O Significado de Sacrifícios.... escrita por XxCelestialWolfxX


Capítulo 1
O Significado de Sacrifícios....


Notas iniciais do capítulo

Original mente postado em: http://n-trace.deviantart.com/art/Meaning-of-Sacrifices-Okamiden-Fanfiction-334898501
CONTÉM SPOILERS DO JOGO OKAMIDEN (NDS)



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O garoto caído no chão, com as respiração entrecortada, e tudo que ela podia fazer, era observar o pequeno grupo de crianças, lamentando por seu amigo. Entre eles estava seu próprio filho, Chibiterasu. Ela nunca tinha visto ele derramar tantas lágrimas antes, aquilo doía nela mais do que as batalhas que ela já tinha lutado antes. Doía mais do que aquela vez com Shiranui.

"Eu.....agradeço, Eu tive a chance de viver..." O garoto, Kurow sorriu, agarrando o amuleto da tribo da Lua na sua mão.

Ela podia sentir a vida dele se esvaindo, podia dizer que ele não iria aguentar muito tempo. Chibi negava com veemência, agarrando-se ainda mais forte ao seu amigo. Ela queria desviar seus olhos, não queria ver o rosto de seu filho, mas continuou aonde estava.

'Não diga algo tão estúpido assim!' Chibi pensava, lágrimas escorrendo por seu rosto, ele tremia com cada soluço.

"Você vai ficar bem, Kurow! Você vai ficar bem!" a voz da jovem Kagu, uma das parceiras de Chibi pareia ecoar em seus ouvidos como se estivesse lá, enquanto observava as crianças, ela e os amigos, ali, de pé, chorando, todos sabiam que era uma grande mentira.

'Você não pode morrer... você não pode... não vá, Kurow...' Chibi rezava, implorava pra sua mãe, ignorando as marcas de sangue em Kurow, as marcas que ele teve que fazer pra parar Akuro.

"Eu... Tive sorte, de ter um parceiro como você, garoto..." Kurow disse, logo após, Amaterasu sentiu o pedacinho de fio da amarrando ele a esse mundo se partir. Ela assistiu sua mão cair ao lado de seu corpo, seu amuleto caindo com um pequeno ruído, ela podia ouvir aquilo das Planícies Celestiais.

Houve um silêncio no grupo, ninguém ousava se mover, simplesmente não queriam.

Kuni silenciosamente colocou o amuleto de volta nas mãos dele, e as colocando numa posição que faria parecer que ele estava dormindo com Chibi próximo, olhando. Ela viu lágrimas do filho caírem no rosto sorridente de Kurow. Chibi rapidamente limpou as mesmas e estremeceu, esse foi o momento que todas as crianças começaram a chorar alto, deixando toda aflição se esvair deles. Seu próprio filho, com os olhos encharcados com lágrimas inclinou a cabeça pra trás na noite de lua cheia e deixou um uivo longo, macio, mas ainda aterrorizante sair.

Ela não podia fazer nada pra prevenir aquilo, ela não pode fazer nada pra salvar o amigo dele. Ela apertou a mão aonde ficava seu coração enquanto afastava o olhar aquela projeção.

"Me desculpe, me desculpe. Me desculpe por não poder fazer alguma coisa. Me perdoe, meu filho..."

Waka adentrou a sala, observando a figura da Deusa, de pé , observando a pequena tela de projeção. Ele sentiu a presença do jovem Kurow desaparecer, coisa que havia acontecido a apenas alguns minutos e ela sabia que ela estaria aqui pra assistir seu filho.

"Você ainda está aqui, ma cherie?"

Amaterasu não respondeu, só ficou ali, de pé, observando Nippon das atemporais Planícies
Celestiais. Não havia sinal de que ela queria conversar com ele, mas ele insistiu, caminhando até ela. Não tinha nada, nenhuma coisa que ela poderia ter feito naquela situação, desde Akuro até a morte de seu pai, Shiranui.

"Kurow se foi, não havia nada que você pudesse fazer.".

Suas orelhas lupinas se agitaram ao ouvir o nome do garoto e ele viu seu braço se contrair em raiva.

"A paz.... sempre deve ter um sacrifício??"

"Novamente, não tinha nada que podíamos fazer, ma cherie. Nem mesmo eu, nem mesmo você, poderíamos ajudá-lo" Waka falou, deprimido, lembrando o dia em que ele criou Kurow e o enviou a Nippon.

"Agora é sua chance de retornar." Ele lembrava ter dito, mesmo que Kurow não respondeu.

A Deusa curvou-se sobre os teclados da tela que utilizava, seus punhos tremendo incontrolavelmente.

"Eu poderia ter feito algo" Ela rosnou.

"Não, ma cherie, não tinha NADA que pudéssemos fazer. Era a única forma de parar Akuro!" Waka repetiu, severamente, tentando puxá-la pra fora daquilo. Ela precisava ver que aquilo era o que podia ser feito, que era a única solução para salvar Nippon.

"Por sacrificar uma CRIANÇA, Waka??" Amaterasu gritou de volta, as mãos fechadas e travadas em punhos que podiam tê-lo socado a qualquer segundo, bastava ele dar a chance. "Nos rebaixamos a tal nível de termos que fazer algo desse gênero?!?! Aquele garoto, Kurow, você não sente nem um pouco de pena pelo o que VOCÊ fez??"

Waka se sentiu tentado a brigar com ela se essa fosse a única forma de acordá-la do que ela tinha acabado de ver.

"Eu sabia que você era contra no momento que sugeri isso, mas nós não tínhamos nenhuma outra opção ou mais nada que poderíamos fazer nisso!!" Waka começava a se irritar, mas sabia que a Deusa só estava respondendo emocionalmente ao que estava vendo.

"Mas meu filho está sofrendo por causa do destino do amigo, Waka!! Se seu amigo não tivesse esse 'destino', meu filho não estaria sofrendo agora!! Ele já viu o próprio avô morrer, viu aquele navio inteiro cheio de pessoas boas desaparecer ante ao seus olhos, o que mais pode ser tirado dele?!?!" Ela gritou, a sua voz vibrando nas paredes da sala.

Ela estava ficando ainda mais emotiva, ele poderia ver claramente. Finalmente perdendo o que restava da sua calma, Waka avançou em sua direção e agarrou os ombros firmemente.

"E você iria sacrificar toda Nippon para Akuro se Kurow não estivesse lá para pará-lo?!?! Você iria se sentir melhor se o mundo ficasse envolto em escuridão?!?!"

Seus olhos deram flashes, mostrando dor, o que fez ele se tocar e afrouxar as mãos.

"Perdoe-me, ma cherie," ele sussurrou, abaixando a cabeça, "Não deveria ter gritado. Você realmente tem um ponto nisso..."

"...odeio..."

Waka virou-se para ela, vendo lágrimas escorrerem por sua face... Ele se aproximou, limpando algumas, mas deixou as outras escorrendo, retendo as suas.

Sem nenhum aviso, de repente, ela enterrou o rosto no peito dele, começando a chorar alto.

"Eu odeio isso... todo esse sacrifício, quando os velhos morrem e os mais jovens devem sobreviver, odeio isso. Quando Shiranui-sama deu a vida, eu não conseguia parar de m e odiar por aquilo... Do que serve um mundo onde a única forma de salvá-lo é sacrificando algo em retorno...??" Ela falava entre soluços.

Quieto e um pouco desajeitado, Waka acariciou a cabeça dela, deixando-a a chorar até que ela se acalmasse.

"Eu.... Quero encontrar meu filho. Quero vê-lo, Ushiwaka-sama" Ela soluçava, ele conseguia sentir a angústia da Deusa, sentia pena por ela que só podia estar aqui e não ao lado do filho.

"Algum dia, quem sabe, poderemos ir ver Chibiterasu. Mas ainda sinto que temos muito mais trabalho a fazer aqui."

Ela assentiu em acordo e olhou de volta a tela, "Eu sei que vamos nos rever um dia. E eu tenho certeza que o mundo não precisará de mais sacrifícios"

Waka caminhou com ela para fora da sala, quando o som distante de uma flauta que ecoava.


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Notas finais do capítulo

E aí, galera, gostaram??
Assim, em minha cabeça Waka e Ammy formam um casal (na minha cabeça o Waka é pai do Chibi sim, huehuehuehue, melhor do que a que teoria que seria o Oki), mas a fanfic deixa bem aberto a sua interpretação, então cabe a vcs decidirem.
Deixem reviews se gostarem, ajuda pacas



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