Há quem diga que estranho seria o dia em que não vissem Aaron Hotchner usando um terno, eu no entanto digo que estranho é quando Penelope Garcia não faz o uso de diversas cores em seu vestuário.

Ela se sentou calmamente no lugar em que eu lhe indiquei, ela me observava, mas não expressava muita emoção. “Eu também estou triste Garcia” “Eu sei senhor, é só que...” “Só o que?” “Ela era Emily Hotchner aka Prentiss, ela era uma espécie de super agente e... ela se foi, assim...” eu a ouvi atentamente “Alguém sábio uma vez disse que é preciso manter o otimismo” Ela sorriu um sorriso amarelo “É difícil senhor, eu sempre vejo coisas horríveis, mas vocês são como super heróis vocês prendem os montros que fazem mal as pessoas, vocês sempre voltam para casa, vocês devem voltar para casa, para suas crianças” “Pobres crianças, como elas estão reagindo a tudo isso? Eles perderam a mãe senhor e estão tão longes do senhor. E como o senhor está fazendo? Sergio está dando muito trabalho? Se estiver eu não me importo de cuidar dele” Garcia começou a divagar, como sempre faz. Me aproximei dela e coloquei minhas mãos nas suas “Acalme-se Garcia. Isto não é sobre as crianças, ou sobre mim ou Sergio, é sobre você”.

Ela me olhou com o cenho franzido “Sobre mim?” Fiz que sim com a cabeça “Você acaba de perder uma de suas melhores amigas, eu preciso saber como você está” Ela deu de ombros “Eu olho fotos de filhotes de pandas e fico feliz, mas então eu lembro que Emily não poderá mais sair em uma noite de garotas, nem me ligar durante um casou, ou até mesmo fazer compras comigo mais e eu fico triste”

“As coisas vão melhorar Penelope” Ela me olhou duvidosa, não sei se é pelo fato que eu usei seu primeiro nome ou por minha afirmação de otimismo. “Confie em mim” eu disse e ela assentiu, ela se levantou e disse “Acho que preciso de um abraço” Quando ela fechou a porta eu me aproximei da janela de minha sala e vi ela ir até Morgan que estava em pé próximo a mesa de Reid e lhe dar um abraço.