Meu Anjo Caído escrita por Lil Pound Cake


Capítulo 6
Tensão sexual


Notas iniciais do capítulo

O jogo da provocação está dando resultados...



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...

Quando eu decidi dar um susto na minha namorada se escondendo no armário dela, não imaginei que fosse desistir por presenciar uma cena tão sensual.

Ela chegou ao quarto só de toalha.  Eu podia ver por uma fresta da porta do armário. Quando a vi assim meu coração disparou. Ela estava linda demais! Os cabelos molhados caídos na testa e no rosto, a pele brilhante...

Ela fechou a porta e para ficar ainda mais sexy, ela começou a passar um hidratante nas pernas. Aquilo estava me deixando louco de desejo. E para piorar ainda mais minha situação ela, de repente, tirou a toalha.

Meu coração foi a mil por hora! Ela estava de costas para o armário e eu quase saí do meu esconderijo num impulso, mas ele logo passou para o outro lado do quarto onde não dava para eu vê-la mais. Eu respirei fundo, umas dez vezes pelo menos, para tentar me controlar, mas se ela voltasse e aparecesse nua na minha frente eu não sei se conseguiria me conter.

Quando ela voltou ao meu campo de visão, ela já estava vestida com uma lingerie cor de chocolate. Que vontade que me deu de virar chocólatra naquela hora! Fiquei com receio de que ela fosse abrir o armário para pegar uma roupa, mas, para minha sorte, ela já havia escolhido a roupa que ia vestir. Estava em cima da cama dela.

Ela vestiu um shortinho curto e um top com um casaquinho por cima. Eu fiquei lá a admirando todo o tempo, mas não estava nem aí. Vê-la naquele momento tão íntimo era tão sublime para mim. Se me dissessem que um dia eu estaria escondido num armário com cara de bobo espiando minha namorada, eu não acreditaria. Mas, era justamente o que estava acontecendo.

Após vestir a roupa, ela começou a pentear os cabelos com os próprios dedos até que escutamos um barulho vindo da sala. Ela saiu correndo para ver o que era e eu aproveitei para sair de lá ligeiro, torcendo para não ser visto.

...

...

Eu estava me arrumando no meu quarto quando ouvi um barulhão vindo da sala. Saí correndo e fiquei assustada ao ver que o Dragon tinha se soltado e havia pulado em cima do sofá derrubando o vaso que ficava ao lado do telefone.

Chocada, nem prestei atenção de onde o Castiel apareceu de repente para segurá-lo.

— Droga, Dragon! Olha, Paula, eu... Eu te pago o vaso, tá? – Ele disse enquanto voltava a prender o cachorro.

— Não, não tem problema. É um vasinho de flores velho, eu digo a meus pais que eu quebrei sem querer.

— Tem certeza que você não vai ter problemas por causa disso?

— Não, acho que não. Não liga pra isso. Mas, me diz uma coisa... Onde você estava?

— Eu... Eu... Fui te procurar. Você estava demorando...

— Mas, por onde você passou que eu não te vi?

— É... Eu passei direto, acho que errei de quarto...

— Você entrou no quarto dos meus pais? Porque é o único que tem além do meu...

— É... Não importa, né? Deixa eu ficar segurando o Dragon senão ele se solta de novo.

Achei a atitude do Castiel muito estranha. Não entendi nada. Ele estava vermelho, suando, nervoso e mal olhava nos meus olhos. Fiquei me perguntando onde ele havia se metido enquanto eu me arrumava.

— Enfim... Eu vou terminar de me arrumar e nós vamos embora, ok?

— Tá, tá. Vai lá.

...

...

Ela voltou ao quarto. Tive muita sorte. Acho que ela não desconfiou onde eu estava. Agradeci ao Dragon por ter me tirado dessa, mesmo tendo feito besteira.

— É isso aí, garoto! Valeu! Apesar de ter quebrado o vaso, você vai ganhar ração extra hoje.

Por fim, a Paula voltou após uns cinco minutos e nós saímos da casa dela. Saí todo orgulhoso ao lado dela. Mesmo que eu já a tivesse visto trocando de roupa, eu a achei ainda mais linda quando ela veio pronta.

...

...

Pouco tempo depois...

Castiel e eu passeávamos pelo parque e ele começou a brincar com o Dragon jogando um graveto para ele pegar. Enquanto isso, eu aproveitei para ligar para a Rosalya para saber como as coisas estavam indo entre ela e o Leigh.

— Oi, Rosa! E aí? Estou ansiosa pra saber no que deu a sua ida a fazenda.

— Paula, que bom que você ligou! Eu vou te dizer uma coisa. No caminho para cá eu estava bastante preocupada, quase sem esperanças de ter um tempo para conversar e me reconciliar com o Leigh. Mas, agora...

— Agora o quê? Pela sua voz, você está feliz, não está?

— E como! Você nem imagina onde estou agora mesmo. Ah! Aliás, acabei de acordar.

— Onde você está?

— Na cama do Leigh!

— Na cama dele? Quê?!

— Sim! Nós nos reconciliamos e acho que estamos ainda mais unidos agora. Sabe... Ele só não está aqui agora porque ele foi preparar o nosso café da manhã para trazer na cama. Palavras dele.

— Não acredito! Vocês dormiram juntos, então? Como foi isso? Como vocês conversaram?

— Bom, quando cheguei ele ficou muito surpreso. Todos ficaram, né? Ninguém esperava que eu aparecesse aqui. Mas, aí eu disse que precisava muito falar com ele e eu esperei que ele tivesse um tempo livre para ficarmos a sós. Antes eu também conversei com o Lysandre sobre o que estava havendo. Eu não queria trazer esse assunto para ele, afinal ele ainda está de repouso, mas foi ele mesmo quem quis que a gente conversasse. Tudo ficou esclarecido e o Leigh ouviu nossa conversa, foi assim que ele acreditou de verdade no que tanto eu quando o Lys falamos.

— Ah, que bom, Rosa! E... Quer dizer que a reconciliação foi tão boa assim, é?

— Oh, nem te conto! Não, mentira, eu conto sim! – Ela deu uma risada entusiasmada. A Rosa devia estar mesmo muito contente. – Eu não te disse que fiquei esperando ele ter um tempo para nós conversarmos a sós? Então? Ele ficou ocupado o dia todo, tadinho, e só teve tempo para mim à noite. Já era tarde quando ele me chamou para conversar. Ele me disse que acreditava em tudo, que já não tinha nenhuma dúvida sobre os sentimentos do irmão e os meus e me pediu desculpas por ter duvidado.

— Ah, que lindo! E depois?...

— E depois, bom... Você sabe. Onde você acha que nós teríamos mais privacidade para conversar por aqui senão no quarto dele? Aí, como nós fizemos as pazes, nos declaramos um ao outro... O clima começou a esquentar e aí já sabe.

— Sei. Aí acabou com você acordando na cama dele agora.

— Pois é! Mas, agora vamos deixar de falar de mim e vamos falar de você. Como foi na casa do Castiel?

Suspirei profundamente antes de começar a contar tudo a Rosa.

— Foi muito bom, sabe? Tanto que eu estou com ele até agora.

— Com o Castiel? Até agora?

— Rosa, imagina só... Hoje de manhã você aí acordando na cama do Leigh e eu... Acordando na cama do Castiel.

— O quê?! – Ela gritou do outro lado. - Quer dizer que vocês dois também...

— Não! – Ri e falei a verdade. – Não, Rosa, não houve nada entre nós.

— Ué, como não? E como você acordou na cama dele, criatura?

— Ah, é que... Digamos que comigo o Castiel consegue ser um verdadeiro cavalheiro.

— Me explica direito.

— Tá, foi assim... Acabou ficando muito tarde para eu voltar para sua casa. Passamos o dia todo nos divertindo, assistindo filmes... Nos beijando muito...

— Ah, ah! Continua!

— Então, aí à noite ele me convenceu a ficar pra dormir na casa dele, porque seria perigoso eu sair de lá tão tarde. Só que ele me disse para dormir na poltrona mesmo, que é grande e cabe. Só que não! Quando eu peguei no sono ele acabou me levando para a cama dele.

— Ah, amiga, que tudo! E ele dormiu ao seu lado?

— Não... Infelizmente. Eu te disse que ele foi um verdadeiro cavalheiro. Nem eu esperaria isso dele! Mas, ele me deixou dormindo confortavelmente na cama dele enquanto ele foi dormir no quarto dos pais.

— Oh!... Quem diria, hein? O Castiel é capaz de surpreender.

— Com certeza! Bom, Rosa, eu vou desligar agora porque nós estamos aqui no parque passeando com o cachorro dele e ele está vindo na minha direção.

— Tudo bem, também já ia desligar, acho que ouvi o Leigh voltando. Boa sorte, então! Vai passar o sábado com ele também?

— Vou. Ele quem fez o convite.

— Hum... Estamos evoluindo!... Paula, antes de desligar, só uma última perguntinha. Se o Castiel tivesse te pedido para dormir contigo, não você sozinha na cama dele, mas os dois e... Enfim, você sabe onde quero chegar...

— Sei.

— E aí? Você teria dormido com ele?

Fiquei pensativa com o que a Rosa me perguntou. Eu já tinha passado por tantos momentos apaixonados e sensuais com o Castiel. E, para falar a verdade, já havia pensado bastante nisso. Mas, a única resposta que dei a ela foi...

— Eu não sei, Rosa. Eu só sei que... Eu o amo e... Tudo pode acontecer.

— Estou orgulhosa de vocês dois. Aconteça o que acontecer, que aconteça por amor, viu?

— Tá.

— Beijinhos! Boa sorte pra vocês que agora eu vou tomar meu café na cama com meu amor.

Pelo jeito que ela falou deduzi que o Leigh já havia voltado para o quarto.

— Boa sorte pra vocês também, Rosa. Dá muito beijos aí no Leigh. Aproveita.

— Já estou dando!

Ela desligou e eu comecei a sorrir sozinha sabendo da felicidade da minha amiga. Foi então que a minha felicidade bateu no meu ombro.

— Posso saber do que a senhorita está rindo? – Castiel me perguntou.

— Nada. Eu só estava falando com a Rosalya. Ela resolveu as coisas com o Leigh e está super feliz.

— E o Lysandre, como está?

— Creio que está bem melhor. Pelo visto eles conversaram bastante e eu acho que a memória dele já voltou ao normal.

— Legal! Quer dizer, a memória do Lysandre nunca foi normal, né? Mas, tudo bem.

Eu não pude deixar de rir. Agora tudo estava bem, tudo parecia estar mais leve. Eu me sentia assim. Nada poderia me atingir naquele instante em que eu estava com o meu amor.

Sem cerimônia, agarrei na camisa dele e o puxei para um beijo apaixonado. Logo senti as mãos dele em minha cintura, trazendo meu corpo para mais perto do dele. O beijo foi se tornando mais quente e ele me agarrou tão forte que quase me tirou do chão. Nos soltamos ofegantes e com a certeza daquele sentimento maravilhoso que estávamos sentindo. Porque eu não tinha dúvidas que era recíproco.

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O que Castiel e Paula não suspeitavam era que alguém os tinha visto juntos.

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Horas mais tarde...

Castiel e eu passamos o dia todo juntos. Nós dois nos divertimos tanto!

Após o passeio, voltamos para a casa dele. Ele me surpreendeu mais uma vez preparando uma macarronada para o almoço. Eu adorei!

À tarde, inventamos de pintar a parede do muro por trás da casa dele. Ele tinha as tintas guardadas e já queria fazer isso há algum tempo, porém nunca tinha tido ânimo. Quando ele me falou sobre isso logo fiz a proposta para nós dois pintarmos com a desculpa de que estávamos ficando craques nisso com as aulas de artes do professor Patrick.

Nós pintamos o muro todo colorido e cheio de desenhos. Desenhei até um coração com nossas iniciais. Ele desenhou junto e arrematou me beijando. Meu coração se enchia cada vez mais de alegria vendo o quanto o Castiel podia ser romântico e maravilhoso.

Foi uma bagunça geral! No final da tarde a gente tinha tinta até nos cabelos. Eu até brinquei dizendo que o cabelo dele ia deixar de ser vermelho e ficar azul. Ele brincou de volta dizendo que não queria ficar parecendo o Alexy.

Dessa vez eu tive que tomar banho na casa dele mesmo para tirar toda aquela tinta. Como eu havia levado roupa extra na mochila, não tinha problema.

Na hora do banho, no entanto, as provocações voltaram. Eu já tinha percebido que ele fazia algumas coisas de propósito para me provocar. Enquanto pintávamos o muro ele ficou sem camisa, dizendo que era para não se sujar. No meio da brincadeira eu até passei o pincel no abdômen dele, vendo-o se arrepiar com isso. Quando ele foi tomar banho, antes de mim, ele saiu de novo com uma toalha menor que o normal e me chamou ao quarto dele. Entrei meio tensa com a situação. Ele estava sentado na cama, só de toalha, pedindo para eu ver se havia saído toda a tinta do cabelo dele.

Eu me sentei atrás dele, com as pernas dobradas. E aquela posição me lembrou de quando nos perdemos na corrida de orientação. Eu passei as mãos no cabelo dele, mas eu mal podia me concentrar. Já nem sabia bem o que ele havia me pedido, eu só estava curtindo aquele momento, sentindo o perfume dele, ali, sem roupa, tão junto a mim.

— E então? Ainda tem tinta no meu cabelo ou não?

— Hã... É.

— É o quê? Ainda tem?

— O quê? Ah! A tinta... Não, não.

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...

Quando vi que ela estava distraída, gostei. E decidi botar um pouquinho mais de lenha na fogueira. Me deitei no colo dela, do mesmo jeito que fiz quando nos perdemos na corrida de orientação.

— Quer saber? Eu estou cansado. Queria ficar aqui, deitado... Não tenho nem vontade de trocar de roupa agora.

— M-Mas, Castiel... Você está... Sem nada.

— Não, eu estou de toalha. Não tá vendo?

— Sim, mas... S-Sem nada por baixo, né?

— Ah, isso é! Quer ver? – Fiz que ia tirar a toalha e ela ficou na hora mais vermelha que meu cabelo. Por essa reação eu esperava, mas não pela próxima.

— Não! Castiel! – Ela, num impulso para me impedir de tirar a toalha, quis segurar minhas mãos, mas acabou pegando em outro lugar meu... Digamos... Bem sensível.

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Quando senti onde eu havia colocado a mão fiquei morta de vergonha. Eu nem sabia se tirava e fingia que nada havia acontecido ou se deixava lá e fingia que nada estava acontecendo. Mas... Estava acontecendo algo sim. Eu podia sentir. Ele não ficou indiferente ao meu toque.

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Quando senti a mão dela no meu pênis comecei a ter uma ereção. Nós dois ficamos nos encarando, sem conseguir reagir. Ou talvez, sem querer reagir.

Ele ainda estava toda suja de tinta, mas nem me importei. Para mim ela continuava tão linda como sempre.

Nossas respirações começaram a ficar descompassadas antes mesmo de nos beijarmos. E quando nossos rostos se aproximaram instintivamente, nossos lábios selaram nossa paixão.

Beijei-a como nunca antes. Como nunca havia beijado, nem ela nem ninguém. Porque a beijei com um sentimento que eu sabia que havia aflorado dentro de mim. Era um sentimento novo e inexplicável, mas que só podia ter um nome... Amor.

— Eu te amo. – Foram as palavras que saíram naturalmente da minha boca e do meu coração.

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Quando ouvi o “Eu te amo” do Castiel foi como sentir uma explosão de felicidade em meu coração fazendo a adrenalina correr pelas minhas veias. Um arrepio bom percorreu todo meu corpo e eu tomei toda a coragem do mundo para, eu mesma, puxar de vez aquela toalha que já estava quase caindo.

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Eu não sei o que deu em mim, mas um êxtase de sensações tomou conta do meu corpo quando a vi puxar minha toalha com determinação, me olhando nos olhos.

Levantei meu corpo e logo fui deitando de novo, levando-a comigo.

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Eu me deixava levar, mas tinha plena consciência do que estava acontecendo, ou, prestes a acontecer.

Agora eu podia vê-lo completamente despido. Seu sexo ereto roçava em mim como que me pedindo para tocá-lo.

Toquei-o, então. Agora minha pele diretamente em contato com a dele.

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Quando senti a mão dela me tocar, senti um choque de adrenalina percorrer meu corpo. Fiquei surpreso com a ousadia dela, mas eu estava adorando. Ela começou um movimento de vai e vem que estava me fazendo delirar...

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Instintivamente comecei a masturbá-lo. Era mais forte que eu. Ele me beijava, boca, pescoço e ombros... Me acariciava, me aquecia, me apertava...

Aquele momento de cumplicidade e loucura era todo nosso.

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Aquele momento de cumplicidade e loucura era todo nosso.

Eu já não tinha mais controle sobre meu corpo. Levei minhas mãos para dentro da blusa dela, sentindo aquela pele quente e macia. E a mão dela me envolvendo? Eu não sabia se ela sabia o que estava fazendo, mas eu só queria que ela não parasse.

De repente, senti uma onda de prazer inundar meu corpo e gozei como nunca antes.

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De repente, senti o seu corpo estremecer. Ele havia chegado ao clímax.

Ele não gemeu nem nada, apenas se deixou cair por cima de mim, respirando forte por uns instantes, até respirar mais fundo como que aliviado.

Eu o abracei forte, meio sem acreditar no que havia acabado de acontecer entre nós. Não foi sexo! Mas, foi um momento sexual extremamente intenso.

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...

Minha ficha começou a cair quando consegui respirar fundo e me sentir completamente satisfeito. O que havia acontecido entre nós? Foi um ato sexual onde nossos corpos se ligaram intensamente, como um só! Em poucos minutos, ela havia conseguido me fazer feliz como nenhuma garota jamais havia feito. E nós...

— Nós praticamente não fizemos nada. – Deixei escapar baixinho em seu ouvido.

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— Nada? – Perguntei sem entender o que ele queria dizer.

— É. Praticamente nada. – Ele me olhou nos olhos e sorriu lindamente, de um jeito que eu nunca o havia visto sorrir. – Mas, nada é muito perto de tudo.

Fiquei encarando-o, mas agora eu já começava a compreender. “Nada é muito perto de tudo”, foi isso que ele me disse e me fez entender que aquele nosso momento a sós havia significado muito para ele. Aquele momento em que não chegamos a fazer praticamente nada significou praticamente tudo. Para ele e para mim.

Será que ele se dava conta do tamanho da felicidade que ele me fazia sentir?

...

...

Ela sorriu lindamente para mim e eu sabia que ela havia compreendido o que isso significou para mim.

Nunca imaginei que ela fosse tão perfeita para mim. Eu estava mesmo perdidamente apaixonado por aquela mulher. O que mais eu podia fazer senão repetir...

— Eu te amo!

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— Eu também te amo!

Respondi antes de beijá-lo com todo esse amor.

Depois ele se deitou ao meu lado e eu o fiquei admirando. Óbvio que ele percebeu, já que veio com a perguntinha capciosa:

— Tá gostando de me ver assim, não tá?

— Pra que eu vou mentir, se eu estou mesmo.

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...

Adorei a resposta e o jeito dela. Pudemos ficar mais à vontade. Principalmente eu, afinal, pra quê se cobrir mais com a toalha?

— Quem diria, hein? Você... Nunca pensei que fosse me pegar de jeito.

— Ei! Você que veio assim pra cima de mim...

— Mas, quem pegou foi você...

— E se continuar mostrando eu pego de novo!

— Ah! Olha só! A senhorita está me surpreendendo. – Foi aí que uma dúvida me veio. – É... Paula...

— Hum?

— Você... Você é virgem, não é?

— Oi?

— Você é virgem?

...

...

Ele me pegou de surpresa com aquela pergunta. Mas, já que já havia tanta cumplicidade entre nós, eu não tinha nem mesmo porque ficar vermelha. Afinal, também não era vergonha alguma.

— Sou. Claro que sou virgem. Eu nunca tive sequer namorado, quanto mais... Isso. Eu só tive uns paqueras antes, coisa boba... E eu não teria minha primeira vez com ninguém que eu não sentisse algo mais forte que uma simples atração.

Ele ficou calado, então foi minha vez de perguntar.

— E você?

— Eu o quê?

— Você não é mais virgem, não é? Tá na cara que você tem experiência.

— Eu não sou virgem. Bom, também não é que eu tenha tanta experiência assim, mas, para ser sincero... Eu nunca dormi com uma garota por amor.

— Não? Como assim?

— Eu cheguei a ficar com algumas garotas fáceis por aí, mas foi só por... Sei lá... Bobagem minha.

— Não vejo como alguém pode transar com uma pessoa por bobagem.

— É que... Eu não quero te contar, não quero que fique chateada.

— Ah, agora que começou, termina.

— Promete que não vai se chatear?

— Prometo. Pode me contar o que for, eu não vou ter uma crise, tá bom?

— Tá. Você que está dizendo, hein? Então... É que... Minha primeira vez foi com... Com a Debrah.

— Com... Ela? – Eu não pude deixar de falar com raiva.

— Tá vendo? Eu disse que você ia ficar assim...

— Não, não, estou bem. Pode continuar. – Respirei fundo para ouvi-lo até o fim.

— Não tenho muito a falar, até porque nem significa mais nada pra mim. Mas, o que eu estava dizendo é que minha primeira vez foi com a Debrah, porque ele foi minha primeira namorada e... Bem, ela já tinha experiência...

— Como? Ela é que não era mais virgem?

— Pois é, pra você ver... Eu devia ter desconfiado, né? Ele é do tipo que faz de tudo para se dar bem, um tipinho que não quero nem dizer o nome que chamam...

— Eu sei. Mas, e aí... Você ficou com outras depois, foi isso?

— Umas três vezes, só. Primeiro por despeito, porque eu estava com raiva e tentando esquecer aquela... Enfim, aquela pessoa. Depois, acho que eu estava tentando provar a mim mesmo alguma coisa, sei lá, “coisa de macho”, entende? – Ele fez aspas com os dedos. – Tentando provar que eu não estava nem aí, que podia ficar com qualquer mulher que eu quisesse... É isso. Só bobagem. Resolvi desistir e me aquietar depois da terceira tentativa... Depois de ver que no final eu me sentia vazio, não tinha alegria. Me sentia ainda mais sozinho.

Depois de tudo que ouvi e como o ouvi dizer, com tanta sinceridade e confiança em mim, acariciei seu rosto demonstrando todo meu afeto e compreensão.

— Sabe de uma coisa? Eu te amo e seu passado não me importa nem um pouco.

— Não mesmo?

— Não. Porque o que importa é que de agora em diante eu estou com você. E não quero te largar.

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As palavras dela me deram uma alegria sem igual. Puxei-a para cima de mim, sem nem me importar por eu ainda estar pelado. Beijei-a sem pudor e cheio de amor. Mas, depois... Já era hora de deixar tanto romantismo de lado.

— Hum... Eu sei que você está adorando ficar assim comigo, mas... Eu preciso tomar outro banho.

— Ah, por quê? Você ainda está tão cheiroso. – Ele me cheirou o pescoço e, eu, claro, adorei.

— Eu sei, eu sei... Eu sou uma delícia. Mas, o negócio é o seguinte, depois de algo como o que acabou de acontecer... Eu preciso mesmo de um banho. Estou suado, estou morrendo de calor e... Não sei se você notou, mas você ainda está suja de tinta.

— Eu sei que estou. Eu até te sujei um pouco...

— Foi. Mas, agora, além de tinta tem sêmen também.

— Eu... Também percebi isso.

— Portanto, minha querida, é melhor sair de cima de mim e me deixar ir tomar esse banho antes que seja tarde demais.

— Tarde demais?

Sussurrei ao ouvido dela só para não perder o hábito de provocá-la: - Tá a fim de perder a virgindade hoje, por acaso?

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Notas finais do capítulo

Continua...