Para nós, todo o amor do mundo... escrita por Deby88writer


Capítulo 18
O retrato que guardei


Notas iniciais do capítulo

Meninas para fazer esse capítulo, imaginei o visu que a Bia estava em uma foto que postou ontem ou hoje no Insta, com a Karin Hils e a Camila Camargo no bday da Karin. Acho que ajuda na imaginação rs. Espero que gostem.



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Estefânia, Cecilia e Dulce chegaram ao restaurante primeiro. Era um lugar pequeno, porém com um ambiente agradável e aconchegante que servia pratos tipicamente italianos. O lugar possuía dois ambientes, um interno e outro externo no andar de cima. Estavam lotados, pois era um dos lugares mais badalados da cidade. Foram recepcionadas pelo maître que perguntou o número de ocupantes da mesa. Quando Estefânia pediu quatro espaços, Cecilia estranhou, mas logo imaginou que Vitor se juntaria a elas. Foram encaminhadas para o ambiente externo, que era decorado de maneira rústica, porém com elegância. O dia estava ensolarado, mas uma brisa suave fazia a temperatura ficar amena. Estefânia reparou que todos os homens do lugar viravam o pescoço quando a ex-noviça passava por eles. Sorriu. Queria ver a reação de seu primo ao vê-la tão arrumada. Tia Perucas puxou Dulce pela mão para sentar ao seu lado, de maneira a deixar um lugar vago ao lado de Cecilia. O garçom se apresentou e entregou o cardápio...

— Estamos esperando uma pessoa...- avisou a estilista ao rapaz.

— Tudo bem senhorita, eu já volto então...- respondeu saindo.

— Quem estamos esperando? - perguntou Cecilia.

— Meu papito!! - exclamou Dulce feliz.

— O senhor Gustavo vem almoçar conosco?! - indagou a jovem, olhando para a amiga.

— Sim...desculpe não ter avisado, mas é para Dulce passar um tempinho com o pai hoje...- respondeu Estefânia, apelando para o bem estar da sobrinha. Sentiu-se culoada ao ver a expressão contrariada da jovem, mas sabia que Cecilia não contestaria nada que fosse para a alegria da menina.

...

Gustavo chegou ao restaurante e deixou o carro com o manobrista. Ajeitou a camisa azul clara que usava com um jeans escuro e passou as mãos nos cabelos.

— Com licença...- chamou o maître - Acredito que minha prima tem uma reserva...É uma moça de peruca colorida...Estefânia Lários...- referenciou.

— Ah sim! Com uma jovem bonita e uma garotinha alegre? - sorriu o maître.

— Isso...

— Venha comigo, por favor...- pediu o homem - O senhor tem uma família muito bonita...

— Aahn...obrigado... - respondeu Gustavo, concordando sem explicar nada. Caminhou com o maître até o mezanino e procurou suas acompanhantes no lugar cheio. Avistou a peruca rosa de Estefânia de costas para ele, mas seus olhos logo foram cativados pela pessoa a frente. O coração acelerou como sempre acontecia quando estava na presença de Cecilia, mas dessa vez era como se ela o tocasse sem as mãos. Sempre fora atento a beleza do rosto jovem, mas hoje sua luz poderia iluminar uma estrela apagada no céu. Ela ria de alguma graça que Dulce fazia, passando as mãos nos cabelos agora soltos, distraída. Seus olhos extremamente azuis estavam destacados por uma maquiagem que se encaixava perfeitamente aos seus traços, mas que não escondia e nem modificava sua beleza natural. Trocara a roupa que usava aquela manhã, por um vestido de cores fortes que se ajustava bem ao seu corpo e deixava a pele branca das pernas e dos braços a mostra. Sentiu um impulso forte por toca-la e ficar ao lado dela. Assustou-se, era a primeira vez que além de carinho, admiração e gratidão, sentia também desejo por aquela mulher. O pensamento de vergonha pela atração por uma religiosa que sempre o assombrava, não veio como ele esperava. Era difícil associar aquela imagem a de uma noviça. Sorriu, lembrando do comentário feito pelo maître sobre ter uma linda família. Um garçom, carregando uma bandeja com bebidas esbarrou em seu ombro, tirando-o do transe. Aproximou-se.

— Quem já está com fome?! - brincou, atraindo os olhares das três.

— Papi! - anunciou Dulce, alegre, ganhando um beijo do pai, que repetiu o gesto com a prima, mas travou quando se sentou ao lado de Cecilia. Queria tocar o rosto dela com os lábios, mas não sabia como agir. Sentiu-se como um adolescente bobo.

— Que bom que chegou primo! Estávamos te esperando para pedirmos...- disse Estefânia, observando Gustavo.

— E como foi o passeio hoje? - perguntou o empresário.

— Muito legal papai! - respondeu Dulce - Tudo com mulheres femininas! Eu que escolhi essa tinta de unha, olha! - contou, mostrando as mãozinhas - A Ceci até comprou roupa nova e bem bonita! Ela ficou uma princesa, não ficou papai? - tia Perucas sorriu, diante da perspicácia da sobrinha.

— Sim...uma princesa...- concordou Gustavo, olhando fixamente para a moça - E você Cecilia, gostou do passeio?

— Muito! - respondeu sorrindo, perdendo a timidez inicial - Eu nunca tinha feito coisas assim, mas gostei bastante!

— Estou com uma fomezona papi! Minha rabiga está nervosa! - disse a menina, fazendo todos rirem.

— Então vamos pedir! - disse o empresário mais à vontade, pegando o cardápio ao mesmo tempo que Cecilia. Suas mãos se encontraram. Trocaram um olhar divertido - Eu como o que escolherem...gosto de tudo desse lugar...

— Eu não conheço nenhum prato, então prefiro que você faça uma sugestão...- respondeu Cecilia.

— Tudo bem...mas não vale reclamar depois...Confie no meu bom gosto...- o rei do café, brincou divertido - Deixamos a sobremesa para que a Dulce escolha...

— Só se tiver chocolate! - afirmou a menina.

— Fechado! - concordou a ex-noviça.

— O que está escrito aqui Ceci? - apontou Dulce no cardápio.

— Venha aqui...Deixe-me ver... - pediu a jovem. Dulce levantou-se, sentando-se no colo do pai - Hum...Essas sílabas aqui você já conhece...que som temos com o L e o A juntos? - perguntou, motivando a pequena.

— La! - respondeu a garotinha.

— Isso...e o S e A? - perguntou novamente Cecilia.

— Sa de sapo?

— Também...mas lembra que S e A podem ter outro som no meio da palavra? - ensinou a ex-noviça.

— Hum...- pensou Dulce - Lasa...Lasanha!

— Muito bem filha! Está aprendendo a ler! Parabéns! - elogiou Gustavo - Obrigada Cecilia...- agradeceu, segurando uma das mãos dela, sem soltar, continuou - E essa palavra aqui Dulce?

Estefânia que observava tudo, sorriu, vendo o plano dando certo. Nunca vira o primo tão cauteloso e ao mesmo tempo tão encantado com alguém, desde que Tereza falecera. Era a primeira vez que Gustavo e Cecilia interagiam daquela maneira. O empresário segurava a mão da jovem, enquanto incentivava Dulce na leitura. Quebrar a imagem conservadora que ele tinha da jovem, fora a idéia perfeita. Lembraria de agradecer Vitor depois. Esperava que o primo não continuasse tão teimoso e cego para não ver o que estava logo à sua frente. Agiam tão naturalmente, que quem observasse de fora, com certeza chegaria a conclusão de que eram pai, mãe e filha. A família que Dulce queria e precisava. A estilista se sentiu até excluída, mas ficou feliz com isso. Aproveitou para bater um retrato em seu celular, enquanto estavam distraídos e mandou para o namorado.


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Notas finais do capítulo

Digam-me se gostaram! :)



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