Pov.: Quinn Fabray

Estava sentada na janela do colégio fazia algum tempo, a minha vontade de assistir aula agora, era igual à minha vontade de parar de comer bacon, ou seja nenhuma então fiquei observando a paisagem que tinha fora da janela, estava tudo muito calmo.

Olhei na direção da entrada do colegio e vi um homem batendo na grade, que estranho, será que ele estava bêbado ou drogado? Ou os dois? Bom, ele teria que sair dali o mais rápido possível se ainda quisesse viver, já que a treinadora Sylvester estava caminhando na sua direção em passos largos e com uma expressão que dá medo em qualquer pessoa, ela começou a gritar com ele, de onde eu estava não dava para escutar o que ela falava, mas a treinadora gesticulava bastante, o diretor chegou poucos minutos depois, era até engraçado de se vê, o diretor tentando acalmar a Sue, enquanto ela brigava com ele e com o homem, soltei uma risada baixar e fiquei prestando mais atenção na cena.

Vi a treinadora apontar para aquele homem e se aproximar quando chegou mais perto dele, o cara pegou o braço dela e puxou com força, logo depois morde-lá, arregalo os meus olhos com uma expressão incrédula, que tipo de pessoa faz aquilo?. O diretor tenta puxar a Sue para longe do homem, e quando consegue acabam caindo no chão, vejo a treinadora levar a sua mão até a mordida, ela estava com uma expressão de dor, saía muito sangue do ferimento, vi o diretor Figgins pegar o celular e levar até o ouvido, deveria esta ligando para a emergência, voltei a olhar para a treinadora, ela não estava nada bem e agora estava tremendo, não durou muito até ela parar de vez.

Então tudo aconteceu em câmera lenta, a treinadora se sentou, olhou para o diretor, avançou contra ele e mordeu o seu pescoço, meu queixo praticamente vai até o chão, aquilo não podia esta acontecendo ou podia? Mas como?. Me levantei rapidamente da janela, não iria esperar para vê o que ia acontecer depois, então corri até a sala em que a Santana estava, entrei sem me importa com nada, e logo todas as atenções foram direcionadas a mim.

—"Santana, vem comigo agora?."- frisei bem o agora para que ela percebesse a importância.

—"Então veio nos prestigiar com a sua ilustre presença senhorita Fabray."- O professor disse com ironia.

Ignorei ele e continuei olhando para a Santana, meu olhar era cheio de súplicas, queria que ela se levantasse logo e me seguisse para fora daquele lugar.

—"Por favor Santana."- implorei novamente.

—"Que merda é essa Fabray"- Ela disse confusa.

—"Não posso explicar agora, só levantar e vem."- já estava ficando impaciente e pelo visto não era só eu, pois ouvi o professor bufar.

—"Já que quer tanto a companhia da Senhorita Lopez, quero que as duas saiam da minha sala agora."- Dava para sentir a raiva no tom de voz do professor e a turma ficava intercalando o seu olhar entre mim e ele, parecia que estavam vendo uma partida de pig-pog.

Não contive um suspiro assim que vi Santana se levantar e começar a arrumar as suas coisas.

—"Posso ir também?"- A voz doce de Brittany se faz presente.

Olho para ela e assentir, droga, minha vontade era de bater na minha cara agora, como não lembrei da Britt?

—"Que ótimo, agora será que dá para vocês saírem da minha sala?"- O professor berra, só não revirei os olhos por que as meninas chegaram perto de mim, então peguei em seus pulsos e as puxei para fora da sala quase correndo.

—"Fabray, será que dá para você me dizer que porra está acontecendo?"- Santana diz

Continuei calada olhando para todos os lados em alerta, estava com medo que a coisa que a treinadora virou, a qualquer momento possa nos atacar.

—"Fabray, pela última vez, me diz o que diabos está acontecendo?."- Santana praticamente berra.

Sou forçada a parar quando ela puxa o seu braço com força, fazendo eu soltar a sua mão, olhei para a Santana e depois para a Britt que possuía uma expressão confusa em sua face, como ia dizer a elas que estávamos sobre ataque? E mais por algo que não sei explicar?. Respirei fundo e olhei ao redor, vi um taco de baseball dentro da caixa de vidro onde ficava os troféis do colégio, vou até ela e tento abrir, mas estava trancada.

—"Droga"- Bati com força no vidro, e olho ao redor novamente até que encontro algo melhor, um machado, caminho ate o local e pego o martelinho que tinha ao lado quebrando o vidro, retiro o machado e volto até onde estava o taco, viro a costa do machado e bato com força no vidro o quebrando.

—"POR DIOS FABRAY"- Santana grita, ignoro o seu grito e jogo o machado para ela, pego o bastão e me viro ficando de frente para elas.

—"Eu não sei explicar o que está acontecendo, eu só sei que estamos sobre ataque de...."- Antes de pudesse terminar de falar ouvimos uma voz familiar, vou seguindo o som da voz, parei ao lado da parede que levava ao próximo corredor.

—"O que você..."- Santana começa, olhei para ela e levei o meu indicador até os meus lábios pedindo silêncio, respirei fundo e olhei para o corredor, arregalei os meus olhos ao vê a Rachel ali, sendo encurralada por uma daquelas coisas.

—"Se afasta, eu estou avisando, tenho um spray de pimenta e não tenho medo de usa-lo"- Ela apontou o spray para aquela coisa que um dia foi humano. A coisa ia se aproximando dela cada vez mais, um instinto protetor cresceu dentro de mim, simplesmente não podia deixa-la morrer, tenho minhas divergências com a Berry mas ela não merece isso, então segurei firme o bastão e caminhei em passos silênciosos até aquela coisa, levantei o bastão e bati com toda a força que tinha na cabeça dele, fazendo espirrar sangue na face da Berry, assim que a coisa caiu no chão, olhei para a Rachel, ela estava de olhos fechados, apenas esperando a possível morte.

—"Rachel, pode abrir os olhos agora"- Pelo canto de olho vejo a Santana com a Brittany se aproximar tão pálidas que cheguei a cogitar a ideia que elas iam desmaiar. Volto a minha atenção para a Berry e vejo que ela está preste a surtar, e antes que eu possa falar alguma coisa ela começa a disparar palavras.

—"POR MESSIAS QUINN, VOCE ACABOU DE MATAR UMA PESSOA, OH CEUS, VOCE VAI SER PRESA E EU TAMBEM POR SER CÚMPLICE DE UM ASSASSINATO E AGORA EU NAO VOU TER MAIS UM FUTURO NA BROADWAY..."— Antes que a Rachel pirasse dou um grito para ela se calar.

—"BERRY, cala a boca, precisamos sair...— Então o caos tomou conta do colégio, ouvimos gritaria, e logo um bando de adolescente corriam desgovernados pelos corredos e aquelas coisas atrás deles, olhei para as meninas e elas pareciam ter entrado em choque.

—"Vamos, temos que sair daqui"- Falo, já que parece que eu sou a única com capacidade de falar.

—"Para..para onde vamos?"- Ouço a voz da Santana, acho que ela finalmente está entendendo a gravidade da situação.

—"Vamos para a sala do coral"- Caminhava em alerta e segurando firme o bastão.

—"Mas, o que está acontecendo?"- Rachel pergunta, e eu não sabia como responde-la.

—"Será que dá para vocês andarem mais rápido? Não temos tempo para conversar agora..."- Faço uma careta quando o alarme de incêndio é acionado.-"Puta merda, corram"- Tinha pelo menos quatro daquelas coisas vindo na nossa direçao, só duas armadas não daria conta, então a única alternativa era correr e elas correram. Abrir a porta da sala do coral contudo, e isso assustou as pessoas que já estavam lá.

—"Me ajudem a trancar a porta AGORA"- Fecho à porta depois que as meninas entram, pego algumas cadeiras com a ajuda do Puck e do Sam, para deixar a porta mais segura, respiro fundo levando a minha mão até a minha testa, me viro e vejo quem está na sala, Puck, Artie, Mercedes, Os asiáticos, Sam, Mrs Shue, Finn, Blaine, Kurt, Rachel, Santana e Brittany. Parece que os outros também tiveram a mesma ideia de vim para a sala do coral.

—"Certo, agora alguém sabe dizer o que está acontecendo lá fora?."- A voz da Mercedes interrompeu o silêncio da sala.

—"É um apocalipse zumbi cara, eu sempre soube que isso ia acontecer"- Sam indaga, talvez o que ele tenha dito possa ser verdade, afinal o cara só mordeu a treinadora e minutos depois ela também mordeu o diretor.

—"Deixa de ser idiota Sam, é claro que isso não é um apocalipse zumbi, deve ter uma explicação para isso"- Mercedes revira os olhos. Então uma grande discussão se alastrou dentro da sala, cada um falava ao mesmo tempo, eu nem conseguia ouvir meus pensamentos.

—"GENTE"- Grito e todos se calam -"Se é ou não um apocalipse zumbi, temos que arranjar um jeito de sair daqui e ir para um lugar mais seguro"- Digo

—"E por que deveríamos te ouvir Fabray, você nem é líder do grupo e mais, aqui é bem seguro"- Finn diz, revirei os olhos e me viro para encara-lo.

—"Deixa de ser idiota Hudson, não podemos ficar aqui, não sei se você se ligou mas não temos nada aqui, nem água e nem comida, o que está acontecendo lá fora pode durar muito tempo e eu não quero morrer aqui."- Reviro os olhos

—"Você me chamou de quê?"- Ele fala nervoso.

—"Idiota, nada mais que a pura verdade Finnutil"- Santana diz do outro lado da sala, solto uma risada baixa.

—"Santana não fale assim com o Finn"- Rachel diz com uma pose autoritária.

—"Cala a boca anã de jardim, você sabe que seu namorado é idiota e você também é."- Alguém teria que intervir naquilo, antes que se torne uma discussão que levasse um bom tempo.

—"Ora Santana, a única idiota aqui é você, que acha que pode xingar uma pessoa, sua sem educação..."— Antes que a Rachel continue com o seu monólogo, o Mrs Shue criou bolas e interveio na situação.

—"Meninas, por favor isso não é hora para discussão, e acho que a Quinn está certa, precisamos pensar em algo"- Finalmente alguém ouviu a voz da razão, esses idiotas acham que ficar aqui é seguro.

—"Então, como vamos sair daqui?"- Olhei para o Puck, bem, ele tinha um ponto, como iríamos sair daqui. Olhei para eles e todos estavam com uma cara pensativa. Bufei e revirei meus olhos, será que tenho que fazer tudo por aqui?.

—"Precisamos achar algo para ser uma arma, ou vocês querem sair daqui sem se proteger?"- Eles assentiram e foram procurar algo, todos exceto o Finn, não me importaria se ele quisesse se matar, mas o ruim é que ele não estava deixando a Rachel procurar algo, uma coisa é ele querer morrer, mas puxar a namorada junto é outra.

—"Vocês não vamos procurar algo?"- Indago intercalando o meu olhar para na Rachel e no Finn.

—"Não vou receber ordem suas Fabray, e Rachel também não"- Ele passa o braço sobre o ombro de sua namorada.

—"Abaixa essa sua minúscula bola aí Finnutil, a Fabray não salvou a vida da sua namorada para você deixar ela morrer por causa de um ego que você não tem."- Santana falava enquanto se colocava ao meu lado.

—"Finn, a Quinn está certa, vamos procurar algo para nos proteger"- Ele olha para a Rachel e solto o seu braço e sai pisando duro, só faltava ele chutar uma cadeira, a Rachel olha para ele e suspira, nega e vai atrás de uma arma ou qualquer coisa que possa ser uma arma.

—"Desde quando a Rachel se deixa levar assim?"- Sussurro para a Santana.

—"Desde quando voltamos de NY."- Ela simplesmente diz e volta para o seu lugar ao lado da Britt.

Isso me soava tão errado, mas não iria me meter, vou até uma cadeira é me sento, fiquei aguardando os outros terminarem de arrumarem as suas "armas". Após algum tempo, todos já tinha, me levantei e parei na frente dele, olhei nos rostos de cada um e abrir a boca para falar, mas fechei assim que ouvir um estrondo vindo da porta, ouvi alguns choramingos então peço silêncio com um olhar.

—"Nossa única saída é por ali"- Sussurro baixo.

—"E agora?"- Sam pergunta quando outro estrondo veio da porta.