Cores (One-Shot) escrita por MiddyMoon


Capítulo 1
Cores


Notas iniciais do capítulo

Eu havia senti que deveria escrever isso na primeira vez que passou em minha cabeça, eu estava ouvindo uma musica
"Kodaline - All I Want", então eu senti o sentimento de perda, e quis escrever um pouco sobre, não será do jeito que é realmente, mas eu apenas queria escreve-lo.

Eu escolhi um couple que gosto muito no anime SNK (Shingeki no Kyojin), que é Marcos e Jean (MarJean).

Espero que gostem, boa leitura ✿



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Eu continuo levando as flores que sempre mereceu pela mesma rua de pedra da qual caminhamos, quando a vida estava apenas nos dando o tempo, do qual me disseram que ela nunca dá.                   

Tudo era tão vazio e aterrorizador, acho que o medo sempre insistiu em andar de mãos dadas comigo, até você chegar, e tomar o lugar dela, até você a substituir com um amor que pensei que não existiria, para condenados.

Eu pensei que éramos tudo que precisamos para continuar vivendo, mas você precisava de mais.

Estava sozinho em meu quarto há tempos atrás, quando decidi sair da melancolia e escuridão que existia em baixo do meu edredom, para ver o sol sair.

Então finalmente sai do meu apartamento e deixei de tomar os remédios da morte que sobrepunham a felicidade, e os pequenos cortantes que faziam seu trabalho em minha alma e meu corpo, como se estivesse tudo bem, ele respondia a agonia.

Vi-te pintando quadros no segundo andar de uma loja de pães com a janela aberta, da qual não se importava com as folhas do outono entrando em seu quarto. Seu godê bagunçado em cores pastel, mas que deixava os pinceis de lado e pintava com os dedos pálidos, e ri pela sua estranheza.

Achei-me apaixonado pelo rapaz da loja de pães.

Achei um modo de sair de minha cama e dos capítulos tristes de dias passados, e eu passei a comer mais pães, e me senti um perseguidor quando me sentava em um banco para ver suas pinturas.

Mas, um dia você acenou sorrindo para mim, por um momento eu me envergonhei e sai dali o mais rápido possível, me desculpe por isso, mas você era tão bonito.

Foi então que tomei a coragem de ir até você, envergonhado e um pouco sem jeito, eu que nunca havia saído para nada, e as únicas vezes que andava, era em meus sonhos, então achei um motivo, um motivo manchado de cores pastel em seus cabelos negros e constelações em forma de sardas, e acenei de volta.

Eu fico pensando se não fui o bastante, mesmo com as palavras que trocamos, ou mesmo os beijos, você sempre dizia que estava tudo bem, e quase derramo as lagrimas que prometi nunca deixar cair.

Eu não queria ouvir mais nada além de ouvi-lo chamar meu nome, ou ver mais nada além do seu rosto que sonhava além da vida.

Lembro do dia que você desceu as escadas, e me disse que sabia que o via, e eu me senti um perseguidor, que sua boca dizia que mais parecia um admirador, então, quando entrei em seu estúdio, uma pintura sobre mim sentado ao banco fez meu coração palpitar.

“Mas se você me amava, por que me deixou?”

Perguntei-me todos os dias, sua escrita insistia que não fora culpa minha, mas sim das circunstancias, da quais eu não pude te ajudar a suportar.

Quando você disse ‘adeus’, uma parte de mim morreu por dentro.

Lembro do dia do nosso primeiro beijo, fora melhor do que todo o mel que provei em minha vida, mas por um acaso, também provei da tinta amarela ao lado de sua boca.

Lembro-me do dia em que a tinta roxa em seu corpo não era tinta, que não aceitavam nosso jeito de amar. Lembro que me disse para não me preocupar quando meus sentimentos raivosos tentavam tomar conta de minhas ações, lembro da rejeição dos mais próximos, e que no mundo éramos apenas nós dois, apenas.

“Mas se você me amava, por que me deixou?”

Minha mente guarda memórias do seu rosto avermelhado quando fazíamos amor, do qual conseguia o sentir por completo, mesmo com todas as pessoas à volta nos julgando, você me olhava com ternura, e disse que queria ter uma pequena casa com um jardim florido com suas cores que mais gostava.

“Por que?”

Não entendia seu sorriso, mas eu sabia que quando você o mostrava, minha alma também sorria, eu o amo, mas em sua escrita você disse para amar alguém mais do que te amei, dizia que um dia, em algum lugar, em um mundo melhor, renasceríamos, desta vez para sermos felizes, e ter um jardim, florido, com as cores que você mais gosta.

“Eu te amo, tanto”

Agora estou aqui, carregando as flores que você sempre mereceu, cores pastel, essas são do meu jardim, de minha pequena casa, que uma pessoa que amo me ajudou a cultivar.

Eu não gosto desta pedra onde colocam seu nome, Marcos, porque ela tem datas, de começo e do fim, quando na verdade, o final tinha de ser mudado para o símbolo do infinito.

Agora as cores que sempre estiveram em seus cabelos negros, e as sardas pontilhadas no rosto, irão ficar para sempre, com cheiro de pão e tintas cores pastel.

 

 


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Notas finais do capítulo

Eu continuo levando as flores que sempre mereceu pela mesma rua de pedra da qual caminhamos, quando a vida estava apenas nos dando o tempo, da qual disseram-me que ela nunca dá.



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