A mestiça escrita por Mila 12


Capítulo 1
O quarto escuro


Notas iniciais do capítulo

27.01.2017
Depois de muito tempo sem postar algo apenas trabalhando em histórias e mais histórias eu voltei com essa fic composta de dezoito capítulos. Ainda penso na possibilidade de uma parte dois, mas por hora a ideia nao passa de um rascunho.
Boa leitura espero que goste!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723727/chapter/1

A porta se abre iluminando a escuridão do quarto. A garota deitada já mudara a expressão antes calma agora demonstrava medo pela figura que acabara de atravessar a porta. A figura se aproximou da cama, sentou-se e deu um sorriso antes de aproximar a cabeça do pescoço da garota.

Na escuridão do quarto o vermelho dos olhos da figura se destacava. A garota sentiu a dor lhe invadir, mesmo já convivendo com aquilo há alguns anos. Após a figura afastar a cabeça do delicado pescoço, que pingava algo. A cabeça da garota caiu encostando-se a figura. A figura a ajeitou na cama. Saiu do quarto a deixando na escuridão.

...

No mesmo quarto escuro após algumas horas talvez dias. A escuridão foi rompida pela luz da porta {aberta} onde estava a mesma figura parada com o mesmo sorriso no roso mal iluminado. Se aproximou vagarosamente da cama onde a garota aguardava desta vez sentada.

— Se levante, vou fazer uma experiência.

A garota obedeceu levantando-se e caminhando até a figura parada. Foi segurada no braço gentilmente. Atravessaram a porta de uma sala grande onde um jovem estava parado com outros dois homens parados olhando os dois que adentraram a sala.

— O que você quer comigo dessa vez? – o jovem perguntou.

A figura agora com a luz se podia ver que era um homem alto com cabelos negros igualmente seus olhos, agora ônix. O homem nada respondeu apenas segurou o pulso da garota com madeixas rosadas, tirou um objeto pontiagudo do bolso e cortou o pulso da rosada. O jovem olhava o sangue pingando e logo seus olhos antes negros ficaram avermelhados.

O homem sorriu e viu o jovem se aproximar por instinto da pequena. Logo os joelhos dela cederam, o jovem se afastou e olhou a rosada que era segurada pelo homem. Os outros dois se aproximaram e pegaram a rosada, a levando para o quarto novamente. O jovem olhava o homem querendo uma explicação para o que acabara de fazer.

— Quem é ela? – o jovem perguntou ainda receoso.

— Sakura é apenas uma preciosa flor que tive a sorte de encontrar.

— O que você fez comigo? – jovem perguntou.

— Você já tinha isso apenas despertei.

— O que exatamente?

 - Na hora certa ira saber.

O jovem foi guiado até seu quarto onde deitou na cama ainda confuso.

...

O jovem caminhou até o escritório do homem que ainda não havia esclarecido muito para ele.

— Quem foi o primeiro que fez isso com ela?

— O próprio pai – o homem respondeu.

— Como ele chegou a esse ponto?

— Não temos controle muitas das vezes. Ela estava brincando feriu-se e ele acabou não se controlando.

— Por que isso só acontece com o sangue dela.

— Por que ela é uma mestiça. Ela também é metade vampira, por isso ela não morre como as outras vítimas. Algo impede que seu sangue esfrie ou acabe.

—Qual é a outra metade dela?

— Ainda não sabemos.

O jovem se retirou para seu quarto. No meio da noite ele estava na janela do quarto da pequena a observando. Se aproximou dela e ela abriu sus esmeraldas.

— Calma vou te tirar daqui.

Ele estendeu a mão e a garota aceitou se levantando. O jovem colocou a rosada nas costas e começou a correr até chegar em uma pequenina casa onde entrou e colocou a rosada na cama.

— Aqui era seu antigo lar. Amanhã resolveremos o resto.

A garota assentiu e dormiu novamente. Na manhã seguinte a rosada desceu para a cozinha onde encontrou o jovem sentado.

— Está com fome? – ele perguntou.

A garota assentiu desconfiada, o mesmo mostrou a cesta de pão em cima da mesa. Ela pegou um pão e o partiu ao meio, levou próximo a boca e o cheirou.

— Calma, não tem nada.

Ela comeu devagar prestando atenção a cada movimento do jovem. O mesmo sorriu de canto com a atitude da rosada. Após terminar ela olhou o rapaz nos olhos.

— Como sabia que eu morava aqui? – a rosada perguntou baixo.

— Vinha sempre aqui após um acidente.

O silencio dominou o lugar.

— Quantos anos tem?

— Quinze.

— Há quanto tempo está com ele?

— Acho que desde meus doze anos.

Ela suspirou e olhou para a mesa, vendo o jovem se levantar e se encaminhar até a porta.

— Saberá se cuidar? – ele perguntou.

— Isso não importa você terá que voltar.

— Por quê? – ele se virou a olhando.

— Após a primeira vez você não consegui mais controlar os instintos. Sague de animal diminui à vontade, mas não totalmente. Você ficara fraco conforme as semanas passarem – ela falou o encarando.

Ele assentiu e saiu.

...                                   2 anos depois                                           ...

A rosada estava atrás de uma arvore esperando o momento certo de atacar o grupo de vampiros que foram mandados para procurar o pequeno vilarejo de pessoas refugiadas da guerra. E ela como líder tinha que proteger o vilarejo e seus moradores.

Ela começou a atirar flechas com seu arco enquanto pulava entre as arvores. Ela sentiu ser jogada no chão e um garoto um ano mais velho se colocar a sua frente. Tentou alcançar o arco, mas foi impedida pelo garoto que colocou o pé em cima de seu pulso.

O garoto que tinha os cabelos negros desajeitados e por hora os olhos avermelhados olhava ao redor vendo todos do grupo caídos com as flechas atravessando vários lugares do corpo deles.

— Fez um bom estrago – ele comentou frio voltando a encara-la.

O moreno levantou a rosada pelos pulsos com força. Ela encarou o moreno nos olhos avermelhados e ele ficou surpreso por ela não cair na sua ilusão.

— Interessante terei que usar o modo tradicional – ele falou pegando uma corda.

Ele a amarrou com os braços para traz e a jogou por cima dos ombros começando a andar sentindo os chutes da mesma. Não se importou apenas parou quando estava à frente de uma mansão. Ele entrou e se dirigiu até uma sala onde um homem estava sentado num “trono” observando o sobrinho mais novo entrar.

— Que bom que achou meu tesouro – o homem falou se levantando.

O moreno colocou a rosada no chão segurando seus braços. O tio dele acariciou o rosto da rosada com um sorriso.

— Afinal, por que a queria tanto? – o moreno menor perguntou.

O homem abriu mais o sorriso. Ele segurou os pulsos da rosada após a desamarrar, cortou o pulso dela e viu o moreno mais novo ir direto para o pescoço da rosada. Após o sobrinho se afastar a rosada se mantinha em pé com dificuldade.

— Como ela ainda está viva? – o menor perguntou surpreso.

— Com certeza descobrira por si só, Sasuke – o homem falou vendo o sobrinho o encarar.

O homem não ligando colocou a cabeça por trás do pescoço da rosada que ao sentir ele respira fundo arregalou os olhos. Ela já sem força alguma desmaiou sendo segurada pelo homem. Dois homens levaram a rosada para o mesmo quarto escuro de anos atrás.

— O que ela é? – o menor perguntou.

— Uma vampira – o homem falou como se fosse à coisa mais óbvia do mundo.

— Mas o sangue dela é quente – ele comentou confuso.

O mais velho revirou os olhos, começou a explicar ao mais novo sem dar muitos detalhes.

...

A rosada abriu os olhos e viu o moreno mais velho parado a sua frente com seus olhos avermelhados. Dava para sentir a vontade de sangue dele. Ela se sentou com esforço e tentou achar algo para se defender. Sentiu os dentes dele entrando na carne de seu pescoço. Ela respirava pela boca após ele parar. Ele sorriu maldoso.

— Senti falta de meus poderes – ele falou e saiu do quarto.

A rosada se deitou e fechou os olhos ainda com a respiração acelerada... Alguns minutos em silencio e uma brisa diferente fez a rosada abrir seus olhos. O moreno mais novo estava parado ao lado da cama após entrar pela janela. A rosada o encarou prestando atenção a cada movimento dele.

— Acho melhor nós irmos – ele falou.

A rosada se levantou com cuidado e ele a colocou nas costas. O moreno pulou a janela começando a correr. Vários vampiros que ficavam de guarda começaram a perseguir ele. Sasuke, o moreno, parou e os que estavam ao seu redor caíram no chão desacordados. Ele andou por mais um tempo e depois se encostou numa arvore sentando ao lado da rosada que respirava pela boca levemente rosada.

— Você está bem? – o moreno perguntou.

A rosada assentiu o encarando.

— Sasuke Uchiha – ele se apresentou.

— Sakura – ela disse – Acho melhor continuarmos – ela sugeriu vendo o mesmo assentir.

Ela se levantou sendo acompanhado pelo moreno. Ela olhou para trás pelo canto do olho sentindo o moreno pegar firme em sua cintura subindo no galho da árvore. Ele tinha uma mão na arvore e a outra continuava na cintura de Sakura. Ele olhava para baixo assim como a rosada. Viram dois homens olharem de um lado para o outro a procura deles. 

Sasuke fez um sinal de silêncio com uma mão, Sakura assentiu e o viu pular e desmaiar os dois logo aparecendo a sua frente. Voltaram a caminhar, o moreno seguia Sakura. Ele sentiu algo parar em seu pescoço e a visão escurecer vendo Sakura ser segurada por alguém quando desmaiou.

...

A rosada acordou se sentando rápido sentindo uma pontada abaixo do pulmão e algo caindo sobre seu colo.

— Deveria cuidar dos ferimentos, Sakura-sama – uma mulher idosa falou.

— Obrigada Chyo – a rosada falou vendo a mulher sair.

A rosada estava com bandagens pelo tronco. Viu a porta ser aberta e o moreno entrar.

— Desculpe, a senhora falou que... – falou ficando de costas.

— Não tem problema- ela o cortou pegando uma regata preta e a vestindo.

Ele se virou para encara-la novamente agora vestida. Ele se aproximou e sentou nos joelhos perto da cama que a rosada estava.

— Onde ficaram minhas flechas? – ela perguntou.

— Estão na minha mochila, o que elas têm de especial? – ele perguntou.

— São modificadas para desacordar, paralisar ou matar quem tenta invadir o vilarejo – ela falou séria.

Sakura se levantou e recebeu o olhar do moreno sobre si.

— Deveria descansar – ele sugeriu.

— Ele aproveitará para aumentar as buscas da localização daqui – ela falou amarrando o cabelo em um coque que deixava alguns fios soltos.

Ela saiu da pequena casa onde era um hospital improvisado. Seguiu olhando para tudo procurando algo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Qualquer duvida, ou critica construtiva podem colocar nos comentários.
Amo quando interagem comigo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A mestiça" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.