A Guerreira escrita por Gabriel


Capítulo 1
Poderes da mente - Capitulo Um


Notas iniciais do capítulo

PARA IMAGINAR E INTRODUZIR-SE NA EST



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Verão de 1920

Uma Família escuta musica na vitrola, enquanto estão sentados na varanda. Dos membros do casarão, mãe, pai, um filho e uma filha. A mulher, Norma Werner, alemã legitima. O homem, Aharon Alon, judeu. Os filhos, Akiba e Evelyn. Norma e Aharon viviam isolados na região de Beelitz. Seus filhos não iam à escola, estudavam em casa. As pessoas não viam com bons olhos uma alemã casada com um judeu, com filhos então. Consideravam um mau exemplo. Ao término da música, Aharon levantou a agulha e trocou o disco. Ao som de Viper Mad de Sidney Bechet, puseram-se a dançar. Estavam felizes, pois logo seria o inicio de mais um ano. O sorriso estava estampado no rosto de cada um. Deram-se as mãos e começaram a rodar, descalços. A sensação era de total liberdade. Anoitecera. A lua iluminava o extenso campo do lado de fora. Dentro do casarão, Norma terminava de preparar o jantar. Aharon, Evelyn e Akiba conversavam sentados à mesa.

— Estou tão feliz. – Norma disse enquanto servia o prato dos filhos com sopa de legumes. – Apesar da crise que enfrentamos com o fim da guerra, eu estou contente. Vivemos aqui, em paz e harmonia.

— Ora minha Frau. Somos felizes graças a Yahweh. Ele nos ajudará sempre que precisarmos.

Subitamente Norma ficou paralisada, sua pupila dilatou. Dentro de sua cabeça uma cena se desenrolava: Em um vagão de metal, varias pessoas amontoadas eram levadas para uma espécie de campo. O vagão chacoalhava e das frestas, uma garota de olhos vermelhos como o sangue espiava assustada, sem saber para onde estava indo.

— Norma! Norma! Meine liebe. – Aharon tentava acordar a mulher do transe.- Pai, acho que está acontecendo novamente. – Akiba aproximou-se com um copo d’água. – A mamãe está tendo uma visão!- Meine liebe, por favor.. Se realmente for isto, diga-me o que está vendo!Enquanto Aharon, Evelyn e Akiba tentavam de todas as formas desperta-la, Norma tinha presenciava o nascimento de uma garota. Era alemã de origem judaica. Cabelos até o pescoço, com as pontas onduladas. A imagem da criança ia envelhecendo, até que parou na criança. Olhos aparentemente médios, abaixo deles pequenas bolsas, que indicavam noites mal dormidas. Apesar das preocupações a garota sempre mantinha o sorriso no rosto. Seu nome estava escrito em sua agenda escolar da qual havia aberto em sua carteira. Anne. Anne Giulia Bergenthal.- O que tem essa garota Norma? – Perguntou Aharon assustado.Norma lentamente virou-se para o marido.- Temos que nos preparar. A Alemanha vai mudar muito. Vai se reerguer, porém muitas pessoas irão morrer. Milhares de pessoas. Judeus, ciganos... E os Super-Stiftungs. Essa garota é a nossa esperança. Ela é aúnica que pode acabar com a guerra.- Guerra?  - Akiba se levantou da cadeira pasmo. – Outra guerra?- A Segunda Grande Guerra. Que Deus tenha misericórdia de todos nós. 

 

Julho 1940

 A Guerra já havia começado com a invasão Alemã na Polônia em 1 de Setembro de 1939. Em 10 de maio de 1940, as tropas alemãs haviam invadido a Holanda. Cinco dias depois a Holanda rendeu-se. Com o país ocupado, rapidamente varias leis foram sendo aplicadas contra os judeus. Apesar dos fatos, a família Bergenthal estava tranquila. Na sala da casa, Magda Bergenthal e suas duas filhas, Mariele e Anelise dançavam ao som da vitrola, que tocava Some Sweet Someone interpretada por Sam Coslow. Ouviram-se batidas na porta. De certo não é Joseph, pensou Magda, uma vez que não sentira o cheiro do marido. O cheiro que podia ser captado pelas brechas da porta – fechadura, por baixo, por cima – era diferente. Anelise de imediato desligou a vitrola.- Mãe? De quem se trata? – Ela perguntou receosa, sem tirar os olhos da sombra da pessoa que podia ser vista por baixo da porta. Sem responder, Magda aproximou-se da porta. Lentamente encostou a mão na maçaneta e a virou, destrancando-a. Ao abrir a porta por completo, viu d quem se tratava. Amélie. Vinte e dois anos trabalhava na mesma empresa em que Joseph. Alemã. Seus olhos brilhavam de tão azuis. Os cabelos eram louros, pareciam os raios do sol. - Amélie. – Anelise correu para abraça-la. – Que susto tivemos. Achávamos que era... - Ao ver a expressão de preocupação no rosto de Amélie, Anne se afastou. – O que se passa?- Meninas. Deem licença. Gostaria de falar com a mãe de vocês em particular.Mesmo insatisfeita Anelise foi levada para dentro pela irmã, que tentava manter a calma referente à teimosia da outra. Sentadas no sofá, Amélie sobrepôs a mão sobre a de Magda.- Então. Não me assuste mais do que já estou assustada. O que está acontecendo? – Magda perguntou aflita.- Muita coisa. Eles agora não estão correndo atrás apenas dos judeus e ciganos. Estão correndo atrás de pessoas com besondere Geschenke, que possuem superkräfte. - Não pode ser. Como podem identificar pessoas assim se elas são anonimas? - Não sei. Por isso eu insisto, pelo amor e carinho que sinto pelas suas filhas, pela amizade que tenho por você e pelo seu marido, deixe-me ajudá-los. - Eu vou falar com o Joseph. Eu não contei para as meninas, mas – Olhou para os lados para se certificar de que as filhas não estavam lá a escutar nada e sussurrou. – estamos pensando em imigrar para fora da Europa. - Imigrar? Como?- Eu ainda não sei, Joseph é quem está providenciando tudo.- É bom que consiga, pois o cerco está se fechando. Varias leis estão sendo aplicadas aqui na Alemanha. Algumas estão impondo cada vez mais restrições. De qualquer forma eu quero que saiba que você sempre vai poder contar comigo. Com os olhos lacrimejando, Magda e Amélie abraçaram-se. A medida que o tempo ia se passando, a situação ia ficando cada vez pior. Estava cada vez mais claro que os Bergenthal teriam que fugir, mas como ninguém nunca tinha batido na porta deles, eles foram se acomodando ao ponto de se esquecerem que uma guerra estava acontecendo.  

 

Julho de 1942

Os Bergenthal haviam acordado como sempre ás sete da manhã. Magda servia o café para as filhas quando ouviu batidas na porta. Mesmo notando o cheiro estranho, a mulher não hesitou e com um sorriso no rosto abriu a porta.

— Senhora. – Disse o homem. Este tinha quase dois metros de altura. Cabelos dourados, olhos azuis, vestia um uniforme militar. – Eu me chamo Petrus. Tenente Petrus Müller.

Joseph saltou da cadeira indo em direção à porta.

— O que deseja Tenente? – Ele perguntou disfarçando a aflição para que as filhas não se assustassem.

— Trago aqui uma convocação para a senhorita Mariele Bergenthal. Ela deve se apresentar imediatamente no campo de trabalho. – O Tenente entregou um rolo de papel. – Se me dão licença, tenho outras convocações para entregar. – Ditas as palavras o homem se foi.

Ao virarem-se, Mariele e Anelise estavam de pé. Anelise segurava no braço da irmã. Dos olhos de Mariele uma lágrima escorria molhando sua face, agora pálida de medo.

— Vocês não estão pensando em permitir tal disparate, pois não? – Perguntou Anelise tremendo.

— Claro que não filha. – Magda ficou de joelhos diante das duas. – Eu nunca vou permitir que vocês sejam mandadas par aquele lugar horrível. Chamam de campo de trabalho, entretanto o único trabalho que as pessoas que são obrigadas a ir para lá fazem é caminhar para a morte. – Magda voltou o olhar para o marido. – Joseph, ligue agora mesmo para Amélie. Nós vamos nos esconder.

Há 612 km dali, Amélie recebia uma ligação. Após acertarem tudo, a moça desligou. A casa que Amélie estava era grande, porém o aspecto era de um lugar abandonado. Corrimões empoeirados, quase não havia móveis. O chão cheio sujeiras e insetos. A vegetação já havia invadido o local. Amélie rapidamente desceu a escada. Usava uma roupa clássica, sapatos do modelo Mary Jane. Aquela casa não era estranha. Foi até a cozinha, abriu a porta onde estavam materiais de limpeza, retirou o carpete que cobria o chão de madeira e lá estava uma porta. Com as mãos abertas na escuridão, o homem presente no porão se preparava para o menor movimento que indicasse perigo. Logo as luzes se acenderam.

— Nossa Evelyn. – Disse o rapaz. – Eu quase te mato! Não combinamos que você daria duas batidas quando fosse entrar?

— Desculpa Akiba. Fiquei tão empolgada com a noticia que recebi que me esqueci completamente do nosso combinado. Onde estão papai e mamãe?

— Lá embaixo no anexo secreto.

Nos fundos de um armário, havia outra porta. Esta porta era de metal e estava trancada com um grande cadeado. Amélie olhou para o cadeado e este se abriu. Ao entrar desceu a escada e destrancou outra porta, desta vez com uma chave. Do lado de dentro estava tudo impecável. Era como uma casa normal, só que a seis metros de profundidade. As cores eram alegres e fortes, amarelo outro e vermelho sangue, tal como em um palácio. Havia até mesmo uma lareira. Adentrando mais o local, havia cinco quartos e um banheiro. Na cozinha, Norma havia terminado de preparar alguns biscoitos. Quando viu a filha, largou a bandeja e correu para abraça-la. O mesmo fez Aharon.

— Minha querida filha! – Disse Norma emocionada. – Estava com tantas saudades tuas.

— Eu também estava mãe. De você, do pai, do Akiba. – Acariciou a face de ambos.

— Ai minha menina, eu tenho tanto medo que descubram que tu não te chamas Amélie e que é filha de uma alemã com um judeu. Serias presa imediatamente por falsificação.

— Todo o sacrifício é válido quando se trata de defender o certo. Finalmente eu consegui convencê-los mãe. Eles estão se aprontando para vir para cá.

 

Uma Semana Depois...

Joseph, Magda, Mariele e Anelise chegam ao lugar abandonado. Ao abrir a porta, morcegos voam para fora, deixando as meninas apavoradas.

— Então é este o lugar que vamos ficar? – Anne perguntou se abraçando com o pai. Naquele momento Amélie apareceu.

— Vamos, venham comigo. – Ela sussurrou. Enquanto eles se encaminhavam para a cozinha, Amélie fechou a entrada.

Quando a ultima porta que dava para o anexo secreto se abriu, eis a surpresa da família Bergenthal, mais principalmente de Anelise. Havia uma faixa na sala com os seguintes dizeres: Seien Sie unsere Heldin begrüßen zu können, ou, bem vinda nossa heroína! Heroína? Anelise questionou. Minutos depois as meninas estavam na cozinha comendo bolo de cenoura preparado especialmente para a ocasião enquanto os adultos conversavam na sala.

— Eu fico muito grata pela ajuda. – Disse Magda. – Estávamos esquecidos do que estava acontecendo do lado de fora de nossa casa. Mas o importante é que estamos aqui.

Houve um silencio por alguns segundos, que foi quebrado por Amélie, ou em seu nome verdadeiro Evelyn.

— Eu tenho uma coisa para contar-vos, senhor Joseph, senhora Magda. Meu nome verdadeiro é Evelyn Werner Alon. Minha mãe, a senhora Norma Werner é alemã e meu pai Aharon Alon é judeu. Por isso estamos escondidos. Eu nem tanto. Há um tempo, minha mãe teve uma visão. Viu sua filha nascer e viu-a defendendo outros iguais a nós.

— Como assim? – Perguntou Joseph confuso. – De qual filha estão falando, digo, do que estão falando?

— Estamos falando disso, senhor Bergenthal. – Akiba fez um gesto na direção de Joseph que o fez visualizar uma série de imagens distorcidas das quais imediatamente o deixaram com uma dor de cabeça insuportável.

— Já chega Akiba. – Disse Norma.

— O que foi isso?! – Joseph ficou de pé ainda bastante tonto.

— Você sabe. Também possuímos poderes. Não me pergunte o porquê ou como, também não sabemos. – Evelyn se levantou. Caminhando em meio à sala, foi na direção de Magda. - A senhora dona Magda me contou os dons que cada um de vocês possui. Como exemplo, ela mesma. Consegue sentir por olfato e visão quem chega e quem se aproxima. Seus olhos possuem visão infravermelha e seus receptores olfativos são duzentas milhões de vezes maiores que a de uma pessoa comum. – Voltou-se para Joseph. – Você, meu caro companheiro de trabalho, á o mais astuto do nosso grupo, porém o mais tolo também. Achou mesmo que não sabíamos que eram mutantes?

— Não interessa se eu sabia ou não. – Joseph falou irritado com o tom de voz baixo. – Eu vim para cá para proteger as minhas filhas. Quando a você Magda, não tinha o direito de expor o nosso segredo assim.

— Expor? – Evelyn o interrompeu. – Já que acha que está se expondo olhe bem nos meus olhos e diga. O que você vê?

As coisas ao redor de Joseph foram se dissolvendo feito gelo a derreter. Num piscar de olhos ele estava em uma floresta. Na copa das arvores alguém o observava. Apavorado, caiu no chão arrastando-se para trás. Dando de costas com algo frio, virou-se e se deparou com um chalé. Já não estava em uma floresta, mas sim em um lugar onde a neve parecia constante. A pessoa gigante podia ser vista com mais nitidez. Era Amélie, Evelyn. Do lado de fora ela segurava uma bola de cristal com neve. Com um simples gesto, Joseph estava onde estava antes, sentado no sofá rodeado pelos outros.

— Anscheißen! – Gritou ele. Da cozinha, as filhas olharam estranhando tal atitude. Joseph voltou a falar em tom de voz baixo. – Não me usem como cobaia de novo ou eu... – De pé, Joseph abriu as mãos e de seus dedos brotaram enormes espinhos. Seu rosto ficou coberto deles. – Viu? Seu poder exige de mim a concentração. Mas se eu não quiser você não me enfeitiça com seus olhos azuis. Já eu posso facilmente te acertar com um dos meus espinhos. E não se engane achando que vou apenas machucar. Se um deles passar de raspão no seu braço, você pode se considerar uma pessoa morta. A ponta deles é composta por uma substância capaz de necrosar o local machucado de qualquer ser vivo em questão de segundos, levando instantaneamente a morte.

— Parabéns senhor Joseph. É muito bom saber que está se entrosando conosco sem que eu precise ficar fazendo joguinhos. Agora sente-se, por favor. – Com Joseph sentado, Evelyn continuou. – Como eu estava dizendo, minha mãe teve uma visão de que sua filha colocaria fim nessa guerra e perseguição da qual estamos vivendo hoje. Aos mandos e desmandos, a ambição desmedida desse ditador. Ela viu que sua filha possui um poder tão destrutivo que seria capaz de dizimar todas as espécies do nosso planeta.

— Mas, de quem você está falando? Da Mariele? Mas nenhuma das minhas filhas são super ausgestattet. Ambas não nasceram com dons especiais.

— Nasceram sim senhor Bergenthal. – Disse Norma. – Eu vi. Não vi a Mariele, mas vi a Anelise. Depois que vi sua filha, não tive nenhuma outra visão. Por este motivo mandei que minha filha Evelyn, ficasse próxima, para defender nossa única chance de sobrevivência. Acredite. Apenas dê tempo ao tempo e verá como estamos certos. Sua filha será uma grande heroína.

O tempo vai passando. Evelyn volta para Merwedeplein, para não dar nas vistas. Para que a família possa se sentir mais segura dos perigos de fora, Akiba e a irmã unem os seus poderes e criam uma ilusão de ótica ao redor da casa para que não seja localizada, tal como um domo. O esconderijo se mantém no subterrâneo, entretanto acima os arredores dentro do limite são liberados para treinamento. E assim, dois anos e meio aproximadamente se passam...

  Agosto de 1944

Anelise recosta o rosto no braço que está recostado na parede e começa a contar. Mariele corre para se esconder. Em meio a vários ruídos e barulhos de insetos, Anne pode ouvir os passos dos sapatos de Mariele.

— Pronta ou não, ai vou eu! – Ela diz, indo a procura da irmã.

Fora do domo, um ruído de quebrar de galhos se aproxima. Ali, dez soldados de caça, altamente armados fazem inspeção pelo local. No interior do domo, dentro da casa abandonada, Anelise vai descendo as escadas e encontra um dos sapatos de Mariele. Com ele nas mãos olha quase que instantaneamente pela força dos movimentos feitos pela irmã atrás de uma das moitas.

— Pode sair sai Mariele, eu já te achei! – Fala, atirando em seguida o sapato em Mariele, que ao se esquivar deixa o mesmo cair para fora do domo.

— Olha o que você fez! – Grita Mariele apavorada. – Se encontrarem o sapato do lado de fora vão suspeitar de que alguém esteve nas redondezas e vão nos prender.

— Desculpe Mariele, eu não queria que...

— Não queria mais fez! – Disse Mariele, completamente nervosa – Precisamos pegar o sapato de novo. Eu deveria colocar você pra pegar, mas seria muita irresponsabilidade minha se fizesse isso. Papai e mamãe nunca me perdoariam. Eu mesma irei.

Os soldados se aproximavam e estavam cada vez mais próximos. No exterior do domo, Mariele colocou a cabeça para fora para ver se não tinha ninguém se aproximando. No interior, Anelise corria até o anexo para avisar a todos o que se passava lá fora. Quando Mariele estava completamente fora, com o sapato nas mãos e preparada para retornar ao domo, os soldados apareceram.

— É uma fugitiva! – Gritou Charles, que era quem estava no comando da missão. Mariele imediatamente entrou no domo para espanto de todos, já que não sabiam que ultrapassando os limites da ilusão, chegariam ao que realmente estava ali. – Ela é um deles. É um demônio! Atrás dela!

Os soldados correram com as armas prontas caso o inesperado ocorresse. Ao ver a casa, não tinham mais dúvidas de que pessoas estavam escondidas ali. Quando Mariele finalmente encontrou os pais no primeiro porão, foram pegos pelos soldados. Akiba tentou distorcer a mente deles, mas foi impedido pela mãe, para que se os soldados atirassem não machucasse ninguém. Charles foi se aproximando. Sorriso no rosto, olhos maliciosos. Mexia o tempo todo no bigode. Aparentava ter vinte anos. De repente começou a rir.

— Acharam que se esconderiam da gente até quando? – Perguntou alterando o tom de voz. – Malditos demônios!

Anne estava completamente em choque. Não conseguia ouvir mais nada, apenas o som do seu coração. À medida que era arrastada para cima lágrimas por um dos soldados, uma única e solitária lágrima escorreu pelo seu rosto sem expressão, morto. Foram colocados em fila do lado de fora. Norma, Magda, Akiba, Aharon, Joseph, Mariele e Anelise. Dentro do peito de Anne, seu coração estava estourando. Era como se fosse ter um ataque ali mesmo. Seus olhos ficaram mais vermelhos que o sangue. Uma expressão fria tomou conta de sua face. Aflição, pavor, raiva. Anelise gritou. De seu corpo, um campo magnético expandiu-se e gerando uma explosão que desintegrou o domo por completo e partiu os soldados em micropartículas. O impacto podia ser visto a quilômetros de distância. Derrubou árvores que estavam ao redor, desintegrou por completo a casa. E como se nada tivesse acontecido, toda a poeira foi jogada para longe. Os outros ainda estavam ali. Foram protegidos por um segundo campo criado por Anne. Estavam pasmos. Ao redor só destruição. Apenas o anexo havia sido poupado. Anelise voltou ao seu estado normal. Olhou para as mãos e criou uma bola invisível de energia. Ao jogar para cima, o céu tornou-se escuro rapidamente em todo o local. Raios e trovões geravam sons aterradores avisando o que estava por vir. Todos correram para dentro do anexo. Anelise estava paralisada, em estado catatônico. Logo, os pingos de chuva foram caindo e se tornando cada vez mais forte.


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Notas finais do capítulo

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