Joseph Joestar e os Caça-MILF escrita por AllBlueSeeker


Capítulo 1
O Joestar azarado e o Kujo furioso


Notas iniciais do capítulo

E aí galeras!
Bom, mais uma vez venho eu me arriscar nos terrenos de JoJo. Já fiz uma antes, e parece que foi bem aceita. Principalmente por quem indicou.
E de novo ela me deu outra ideia. Espero que fique bom! Vamos lá!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723621/chapter/1

Azarada. Essa era a definição ideal para a vida de Joseph Joestar. Numa distinta noite, na ilha Air Supplena, onde ele viveu durante seu treinamento de Hamon com Lisa Lisa (ou Elizabeth Joestar, sua mãe), ele não conseguiu dormir. Virou prum lado, pro outro, ao inverso... Nada. Sua inquietude acabou acordando Suzie Q, com quem havia começado um namoro há alguns meses:

—Joseph?

—Que é?

—O que foi?

—Não sei. -ele respondia um pouco impaciente - Não consigo dormir. Acho que é o calor. 

—O tempo está agradável até. Você deve estar com febre. Vou buscar remédios e água...

Antes que a jovem levantasse, ele a impediu:

—Não. Eu vou caminhar um pouco. -ele parecia realmente sério - E sua próxima frase será: "Mas eu estou preocupada com você.". Estou bem, é sério. Só me sinto incomodado com alguma coisa. Eu volto já. 

Joseph se dirigiu ao pátio exterior para respirar. Por algum motivo, reparou nas luzes do segundo andar. No primeiro andar, ficava a sala de jantar, o quarto de Suzie (onde ele dormia com a garota) e a cozinha. Acima, o quarto que deveria ser dele, o quarto de Caesar Zeppeli e o quarto gigante de sua mãe, Lisa Lisa, com uma bela varanda que dava vista para a cidade de Veneza. O jovem estranhou as janelas do quarto do amigo estarem abertas e as cortinas tremulando para fora. Sistemático que só, Caesar detestava o quarto aberto à noite. Por outro lado, as luzes do quarto e da varanda de Lisa Lisa estavam bem acesas, e murmúrios provinham das janelas escancaradas. Seria invasão ao quarto da própria mãe? Seria. Mas a curiosidade do jovem falava mais alto. Com o auxílio de seu Hamon, ele escalou até a varanda e apagou a luz da mesma. Jogou-se sobre uma cadeira que havia visto antes e esperou, nas sombras por algo lá de dentro. Os risos cessaram:

—Algo está errado na varanda. Eu me lembro de ter deixado a lâmpada acesa.

—Não se preocupe, eu vou dar uma olhada. A lâmpada deve ter queimado, só isso.

O loiro italiano abriu a porta e tentou acender o interruptor, mas este estava emperrado. Ele caminhou com cautela pela varanda até o guarda-corpo e respirou fundo:

—Será que...

—Nice, nice, Caesar-chan. -o americano aplaudiu

Com o susto, Caesar acabou derrubando um dos vasos de Lisa Lisa varanda abaixo:

—J-J-JoJo?! Desde quando está aí?

—Nah, só alguns minutos. Aliás, você está treinando duro durante a madrugada, hein? Diz aí, é por isso que você fica bocejando quando lutamos durante os treinos da tarde na torre?

—C-calma aí, e-eu posso me explicar!

—JoJo, o que significa isso? -a mulher envolta nos cobertores surgiu na porta

—Essa pergunta é minha. Quero saber o que vocês dois andam fazendo durante a noite pra ficarem mortos durante o dia. O que será que Jorge Joestar II diria? Ou melhor, o que a vovó Erina diria sobre isso? Acho que vou perguntar pra ela.

—Não coloque ela nisso. Argh... Droga, Caesar! Fomos pegos.

—Não se preocupe, Lisa. Eu sei que o JoJo vai entender e vai aceitar numa boa.

—Lisa?! Apelidinho carinhoso agora? 

—Diga a ele. -a morena acendeu um cigarro e deu uma pitada

—JoJo... -Caesar respirou fundo - Eu sei que você vai querer me bater, que vai ficar furioso e tudo mais... Mas eu e a Lisa Lisa estamos tendo um caso há um bom tempo.

—Quanto tempo é um bom tempo? -Joseph coçou o queixo

—Cala a boca e escuta, Joseph! -ela engrossou

—E nós dois... Bom... Estamos realmente apaixonados um pelo outro. Como ela está solteira há bastante tempo, eu decidi pedi-la em casamento.

—OH SHIT! Você tem ideia do que está falando, Caesar?

—É claro que eu tenho, imbecil. Levei muito tempo pensando pra chegar nessa conclusão. 

—E eu aceitei com muita alegria.

—Ma-ma-ma-mas você tem 50 anos, e esse maldito só tem 20. É adultério.

—Uma mulher não pode se apaixonar por um jovem tão bonito e viril quanto o Caesar? Além do mais, seu pai está morto. Não é traição.

—Você se aproveitou disso não é, Caesar? 

—O que? Eu, me aproveitar? D-do que está falando JoJo? -ele tentou disfarçar

—Ele não está se aproveitando de mim, Joseph. Pelo amor de Deus!

—Tsh. Quer saber de uma coisa? Que se dane esse treinamento também. Vocês dois, tô fora. Se quiserem me encontrar, tô indo cuidar da vovó Erina. E a Suzie vai comigo, então... parabéns Caesar, agora você é o escravo pessoal da mamãe. 

Furioso, Joseph tomou rumo para o andar inferior e voltou para o quarto. A garota loira continuava acordada, lendo um livro de cabeceira e percebeu a aproximação do rapaz:

—Você está pior do que antes, querido. Aconteceu alguma coisa?

Em poucas palavras, ele resumiu a história. A garota ficou assustada e tentou confortá-lo, mas Joseph não queria conforto. Ele queria voltar para os Estados Unidos. Para isso, ligou para sua avó. Levou um tempo, mas logo ela atendeu:

—Erina Joestar. Pois não?

—Vó, sou eu. O vovô Speedwagon tá aí?

—O que aconteceu?

Ele não podia dizer. Não sabia como a velha reagiria ao caso de amor de Caesar e Lisa Lisa, então resolveu inventar:

—É que eu vou me casar, e preciso voltar praí. Sabe como é, arrumar um emprego e uma vida decente. 

—Que bom ouvir isso, filho. Vou telefonar ao Speedwagon e pedir a ele uma aeronave da Fundação. Até amanhã de manhã já deve estar aí. Oh, ele chegou!

Alguns segundos depois:

—Foi coincidência, mas senti que meu nome tinha sido falado. O que há, JoJo?

—O quão rápido você pode me enviar um avião para voltar pra casa?

—Hmm... Acho que não tem nenhuma aeronave da Fundação aí na Europa. Mas posso pedir agora, e logo cedo vocês poderão embarcar. 6h da manhã, se eu conseguir agora.

—Beleza, vamos nessa mesma. Não precisa ser um avião gigante, é só uma coisinha mesmo. O mais rápido que puder.

—Uau, você tá bem ansioso. O que foi?

—Quando eu chegar aí, prometo te contar. Mas você não pode dizer pra vovó. 

—O-oh, certo. Vou ligar para o meu pessoal e providenciar a aeronave agora mesmo.

O telefone voltou para o gancho e o casal para a cama. Não demorou muito para que o dia raiasse e eles fizessem suas malas. Antes de saírem, deram de cara com um Caesar um pouco entristecido:

—Pra onde vocês estão indo?

—Pra casa, Caesar.

—Mas... Você não está feliz por sua mãe estar feliz?

—Não quando o furdúncio acontece debaixo do meu nariz. Passar bem, Caesar Zeppeli.

Saíram dali de barco e já havia um carro da Fundação os aguardando. Foram dirigidos ao aeroporto e lá encontraram Robert E.O. Speedwagon à espera:

—Ora, vocês chegaram bem rápido! Olá querida, quem é você?

—Sou Suzie Q, namorada do Joseph. -ela se apresentou e educadamente cumprimentada - É um prazer, senhor Speedwagon. Ouvi muito sobre o senhor.

—Oh, sério? Fico feliz! E você Joseph, o que foi?

—Te conto no voo.

Entraram no avião e decolaram. Quando o avião estabilizou o voo, um belo café da manhã foi servido aos dois. Entre uma golada de café e uma mordida no pão com geleia, Joseph resfriou o cérebro para falar:

—Você se lembra do Caesar? 

—Sim, claro. O que tem ele?

—Ontem a noite, descobri que ele e a Lisa Lisa estão tendo um caso há tempos, e ele pretende casar com ela. 

—Oh, entendi o problema. Você está com ciúme por que ela é sua mãe? -ele proferiu em tom alegre

—Mas claro que não! Isso foi debaixo do meu nariz. Além do mais, tem um poço de 30 anos de diferença entre ele e ela! Além do mais, acho que o vovô Jonathan não ia gostar disso.

—É, talvez seu avô fosse ficar decepcionado com a escolha da Lisa Lisa ser um jovem da idade de seu filho. Ele ia ter um discurso pronto pra ela. 

—Por isso você não pode dizer à vovó sobre isso. Você disse que meu avô ficaria decepcionado. Imagine ela, que a criou com amor e carinho.

—Certo, eu não direi uma palavra à senhorita Erina. Promessa.

—Obrigado, vovô Speedwagon! Sabia que podia contar com o senhor.

Horas mais tarde, o avião aterrissou em um dos campos da Fundação Speedwagon. Lá, Joseph e Suzie pegaram um carro até a residência Joestar. No caminho:

—Joseph.

—O próprio.

—Sobre o que você disse anteriormente à sua avó...

—O que? Me casar com você?

—É. -seu rosto ruborizou - Você estava falando sério?

—Tão sério quando sua próxima frase será: "Mas eu não sei se sou uma garota boa o bastante pra você.".

—Mas eu não sei se... Oh. -ela sorriu e se agarrou ao braço do rapaz - Então nós vamos no casar?

—A vovó precisa aprovar. Como ela me criou, seria bom ela ver nas mãos de quem o neto dela vai parar.

—Ele está em boas mãos, disso ela não precisa duvidar. -e continuou agarrada ao braço do jovem

O carro encostou. Joseph carregou a maior parte das bagagens, e Suzie pegou as menores. A porta quase foi lançada para longe, com o chute desastrado do rapaz:

—Eu poderia tê-la aberto, querido.

—Força do hábito. Pelo menos a vovó já sabe quem tá entrando.

—E se fosse um ladrão?

—Nah, o Smokey fica aqui de vez em quando. Ele não é tão tonto. Além do mais, tem um revólver nessa casa e eu ensinei o Smokey a usar.

O pires e a xícara foram postos sobre a mesinha e a voz rouca da senhora proferiu-se:

—Joseph está certo. Somente ele vandaliza a pobre porta dessa forma. Não há como não ser ele quando isso acontece.

—Qual é, vó! Nem é tão forte assim. E toda vez eu dou um jeito nela pra não estragar.

—Estou vendo a hora que seus consertos não serão mais tão efetivos.

—E-ei, a gente tem visita. Não precisa me desmascarar na frente da minha namorada! -ele riu sem graça

—Mas eu já sei que você é bruto. 

—Você não dê corda! Então, vovó Erina, chegamos. E... Eu trouxe alguém que você deveria conhecer. Essa é a Suzie Q, ex-assistente da Lisa Lisa e minha futura esposa.

—Ex-assistente? Oh céus, não me diga que você foi demitida...

—Não, vó! É porque nós vamos nos casar. E eu trouxe ela pra conhecer a senhora, se a senhora aprovar o casamento.

—Ele te torturou pra aceitar?

—N-não senhora.

—Vovó! 

—Estou brincando, Joseph. Muito bem, sentem-se. Quero que tenham em mente que o casamento é uma instituição muitíssimo importante e deve ser respeitada acima de tudo. Eu não sou alguém que perdoaria um adultério, por quaisquer motivos. Acredito que o voto é um só, assim como mantenho os meus votos ao Jonathan até hoje. Então, se vocês já têm perfeita noção disso, eu permito esse casamento em nome de meu filho, Jorge Joestar II e de meu marido Jonathan Joestar. Espero que sejamos uma família feliz! -a velha sorriu amorosamente - Seja bem-vinda aos Joestar, Suzie Q. 

—Obrigada, senhora Erina. Eu prometo ser uma ótima nora neta. E vou sempre cuidar do Joseph.

 Um bom tempo passou. Coisa de alguns anos. E muita coisa aconteceu. Fruto de um bom trabalho com a Fundação Speedwagon, Joseph Joestar conseguiu montar seu próprio negócio e assim nasceu a Imobiliária Joestar. Isso o enriqueceu e fez prosperar. Em 1942, ele se casou oficialmente com Suzie Q e juntos foram morar em um dos seus apartamentos. Neste mesmo ano, nasceu a filha do casal, Holly Joestar. Em compensação aos bons frutos, vieram as perdas. Em 1943, foram notificados de que Rudolph von Stroheim, um major que, apesar de nazista, era um bom homem, viera a falecer durante a Batalha de Stalingrado. E, em 1949, foi a vez de Erina Joestar subir aos céus. Uma de suas últimas frases foi:

—Aposto que o Jonathan está pulando de alegria por poder me ver logo logo.

Apesar da partida, nenhum membro da "grande família" Joestar ficou entristecido. Mantiveram o bom humor de sempre, pois fora um desejo da senhora antes de partir. Cada um seguiu com a própria vida depois do falecimento de Erina.

Quanto ao casamento de Lisa Lisa e Caesar, em 1945 chegou um envelope para o endereço da Residência Joestar:

—Joseph, veja. -Suzie Q alertou

—O que? Deixa eu ver. "Elizabeth e Caesar Zeppeli". Opa, parece que escorregou da minha mão. -Joseph lançou o envelope nas brasas da lareira acesa - Que desastrado eu fui! 

—---------------------------------------------------------------------------

Anos mais tarde, já na década de 80, o telefone da casa dos Joestar tocava incessantemente:

—Ei Suzie, atenda por favor! Estou no banheiro com as palavras cruzadas.

A jovem senhora pescou o telefone:

—Residência Joestar, Suzie falando. Em que posso ajudar?

—Vovó. —era Jotaro Kujo, seu neto, do outro lado da linha

Oh, meu amado netinho! Tudo bem?

—Aparentemente. Onde está o velho?

—No banheiro, com as palavras cruzada. O que foi?

—Só queria saber quando é que vocês virão ao Japão.

—Será que o meu doce Jotaro está com saudade da vovó?

—De você, sim. 

—Oh, o coração da sua avó não aguenta esse amor todo! Vamos na semana que vem, querido.

—Não dá pra ser mais rápido?

—Eu acho que dá. Preciso falar com o seu avô, porque ele é que comprou as passagens. Oh, espere. -ela saiu da linha

—Madame, aqui estão as passagens. -Roses, o mordomo, se prontificou ao ouvir sobre

—Oh, obrigada Roses. Jotaro, está aí?

—Estou.

—Que dia é 6 de agosto?

—Amanhã, vó.

—Oh, então eu me enganei. Estamos indo amanhã para o Japão.

—Ótimo. Eu preciso ir agora.

—Tudo bem. Fique bem, querido! A vovó te ama.

—Eu sei. Até mais.

Ela desligou o telefone. Minutos depois, seu marido saiu do banheiro ajeitando os bolsos das calças:

—Quem era?

—O Jotaro. Está com saudades de nós, e perguntou quando vamos ao Japão.

—Acho que comprei as passagens pra amanhã. Roses, onde eu as coloquei?

—Elas estão aqui.

—Certo. Vamos preparar as malas. Suzie, por favor, são apenas alguns dias. Não leve a casa toda. Roses, ajude-a por favor.

—Tudo bem, eu ajudo. -o mordomo respondeu alegremente

Malas prontas. No dia seguinte, embarcaram para o Japão. Um voo longo. Chegaram no início do dia 7 ao solo japonês. No aeroporto, três pessoas os aguardavam:

—Papai! Mamãe! -uma jovem mulher balançava os braços entre dois garotos de uniforme escolar - Aqui!

—Holly! -Joseph correu para abraçá-la -Vejam só se não é a minha menina. Você cresceu?

—Papai, não seja bobo! Oi mamãe! -ela abraçou Suzie - Como foi a viagem?

—Foi longa, mas ótima. A companhia aérea é muito boa.

—É mesmo? Que ótimo! Ah, é mesmo, vocês ainda não viram o Jotaro. 

—Oi. -o jovem apenas levantou a mão

—E quem é esse com você? -indagou Joseph

—É o Kakyoin. Do colégio. Estamos fazendo trabalho em casa. 

—Noriaki Kakyoin ao seu dispor, senhor Joestar. E é um prazer conhecê-la, senhora Joestar. 

—Encantada. E por favor, só Suzie já é o bastante.

—Certo! -Holly puxou a fila - Vamos pra casa! Vocês devem estar cansados e famintos. 

Entraram no carro da jovem mulher e foram para a residência Kujo. Lá, desfizeram as malas e foram para a cozinha com Holly. Jotaro e Kakyoin foram resolver seus afazeres escolares. Na cozinha, Holly serviu um pouco de café ao pai e chá à mãe:

—Blargh! O café japonês é horrível! Holly, por que compra essa coisa?

—Estamos no Japão, papai. É o que tem.

—E aquela coisa lá no quarto? Mande trocar por uma cama por favor.

—Papai. -ela enfatizou - Eu já disse: Estamos no Japão. Acostume-se com o que é daqui.

—Eu não me importo de dormir naquela caminha, Joseph. Fique tranquilo, não vamos ter dor nas costas por ser baixa. -Suzie o reconfortou

—Oh God, eu devia ter comprado uma cama e enviado pra cá antes de vir.

—Papai, por favor! -a mulher ficou nervosa 

—Certo, certo...

Ela começou a fritar bacon e ovos, enquanto os pais apreciavam o chá e o café servidos. De repente:

—Mamãe, papai... Eu preciso contar uma coisa. É sobre eu e o Sadao. Acho que não dá mais pra continuar.

—Eu sempre te alertei sobre a falta de presença do Sadao em casa. Principalmente no que diz respeito à criação do Jotaro.

—Mas eu já não me sinto mais atraída por ele. Ele está fora há tanto tempo. Vejam. -ela exibiu a mão esquerda sem aliança - Ele não manda cartas, nem liga, nem nada. Acho que ele deve ter encontrado uma esposa mais bonita que eu...

—Não diga bobagens, filha! Você é linda como seu pai e graciosa como eu.

—Sua mãe tem razão, Holly. Apesar de vocês serem cópia uma da outra, ela tem razão. -ele voltou a beber o café

—E sabem esse jovem amigo do Jotaro, o Noriaki? Pois então... Ele vem me dando tanto carinho quando vem aqui. Me ajuda com a cozinha, às vezes até cozinha pra mim, ajeita o jardim e limpa a casa comigo. Não sei como dizer isso a vocês, mas...

—Mas você está apaixonada pelo garoto? -pontuou Suzie Q

—OH MY GOD! -Joseph cuspiu o café para o alto - Isso tá acontecendo de novo?! Primeiro é o Caesar e minha mãe, agora minha filha e um amigo de colégio do meu neto! O que eu fiz pra merecer tanta desventura na vida?

—Mas papai, o Noriaki vai se formar esse ano. Nós podemos nos casar e...

—Não! Nada de casamento. Já não basta um aproveitador como o Caesar na minha vida, não deixo o segundo aparecer de jeito nenhum!

—Joseph, o que é isso?!

—Suzie, você se lembra bem do que aconteceu entre minha mãe e o Caesar na Air Supplena. No dia eu te contei isso. E você me deu razão.

—Só que dessa vez é a nossa filha, e nós podemos estar mais perto do que no caso da Signora Lisa Lisa. Além do mais, o tal Kakyoin me parece um jovem nobre. Um cavalheiro, até.

—OH GOD! Primeiro minha filha, agora a minha esposa. Não, isso é demais pra mim...

—Pelo menos alguém concorda comigo quanto ao Kakyoin ser aproveitador -Jotaro surgiu na porta da cozinha - Yare yare daze. 

—Há quanto tempo está ouvindo, filho?

—Não preciso ouvir pra saber o que tá na cara, mulher. Dá pra perceber que o Kakyoin quer se aproveitar da separação entre você e o meu pai.

—Ainda bem que eu não estou sozinho! Obrigado, Jotaro.

—Tsh, velhote. De qualquer forma, eu não quero que você e o Kakyoin tenham um relacionamento. Ele que vá tomar rumo na própria vida.

—Você não gostaria de ver sua mãe feliz, Jotaro querido? -a senhora virou para o garoto

 -Vovó, ela já é bem feliz. O Kakyoin não tem nada a ver com isso.

—Escutem! Se eu conseguir ajudar o Noriaki a convencê-los, papai e Jotaro, vocês poderiam permitir que nós ficássemos juntos?

—Você precisa primeiro se divorciar do Sadao. Não quero uma filha adúltera.

—Já entrei com tudo o que é necessário para requerer isso. Logo logo sai.

—Então quem sabe. 

—Eu veto. Velho, você também deveria. O Kakyoin tem a minha idade, nada o impede de mascarar um relacionamento com ela e ter outros casos por aí.

—O Jotaro tem razão. 

—Ele disse que não vê muita graça em garotas jovens, e prefere mulheres com mais educação e beleza como eu. Acreditam que ele sempre percebe quando eu vou ao cabeleireiro e à manicure? Ele é tão cuidadoso. 

—Tsh. Vou julgá-lo uma hora dessas.

—Não use o Star Platinum à toa, Jotaro. Isso não é algo pra se resolver na mão.

—Mas será, se o Kakyoin não cair fora.

—Gente, gente. a conversa tá aqui. -Holly balançava a concha de molho na direção do pai e do filho - Parem de sussurrar por favor.

—Tsh. Eu já disse meu lado. 

—Eu também.

—Eu sinceramente adoraria estudar esse menino e como ele com a nossa Holly. O que acha, Joseph?

—Vamos ver. Mas antes, o divórcio.

Os dias passaram. E com eles, o processo de divórcio entre Holly e Sadao Kujo. Numa tarde, ela chegou apressada em casa e abriu o quarto dos pais, que assistiam um programa japonês de desafios:

—Aqui está! -ela exibiu o papel pardo - Voltei a ser apenas Holly Joestar. E agora, papai?

—Oh God, lá vou eu passar por isso de novo...

—Joseph! 

—Tá bem, tá bem. -ele se levantou - O Kakyoin está aqui?

—Deve estar no quarto do Jotaro, papai. Eles estão jogando videogame uma hora dessas.

Joseph calçou os chinelos e caminhou até o outro cômodo, onde os garotos jogavam um jogo de corrida e Kakyoin estava vencendo:

—Vocês, aqui fora. Preciso ter um papo de homem. 

—O que foi, senhor Joestar? 

Jotaro desceu para o gramado e seu stand, Star Platinum apareceu estalando os dedos:

—O-o que isso significa?

—Oh my God, Jotaro! Por favor, pare com isso. Já disse que isso não se resolve com força bruta. Muito bem, Kakyoin... Que história é essa entre você e a Holly, hein?

—Ela contou, não é? 

—Desembucha de uma vez, Kakyoin. 

—Jotaro, tenha calma. Deixe o Star Platinum fora disso, for God's sake.

—Bom... Senhor Joestar, a sua filha é uma belíssima mulher. Educada que só, carinhosa, amorosa, amiga, gentil... Tenho muitos adjetivos, mas isso tomaria tempo demais e o Jotaro não está muito paciente. Bom... Sim, é verdade que eu me interesso por ela de uma forma muito íntima, e esse interesse é único. Não tenho paciência para as garotas da nossa faixa etária, e nem para outras mulheres como a Holly. Meus olhos são só dela. 

—Certo, e o que mais?

—Ela também disse sobre o casamento? Adoraria que ela fosse a senhora Kakyoin. Eu a trataria com amor e respeito, como uma mulher merece.

—Kakyoin. 

—Sim, JoJo?

—Você está se aproveitando que minha mãe é lerda. Eu não gosto disso. -ele soava sério, e seu Star Platinum continuava encarando Kakyoin

—De forma alguma. Por que eu prejudicaria a Holly? Me dê um motivo.

—Eu não sei.

—Se você não sabe, eu vou saber? Por favor Jotaro, acredite nas minhas palavras. Mesmo que sua mãe esteja na flor da idade e eu ainda seja um garoto, sou capaz de dar até mais amor que seu pai deu esse tempo todo. Vou fazer a Holly ser uma mulher feliz, eu juro. 

—Vou contar uma história a vocês. Jotaro, se lembra do Caesar?

—Sim.

—Pois bem. Ele fez a mesma coisa com a sua bisavó, minha mãe, há 50 anos. O que aconteceu com eles? Eu não sei. O que o Jotaro está sentindo, é o que eu estava sentindo. Mas eu não podia dizer à vovó Erina na época, pois não sabia se ela reagiria bem a isso. Mas agora, esse caso está nas minhas mãos. Kakyoin, o Caesar era um conquistadorzinho de segunda mão. Isso nele me deixava irritado.

—Mas senhor Joestar, o Jotaro pode provar a minha relevância para as meninas do colégio.

—Zero. 

—Está vendo? Eu estou dando a minha palavra de honra.

—Certo certo, deixe-me pensar... Eu até posso pagar o casamento, mas você vai ter que trabalhar. Não vou pagar o seu lado de jeito nenhum. 

—Não se preocupe, senhor Joestar. -garantiu o garoto - Assim que eu terminar o Ensino Médio, já estarei trabalhando em um local decente. 

—Muito bem... Jotaro, eu não consigo lembrar de mais nada. Você lembra de algo que seja bom perguntar ao Kakyoin?

—Tsh. Eu odeio você. -ele ajeitou o boné e seu stand sumiu

—Esperem aí, vocês dois... Isso significa que...

—Velho.

—Certo Kakyoin, nos damos por vencidos. Mas o Jotaro vai ficar de olho em você enquanto eu estiver nos Estados Unidos. E se minha Holly reclamar uma migalha de você, corra. Eu vou te caçar até os confins do mundo!

—M-muito obrigado, senhor Joestar e Jotaro, pela confiança! -o ruivo curvou-se  - Eu prometo honrar tudo o que eu disse e que vocês esperam de mim.

Nesse momento, Joseph Joestar foi beijado nas bochechas por sua mulher e sua filha:

—Estou orgulhosa de você, Joseph querido.

—Sim papai, você nos surpreendeu. E Jotaro, vou comprar mais balas de goma de golfinho amanhã.

—Mãe!

—Opa, escapuliu! -ela sorriu

—Muito bem. Suzie, vamos arrumar as malas de novo e pegar a nossa roupa suja. Nosso voo é bem cedo amanhã.

—Não se preocupe, está tudo lavado. O Roses não vai ter com que se preocupar quanto a bagagem extra. Por falar nele...

—Sim, podemos levar uma lembrança. Holly, nos leve até o centro por favor.

—Claro que levo. Mas antes, vamos lanchar? Eu fiz torta de amora pra todo mundo.

—Eu adoraria provar a sua torta, querida Holly.

—Pra você, Noriakizinho, eu fiz uma de cereja. É toda sua, assim como eu.

—Minhas favoritas!

—Kakyoin! -Joseph e Jotaro soaram em coro

—E-eu adoraria a torta.

 

—FIM 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, que tal?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Joseph Joestar e os Caça-MILF" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.