Tales of a New generation escrita por Cherry Opal


Capítulo 3
Ready to go


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, 3º ano não tá fácil



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Olhava para meu reflexo no espelho que ficava de frente para minha cama onde estava sentada já usando meu uniforme escolar que era uma camisa social branca de manga longa, uma saia da cintura até só um pouco acima do joelho em uma cor que se eu não me engano Crystal me falou que se chamava blue iris, um cardigã longo na cor chilli pepper que também foi Crystal que falou e o brasão da escola no bolso do peito, senti saudades de usar esse uniforme, mas mesmo que eu quisesse antes não iria conseguir, são águas passadas e preciso recomeçar minha vida. Eu venho tentando a um tempo, não tinha coragem de botar a cara na escola, mas para não me tornar um peso para minha mãe comecei a trabalhar para ajudar em casa já que era só nós duas, ela me leva e me trás todos os dias do Café dos Liddell mais conhecido na cidade como Mad Hatter coffeehouse, ela confia muito na Adalynn e então seria ótimo para mim lá, conheci Kat, Rachel, Mettalise e o seu grupo, com quem ainda sou amiga, mas pelo fato de andar com Crystal agora e ela desprezar eles mal posso conversar.
Eles eram os excluídos da escola, pelo que me falavam, Metta era uma negra linda com longas tranças escuras e olhos castanhos, simplesmente a pessoa mais gentil que eu conheci, divertida, engraçada, mas não era de levar desaforo para casa obviamente devido ao fato que a maioria dos alunos da escola a tratavam mal por ser descendente de vilã, bom todos que eram como ela sofriam o preconceito, ela era da Ursula, enquanto a outra garota que vinha da família da Cruela de Vil, a Pearl, era uma coisa a ser discutida com sua aparência chamativa por causa de suas roupas diferentes que lembravam coisas de criança e seu cabelo de duas cores diferentes um lado castanho sua cor natural e do outro loiro bem claro, já de personalidade era onde começava a estranhar já que parecia tão calma e centrada, mas realmente faltava alguns parafusos na cabeça dela, ela era bem legal, mas completamente louca.
Já os meninos eram normais, Lorenzo Tremaine devido ao seu sobrenome era da família da Lady Tremaine, ou seja, família da madrasta da Cinderela então já da pra perceber de onde vem a birra da escola controlada por Crys contra o grupo de amigos dele, era bem alto de rosto definido, cabelos castanho claro sempre bagunçados dando um ar de desleixo e uma barba rala que se orgulhava de manter, já que segundo ele o deixa com cara de mais velho. Por último, mas não menos importante temos Gart descendente do Gaston, vindo de uma família muito restrita e conservadora era o mais fechado, eu sabia pouco dele o máximo que sabia era que era gay, mas isso não saía do grupo, já que tinha medo de sua família, pelo que me falavam várias meninas caiam aos pés dele, e estavam certas já que seu rosto e corpo eram literalmente de um modelo da Abercrombie & Fitch, mas não adiantava nada por que além dele não gostar segundo a Pearl eles acham que Gart esconde um namorado deles.
Olhei para o relógio vendo o horário, eram 7:30 e eu já estava mais que atrasada para o meu primeiro dia peguei minha mochila que já estava pronta desde ontem à noite e terminei de me arrumar, corri para a sala e vi minha mãe já pronta para me levar com a chave do carro na mão, olhei assustada para ela enquanto nós duas seguíamos para o carro, a viagem não demorou muito e faixada branca da escola me acalmava, minha mãe correu comigo para a diretoria onde eles me esperavam o direto um homem sério de cabelos loiros que eram claramente pintados veio falar comigo se apresentando como Andrei Perrault diretor da escola e por dedução parente de Crystal, ele falava que não precisava ter vindo correndo já que faltava mais um aluno novo que parecia que não ia vir, me despedi da minha mãe segui com ele para o auditório onde todos os alunos e funcionários esperavam sentados cada um em seu lugar designado, já no auditório fui levada a sentar em uma cadeira no palco do lado esquerdo do diretor enquanto alguns professores que eu não conhecia sentavam ao lado direito. Respirei fundo e fechei os olhos, respirei fundo mais uma vez e consegui olhar para os que estavam na cadeira do espectador enquanto o parente de Crys continuava seu discurso sobre como os alunos deveriam ser amigáveis com uns aos outros e que o passado não seria repetido, não foi muito difícil achar Crys e meus amigos eles estavam bem na primeira fileira com sorrisos calmos direcionados a mim, até mesmo Ghazi que raramente sorria, retribui enquanto via os lábios de Adam se movendo e dizendo sem som que era só manter a calma que tudo ficaria bem e logo que isso acabasse eles iam se encontrar comigo. Mais ao fundo no lado onde estavam todos os alunos do último ano como eu o grupo de Metta parecia muito entediado e do outro lado da sala na mesma fileira que eles Kat e Rachel conversavam, mais precisamente Rachel tentava conversar enquanto Kat pedia para que elas ficasse quieta.
Toda aquela apresentação passou muito devagar e eu não aguentava mais, parei para pensar como eu preferia estar de volta em casa com o tutor que me deu aula todos esses anos, as palmas de fim de discurso tiraram minha atenção de meus pensamentos e voltaram ao diretor, bati palmas brevemente e fui pedida para esperar enquanto todos os outros eram liberados, quando tudo ficou vazio ele começou a falar para mim que se tivesse qualquer problema que avisasse a ele ou algum professor e que agora eu estava segura e nada aconteceria comigo, agradeci enquanto descia do palco e seguia para a porta para realmente começar de novo a escola, pelo menos por apenas esse ano.
Abri as portas duplas do auditório e enquanto saía dei logo de cara com os meu grupo de amigos e nem tive tempo de pensar e logo fui atacada por um abraço de Adam e Schnee.
— Você foi ótima lá em cima.— Adam falou me apertando ainda mais.
— Achei que eu fosse morrer de nervosismo lá, mas teve uma hora que eu comecei a viajar muito no discurso.— Disse rindo.— E além disso ainda teve o apoio de vocês por estarem lá na frente.
— Nem todos sabem do que aconteceu, provavelmente a maioria pensa que você deveria estar em um intercâmbio ou se mudou de volta para cá.— Assegurou Crystal.
— Pelo menos isso parou de se espalhar.— Soltei um sorriso fraco enquanto todos olhavam para mim com pena.— Então, eu preciso ver em que turma que fiquei.— Disse cortando o clima tenso que tinha ficado.
— Relaxa, a Crys já resolveu tudo, você tá na nossa turma como todo mundo.— Respondeu Erika com um sorriso doce.
— Mais quem tá na sala?— Perguntei.
— Eu, você, mozão, irmãozinho, Crys, Nee, Ads, o grupinhos da Mettalise, o grupinho do Edgar e mais algumas pessoas que você não precisa se preocupar.— Erika falou de novo e continuando com o sorriso no rosto.
— Vamos?— Finalmente Ghazi se pronunciou, mas como sempre ou era monossilábico ou só uma palavra.
Nos entreolhamos e seguimos para a sala, eu fui a que mais seguiu mesmo já que não entrava naquela escola a tanto tempo, no caminho eu escutava comentários às vezes maldosos e às vezes bons sobre certas pessoas, alguns eu já tinha opinião formada sobre por exemplo o grupo de Metta, outros eu mal lembrava como o grupo de Edgar, mas o que importava que era que eu ia voltar a ter uma vida normal com pessoas normais, em uma escola normal, tudo que eu sempre quis.
Chegando na sala era como se os lugares já estivessem marcados, eu e o pessoal ficávamos no meio da sala enquanto Metta, Pearl, Gart e Lorenzo estavam no fundo, e logo chegou o outro grupo de um garoto loiro, bronzeado e alto, outro digno de ser modelo da Abercrombie & Fitch lembro vagamente desse ser o Edgar Aurore ex-amigo desse grupo que eu só sei que aconteceu uma briga e ele simplesmente parou de andar com eles, se eu não meu engano eu acho que ele é descendente da Aurora, mais conhecida como bela adormecida. Já atrás vinham duas garotas e um garoto uma ruiva de longos cabelos cacheados e ruivos e pele bem branca, pelo que peguei de informação de Nee ela vinha da família da Merida e seu nome era Eilidh, a outra que conversava animadamente com ela vinha da família da Jasmin e do Aladdin tinha a pele levemente morena e sardas por todo seu rosto e curtos cabelos pretos e volumosos, e por último vinha um garoto alto de corpo digno de um atleta, asiático, cabelo tipo tigela só que mais estiloso e escuros, de jeitos masculinos, feições masculinas mas delicadas, o que fazia com que o Nee tinha me dito se confirmar esse é Yu Yǒngqì a descendente da Mulan que era um dos astros do time de futebol americano da escola e passava por sua transição de sexo.
Eles sentaram nas carteiras da frente, e ficaram lá conversando como qualquer outro grupo de amigos, não demorou muito para o Professor chegar, ele é “novo”, pelo menos como professor, era o irmão mais velho de Rachel, Joseph com seu rosto de modelo, barba por fazer, cabelos escuros e cacheados e estilo hipster ele sempre chamou atenção das garotas, e aqui pelo visto não era tão diferente de quando ele foi fazer algumas visitas no café, algumas até se ajeitavam na cadeira como Schnee, ele mandou um sorriso para ela e seguiu para sua mesa para começar a aula. Lá para o meio da aula o garoto que falaram que sempre chega atrasado apareceu.
— Mais uma vez atrasado, Isaac.— Joseph comentou com um tom de cansaço.— Você sabe que eu não posso de deixar entrar, né.
— Eu avisei para o diretor que eu iria atrasar, aconteceu um problema lá no restaurante e tive que cuidar das minhas irmãs.— Isaac se explicou.
— Então é só pegar seu lugar.— Joseph respondeu apontando para primeiro um lugar atrás de mim e depois para outro entre Yu e Edgar, e obviamente ele foi para lá sem nem pensar duas vezes.
As aulas passaram na normalidade e logo eu me vi no final do dia um pouco mais feliz, uma calmaria que quase transbordava do meu corpo, sentada no banco esperando minha mãe me buscar para eu ir para o trabalho começo a sentir algo me observando e me deixando mais ansiosa, respirei fundo e ignorei o sentimento, minha mãe não demorou para chegar depois desse momento, mas aquele homem que de longe observava atentamente o carro passar não me deixava esquecer o que tinha acontecido.
Já entrando no trabalho só senti uma pessoa me abraçar, mas seu cheiro de comida era conhecido e calmante.
— Como foi o seu primeiro dia?— Adalynn perguntou animadamente se desvencilhando do abraço, mas segurando os dois lados do meu corpo pelos ombros.
— Bem.— Respondi.
— Como assim só bem? Me conta tudo!
— Foi normal.— Disse sorrindo.
—Bom, era isso que você queria, então estou feliz.— Ela bagunçou meu cabelo e voltou para trás do balcão.
Corri para dentro da cozinha para pegar meu uniforme e já ir pro batente, amarrando meu avental na hora que viro vejo o rosto de Metta com uma expressão irritada.
— O que aconteceu no tempo que eu fiquei de férias?
— Eu fiquei amiga da Crystal.
— Você jura, nem percebi.— Ela disse com o sarcasmo do tom de sua voz bem evidente.
— Se você sabe por que perguntou?
—Ela! Tinha que ser ela, depois de tudo que eu te falei que ela faz, você ignora e fica amiguinha dela e das cadelinhas dela.
— A Crystal não é tudo isso que você falou.
— Ela é sim, não tá vendo o que ela faz com você, com a escola, com qualquer pessoa!— Mettalise começou a gritar.— Ela é manipuladora, faz o que quer, faz os outros de gato e sapato simplesmente porque não vai com a cara de alguém, faz de tudo para ter o que quer até pisar nos outros! Olha o que ela faz comigo, olha o que ela faz com os meus amigos, essa garota não é flor que se cheire, nem ela e nem ninguém com quem ela ande ou seja coleguinha!
— Você tá errada, você não conhece ela.
— E por acaso você conhece?
— Definitivamente conheço ela mais do que você!— Finalmente tive a chance de gritar de volta.
Mettalise levantou as mãos fingindo se render e saiu da cozinha e só fiquei observando ela da janela começar seu trabalho como se nada tivesse acontecido, respirei fundo e fiz o mesmo. Voltei para a frente da loja e comecei a trabalhar.
O resto do dia passou calmamente e sem nenhuma grande discussão, eu não falava com ela, ela não falava comigo muito menos olhava na minha cara, algumas vezes Crys e as meninas passaram lá a fazendo entrar na cozinha e ficar lá até elas saírem, a noite já tinha chegado e eu esperava minha mãe sentada no banco da frente da loja que já estava fechada. A demora foi pouca e logo que ela parou o carro eu entrei sentando no banco do carona.
— Como foi o dia Lottie?— perguntou sem tirar os olhos da rua.
— Um dia de uma adolescente normal, eu acho.


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