Para nós, todo o amor do mundo... escrita por Deby88writer


Capítulo 7
Capítulo 7 - A Carta


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Desculpem a demora para postar! Tive que fazer uma pequena viagem a trabalho, mas já estou de volta!



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Fátima aguardava em uma das mesinhas vermelhas de madeira, com pequenas luzes no centro, que compunham o clima bucólico e um tanto romântico do foodtruck de Victor. Exatamente o ar francês que o chef idealizara. Estefânia chegou no momento que o namorado servia a moça.

— Oi meu amor! Já conheceu a Fátima? - perguntou, abraçando o namorado.

— Ah! Você é a irmã da Cecilia? Sabia que sua fisionomia não me era estranha...- declarou Victor, sorrindo - Prazer conhecê-la e espero que goste da comida...

— O prazer é meu...vou adorar! Eu adoro comida!

— A Fátima é cozinheira, amor...- informou Estefânia.

— É mesmo?! Poxa...bem que eu estou precisando de uma forcinha aqui...- disse o rapaz, olhando para os lados. O local estava lotado.

— Por que não comentou nada comigo? Se eu soubesse teria indicado a Fátima! Ela está procurando emprego desde que chegou na cidade...- exclamou a estilista - Desculpe Fátima, eu aqui falando sobre sua vida e nem te cumprimentei...Como vai?

— Que isso! Me ajudaria mesmo arrumar logo um trabalho...com essa crise, poucos lugares estão contratando! - afirmou a cozinheira - Só não sei se estou à altura...

— Por que não vem para cá amanhã para conversarmos à respeito? - perguntou o chef.

— Poxa obrigada! Com certeza! - respondeu Fátima, com sua habitual animação.

— Agora vou deixa-las a sós...Para você trago o de sempre, amor?

— Você me conhece mesmo! - riu Estefânia.

Victor saiu, deixando as duas a sós.

— Nossa Fátima! Quando você me ligou dizendo que a Cecilia enviou algo para Dulce, meu coração quase saiu pela boca!

— Como está a menina?

— Mal, coitadinha...você sabe que sua irmã é como uma mãe para ela...

— Sei...a Cecilia ama muito a Dulce...pode ter certeza!

— Então? Não me deixe curiosa! - exclamou Estefânia ansiosa.

— Há alguns dias a Cecilia me ligou para perguntar se poderia voltar a morar comigo...

— Mesmo?! Então ela vai voltar?! - sorriu tia Perucas.

— Parece que sim...e não é só isso...- declarou Fátima, misteriosa.

— O que é?! Não vai me dizer que...- começou Estefânia.

— Parece que sim...- confirmou a cozinheira - Pelo que entendi é definitivo...a Cecilia não volta mais para o colégio...

— Então ela largou o hábito?! - surpreendeu-se Estefânia - A Madre já sabe?! Quando ela volta?! Posso contar para a Dulce? Para o meu primo?

— Acho melhor não misturar seu primo nessa história...a Cecilia não iria gostar...

— Mesmo? - duvidou Estefânia - Achei que o Gustavo era o principal motivo dessa decisão...

— Em partes...mas minha irmã não acredita que os sonhos dela podem se tornar realidade...Enfim...

— Que ótima notícia! Minha sobrinha vai ficar tão feliz!

— Tem mais...recebi essa carta hoje de manhã...tem o meu endereço, mas o destinatário é a Dulce... - disse Fátima, tirando um envelope da bolsa e entregando para Estefânia.

— E o que diz?

— Sei lá Estefânia! - riu Fátima - Nem abri...achei melhor te entregar...

— Vou correndo levar para Dulce! Hummm! Estou pensando aqui...

— No que?

— Sabe que dia extamente a Cecilia chega em Doce Horizonte?

— Amanhã à tarde vou buscá-la na rodoviária...O que essa peruca está armando? - perguntou, divertida.

— No domingo o Victor vai dar um almoço de Páscoa na casa dele...e eu gostaria que você e a Cecilia pudesse ir...Fariamos uma surpresa para Dulce! - " E para meu primo" pensou Estefânia.

— Hum...por mim seria ótimo! Mas minha irmã...Acho que ela estava pensando em ir ver a Dulce no colégio...Não sei não...

— Por favor Fátima! Vamos! Será um dia especial! - pediu Estefânia

— Opa! Especial? Gosto dessa palavra! - afirmou Victor, aproximando-se com o pedido da namorada.

— Estou convidando a Fátima para passar a Páscoa conosco em sua casa, meu amor...

— Será super bem vinda! - exclamou o chef

— Se é assim...tudo bem! - rendeu-se Fátima. Piscando para Estefânia.

No dia seguinte, ao acordar, Estefânia foi direto para cozinha. Silvestre já estava de pé e como sempre, discutia com Franciele.

— Bom dia! - declarou.

— Bom dia senhora Estefânia! - respondeu Silvestre.

— Bom dia dona Perucas! - disse Franciele, animada.

— Podem preparar o café da manhã numa bandeja? Quero levar para a minha bonequinha...

— É pra já! - disse o mordomo, eficiente.

Estefania esperou e subiu com a bandeja para o quarto de Dulce. Quando entrou, a garotinha já estava acordada...

— Bom dia meu amorzinho! Olha o que eu trouxe para você!

— Bom dia titia! É meu aniversário? - perguntou Dulce, confusa.

— Não meu anjo...a titia só quis te fazer um agrado, pois tenho uma coisa especial para você!

— O que?! - perguntou Dulce, empolgada, sentando-se na cama,

— Você recebeu uma cartinha! E adivinha de quem é?

— Do Papai Noel? Mas ele também manda cartinhas para as crianças? Eu nem escrevi nada na minha cartinha esse ano! - preocupou-se.

— Não não Dulce! - ria Estefânia - É uma cartinha da Cecilia!

— Da Cecilia?! Abre abre logo titia! - pediu a garotinha - Eu não sei ler tudo ainda...

— A titia lê para você...- começou, limpando a garganta.

" Minha pequena,

Quanta saudades eu sinto de você! Da sua carinha linda, do seu sorriso e alegria.

Meu coração dói por estar há tanto tempo longe. Tenho certeza que um dia, quando for grande, você entenderá os motivos por eu ter me afastado.

Espero que me perdoe. Eu nunca quis te magoar e te ver triste.

Você é a pessoa mais especial da minha vida Dulce e eu te amo muito, tanto que nem cabe no peito.

Resolvi escrever essa cartinha para lhe dizer que em breve nos veremos. Não aguento mais ficar sem você! Me espere minha pequena.

                                            Com carinho,
                                                                    Cecilia"

— Iuuuupiiii! - gritou Dulce, pulando na cama - A Cecilia vai voltar! - Iupiiiii! - continuou, feliz.

— Que felicidade toda é essa? Posso saber? - indagou Gustavo, entrando no quarto. Sorriu ao ver a filha tão feliz.

— Papi, papi! A irmãzinha Cecilia vai voltar! - afirmou a menina, pulando no colo do pai, que quase caiu, surpreso.

— É sério isso Estefânia? - duvidou o empresário.

— É sim...ela inclusive escreveu uma carta para Dulce contando...- respondeu a prima.

— Quando?! - perguntou empolgado.

— Isso já não sei...- mentiu a estilista.

— Isso é marav...digo...que bom! Que bom que está feliz filha! - continuou Gustavo, sem graça por não conseguir disfarçar que ficara feliz com a notícia. Naquele instante seu peito se enchia de algo que não conseguia explicar. O coração disparara de felicidade. Felicidade por ver o sorriso no rosto da filha, afirmou para si mesmo. Era apenas isso, tinha certeza. Pelo menos é no que deveria acreditar, decidiu.


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