P.O.V. Hayley.

Isso é horrível! Eu me odeio.

—Haylay. Hayley! Hayley por favor!

Eu olhei pra ele e disse:

—Eu a matei. Francesca olhou nos meus olhos e implorou por sua vida enquanto eu a estraçalhava! Mas, eu não me sinto melhor, eu não sinto paz, eu não sinto nada!

—É completamente natural, levando em conta...

—Nada sobre o que eu sou Elijah, é natural!

—Como uma híbrida você vai começar a experimentar os sentimentos com maior intensidade. Vai levar um tempo pra aprender a controlar.

—Eu não quero viver assim Elijah. Eu odeio. Quando eu estava vivendo com a matilha no Bayo eu finalmente intendi a pureza de ser uma loba, a nobreza... eu matei oito lobos antes de chegar á Francesca, oito do meu próprio povo! O que tem de nobre nisso? Eu não agi melhor do que...

—Do que um vampiro.

—Tudo mudou, e não só pra mim.

Ele fez uma expressão de interrogação.

—Eu vi o jeito que me olhava antes e vejo o jeito que olha pra mim agora. Eu era uma mãe e agora eu sou um monstro. As coisas estão diferentes agora, não pode me dizer que não estão.

—Hayley...

—Isso é... um destino pior que a morte.

Eu me sentei e chorei.

—Ela tinha razão. Sobre tudo. Sobre a Hope, sobre mim... ela sabia que ia acontecer, tentou me avisar e sabe o que eu disse pra ela?

—Ela quem?

—Eu a chamei de vadia louca. Eu me condenei a isso.

O meu celular apitou e quando vi o que estava escrito não pude acreditar.

—E ai? Como está? Aposto que as suas emoções estão te comendo viva agora. Sua vadia louca!

—Ai Meu Deus.

—Quem é você? Como eu conserto isso?

—A mesma família que te condenou vai ser a chave para a sua salvação. A cura corre pelas veias dela, tudo o que você tem que fazer é sugar, mas haverá um preço a pagar. Tá disposta a pagar?

—Sim. O que eu faço?

—Rebekah. A cura corre pelas veias dela, literalmente tudo o que tem que fazer é beber.

—Haylay?

—O que?

—Quem é?

—Eu não sei. Mas, ela estava certa sobre tudo até agora. Não acho que vai começar a errar agora.

P.O.V. Elijah.

Ela, ela, ela. Ela quem?

Quando Rebekah chegou em casa notei que havia algo de diferente nela, estava mais feliz.

—Porque tão feliz?

—Eu consegui. Eu fui curada. Sou humana outra vez.

—Ela não errou.

—O que?

Hayley se aproximou de Rebekah, elas ficaram próximas, muito próximas.

—Eu gosto muito de você Rebekah. Eu sinto muito, mas eu tenho que ser curada.

Haylay mordeu o pescoço de Rebekah e bebeu seu sangue.

—Eu sinto muito, mas eu não posso viver assim nem mais um dia. E se tem um preço, eu não ligo, eu pago.

—Preço?

—Eu me sinto diferente. Viva.

Hayley pegou uma faca e espetou o dedo.

—Funcionou. Eu não to curando.

Quando ela olhou para Rebekah ficou assustada, em choque.

—Rebekah! O seu cabelo!

Rebekah se olhou no espelho. Seus cabelos estavam grisalhos e finos, caiam em tufos.

—O preço. Esse é o preço. Ela não tava falando de dinheiro.

Os dentes de Rebekah começaram a cair, ela estava morrendo.

—Ela tá morrendo.

Hayley ligou para alguém e elas começaram a falar:

—Você sabia que isso ia acontecer! Sabia que a Rebekah iria ficar desse jeito!

—É.

—Você armou pra mim.

—Não. Eu disse que haveria um preço pela cura, mas foi você que bebeu.

—Sua vadia desgraçada!

—Desculpa, mas estamos falando de mim ou de você? Agora fiquei confusa.

—Ela está morrendo!

—E dai? Vai me dizer que tá com pena dela? Faz alguma ideia de quantos ela já matou? Torturou? Chacinou? Deixe de ser fraca. Eles iriam te mastigar, tirar o que queriam e depois iam te cuspir e se tivesse sobrado alguma coisa de você eles iam terminar o serviço se me entende.

—Como pode saber?

—Porque eu já vi. Um Mikaelson sempre vai proteger outro Mikaelson e agora você já pariu ou seja você é descartável. Bem vinda ao mundo real princesinha.

Ela desligou.

—Desgraçada! Ela me usou pra pegar a Rebekah.

—Quem é ela?

—Eu não sei! Eu só vi ela uma vez e lembro do rosto dela, mas não sei o nome.

—Consegue desenhar o rosto?

—Não. Eu não sou boa com as mãos. Ela tinha cabelos e olhos castanhos, tinha um colar... igual a esse.

—Elena Gilbert.

—Elena Gilbert. Então esse é o nome da vidente.

—Vidente?

—Ela é vidente essa Elena. Certo?

—Não.

—Então não é a mesma mulher. A mulher de quem eu to falando é uma vidente. Ela pode ver o futuro.

—Pode ver o futuro?

—Eu não acreditei no começo, chamei ela de vadia louca, mas ela não era louca. Tentou me avisar que eu teria um destino pior que a morte se me envolvesse com vocês. Mas, eu a não acreditei nela. Não cometerei o mesmo erro duas vezes.

—Hayley? Você ta viva? Como é que você ta viva?

—Eu não devia estar Cami. Mas, eu fui curada e agora vou poder viver até eu morrer.

—Isso é ótimo. Ai, a minha colega tem um colar igual ao seu.

—A sua colega?

—É. O que não é muito ela, ela gosta de exclusividade. Não costuma usar nada que não seja feita especialmente pra ela.

—Essa sua colega é vidente Cami?

—É. Como você sabia disso? Você também é?

—Não. Como é o nome dela?

—Renesmee Cullen. A gente se conhece desde o jardim, ela cuida de mim desde então.

—Cuida de você?

—Ela me deu verbena, impedindo que o Klaus me fizesse esquecer sobre ele. Eu nunca esqueci de nada.

—Como?

—Ela tinha razão. Vocês realmente são uma raça inferior, qualquer um deles teria sentido o cheiro da verbena a quilômetros, mas vocês não.

—Não?

—Não. Eu tenho feito o Klaus de trouxa durante meses.

—Como?

—Verbena. Impediu ele de entrar na minha cabeça.

—E essa Renesmee?

—Ela queria a Rebekah de todo o jeito. E se tem algo que eu sei sobre ela é que ela sempre consegue o que quer.

—Porque a Rebekah?

—A sua irmã tentou matar a prima dela. Jogou o carro dela duma ponte e a mulher quase morreu e uma outra colega dela morreu por causa do Klaus e outra por causa de você Elijah. Outra moça morreu por sua causa. E daí? É só mais outra mulher, só mais uma vida não faz diferença faz?

—Camille...

—Não faz. Mais uma mulher morta, mais um homem estirado no chão, mais um corpo sem vida, outro pai que se vai. Você já não tá nem ai. Hipócrita! Você fala de nobreza e mata porque acha graça. 

—Não é bem assim Camille!

—O cacete que não é! Quem não te conhece que te compre.

Ela saiu irritada.

—Cami.

—O que?

—Como eu encontro ela?

—Porque quer encontrá-la? Tá querendo se matar?

—Me matar?

—Irrita ela pra você ver o que acontece. Ela tem uma força que vocês nem imaginam, em todos os sentidos possíveis e imaginados. 

—Como ela sabia sobre mim?

—Ela pode ver o futuro.

—Como?

—É um dos vários dons dela. Ela pode matar um Original, por isso eu sugiro que vocês nem pensem em ir atrás dela ou vocês estarão do outro lado antes que possam se quer reagir.

Ela saiu. O Klaus tentou falar com ela.

—Cami...

—O que você quer?! Eu não vou ser babá hoje! Estou de folga!

Ela saiu e bateu a porta.

—Eu ein! Nunca vi a Cami tão irritada. Acho que ela tá de TPM.