Meu Anjo Caído escrita por Lil Pound Cake


Capítulo 4
Cada vez mais quente


Notas iniciais do capítulo

O clima está esquentando...
Haveria chegado a hora de esse relacionamento avançar?


[A partir desse capítulo há o ponto de vista (POV) também de Castiel].



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Eu estava no colo do Castiel, sentindo os lábios dele na minha pele, me marcando, me possuindo... Eu já estava perdendo o fôlego e ele ainda estava só beijando meu pescoço. Mas, aos poucos, ele foi avançando... Beijou meu queixo e então beijou minha boca. Eu me agarrei a ele bagunçando seus cabelos. As mãos dele estavam uma nas minhas costas outra nos meus quadris. O clima estava ficando cada vez mais quente entre nós, até que...

— Tem alguém em casa? – Chamaram do lado de fora batendo na porta. Castiel e eu paramos de nos beijar e eu dei um pulo com o susto, porém, logo reconhecemos a voz.

— É-É o Nathaniel? – Perguntei confusa.

Castiel me olhou também confuso e indagou: - Que merda ele tá fazendo aqui?

— Eu sei lá!

Nathaniel bateu de novo na porta e Castiel gritou: - Que é?

— Castiel, você está aí?

— Não, é o Dragon que está falando! – Ele respondeu sarcástico.

— Muito engraçado...

— O que você quer? Está vendendo livro de porta em porta agora, representante?

Eu me segurei para não cair na risada.

— Claro que não. – Nath respondeu impaciente. – Eu vim saber se a Paula conseguiu te entregar o material que ela queria.

Nessa hora Castiel me encarou e perguntou baixinho: - Do que ele está falando?

Eu sorri sem graça e finalmente levantei do colo dele.

— Então, é... É que...

— Desembucha!

— Eu não sabia onde você morava, então eu perguntei ao Nath e inventei que tinha que fazer um trabalho com você.

— Você o quê? Foi assim que conseguiu meu endereço?

— Foi...

Vi que, outra vez, o Castiel ficou irritado.

— Como que você faz uma coisa dessas e ainda diz que não quer que ninguém saiba sobre a gente, hein?

— E-Eu não pensei que ele viria até aqui, eu só...

— Esquece! Deixa pra lá! Só me responde uma coisa... Quer continuar mantendo nosso namoro em segredo ou não?

— Quero.

— Então, vem comigo. – Ele me puxou pela mão de repente. Quando percebi nós estávamos no quarto dele.

— P-Por que me trouxe aqui?...

— Entra aí! – Ele abriu a porta do guarda-roupa e quase me empurrou para dentro.

— Ei!

— E não reclama. Você fez o mesmo comigo, lembra? – Ele deu um sorrisinho e falou: - Agora é minha vez de te trancar no armário, boneca! – Então ele me deu um selinho e fechou a porta. Eu fiquei ali trancada e a única coisa que tinha para fazer era esperar.

...

...

— Castiel! Não vai abrir a porta?

Por mim eu deixaria o representante esperando mais um pouquinho do lado de fora, mas eu fiquei curioso para saber o que ele queria.

— Que é? – Abri e ele foi logo entrando. – Ei! Qual é? Isso é invasão de propriedade, sabia?

— Onde está a Paula?

— Como assim? – Eu não sabia por que ele estava tão interessado em saber sobre minha namorada, mas não havia gostado nada disso.

— É que... Ela me pediu seu endereço e disse que talvez viesse até aqui por causa de um trabalho que vocês têm que fazer juntos.

— É, pois é... Ela me disse.

— Quer dizer que ela veio?

— Veio.

— E?... Onde ela está?

— Pra quê quer saber?

— Só estou perguntando. Ela ainda está aqui?

O Nathaniel estava curioso demais para o meu gosto. Decidi brincar um pouquinho com ele.

— Está... Ela está lá no meu quarto.

— N-No seu quarto? O que... O que ela está fazendo no seu quarto?

— Ah, vai dizer que você não sabe o que um homem e uma mulher fazem num quarto?

Ele foi em direção à primeira porta que encontrou, e se tratava mesmo do meu quarto. – Cadê ela? – Quando ele chegou e não viu ninguém já ficou todo nervosinho. – Era mentira, né?

Eu estava adorando rir da cara dele... Pra variar.

— E você caiu como um patinho.

— Imbecil! Então, ela já foi?

— Claro que já. Aliás, por que veio atrás dela, hã? Ficou com medo de que ela se perdesse ou o quê?

— Pode-se dizer que fiquei sim... Com medo de que ela se perdesse aqui dentro.

Ah, não! Ele já estava se intrometendo demais. Eu tinha que dar um basta!

Cruzei os braços e o encarei como sempre. Eu sei que ele fica incomodado com isso.

— O que quer dizer, senhor representante? Tem medo de que ela se perca comigo?

— Talvez...

— Posso saber por que tanto interesse nela?

—... Não é por nada. – Ele desviou o assunto na hora. Tinha alguma coisa estranha nisso tudo, o Nathaniel estava estranho. – Então... Qual foi o material que ela te trouxe? Imagino que você deve estar fazendo sua parte do exercício...

— Estou.

— Sei... E o material?

— Não vou lhe mostrar.

— Por que não?

— Porque não é da sua conta.

— Ok... Já que ela já foi embora eu também vou. Não tenho nada para fazer aqui.

— Não tem mesmo.

— Até segunda-feira, na escola, Castiel.

— Se soubesse como estou ansioso para que o fim de semana acabe, Nath.

Ele se limitou a ficar calado e ir embora. Quando ele finalmente saiu, eu voltei para o quarto para tirar a Paula do armário.

— Pode sair, ele já foi.

— O q-que ele queria?

— Ah, tá... Vai me dizer que não ouviu nada! Minha casa não é tão grande assim.

— Tá bom, eu ouvi sim. E pra ser sincera, achei bem estranho o Nath vir aqui só pra saber se eu já tinha vindo ou se já tinha ido embora.

— Se você achou estranho, imagine eu.

Eu a abracei, mas eu tinha certeza que aquela visitinha do representante não tinha sido à toa.

Será que o Nathaniel estaria interessado na minha namorada?

Era bom que minhas suspeitas não fossem reais, porque, se fossem... Eu não sei o que faria.

...

...

O Castiel me abraçou após me tirar do armário e eu o notei pensativo. Alguma coisa me dizia que ele não havia gostado nada dessa visita do Nath e que devia ter ficado, no mínimo, com certo ciúme.

Para mim isso não fazia o menor sentido. Eu nunca havia notado nenhum interesse por parte do Nathaniel. Mas, e se...

— Ei! Confessa que você só me deixou trancada no armário para me dar o troco. – Fiz uma brincadeira para ele não ficar pensando besteira.

— Ah! Eu sou assim... Gosto de uma vingança de vez em quando.

— Ah é? Mas, você ficou mais tempo dentro do meu armário que eu, no seu.

— Quer voltar pra lá? É só pedir...

— Não!

Ele riu e parecia já não pensar mais tanto na visita do Nathaniel. Comentou: - Sabe, foi bom eu ter ficado todo aquele tempo no seu armário... Pude ver algumas peças de roupa suas, e...

— E?

— E você se veste como uma garotinha do primário.

— Ah! Seu cínico! Isso não é verdade! Eu me visto como qualquer garota da minha idade.

— Não é não, algumas garotas da sua idade são bem mais sexy...

— Não me diga! – Não gostei nada daquele comentário. – Quem é mais sexy, por exemplo, hein, senhor Castiel?

— Bom... Algumas.

— Tomara que nessas algumas não esteja incluída a sua ex! – Falei já irritada.

— Quem? Ah! A Debrah? Nem lembrava mais que ela existia.

— É bom mesmo!

— Tsc, tsc, tsc... Quem diria que a senhorita é ciumenta, hein?

— Sou mesmo! – Cheguei bem mais perto dele e falei: - Quando é necessário, eu sei ser ciumenta, viu, Castiel.

Ele fez o mesmo, chegando mais perto e me olhando no fundo dos olhos. – Eu gosto disso, sabia?

— Gosta? – Me surpreendi.

— Gosto. Gosto que sinta ciúme. Demonstra que me quer.

— Quero mesmo... – Deixei escapar e fiquei vermelha no mesmo instante. Ele deu, de novo, aquele sorriso malicioso.

— Espero que me queira... Só a mim. E que nem sequer olhe para outro cara, porque eu também sei ser ciumento, viu.

Resolvi entrar no seu joguinho e falar no mesmo tom que ele.

— Vai ser difícil não olhar para outros, Castiel, não sou cega. Mas, quer saber... Você também pode olhar para outras.

— Posso é?

— Pode. – Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e fiquei com o rosto quase colado ao dele enquanto dizia: - Só não pode tocar, não pode pegar...

— Assim? – Ele me puxou pela cintura para junto do corpo dele.

— É... Assim. Não pode pegar como me pega, não pode beijar como me beija, e nem pode querer como me quer. Ok?

— Ok.

Não dissemos mais nada, apenas nos beijamos. O beijo mais quente e gostoso que já havíamos dado.

Dessa vez estávamos no quarto dele e, não sei por que, eu me senti inibida com toda aquela intimidade entre nós. Eu sabia que eu devia estar vermelha naquela hora, tanto de vergonha quanto pelo calor de estar nos braços dele, mas, para minha surpresa, quando paramos de nos beijar, percebi que ele também estava muito vermelho.

Ele me olhou por uns segundos antes de me soltar e correr para o banheiro. Eu não tinha certeza se era pelo que eu estava pensando, mas, enquanto nos beijávamos, eu senti um volume na calça dele roçando em meu corpo.

Só podia ser isso! Ele ficou sem jeito, pois havia ficado excitado ao me abraçar, ao me beijar... A me ver em seu quarto e me ouvir dizer que o queria. E isso só podia significar uma coisa... Que ele me queria mais do que eu podia imaginar.

Saí do quarto dele e voltei para a sala. Se eu ficasse lá talvez ele ficasse ainda mais sem jeito e até zangado. Resolvi me distrair brincando um pouco com o Dragon, quando ouvi o barulho do chuveiro.

Castiel estava tomando banho. Provavelmente um banho gelado.

Saber que ele havia sentido tesão por mim me deixava contente. E, claro, também me excitava. Só o fato de estar na casa dele, de ter estado no quarto dele, já era bem interessante. Mas, quando ouvi o barulho do chuveiro, comecei a pensar:

— O Castiel tomando banho... Hum... Como será?...

Me peguei tendo um pensamento libidinoso, foi impossível evitar. Minha legendária curiosidade se atiçou e eu simplesmente fui em direção ao banheiro. Eu juro que tentei me sentir culpada por isso, mas não consegui. Eu queria muito dar uma espiada que fosse. Qualquer pedacinho de corpo, de pele, já seria suficiente.

Cheguei à porta do banheiro e tentei ver alguma coisa. Impossível. Estava trancada. Mas, mesmo assim, fiquei ouvindo o barulho da água e imaginando ele lá dentro... Sem roupa... Passando o sabonete no corpo...

De repente, o chuveiro se desligou.

— Ele vai sair! – Exclamei e corri de volta para a sala com o coração na mão.

Vi-o abrir a porta devagar e então... Sair com uma minúscula toalha! Quase tive um treco! Tá... Não era minúscula, mas, era pequena se considerar que ela só cobria da cintura às coxas dele. Geralmente, uma toalha normal vai até bem abaixo dos joelhos. Essa não. Deixava as pernas dele à mostra, o que era super sexy!

Vi quando ele olhou para mim e eu não tive outra reação senão desviar o olhar. Ele, então, passou na minha frente em direção à cozinha. Não sei se fez de propósito para me provocar, mas... Eu não podia negar que gostei da visão.

...

...

Meus instintos haviam me traído. Meu corpo havia respondido ao corpo dela junto ao meu e eu tive uma ereção. Quando percebi corri para o banheiro para me recompor. Não sabia se ela havia percebido, mas tinha quase certeza que sim, e acabei ficando envergonhado com isso. Que droga! Fiquei chateado comigo mesmo pelo papelão que havia feito, mas agora tudo que eu precisava era de um banho gelado para relaxar.

Enquanto eu estava embaixo do chuveiro, não pude evitar pensar na Paula. Ela estava no meu quarto... Tão perto da minha cama!... E, nos meus sonhos, eu já havia fantasiado nós dois ali, juntos, namorando, se divertindo, curtindo um ao outro, fazendo amor...

Parei de pensar nisso para não acabar ficando excitado outra vez.

Quando saí do Box, percebi que nem a minha toalha eu havia pegado. Também vim correndo e nem me lembrei de nada. A única toalha que estava lá era a do Dragon, pois eu pretendia dar um banho nele depois. Por sorte, ela estava limpa e eu me cobri com ela mesmo, embora ela não cobrisse dois palmos abaixo da minha cintura. Se eu estivesse sozinho em casa, sairia daqui pelado, mas com a Paula aqui...

Se bem que... Seria engraçado ver a cara que ela ia fazer...

Foi aí que comecei a pensar besteira de novo. E recordei o que eu havia dito a ela antes: “Vou fazer tudo que eu sempre faço como se você nem estivesse aqui”. Então, me veio uma ideiazinha travessa... Já que ela havia decidido passar um tempo na minha casa, por que não me divertir provocando-a um pouquinho?...

Eu gosto de vê-la louquinha por mim. Por que não ver o quanto a minha querida tábua se sente atraída por mim?

Isso seria muito legal e eu começaria já a pôr meus planos em ação, saindo com aquela toalha. Passei também um perfume que estava no banheiro e saí.

— Dependendo da cara que ela fizer, vou saber até onde posso ir. – Pensei. E estava certíssimo. Quando abri a porta, ela me olhou de cima a baixo.

Quando olhei para ela, ela desviou o olhar... Ficou toda vermelhinha. Eu soube logo que ela gostou do que viu.

Agora sim... É plano provocação em ação!

...

...

Quando Castiel passou por mim só de toalha, quase flutuei. Não só de emoção e pelo meu coração batendo acelerado, como também pelo perfume dele.

Quanta sensualidade num homem só!

Suspirei profundamente tentando me conter, – e também sentindo seu perfume, lógico! – mas, meu coração voltou a dar um salto quando ele me chamou da cozinha.

— Paula!

— S-Sim?

— Vem aqui.

— Oi?... – Cheguei à cozinha tentando não olhar para o corpo dele, mas estava difícil resistir.

— Tá com fome? – Ele me perguntou de costas, olhando para a geladeira aberta.

— É... N-Não, não.

— Tá.

Ele simplesmente se virou segurando um pedaço de bolo e comeu na minha frente. O bolo tinha cobertura de chantilly que sujou os dedos dele e os cantos da boca. Ele estava se deliciando com aquele bolo enquanto eu estava me deliciando com ele! Pronto! Fiquei meio que hipnotizada, não conseguia mais parar de olhar pra ele.

Quando ele acabou a fatia de bolo, lambeu os dedos, um a um, e depois lambeu ao redor da boca. Não sei se eu que estava vendo assim, mas parecia que ele fazia tudo da maneira mais sensual possível.

Eu consegui desviar o olhar dele mais uma vez e me abanei. Estava ficando muito quente ali.

Eu poderia jurar que o vi sorrir antes de se virar de costas de novo e pegar um refrigerante. Ele teve que se abaixar um pouco para pegá-lo e a toalha subiu um pouquinho. Eu cheguei a engasgar, apesar da garganta seca. Ele bebeu um pouco do refrigerante e fechou a geladeira, dizendo:

— Bom, não vou te oferecer mais nada. Se quiser alguma coisa... É só pegar. – Ele mexeu na toalha ao dizer isso. Eu pensei que meu coração fosse sair pela boca.

Só mexi a cabeça afirmando que havia entendido, mas, sinceramente, eu estava atordoada. Ele continuou falando e se aproximando de mim.

— Não pense que vou ficar te paparicando, viu? Ainda está valendo o que eu disse antes... Eu vou fazer tudo que sempre faço como se você nem estivesse aqui. – Ele chegou bem perto e pegou no meu queixo. – Por isso, vê se não fica mais tão vermelhinha assim, porque na minha casa eu gosto de ficar bem à vontade. Assim, só de toalha, só de cueca... Inclusive, eu durmo pelado.

Ele foi para o quarto se trocar, me deixando ali completamente abobalhada com aquelas afirmações e com tamanha sensualidade.

...

...

Horas depois...

O resto da tarde passou e a noite chegou. Ficamos horas assistindo alguns filmes na TV. Eram títulos que eu já havia separado para ver, e não poderia ter melhor companhia do que a minha namorada para isso.

 Eu estava certo em provocá-la. Além de ser divertido ver a cara dela quando eu fazia alguma coisa que a deixava sem jeito, também me deixava muito feliz ter a certeza de que ela era completamente apaixonada por mim.

Mas, divertido mesmo foi na hora do jantar. Eu a chamei para a cozinha para a gente preparar alguma coisa e, óbvio, ela pensou que eu só comia junk food. Então, eu fiz uma proposta.

— Por que você não cozinha?

— Eu?! – Ela me olhou apavorada. Saquei logo que ela e a cozinha não se davam bem.

— É. Por que não?

— Porque eu... Ah, Castiel, eu sou péssima cozinheira. Não consigo fazer nada direito. É sério! Não dá! Mas... Olha, se quiser, pode pedir a comida que eu pago.

— Ah é? Você tem grana pra gastar é? Até se eu pedir direto de um restaurante, algo assim?

— Hã... Contanto que não seja caro demais... Pode ser.

— Não, não vai ser caro demais, só estou pensando em comer comida francesa hoje, ou quem sabe japonesa ou italiana...

— Castiel, eu tenho só o que meus pais me deram a mais da mesada, eu não sou rica.

— Por que se ofereceu para pagar, então?

— Ah... Já que eu vou comer aqui, eu pensei, eu não vou deixar o Castiel pagar o jantar para mim, já vai ser demais.

Fiquei olhando para ela e, confesso, estava encantado.

— Entendi. Você acha que eu peço comida toda hora, não é?

— Bom, eu não te imagino cozinhando muito...

— Pois está errada.

— Estou?

— Acha que esta cozinha existe para quê? Para enfeitar a casa? E mais, acha que eu sou rico, por acaso? Não daria para viver sozinho e pagando comida pronta toda hora. Para seu governo, moça, eu sei cozinhar, tá?

— Sabe?

— Sei sim, e muito bem. Quer ver?

— Quero, com certeza.

...

...

Fiquei olhando para ele e, confesso, estava encantada. O Castiel, além de bonito e sensual, também era muito talentoso. Em vários aspectos. Quem diria que, além da música, ele se dava bem na cozinha!

Observei-o enquanto ele preparava os utensílios e ingredientes para o jantar.

— O que vai fazer?

— Hambúrguer.

— Como é? Você disse que ia cozinhar e vai preparar um hambúrguer? Não era mais fácil comprar pronto?

— Que seria mais fácil, seria. Mas, não seria tão gostoso quanto o hambúrguer que eu faço. – Ele pegou mais algumas coisas na geladeira, desde carnes e queijos, quanto uma massa num pote.

— Espera... Você faz todo o hambúrguer? Até o pão?

— É isso aí.

— Quem diria!... Você tem talentos que eu ainda não descobri.

Ele deu uma risada e respondeu: - Há muito mais talentos ainda para você descobrir em mim.

Adorei aquela resposta. Mas, o que eu estava adorando mais mesmo era o fato de ele finalmente estar dando mais atenção a mim que a televisão, embora eu tenha tido a impressão de que ele me provocava o tempo todo, sempre dava um jeito de chamar minha atenção. Se fosse isso mesmo, eu não podia ficar só com cara de boba enquanto ele me tirava do sério... Eu tinha que fazer o mesmo. E mesmo se ele não estivesse me provocando de propósito... Bom, ser um pouquinho mais sensual com ele não seria uma má ideia. Afinal, eu estava muito feliz por ele ter me deixado ficar na casa dele, queria retribuir de alguma forma. E se ele havia mesmo ficado excitado antes quando me abraçou no quarto, então, provavelmente ele ficaria bem alegrinho se eu jogasse um joguinho com ele. O joguinho da provocação.

Ele preparou a carne e pôs no micro-ondas. Voltou para o balcão e começou a abrir a massa do pão. Era minha chance!

— Castiel, sabia que eu nunca vi ninguém fazendo isso assim ao vivo? Só na televisão.

— Sério? Ninguém faz massa na sua casa?

— Meu pai é quem cozinha bem lá em casa, e ele não gosta muito que minha mãe e eu fiquemos por perto. Mas... Eu posso te ajudar?

— Garota, se teu pai não te quer por perto na cozinha, eu que vou querer?

— Poxa, Castiel, não seja chato! Me ensina!

...

...

Aquele pedido dela foi a ocasião perfeita para eu me aproveitar um pouquinho.

— Ok, vem. Fica na minha frente, vou te ensinar umas coisinhas.

Ela ficou na minha frente, de costas para mim. Eu encostei meu corpo ao dela, deslizei minhas mãos em seus braços até pegar nas mãos, e começamos a abrir a massa juntos.

Nossos corpos de moviam no mesmo ritmo. Eu sabia que ele podia sentir o quanto aquilo me aquecia. E eu queria que ela sentisse.

Eu só não sabia que ela se mostraria tão quente também...

...

...

Ele pegou em minhas mãos e começamos a abrir a massa juntos. Ele, com o corpo colado ao meu e nós dois nos movendo no mesmo ritmo.

De repente, aquela cozinha foi se tornando mais quente. E eu sabia que era por ele estar ali tão perto de mim. Senti que ele estava gostando daquela proximidade toda e fiz questão de roçar o meu corpo no dele.

Poderia ser até muita luxúria na minha cabeça, mas a verdade é que eu queria senti-lo excitado de novo.

— Estou fazendo certo?

— Está... – Ele respirou profundamente e levou uma mão à minha cintura. Eu fiz de conta que não estava percebendo o quanto o corpo dele estava quase se moldando ao meu, num encaixe perfeito.

...

...

Eu já estava ficando desorientado com aquela mulher tão junto a mim. Quando ela acabou de abrir a massa, me perguntou:

— E agora, está bom?

— Tá ótimo. É... Está falando da massa, não está?

Ela se virou de frente para mim com um sorriso lindo.

— Claro que estou, Castiel! Então... Fiz bem?

— Fez... Maravilhosamente. – Me dei conta de que estava quase babando por ela e me contive. – É... Bom, agora vou formar o pão, presta atenção! – Soltei-a, fiz os pãezinhos, coloquei numa forma e direto no forno. – Pronto, agora é só esperar uns minutos e você vai comer o melhor hambúrguer da sua vida.

— Espero que seja mesmo o melhor, chef!

Ela se aproximou de mim de novo, parecia que estava me provocando também. Fosse como fosse eu nem pensei duas vezes. Num impulso, levantei-a e coloquei-a sentada no balcão onde a gente estava abrindo a massa.

— Castiel! Eu vou me sujar toda!

— Dane-se! – Beijei-a rápido e com muita vontade. Eu estava sedento por aqueles beijos há horas.

Minha libido foi às alturas quando ela passou as pernas em volta de mim. Eu já não queria pensar em mais nada, só em ficar com ela, ali, no quarto, na sala, na casa toda!


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Notas finais do capítulo

Continua...