPEITAR E FUGIR DE CASA? E AINDA SE DEU MAL! BEM FEITO.

Olhei para baixo.

- AH, MAS EU JÁ SEI DE QUEM FOI A IDEIA. FOI DO NETO DA VELHA DA CONCORRÊNCIA, CERTO?

Não respondi.

- JENNIFER, EU FALEI PARA VOCÊ NÃO ANDAR COM ELE E VOCÊ NÃO ME OBEDECEU. ÓTIMO, VOCÊ CAVOU SUA PRÓPRIA COVA. AGORA, EU VOU TE BUSCAR NA ESCOLA E VOU FICAR O DIA INTEIRO NA LOJA IMPEDINDO QUE AQUELE MOLEQUE FALE COM VOCÊ.

Revirei os olhos.

Ele percebeu e puxou meu braço, me levantando.

- Você não sabe com quem está se metendo, Jenny. – Sussurrou em meu ouvido.

Puxei meu braço de suas mãos e fui para o meu quarto.

Quando cheguei lá, Meg estava atrás da porta. Provavelmente, havia ouvido tudo.

Me abaixei para ficar da sua altura e falei:

- Me desculpe por isso, Meg. Mas vai ficar tudo bem.

- Você sempre diz isso. E sempre está errada. – Ela falou, virando as costas para mim.

E o pior era que Meg estava certa. Eu sempre mentia para ela e até para mim mesma dizendo que tudo ia ficar bem, mas... Nunca ficava.

Sentei na minha cama e peguei o meu telefone. Ia falar com Zack sobre o acontecido.

- Hey, Zack. Olha, é que... Você sabe como Brad não gosta de você, então... Tipo, ele não quer que eu me encontre mais com você e...

Fui interrompida por Brad abrindo minha porta de repente.

- Achou que eu seria burro a esse ponto? Mas, você nunca vai se safar de mim, Jenny. – Ele cortou fio do meu telefone, pegou meu celular e meu laptop.

Antes de sair, ele me mandou um sorriso maligno.

E eu fiquei lá, boquiaberta com o que havia acontecido.

 

Uma semana se passou e eu ainda não havia conseguido falar com Zack. Estava na loja, trabalhando sobre a vigilância de Brad, quando Charlotte entrou.

Brad logo se pôs em frente à mim e cruzou seus braços para Charlotte.

- Você não é bem-vida aqui.

- O que foi? Você proibiu o meu neto de se aproximar da Jenny, mas eu não. E isso aqui é um local público, se você não sabe. – Charlotte falou, deixando Brad sem palavras e fazendo-o recuar.

Charlotte com certeza era minha ídola.

Ela veio até mim e me deu um forte abraço.

- Ô Jenny, querida! Que saudades.

- Eu também estava morrendo de saudades, Charlotte. – Falei, aproveitando aquele abraço.

Ela se afastou e pôs as mãos em meu rosto.

- Porém, não foi para te abraçar que eu vim aqui.

A olhei confusa e ela continuou.

- Zack foi embora.

- O-O que? Por que? – Perguntei, com os olhos arregalados. Por um momento, pensei que Zack havia desistido de mim.

- Fique tranqüila. Ele voltou para a Austrália porque o pai dele faleceu ontem. Então está sendo muito difícil para a minha filha e a minha neta e agora que ele é o homem da família, precisa ajudar. – Ela falou.

- Ah Meu Deus! Não acredito que eu não estive presente na vida dele em um momento desses... Ele deve estar muito triste. – Falei. Dei um olhar mortal para Brad, que me ignorou.

- Pois é. Mas ele ainda te ama, quase me implorou para vir falar isso contigo para você não pensar que ele havia te abandonado. Eu também volto para a Austrália hoje à noite. – Ela falou.

Vi Brad da um leve sorriso. Charlotte também deve ter percebido, pois logo falou para ele, desfazendo aquele sorriso:

- É bom você deixar sua felicidade de lado, porque eu deixei uma amiga minha cuidando da minha doceria e também deixei muitos doces para o estoque. Portanto, minha clientela não vai acabar tão cedo.

Depois falou para mim:

- Jenny, Zack vai ficar lá por tempo indeterminado. Ele tem que ajudar sua mãe com a mudança, porque, segundo minha filha, aquela casa traz muitas lembranças do marido.

- Ok, Charlotte. Por favor, diga à Zack que eu sinto muito e que se eu pudesse, estaria do lado dele neste momento.

- Claro que digo, minha querida. – Ela sorriu, me deu um beijo na testa e foi embora.

Meu Deus, como eu queria ir para a Austrália com Charlotte naquela noite!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!