Marcados escrita por MidorimaNailss


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Então, gostaria de agradecer ao meu amigo Lippe, que foi quem me deu a ideia para essa história. Muito obrigada, Lippe! De verdade. Eu simplesmente adorei a ideia e foi ótimo escrever sobre isso. Espero que goste do resultado!♡

E também, um agradecimento especial para a Gabs, que foi quem leu e corrigiu o que havia para ser corrigido, além de ter dado a opinião final, ou seja, ~vai, posta~! Obrigada.♡

Uma boa leitura para todos, que LuNami os proteja.



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— Nami! — Ela ouviu o Luffy gritando por ela e resolveu ignorar. De qualquer maneira, ele ia se aproximar dela, até ter o que desejava. — Nami! — Continuou berrando o capitão, com a voz ficando mais alta a medida em que ele chegava mais perto.

— O que é?! — Gritou a navegadora de volta, já cansada de ouvir o nome dela sendo chamado inúmeras vezes. Nami estava sozinha no momento, queria apreciar um pouco do silêncio, bem como aproveitar a brisa suave do dia.

— Quero fazer uma tatuagem! — A ruiva revirou os olhos e tomou um gole do suco de laranja que tinha em mãos.

— Que bom para você, Luffy. — Ela respirou fundo. — E o que eu tenho a ver com isso? — O capitão fez um rosto de insatisfação. Uma das sobrancelhas dele se curvou um pouco, num ar de dúvida, enquanto os lábios formaram um arco singelo para baixo, como se tivesse murchado por alguns instantes.

— Você tem uma, Nami! — Ele apontou para o ombro dela, dessa vez sorrindo. — E o Chopper me disse que tatuagens costumam ser muito importantes para a pessoa que decide fazer uma. Ele também disse algo sobre ter cuidado. Não sei exatamente o quê. Será que era importante? — A navegadora colocou a mão sobre o ombro dela e se lembrou do significado que aquele símbolo tinha para ela.

Arlong. Bellemere. Nojiko. Gen-san. Vila Cocoyashi. As palavras do Luffy, as atitudes dele, tudo isso também veio a sua mente. No entanto, pela primeira vez, apareceu na cabeça dela que se aquela tatuagem estava ali, era por causa dele e de toda a ajuda que ele ofereceu, mesmo sem conhecê-la direito, mesmo sem saber da história dela.

A ruiva tentou disfarçar o conforto que havia sentido ao pensar nisso, porém, sem sucesso. Sentia-se grata. Podia ter todas essas lembranças graças ao homem parado à sua frente. Pensar nisso a fez sorrir quase que de imediato.

— É tão bom ver você sorrindo, shi shi shi! — Isso a fez ficar envergonhada, tirando-a do transe em que se encontrava. Ainda assim, conseguiu esconder o impacto que as palavras dele tinham causado nela (mesmo que Nami soubesse que o Luffy nunca notaria algo assim).

— Acredito que o Chopper estava se referindo às possíveis infecções, ou até mesmo aos cuidados que se deve ter depois de fazer uma tatuagem. Basicamente, a parte que você mais tinha que prestar at— A navegadora deu um soco na cabeça dele ao perceber que ele estava brincando com a comida ao invés de ouvir o que ela dizia. — Enfim, eu posso fazer se você quiser.

Luffy, que se encontrava no chão, sofrendo com o golpe que havia acabado de receber, rapidamente se levantou e saiu correndo até a ruiva. Ele pegou as duas mãos dela e as segurou fortemente, encarando Nami com um brilho no olhar. Estava, claramente, empolgado com a ideia de fazer uma tatuagem.

— Certo, o que você quer fazer? — Ele apoiou o queixo com uma das mãos e assumiu uma postura reflexiva.

— Não faço ideia! — Nami se segurou para não bater nele mais uma vez. — Mas eu estava certo! Você sabe fazer tatuagens!

— Sim. O Dr. Nako me ensinou um pouco. De qualquer maneira, — ela aumentou o tom de voz — COMO ASSIM VOCÊ NÃO SABE O QUE QUER FAZER? COMO QUER FAZER UMA TATUAGEM SE VOCÊ NÃO SABE O QUE QUER?

Luffy começou a rir abertamente, a ponto de cair no chão e colocar a mão na barriga.

— O que é tão engraçado? — Perguntou a ruiva, enquanto fazia beicinho e desviava o olhar.

— O seu jeito! Você é hilária, Nami! — Ela se sentou na cadeira, ao mesmo tempo em que soltara um suspiro de frustração. Francamente, havia desistido de tentar entendê-lo faz muito tempo, mas sempre acabava tendo umas recaídas.

— Nami, eu confio em você. — Ele se sentou na cadeira ao lado dela, enquanto assumia mais uma vez um ar reflexivo. — Então, como é você quem vai fazer a minha primeira tatuagem, quero que seja algo que me lembre de você. A minha navegadora. — O coração da ruiva parecia a ponto de explodir. Sinceramente, ele dizia essas coisas de uma maneira tão fácil, tão leve. E isso não era nem a pior parte, mas sim a honestidade contida em cada palavra dele, conseguindo facilmente deixá-la sem chão.

— A-Algo que me lembre? — Ele apenas assentiu, para logo em seguida tirar a camiseta vermelha que estava vestindo e virar de costas para ela.

Nami agradeceu mentalmente por ele ter se virado logo de cara, afinal, ela ainda não tinha associado que fazer uma tatuagem no Luffy significava se aproximar dele de uma maneira tão íntima. Além disso, por mais que ela visse ele sem camisa na maioria das vezes, nunca tinha chegado tão perto nesses momentos, nunca tinha parado para observar como a pele dele era e muito menos como as costas dele pareciam extremamente bonitas.

— Nami? — Ele olhou para trás, novamente sorrindo. — Conto com você!

— Sim! — Ela respondeu rápido e se levantou na mesma velocidade. Queria esconder o constrangimento que estava sentindo. Era muita coisa num período curto de tempo para ela processar. — Vou buscar as coisas, já volto. — A navegadora foi até o quarto dela e ficou atrás da porta por uns instantes. Respirou fundo. O que eram todas aquelas sensações?

Pegou tudo que precisava e, após se recompor, foi até onde o Luffy estava. Chamou-o para fazer a tatuagem no quarto do Chopper, por considerar que lá era mais calmo e também mais higiênico, ou seja, um ambiente em melhores condições.

— Vamos lá, então. — Ela sorriu. Estava sentada na direção do braço dele. Faria a tatuagem no ombro oposto ao dela.

— Vamos! — Ele jogou os braços no ar, tamanha a ansiedade e felicidade dele.

— Certo, eu entendo a sua animação, mas agora você tem que ficar quieto, entende? — Ele fez uma cara de cachorrinho abandonado e concordou. Virou o rosto para frente, tentando ao máximo conter a curiosidade dele. Claro, vez ou outra dava uma espiadinha, mas era realmente impossível entender o que ela estava desenhando, já que o traço nunca ficava completo, então eram linhas e mais linhas. Em algum momento, ele simplesmente desistiu de tentar ver antes da hora, devido a algumas pontadas que estava sentindo, bem como o cansaço de ficar na mesma posição durante muito tempo.

— Pode olhar no espelho! — Finalmente havia acabado, sendo que antes mesmo de ela completar a frase, Luffy já estava lá, encarando a nova imagem em seu corpo.

— Nami, ficou incrível! — O desenho era preto e branco, ocupando o mesmo espaço que a tatuagem da navegadora.

— Que bom que gostou! — Ela olhou na direção dele, apreciando o olhar que ele lançava sobre a tatuagem. — Esse objeto sempre me fazia sorrir quando pequena. Foi engraçado quando notei que ele fazia o mesmo com você.  

— Até hoje eu não sei se o que me fazia gargalhar era o cata-vento ou então ele.  — Os dois começaram a rir juntos.

— Realmente, o Gen-san podia ser assustador as vezes! — Nami enxugou a pequena lágrima que saía de seu olho. Fazia tempo que não ria tanto a ponto de quase chorar. Isso a fez pensar que havia escolhido o desenho certo.

— Ah, nem me fale! — Luffy assumiu um ar de preocupação. Lembrou-se da conversa que teve com o Gen-san antes de partir, onde ele havia dito que se o Luffy fizesse qualquer coisa que tirasse o sorriso da Nami, ele com certeza o mataria sem dó. Por alguma razão, essas palavras nunca saíram da mente do capitão.

— No que você está pensando? — O moreninho apenas balançou a cabeça, espantando os pensamentos que lhe vieram à mente, enquanto se aproximava da navegadora, mostrando com orgulho a tatuagem.

— A sua tatuagem te faz sorrir, não é? — Ela concordou. — Imaginei. A minha também faz. Ficou ainda melhor que o cata-vento do Gen-san, Nami.

— Talvez eu devesse ter desenhado o rosto dele no seu braço também. Aí sim ficaria bonita. — Luffy protegeu o ombro com uma das mãos, a fim de impedir que ela fizesse isso nele.

— Não mesmo! Eu não quero lembrar da cara feia dele sempre que acordar. — O moreninho fez uma cara de emburrado e escondeu o rosto dele parcialmente com o chapéu. — Eu quero me lembrar de algo que eu amo muito, que nem você, Nami! É por isso que você sorri quando olha para a sua tatuagem, não é?

Nami não se sentiu constrangida nem mesmo envergonhada com esse comentário. Na verdade, uma onda de felicidade havia invadido o coração dela.

— Sim, é. Quando olho para ela, lembro de tudo que é importante para mim. — A voz dela estava carregada de saudade. De lembranças. Uma voz suave, demonstrando gratidão por todos os momentos que vivera até então. Para completar, Luffy a havia envolvido em seus braços, num abraço apertado.

— Obrigado, Nami. — Com uma das mãos, passou a brincar com os cabelos dela, enrolando-os em seus dedos, sendo que vez ou outra fazia carinho na cabeça dela. — Obrigado por navegar comigo. 

A navegadora sabia que era ela quem devia agradecer, mas não conseguia, nesse exato momento, colocar as palavras para fora. Assim, apenas enterrou a cabeça no peitoral dele e retribuiu o abraço com um ainda mais forte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham todos gostado da história. Eu, particularmente, gosto de histórias levinhas e fofinhas, então geralmente são os tipos de história que mais escrevo, espero que seja do agrado de vocês também.

Claro, se quiserem ver algo de diferente por aqui, só falar!
Eu também gosto de escrever umas aventuras bem loucas, mas para isso preciso de mais tempo (sim, quando escrevo história que envolve aventura elas saem bem mais longas e com vários capítulos, então...).

Enfim, não deixem de comentar, sempre deixa o escritor feliz, não é? E nos aproxima dos leitores!!!

Beijo grande! ♡



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