A mestiça escrita por Mila 12


Capítulo 11
Seis dias


Notas iniciais do capítulo

16.02.2017



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Sasuke

Após acordar e notar que Sakura não estava me dirigi a cozinha onde eu e Daisuke conversamos, enquanto tomávamos sangue. Naruto se juntou a nos após alguns minutos. Continuamos conversando.

— Onde está a Sakura? – Naruto perguntou.

— Pensei que estava dormindo – Daisuke falou e direcionou seu olhar para mim.

— Ela não estava no quarto – Naruto falou.

— Deve ter ido substituir alguém – Daisuke falou.

— Acho que não, ninguém fora machucado – Naruto falou.

Entreolhamos-nos e começamos a procura-la. Tentei localiza-la, mas ainda estava fraco por causa do longo tempo que fiquei sem tomar seu sangue... Corria seguindo Daisuke que falara que um aldeão vira Sakura com alguém nas costas entrando no departamento de pesquisas. Ele subia as escadas e entrou rápido em uma sala. Olhou para a mesa e ouvimos um barulho dentro da sala.

Um garoto ruivo lutando para se soltar da cadeira dentro de uma câmara de vidro. Corri para dentro da câmara assim que vi um ponto rosa caído. Coloquei a em meu colo e tentei acorda-la, o garoto havia parado de se mexer e me encarava.

— O que você fez com ela?! – gritei já com os olhos vermelhos.

Ele não respondeu peguei Sakura no colo e segui Daisuke até uma sala onde coloquei Sakura na maca e Daisuke me pediu para sair. Sentei no corredor esperando alguma notícia de Sakura.

Sakura

Acordei e me sentei devagar. Olhei para baixo vendo que as bandagens estavam limpas. Levantei e coloquei a blusa branca que estava abaixo de meus pés na maca. Sai do quarto e fui em direção à sala que eu estava antes de desmaiar, assim que reconheci o lugar.

Entrei na sala e olhei para a câmara de vidro vendo Sasuke com as mãos na cabeça apoiado no vidro. Entrei na câmara correndo e toquei o ombro de Sasuke que me encarou. Olhei para traz vendo Gaara com a boca sangrando. Aproximei-me dele e soltei seus pulsos levantando com cautela. Ele tentou avançar em Sasuke, o bloqueei com meu corpo e ele me encarou.

— Acho melhor resolver conversando – falei.

— Não há nada para conversar – Sasuke disse – Ele a machucou – ele completou.

— Foi apenas um mal-entendido – falei.

Virei para Gaara.

— Você poderia me ajudar? – perguntei.

Ele assentiu. Saímos da câmara e paramos ao redor da mesa. Peguei um mapa e o estendi sobre a mesa.

— Por onde foi capturado? – perguntei.

Ele observou o mapa e apontou a divisa de Suna, no país do vento. Marquei com um X vermelho o local.

— Sabe se mais pessoas de Suna foram capturadas?

— Cerca de 20 pessoas sumiram – ele respondeu.

Suspirei. Hideki entrou acompanhando de Naruto, o encarei e pensei um pouco.

— Hideki entre em contato com os vilarejos e peça que mandem relatorias das pessoas que estão faltando.

Ele assentiu e olhou o mapa.

— Madara está pegando inocentes e os transformando em monstros após aplicar essa maldita marca – falei – Desculpe.

Suspirei e encarei todos abaixando o olhar para o mapa.

— Avise a Suna que Gaara está bem.

Sai da sala ouvindo os passos apressados de Naruto.

— Quais são as notícias dessa vez? – perguntei.

— Faz dois dias que não somos atacados.

Parei no lugar e ele me encarou.

— Acelere o treinamento dos guerreiros na academia e os divida entre ataque e defesa dos civis.

Naruto assentiu e correu até a academia. Respirei fundo aquilo não era nada bom.

...

Mais quatro dias passaram e nada de ataques. Meus pesadelos estavam ficando cada vez mais frequentes, mas Madara deveria estar fraco o bastante para não conseguir transmitir pesadelos à distância.

Estava marcando os lugares onde pessoas estavam desaparecendo. A cada dia mais X vermelhos apareciam no mapa, isso era preocupante. Hoje é o sexto dia sem nenhum ataque, isso fazia todos pensarem em se prepararem para algo realmente grande.

Sentei na cadeira, exausta. Vários livros estavam ao meu redor abertos, estava tentando achar algo que cancelasse o efeito da marca. Olhei para a janela estava um dia bonito, as crianças brincavam despreocupadas. Levantei resolvendo esfriar a cabeça um pouco.

Caminhava distraidamente observando a paz que reinava, por um tempo, no vilarejo. Vi Naruto conversando com Hinata, umas das filhas do líder dos Hyuugas. Sorri os dois estavam namorando desde que Hinata chegara.

— Sakura- chan, que bom que saiu de lá um pouco – ele sorria – Mesmo morando na mesma casa eu não a vejo faz dias – ele falou.

— Está ocupado com outras coisas, não é Naruto? – perguntei vendo Hinata corar – Bom vejo vocês por ai.

Despedimos-nos e eu continuei a caminhar. Vi Hanabi correndo atrás de uma bola com um sorriso no pequeno rosto. Vi algo ir na sua direção, pulei a abraçando e rolando um pouco. Olhei para cima vendo um garoto em cima do telhado. Konohamaru se aproximou de nós e eu entreguei Hanabi a ele que saiu correndo já sabendo o que fazer mesmo com apenas 10 anos.

Peguei meu arco e me preparei. O garoto correu na direção que Konohamaru havia ido, atirei vendo o garoto cair no chão agonizando- se em dor. Aproximei-me e girei o dedo pela marca. Ele ficou desacordado. Retirei a flecha vendo- o regredir a uma forma mais humana.

Tive um mau pressentimento e corri procurando Konohamaru. O encontrei cercado por um grupo de 05 vampiros. Coloquei-me a frente de Konohamaru ficando no centro. Olhei cada um os analisando. Vi uma menina com cabelos ruivos claros colocar a mão dentro da bolsa que carregava nas costas. Fiquei alerta após vê-la retirando uma flauta da bolsa.

Cada um deles conforme a marca se espalhava começaram a adquirir uma forma mais demoníaca. Desviei do ataque de baixo pulando e deslizando ao ver o ataque por cima de um cara com quatro braços. Dei impulso com as mãos e atingi suas costas o fazendo cair e pulei girando atirando facas. Parei a frente de Konohamaru olhando em volta. As facas haviam acertado pontos vitais, mas nada havia acontecido os cinco estavam de pé sem demonstrar dor.

— Achei que seria mais divertido – um garoto de cabelos brancos falou.

Desviei por pouco de um ataque de um garoto com cabelos laranjas cheinho. Ouvi uma nota aguda e coloquei as mãos por cima dos ouvidos. Senti algo começar a subir pela perna se enrolando. Olhei vendo algo branco desfocado.

— Sakura! – ouvi Konohamaru gritar.

Olhei para traz vendo ele com uma faca apontada para seu pescoço.

— Acho melhor não se mexer – um deles falou próximo ao meu ouvido.

Tentei acerta-lo, mas ele pegou meu pulso e o puxou até as costas segurando minha outra mão.

— Acho melhor não arriscar a vida de um garoto – ele sussurrou novamente.

Fechei os olhos me concentrando em criar uma ilusão. Ouvi os corpos caindo e abri os olhos. Meus joelhos cederam e eu senti o chão abaixo deles. Konohamaru correu até mim.

— Você está bem? – ele perguntou.

— Leve Hanabi aos tuneis e se escondam até ser seguro – ele assentiu e saiu correndo.

Respirei fundo e olhei para minha perna. Havia um corte começando do tornozelo terminando um pouco mais acima, o corte não era reto ele passava por trás da perna. Ouvi um barulho entre as arvores e preparei o arco com uma flecha, ainda sentada no chão. Guardei após ver Sasuke descer com as mãos para cima em sinal de rendição. Revirei os olhos e ele sorriu. Ele se aproximou rápido ao ver o corte.

— O que aconteceu? – ele perguntou.

— Eu não sei – respondi.

Ele me ajudou a levantar e caminhamos para o hospital. Ele me colocou sentada e Chyo entrou antes dele começar a limpar o corte.

— Como conseguiram fazer um corte assim?

— É tudo que eu gostaria de saber – falei olhando o corte.

Chyo derramou água por cima, ela arregalou os olhos, me esforcei para ver o que era ela foi encostar, mas a impedi segurando sua mão.

— Sabe do combinado – falei e ela assentiu.

Chyo pegou uma pinça e pegou algo que cairá além do sangue. Ela colocou em um potinho e minha visão começou a embaçar.

— Chyo, sabe das regras – a avisei e ela assentiu.

Aos poucos fui me entregando à escuridão, mas no final era uma visão mesmo eu tendo pensado que era por causa da quantidade de sangue que havia perdido.

Sasuke estava parado segurando um homem pelo pescoço. Aproximei-me na tentativa de ver algo na escuridão do beco onde estávamos.

— Por favor, eu juro que pagarei o que devo – o homem falou desesperado.

— O prazo acabou e também você sabe demais – Sasuke falou.

— Não abrirei a boca – ele prometeu.

— Não me importo, apenas sigo as ordens- Sasuke disse.

— Será um desperdiço – ele falou.

— Não se preocupe com isso, eu estou aqui justamente por isso – Sasuke falou.

Ele matou o homem e o jogou no chão. Sasuke se apoiou na parede. Ele fechou os olhos e sorriu abrindo os olhos.

— Obrigado isso facilitara meu trabalho para achar meu irmão – Sasuke falou.

A imagem mudou, estava em uma enorme sala Madara estava sentado olhando para a janela, pensativo. Sorriu ao ver Sasuke aparecer a sua frente.

— Como se sente com o presente? – Madara perguntou.

— Ainda não entendo o porquê disso, mas eu adorei facilitara a procura – Sasuke disse.

Abri os olhos eu estava de volta ao quarto Sasuke estava de joelhos repousando sua cabeça na cama, ele estava dormindo sua mão estava por cima da minha. Sorri fraco e olhei para o teto. Ouvi a porta se abrir e Daisuke entrar com uma bandeja com comida. Ele colocou em cima da cômoda e seu olhar caiu sobre Sasuke que dormia desconfortavelmente.

— Pensei que ele teria voltado para casa a essa hora, mas como sempre ele só sossega quando vê que você está bem – Daisuke falou e deu um beijo no topo de minha cabeça.

Sasuke se mexeu e levantou a cabeça me encarando sorri para o mesmo que me abraçou apertado.

— Cuidado Sasuke – meu irmão falou.

Sasuke se afastou e eu lhe mostrei o corte que permanecia ali.

— Como é possível depois de todo esse tempo? – Sasuke falou.

— Na hora certa você irá saber – falei terminando de comer a maça.

Levantei e peguei a aljava e o arco. Sai do quarto com os dois atrás de mim. Parei depois de sair do hospital e olhei para o céu ele estava avermelhado. Olhei para Daisuke que assentiu. Fui para casa o mais rápido possível, sentia que algo ruim aconteceria a qualquer momento. Peguei armas me preparando.

Caminhava pela floresta indo em direção ao vilarejo, comecei a correr assim que ouvi explosões. Parei no centro vendo as casas caindo e vários civis fugindo com ajuda dos guerreiros.

— Leve-os para os tuneis! – gritei jogando uma flecha em uma bomba que não explodiu.

Olhei ao redor observando a situação. Pulei abraçando uma criança e rolando no chão saindo debaixo do destroço que caiu. A criança gritou assustada. Passei a por cima do destroço a entregando para um guerreiro. Sai correndo em direção à barreira leste como era combinado, cada um sabia para onde deveria ir.

Parei em cima de uma arvore e me escondi quando vi Naruto cercado pelos mesmos 05 vampiros que me atacaram.


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