Bad Decisions escrita por Nonni


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!!
Cá estou eu com o ultimo capítulo de Bad Decisions...
Vamos lá?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723218/chapter/3

A lua iluminava a noite com seu brilho. Regina observava Robin sentado na cadeira de balanço, passando as mãos pelos cabelos num gesto nervoso. Ela riu, ele não havia mudado nada.

— Eu tenho que te contar uma coisa. – ela falou, depois de um bom tempo em silêncio. – Talvez a gente pudesse conversar sobre o que aconteceu conosco nesses anos todos. – sugeriu, caminhando até ele e sentando-se ao seu lado.

— Certo. – concordou, levantando o olhar para ela. – Você começa.

— Ok. – concordou, tomando coragem. – Depois que eu fui embora, eu comecei a faculdade e tentei esquecer completamente de tudo, Robin, porque por semanas eu havia chorado e me culpado por tudo. E a culpa era realmente minha, nós podíamos estar juntos, se não fosse pela minha decisão estúpida. Na faculdade, tive uma colega de quarto que foi meu anjo da guarda. Tinker. Ela me fez passar por toda a tristeza e juntas focamos no nosso maior objetivo: nos formar em advocacia. No meio do curso, eu conheci alguém. – ela falou essa ultima parte com cuidado. – Daniel.

— É, chegou a parte que eu não tenho certeza se quero ouvir. – ele resmungou, desviando o olhar do dela.

— Ele se apaixonou por mim e eu pensei que poderia esquecer você estando com ele. Namoramos e depois de formados, pois ele estava estudando engenharia, ficamos noivos. Nesse meio tempo eu e Tinker abrimos o nosso escritório e quando eu vi tudo estava entrando nos eixos. Foi quando eu me casei com Daniel. Vivemos longos anos felizes, ou pelo menos eu achava que era felicidade, só que o tempo passou, o escritório cresceu e eu fiquei viciada em trabalho. Ele queria filhos, mas eu não queria ter um bebê naquele momento. Com isso veio o afastamento, de ambos os lados, e com o passar dos anos a gente nem se tocava mais. Foram 11 anos casada com ele, Robin, mas nem esses 11 anos com outro homem não te tiraram do meu coração. – ela concluiu, procurando a mão dele. Robin entrelaçou a mão na dela e apertou, incentivando-a a continuar. – Há meses atrás ele pediu o divórcio, pois tinha conhecido uma mulher e queria ficar com ela, eu assinei e foi isso. Um pra cada lado. Desde então eu estou sozinha, no meu apartamento em Nova Iorque, me distraindo com o trabalho.

— Nossa, achei que ainda fosse casada. – foi tudo que ele conseguiu dizer – Foi o que você disse ali dentro.

— Eu não queria que pensassem que eu sou uma fracassada. – ela fez uma careta, e ele sorriu, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. – Agora me conta você, Hood, o que fez esses anos todos?

— Depois de conseguir passar por aquele mau bocado em que você me deixou, eu fui pra faculdade, matriculado naquele curso de fotografia que eu queria muito, lembra? – ele perguntou e ela concordou com a cabeça. – Porém, no segundo ano de curso, papai ficou doente e eu voltei para Storybrooke, para tomar conta tanto dele quanto do mercado. Quando ele morreu, me fez prometer que tomaria conta do negócio e foi o que fiz. – falou.

— Mas nunca foi o que você quis, Robin. Por que o prometeu? – ela perguntou.

— Porque ele era meu pai, Regina, e era a vontade dele. – disse. – Anos depois conheci Marian, ficamos atraídos um pelo outro, namoramos, noivamos, casamos. – falou de uma vez, vendo a expressão dela mudar com essas noticias. – Vivemos bem, sabe? Ela me fazia feliz. Então veio o nosso primeiro e único filho, Roland.

— Você tem um filho? – ela perguntou, chocada. Deuses ele era casado e tinha um filho?

— Tenho, meu maior tesouro.  Ele tem 6 anos, é um garoto muito esperto. Depois que ele nasceu, Marian ficou com depressão pós parto e teve total ajuda, mas quando melhorou não quis continuar casada comigo. – contou. – Então fizemos um acordo sobre a guarda de Roland e seguimos a vida, um para cada lado. Mas eu sou grato a ela por ter me dado Roland. – ele sorriu. – Criar meu filho foi o que eu andei fazendo nesses últimos anos, Regina. 

— E-eu fico feliz que você tenha isso, Robin. Um filho. Ele deve ser um amor. – ela comentou, tentando imaginar o filho de Robin com outra mulher.

— Você iria gostar de conhecer ele. – Robin comentou.

— Eu tenho certeza que sim. – disse.

Ficaram ali, sentados naquela cadeira de balando, com as mãos entrelaçadas, olhando pra lua, por um longo período de tempo. Quando Robin percebeu as mãos dela geladas, decidiu falar.

— Nós devemos entrar agora, tá frio, não quero que você pegue uma gripe. – levantou-se e estendeu a mão para ela, que aceitou de bom grado. Não sabiam quanto tempo haviam passado ali fora, mas quando voltaram para dentro da casa, os amigos continuavam na mesma, conversando e bebendo. Porém, os dois chamaram a atenção da turma, que ficou curiosa ao ver eles entrarem com as mãos entrelaçadas. Com as bochechas rosadas, Regina se afastou de Robin, tomando o seu lugar de antes. No resto da noite, seus olhares se encontraram diversas vezes.

Se passavam da 1h quando Regina se levantou, dizendo que ia embora. Fora a primeira, e com certeza estava mais sóbria que muitos ali. Se despediu de todos e quando chegou a vez de Robin, ele a pegou pela mão e a acompanhou até o carro. Quando chegaram lá, nenhum dos dois disse nada, apenas ficaram se olhando por longos minutos.

— Então, tchau! – Regina se obrigou a falar.

— Foi um prazer rever você, Regina.  – Robin disse.

— Foi. – ela sussurrou. Perderam-se um no olhar do outro de novo e ela se jogou nos braços dele, apertando-o contra ela, num abraço.  Depois Robin sorriu e abriu a porta do carro para ela. Quando Regina iria virar-se para entrar, Robin a puxou para ele, colando os lábios. Num momento Regina ficou estática, mas no outro, quando reconheceu aqueles lábios, deu passagem para a língua dele, e assim iniciaram um beijo cheio de saudade, paixão, amor.

— Eu senti tanto a sua falta. – ele sussurrou contra seus lábios depois que se separaram. – Eu posso te beijar de novo? – ele perguntou, dando um selinho nela. – E de novo? – mais um selinho. – E de novo? – um selinho seguido de um beijo.

— Quantas vezes você quiser. – Sorriu e ele sorriu também, juntando os seus lábios. Regina entrelaçou os braços no pescoço dele, e Robin desceu os beijos pro pescoço dela, que tombou a cabeça pro lado, dando mais acesso. Ele voltou os beijos até chegar aos lábios dela, e plantou um selinho. – Me leva pra sua casa, Robin. – olhou nos olhos dele.

— Você tem certeza? – ele perguntou, procurando o olhar dela.

— Tenho sim. – beijou-o – Estou tomando a decisão certa dessa vez. – sorriu e encostou a testa na dele.

 Robin a pegou pela mão, trancando o carro dela e seguindo para o seu. Colocou-a dentro do carro entre beijos, e seguiu para sua casa. Quando entraram pela porta, Bananie veio recebê-los. A cachorrinha pulou na perna de Robin e logo depois na de Regina, que acariciou a cabecinha da cadela.

— Essa é Bananie. – ele disse. – Ela gostou de você. – sorriu, pegando Regina pela cintura.

— Bananie? Ótimo nome. – gargalhou.

— Não ria! Foi ideia do meu filho. – explicou.

— Ah sim. – ela respondeu contra seus lábios. Robin não resistiu e a beijou. 

— Você quer beber alguma coisa? – ele perguntou. 

— Não, eu só quero você. – Regina sussurrou, antes de iniciar um beijo. Robin a pegou no colo, seguindo até o seu quarto. Lá depositou Regina na cama e ficou encarando-a.

— O que foi? – ela perguntou.

— Eu só não acredito que estamos aqui, assim. – confidenciou.

— Nós estamos aqui, e isso é real. – sorriu docemente. Robin beijou a testa dela, depois os olhos, a pontinha do nariz, a bochecha, o queixo e, finalmente, os lábios. Regina passou as mãos pelas costas dele, até suas mãos chegarem aos fios loiros. Quando Robin desceu os beijos para o pescoço de Regina, ela puxou os fios de cabelo dele, suspirando no ouvido de Robin.

Seguiram nesse ritmo, até que nada separava seus corpos. Beijando-a docemente, Robin juntou os corpos num só. Aquele momento era único para os dois. Num ritmo lento e delicioso, Robin amou a mulher, que se desfazia em gemidos e suspiros. Ele nunca a vira tão bonita. Queria desvendá-la por inteiro. Deixou-se levar por sensações e a beijou. Seguiram nessa dança de corpos, até chegarem ao limite. Juntos. Regina sorriu, beijando-lhe o peito.

— Eu te amo. – disse Regina, ofegante, abraçando-se ao corpo nu do homem que amava e agora era seu.

— Assim como eu te amo. – ele respondeu, beijando-lhe os cabelos. Passou o braço pela cintura dela, e quando a respiração de Regina ficou calma, Robin se apertou mais a ela, desejando que esse momento jamais acabasse. Que Regina jamais fosse embora. Que não o deixasse de novo.

***

A respiração calma contra o pescoço de Robin o fazia ter certeza de que aquilo era real. Enquanto ele acariciava levemente o braço de Regina, Robin pensava o que fariam dali em diante. Ele queria ficar com ela, queria sair com ela, namorar com ela, lhe apresentar seu filho. Havia inúmeras coisas que queria compartilhar com ela. Será que ela iria querer isso também?

Os minutos se passaram e logo Regina se remexeu contra o corpo de Robin. Deuses, ela não havia sonhado com nada. Ele estava ali, segurando-a em seus braços. Isso a fez rir e plantar um beijo no pescoço do loiro, que levantou a cabeça para encontrar o olhar dela.

— A mulher mais linda desse mundo acordou? – ele deixou um beijo na testa dela. – Volte a dormir, ainda é cedo. – Regina fechou os olhos, deitando no peito dele.

— Que horas são? – perguntou, sonolenta.

— Quase cinco e meia. – respondeu. – Como eu disse, muito cedo.

— E o que o senhor faz acordado? – escorou o queixo no peito dele, para conseguir olhá-lo.

— Estava observando você. – disse, sorrindo, apertando a pontinha do nariz dela.

— É mesmo? – ela perguntou, semicerrando os olhos.

— Uhum. – a puxou para cima dele completamente, tomando os lábios dela no seu.

— Gostei m-muito de acordar assim no meio da madrugada. – falou depois do beijo.

— Se depender de mim, você vai acordar assim muitas vezes ainda. – Robin confidenciou e viu ela abrir um sorriso enorme, que aqueceu seu coração completamente.

***

Robin serviu duas xícaras de café, enquanto Regina preparava algumas torradas. Assim que terminaram a mesa, sentaram-se e comeram, em meio a sorrisos e carinhos. Bananie ficou em roda deles, pedindo por comida.

— Eu queria perguntar uma coisa. – Robin disse, fazendo Regina olhar para ele.

— Pergunte. – o encorajou, arrancando um pedaço de seu pão e dando á cachorra.

— Por quanto tempo você vai ficar na cidade?

— Vou ficar até o próximo domingo. – ela respondeu, desviando o olhar do dele.

— Certo. – Robin mordeu os lábios, buscando a mão dela por cima da mesa. – Então, pelos meus cálculos, temos uma semana inteira para matar a saudade.

— Presumo que sim. – piscou para ele.

— Amanha e terça Roland fica comigo, poderíamos fazer algum programa juntos, assim eu lhe apresentava para ele. Se não tiver problema para você, claro.

— Eu adoraria conhecer seu filho, Robin! Só que terá que ser na terça, porque amanha tenho o dia cheio de compromissos com papai. – Regina disse, e ele concordou com a cabeça.

— E na quarta a noite eu gostaria de te levar para jantar.

— Isso é um pedido para um encontro? – ela perguntou.

— Sim, senhora, o nosso primeiro encontro. Você aceita?

— Sim! – exclamou feliz, pulando no colo dele.

— Estou louco por quarta. – Robin disse e a beijou.

Depois de arrumarem a cozinha, Robin lavando a louça e Regina secando, eles seguiram até a casa de Zelena, onde haviam deixado o carro dela. Nenhum dos dois queria se despedir, mas tiveram que o fazer.

Robin observou o carro de Regina sumir pela rua, louco para que chegasse terça. Algo lhe dizia que seu filho ficaria encantado com ela.

**

Regina chegou a casa do pai com um sorriso bobo no rosto. Henry não se preocupou com a filha quando ela não voltara para casa na noite passada, ele tinha o pressentimento de que ela havia se acertado com Robin. Por isso, quando a mais nova passou pela porta da cozinha, ele logo perguntou:

— E então? Ele já lhe pediu em namoro?

— Papai! – ela xingou, mas logo voltou a sorrir, depositando um beijo na bochecha do pai. – Ele não me pediu em namoro, mas me convidou para um encontro. – abriu um sorriso de orelha a orelha.

— E a noite, querida? Como foi? – perguntou Ella, piscando para Regina.

— Ella! – ficou séria. – Vocês dois estão de complô? – perguntou.

— Só se for um complô a favor da sua felicidade, filha. – Henry a respondeu. – Como foi com os colegas?

— Foi uma noite agradável. Adorei rever todos, principalmente a Zelena. – sorriu. – Quanto ao Robin, nós conversamos e nos entendemos. Vamos dar tempo ao tempo, as coisas vão dar certo. – disse, convicta.

***

Na segunda, Regina levantou cedo e tomou café com o pai, logo depois se arrumando e seguindo para a cidade com ele. O senhor tinha uma consulta no médico e vários exames para fazer, e Regina insistiu em acompanhá-lo. Na verdade, esse era um dos principais motivos de ela ter voltado para Storybrooke.

Depois de tudo feito, almoçaram no Granny’s, Regina matando a saudade dos velhos tempos. Assim que ficaram satisfeitos, foram fazer umas compras e já se passavam das 16h quando retornaram a fazenda.

Regina subiu até seu quarto, tomando um banho relaxante e ligando para Tinker, para lhe contar tudo. A loirinha sorriu e gritou no telefone, fazendo Regina revirar os olhos. Logo que desligou o telefone, ele tocou e ela sorriu ao ver quem era.

— Olá. – atendeu.

— Oi, linda. – Robin disse, alegre. – Como você esta?

— Estou bem e você?

— Estou com saudades e louco para te ver amanha. – ele respondeu.

— Estou ansiosa para amanha. – a voz dela tremeu um pouco. – Será que ele vai gostar de mim, Robin?

— Eu acho que ele vai te adorar, Regina. – disse, percebendo que ela estava apreensiva em relação a Roland. – Assim como o pai dele adora.

— Mm, eu não adoro o pai dele tanto assim. – fez uma voz séria. – Eu amo!

Robin gargalhou do outro lado, fazendo ela rir também. Depois de alguns minutos conversando, Robin se despediu e eles desligaram. Regina suspirou, ansiosa para o dia seguinte.

***

Roland correu até o pai, numa mão segurando um dinossauro de brinquedo e na outra um carrinho.

— Papa, será que ela vai querer brincar comigo? – perguntou, depois que o pai colocou os dois brinquedos dentro de uma bolsa azul.

— Nós dois vamos brincar com você, filho. – Robin respondeu ao menino, que sorriu para ele, um sorriso banguela.

— Mas eu quero brincar com a moça, papa, com você eu já brinco sempre!

— Ah, você vai me trocar? – Robin perguntou, se aproximando de Roland, pronto para um ataque de cócegas.

— Não, bobão! – o garotinho respondeu, segurando as mãos do pai. – Mas eu tenho que conquistar sua namorada, papa.

— Filho, ela ainda não é minha namorada.

— Mas vai ser! – o garoto exclamou e Robin riu. Ele havia conversado com Roland no dia anterior e explicado que iam sair com uma amiga.

Alguns minutos depois, a campainha tocou, anunciando que Regina havia chegado. A ideia de Robin era levá-los a um piquenique na praça da cidade e Roland aceitou, animado. O garotinho pulou quando ouviu a campainha, pedindo colo pro pai. Robin o pegou e seguiu até a porta, com Bananie na cola deles.

— Hey! – Regina disse, tímida, ao ver os dois, assim que Robin abriu a porta. A cachorra, que já conhecia Regina, pulou nas pernas dela, e a morena fez um leve carinho na cabecinha do bichinho, voltando o olhar para pai e filho na frente dela.

— Oi! – Robin respondeu, e Roland se agarrou ao seu pescoço, numa timidez típica de criança.

— Você deve ser o Roland. – Regina começou, chamando a atenção da criança. – Eu sou a Regina. Tudo bem?

— Você é a namorada do papai? – o garoto perguntou.

— Ele ainda não me pediu em namoro. – ela revirou os olhos, fazendo uma careta pra Robin, brincando. O garotinho riu.

— Papa é atrasado. – desceu pro chão, pegando a mão da morena. – Você gosta de brincar de dino?

— Você tem um dino? – ela exclamou, e o garotinho afirmou feliz com a cabeça. – Não acredito!! Me mostra ele? – pediu.

— Aham! – a puxou pela mão até a sala, abrindo a bolsa azul e pegando o dino lá de dentro, indo até Regina e lhe entregando o animal de brinquedo.

— Ele é lindo, Roland! – ela falou, e logo o garotinho engatou uma conversa animada, explicando sobre o animal e que queria fazer a coleção dos brinquedos.

Robin sorriu vendo a cena, aliviado pelos dois terem se acertado de primeira. Regina o olhou, os olhos brilhando de felicidade, e ele jogou um beijo no ar para ela, indo até a cozinha, para pegar a cesta. Depois voltou e os chamou, Regina ajudou Roland a arrumar o dinossauro dentro da bolsa, e Robin pegou a cachorra, que com o rabo abanando, seguiu em direção ao carro junto com eles.

Quando chegaram a praça, arrumaram uma toalha, perto do lago. Sentaram-se ali e Roland fez questão de Regina brincar com ele, ela não negou, adorando o garotinho. Quando o garoto estava concentrado em algum brinquedo, Robin roubava um beijo de Regina, fazendo a morena corar.

Passaram um pedaço da manha bem tranquilo, e depois de almoçarem, deitaram-se sobre a toalha, Regina e Robin na ponta e Roland no meio, com Bananie deitada aos seus pés, e olharam as nuvens, brincando de adivinhar quais os formatos. Depois, recolhendo as coisas, Roland pediu para ir andar de balanço e enquanto o garoto se divertia nos brinquedos, Robin levou Regina até um banco, e ficaram observando o menino de lá. Ás vezes trocavam beijos, ás vezes brincavam com a mão um do outro.

— Ele é incrível, Robin! Um menininho de ouro. – ela comentou.

— Ele é meu tesouro. – ele respondeu, olhando pro filho.

— Será que ele gostou de mim? – perguntou, mordendo os lábios, num ato nervoso.

— Acho que ele amou você, Regina. – Robin procurou os olhos dela. – Sabe o quanto é difícil ele dividir aquele dinossauro?

— Fico feliz em ouvir isso. – ela sorriu, roubando um beijo dele.

— É impossível não amar você. – Robin falou, plantando um beijo na testa dela, enquanto os dois voltavam a observar Roland no balanço, dessa vez sendo monitorado também pela mascote da família.

***

Na quarta feira, Regina andava de lá pra cá no quarto, nervosa.

— Você acha que ele vai gostar, Ella? – perguntou pra mulher, que estava parada na frente dela.

— Regina, filha, você está maravilhosa! Esse homem vai babar em você, fica tranquila.

A morena sorriu, parando na frente do espelho e alisando o vestido vermelho que usava. Estava deslumbrante. Ella pegou uma echarpe e colocou sobre os ombros da mais nova. O cabelo estava preso num coque, com alguns fios soltos.

Depois de pronta, seguiu até o carro e dirigiu até a casa de Robin. O frio na barriga não a deixou em paz o caminho todo. Quando tocou a campainha, Robin abriu a porta e ela teve que se lembrar de respirar depois de vê-lo. Ele usava uma calça jeans e uma camisa branca, com os primeiros botões abertos. Ele puxou Regina para dentro, dando-lhe um beijo.

— Oi. – disse, contra a boca dela. – Você está linda demais! – elogiou, e ela corou.

— Obrigada!

— Vem. – a pegou pela mão, indo até a mesa na sala de jantar, que estava iluminada com luz de velas e muito bem arrumada.

— Você fez tudo isso? – perguntou, enquanto ele lhe abraçava por trás.

— Pra você. – sorriu contra o pescoço dela.

— Estou lisonjeada. – ela voltou-se para ele, sorrindo, mas o sorriso desapareceu quando viu ele lhe olhando com a testa franzida. – O que houve?

— Você não esta com frio? – ele perguntou. – Deuses, Regina! Você pode acabar pegando uma gripe ou algo assim.

— Não seja bobo, eu estou bem. – o acalmou.

— Desculpe, é que eu fico preocupado. - sorriu, envergonhado.

— Imagina. – pegou o rosto dele entre as mãos e o beijou. – Obrigado por se preocupar comigo.

Robin sorriu e a levou até a mesa, puxando a cadeira para ela sentar. Depois, serviu o jantar e eles comeram num clima leve. Robin fez Regina contente ao contar que Roland não parava de falar dela na noite anterior.

Conforme a noite avançava, eles passaram da mesa pro sofá, do sofá para a cama. Mais uma vez se amaram, de todas as maneiras possíveis. Estavam começando a se acostumar com isso. Não sabiam se queriam se separar novamente.

***

A chuva teve o prazer de se juntar ao frio na sexta, atrapalhando os planos do casal em dar uma volta na cidade. Assim, Robin conseguiu alguns filmes, e enrolados um no outro no sofá com um cobertor, eles assistiam a uma maratona de seus filmes prediletos. Era possível ouvir o ronco de Bananie, deitada no outro sofá, debaixo das almofadas.

Regina por vezes desviava o olhar do filme, para poder prestar atenção no amado. Quando Robin a pegava o olhando, roubava um beijo, que acabava em mais um e mais um. Tinham que voltar o filme de novo, por perder as partes.

Porém, um pensamento fez Regina ficar tensa, e como Robin conhecia a mulher em seus braços, ele percebeu a mudança.

— O que houve? – perguntou, chamando a atenção dela.

— Eu amo você. – Regina respondeu e ele sorriu, roubando um selinho dela.

— Disso eu sei, bobinha. – ele brincou.

— Robin, eu moro em Nova Iorque. Estou voltando pra lá em dois dias. – ela disse, se sentando no sofá e ele fez o mesmo.

— Disso eu sei também. – ele falou, mas não estava brincando dessa vez.

— Como vamos fazer dar certo? – perguntou.

— Eu não sei, mas nós vamos fazer isso funcionar.

— Eu não quero deixar você, mas minha vida está lá, Robin. E a sua está aqui. – aquele aperto tão conhecido cresceu no peito de Regina.

— Ei, calma. – ele pegou o rosto dela entre as mãos, a fazendo olhar para ele. – Eu amo você, Regina. E eu vou fazer de tudo para nossa relação dar certo. Eu não vou deixar você ir de novo. – respirou fundo. – Namora comigo.

— O que? – ela perguntou, já derramando algumas lágrimas.

— Quero que você seja minha namorada. – ele repetiu. – Namora comigo? – Regina encarou aqueles oceanos azuis, e se sentiu sortuda por poder ter ele de volta depois de tantos anos.

— Sim. – respondeu e o beijou. Robin a trouxe mais para ele, o filme que passava na TV há muito esquecido.

Teriam dificuldades. Muitas. Mas nada impediria os dois novamente.

***

5 MESES DEPOIS

O verão havia chegado e isso irritava Regina. Na verdade não só o verão a irritava, como também o fato de fazer três semanas que não conseguia ver Robin. Os dois estavam se desdobrando, nos finais de semana que Roland não ficava com Robin, o loiro ia para Nova Iorque, quando o garotinho ficava com o pai, Regina ia para Storybrooke.

Porém, há três finais de semanas compromissos impediam os dois de se verem, e por isso eles ficavam apenas com ligações. Regina também sentia falta do filho do loiro, que se apegou muito a ela nos últimos meses.

Suspirando, ela forçou a mente a voltar a prestar atenção no trabalho. Não foi muito longe, porém, quando Tinker entrou, feito uma bala, no escritório de Regina.

— Tive uma ideia! – gritou, feliz.

— Percebi, mas não precisa gritar. Pode falar, que nem gente.

— Você tá um saco mesmo, hein, Regina! – a loirinha reclamou. – Robin tá fazendo falta mesmo.

— Fala de uma vez, Tinker!

— Bom, mesmo você sendo uma grossa, eu andei pensando sobre você e o Robin. – a loirinha começou, parando de repente.

— E? – Regina perguntou.

— E... Como iríamos abrir uma filial do escritório em L.A, lembra? Enfim, como iríamos abrir lá, nós podíamos muito bem abrir uma filial em Storybrooke, em vez de L.A. – Regina ia a interromper, mas Tinker levantou o dedo, impedindo-a. – Olha, eu andei pesquisando, e como você mesma disse, a cidade cresceu bastante em todos esses anos. O fato é que: as pessoas precisam de um advogado, e o nosso escritório é perfeito pra eles, Regina. Assim, você abre a filial lá, e eu fico na filial daqui. Continuamos sócias, a diferença vai ser que você vai estar feliz e de bom humor. – sorriu, se sentindo orgulhosa pelo discurso.

Regina ficou muda, deixando-se pensar na ideia. Não era tão ruim assim, afinal.

— Você acha que vai dar certo? – perguntou.

— Acho que vai dar mais do que certo, Regina. – piscou.

***

3 MESES DEPOIS

Henry puxava o cavalo com cuidado enquanto Roland se divertia em cima do bichinho. Bananie corria solta, atrás dos patos no pátio. O senhor Henry e o garoto haviam desenvolvido uma relação muito amigável, e Roland alegrava as tardes que passava junto a Henry.

Robin e Regina observavam a interação dos dois da varanda do casarão, Robin abraçando Regina por trás, enquanto a mesma brincava com as mãos dele.

— Você adora isso, não é? – Robin perguntou, e ela riu.

— Isso o que? – se fez de desentendida.

— Brincar com as nossas mãos. – falou.

— Ah, é meu passatempo preferido. – Regina confirmou, fazendo o rir.

— Eles se divertem muito juntos. – falou o loiro, voltando a olhar para Henry e Roland.

— Roland faz bem a ele. Na verdade, a todos nós. – ela também observava o pai e o enteado.

— Obrigada, Regina. – Robin falou, ao pé do ouvido dela.

— Pelo que?

— Por me fazer tão feliz... – ele disse e ela sentiu os olhos marejarem.

— Você que me faz feliz. – respondeu, levando a mão dele até os lábios.

Os minutos se passaram, e Regina chamou a atenção de Robin novamente.

— Eu tenho que te contar uma coisa. – ela falou, baixinho.

— O que você andou aprontando, dona Regina? – ele perguntou, serrando os olhos, mesmo sem ela poder ver.

— Bem, na verdade, nós andamos aprontando... – deixou a frase morrer no ar, parando de brincar com as mãos de Robin e as direcionando até sua barriga. – Estou grávida.

— V-você... Ai, meu Deus! – Robin exclamou, virando-a para ele e olhando naqueles olhos castanhos que tanto amava. – Regina, meu Deus! – beijou-a e depois a abraçou, rodopiando com ela nos braços, fazendo-a gargalhar.

Regina fez uma nota mental de agradecer Zelena depois, por ter marcado aquele abençoado jantar de reencontro de turma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, queria agradecer a cada pessoa que leu a fanfic, comentou, favoritou. Foi maravilhoso escrever ela.
Espero que tenham gostado desse final, e até uma próxima.
Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Decisions" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.