Bad Decisions escrita por Nonni


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
A ideia era pra ser uma one, mas ficou muito grande e eu achei melhor dividir.
boa leitura!



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O inverno era uma estação odiada por muitas pessoas. Para muitos, era uma estação feia, triste. No inverno, ninguém podia ir á praia ou andar com roupas leves. O simples fato da pontinha do seu nariz congelar e seus dedos ficarem gelados era outro ponto negativo dessa estação. Mas Regina a amava.

Amava poder chegar em casa do trabalho e tomar um banho quente, colocar uma calça de moletom e um blusão de lã fina, sem usar sutiã por baixo. Preparar uma gostosa xícara de café e se deliciar, enquanto lia um de seus livros favoritos.  Os óculos escorregando pra ponta do nariz, enquanto ela franzia as sobrancelhas a cada cena que lia.

Era assim que ela queria estar naquela noite de quarta feira. Porém, havia muito trabalho para fazer, o que a impossibilitou de se deixar levar nas linhas da imaginação. Suspirando, pegou sua xícara quente entre as mãos e bebeu um gole do líquido marrom. Dias frios a lembravam dele. Das longas tardes que passavam assistindo filmes e séries, se divertindo juntos.

Talvez esse fosse o maior motivo dela gostar tanto do inverno. Porque, se fechasse os olhos, podia voltar aos dias que passava ao lado dele. Podia sentir a sensação de estar abraçada a ele, sentindo seus dedos fazerem uma caricia delicada em seus cabelos.

Como ela havia sido burra! Agora, depois de tantos anos, as conseqüências de sua escolha batiam em sua porta, nunca lhe deixando esquecer.

Balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos que a deixavam triste. Tinha muito trabalho a fazer, e com isso em mente, acessou seus e-mails. Tudo normal, até que seus olhos caem em um nome incomum.

ZelenaMcGreen                                Reencontro da melhor turma ever!

— Só pode ser brincadeira. – exclamou, rindo do título do e-mail. Sentia muita falta de Zelena, até de sua amizade com ela abrira mão. Curiosa, acessou o e-mail.

Olá, queridos amigos.

Depois de conversar com alguns de vocês, acabei percebendo que já fazem exatos 20 anos desde a nossa formatura. Com isso em mente, pensei: Por que não organizar um reencontro?

Faz muito tempo que não vejo muitos de vocês, mas com uma ajudinha consegui o contato de todos. Portanto, convido-os para um jantar, na minha casa, aqui em nossa cidade de Storybrooke, no dia 16 de janeiro, ás 20h.

Será muito legal ter a presença de todos.

Estou louca para reencontrá-los.

Com amor, ZelenaMcGreen.  

Sorriu, Zelena era louca. E tinha um coração enorme. Mas não tinha chance dela ir aquele jantar. Ainda mais sabendo que ele estaria lá também.

Suspirou de novo, fechando o e-mail e o notebook. Levou sua xícara até a pia e seguiu para o quarto, precisava dormir. Mas quem disse que ela conseguiria?

****

Tinker entrou na sala de sua sócia, encontrando-a brava com alguma coisa. Era sempre assim, ela estava sempre nervosa de uns dias para cá.

— Regina, será que da para se acalmar? O que você esta procurando? – perguntou a loirinha, sentando-se na cadeira que ficava na frente da mesa de Regina.

— Um contrato que eu preciso assinar antes de ir viajar, Tink, e não estou achando o maldito! Que raiva! – bufou, sentando-se derrotada na cadeira.

— Tem certeza que é só isso? – Tinker a olhou, semicerrando os olhos.

— Claro, por que mais seria?

— Talvez pelo reencontro com alguém que o nome começa com R e termina com N? - sugeriu, olhando para as unhas, disfarçadamente.

— Que? Você caiu e bateu a cabeça? – perguntou, irritada - Preciso ir viajar hoje de tarde, ainda tenho um monte de coisas para resolver, vou para Storybrooke principalmente por causa do meu pai e você me vem com isso de R mais N, Tinker? Sério?

— Você mal consegue dizer o nome dele, Regina, qual é!

— Não quero dizer o nome dele, é diferente. – levantou-se, mexendo nos papéis em cima de sua mesa. Sorriu quando achou o que estava procurando. - Você queria alguma coisa? – olhou para a amiga.

— Sim. Eu vim lhe desejar uma boa viagem. – foi até Regina. – Que todos os santos te iluminem e façam você tomar o caminho certo dessa vez.  Aquele caminho que devia ter tomado há 20 anos. – falou e abraçou a amiga.

Tinker e Regina se conheciam desde a faculdade, colegas de curso, decidiram abrir seu próprio negócio depois de formadas. O escritório de advocacia começou devagar, mas logo cresceu, tendo duas grandes advogadas como donas. Nesses anos todos, Tinker fora a melhor amiga de Regina, sendo o ombro no qual Regina chorava quando as coisas davam errado.

Regina abraçou a amiga mais forte e fechou os olhos, pedindo que todos os santos lhe dessem força, porque aquela viagem não seria fácil.

Passavam-se das 14h quando Regina colocou a mala dentro do porta malas, entrando no carro. A viajem seria longa e ela não via a hora de chegar na casa de seu pai, estava morrendo de saudades dele. Seu maior companheiro, a apoiava em qualquer decisão que tomava, mesmo quando achava que era a errada. Regina nunca admirou alguém como admirava Henry Mills, seu pai.

***

Regina e seu pai sempre foram unidos, mas essa união aumentou quando Cora, a mãe de Regina, os abandonou, fugindo com outro homem. Cora nunca fora muito afetiva com a filha, mas Regina aprendeu a se acostumar com isso. Porém, para Henry, o abandono de Cora fora devastador, o levando para dias muito sombrios. Regina sofreu com o que Cora fez, mas o que lhe doeu mais foi ver seu pai naquele estado. Com o passar dos meses, o senhor foi superando. Ele ainda tinha uma filha por quem lutar. Regina sempre fora a luz em sua vida, trouxe uma felicidade enorme com ela quando nasceu. Por isso, doeu muito vê-la partir para a faculdade, tão quebrada.

Quando Henry viu o carro de sua filha estacionando do lado de fora do casarão, correu porta a fora, não se importando com o frio. A mulher, assim que estacionou o carro, desembarcou e correu para os braços do pai. Abraçaram-se apertado, a saudade era enorme.

— Querida, estou tão feliz que veio. – o senhor falou, beijando a bochecha da filha.

— Ah, papai, eu não aguentava mais de saudades do senhor. – sorriu. – Mas você não devia estar aqui fora. – repreendeu. Henry havia andando muito doente nas ultimas semanas, tendo uma boa melhora quando soube que a filha iria vir vê-lo. Regina pegou sua mala e seguiu com o senhor para dentro de casa.

Assim que entraram, ela sentiu a temperatura maravilhosa do lugar. O cheirinho de chocolate quente vindo da cozinha fez seu estomago roncar. A casa ainda continuava a mesma. Ela tirou o casaco e deixou-o em cima da mala.

— Não me diga que fez aquele seu chocolate quente? – levantou uma sobrancelha, abrindo um sorriso de orelha a orelha. – PAPAI! – abraçou-o apertado. 

— Claro que eu fiz, querida. Venha, vou pedir para Ella por sua mala no seu quarto. – seguiram até a cozinha, e quando Regina avistou a empregada correu para abraçá-la. Ella participara de muitas coisas na vida de Regina e era muito querida pela mesma. Depois de trocarem um forte abraço, Ella seguiu até a sala para pegar a mala de Regina, e Henry serviu uma xícara de chocolate quente para cada um.

— Como o senhor está, papai? Queria ter vindo antes, mas não consegui. – perguntou Regina.

— Estou bem, querida. Não há com que se preocupar. – ele respondeu, sorridente, pegando a mão da filha. – Mas e você? Não se sente muito sozinha naquele apartamento em Nova Iorque? Não acha que devia voltar para cá?

— Ah, papai, eu sempre me preocupo com o senhor. – pegou a mão dele e depositou um beijo. – E não, não me sinto sozinha. Estou muito bem, na verdade. Me divorciar de Daniel foi a melhor decisão que tomei em anos. – sorriu para o pai.

— Eu sempre soube que ele não era para você, esperava que um dia você enxergasse isso também. E que não fosse tarde demais para você ir atrás do verdadeiro amor da sua vida.

— Ah, não, papai. Nem pensar em tocar nesse assunto. – ela reclamou, revirando os olhos.

— Filha, ele... – Henry tentou falar, mas foi interrompido pela filha.

— Papai, ele, nada! Provavelmente ele vai estar no jantar amanha e já vai ser muito difícil vê-lo, não quero ter que falar nele hoje também. Tudo isso é passado. O senhor sabe disso. – falou tudo de uma vez, com um pouco de frieza. Odiava o fato das pessoas sempre voltarem ao mesmo assunto desde que ela se separara de Daniel.

— Tudo bem, filha. Vamos deixar as coisas acontecerem na hora certa. – o senhor piscou pra ela.

Regina aproveitou a entrada de Ella na cozinha e mudou de assunto, mas se tinha uma coisa que o Senhor Henry sabia, era que a filha nunca esquecera aquele menino de olhos azuis que fizera parte da vida dela há muitos anos.

***

No dia seguinte, Regina levantou cedo e desceu para tomar café com o pai. Depois disso, o dia seguiu num clima descontraído, e Regina aproveitou para renovar todas as energias. Passar um tempo com seu pai era maravilhoso, e fazia muito tempo que ela não se sentia tão leve. Sempre foi assim com seu pai, ele era a coisa mais preciosa que ela tinha, e ela se arrependia muito de não ter tempo para vê-lo.

Quando enfim o dia começou a ir embora, os nervos de Regina estavam a flor da pele. Mas por que ela se sentia tão nervosa assim? Não teria nada demais naquele jantar, afinal. Seriam apenas seus colegas de escola. Era só ir lá, ficar um pouquinho, dar a impressão de que havia passado esses 20 anos muito bem e voltar para a fazenda.

Só que, mesmo com todas essas afirmações, Regina não conseguia se acalmar. Sendo assim, nervosa ou não, ela faria aquilo. Arrumou-se e despediu-se do pai, seguindo para a casa de Zelena.

Enquanto dirigia, adentrando cada vez mais a cidade, Regina lembrava-se de seus tempos de menina. Ela adorava todos os lugares ali e cada memória era especial.  Storybrooke podia lhe trazer recordações dolorosas, mas havia também aquelas recordações que enchiam seu coração de amor.

Não demorou a achar a rua de Zelena, muito menos a achar a casa, já que haviam muitos carros estacionados por ali. Ela estacionou e depois de respirar fundo desceu do carro. Era só ser simpática e falar de sua grande vida profissional.

Eu consigo. Eu consigo. Eu consigo. Repetia ela, num mantra, enquanto seguia até a casa.

Com o coração acelerado, não tão preparada para o que iria encontrar ali dentro, ela bateu na porta. Quando ouviu passos se aproximando, colocou um sorriso no rosto.

Então a porta abriu e seu sorriso sumiu.

Ela não estava preparada para aquilo.

— Robin?


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que tenham gostado, não deixem de me dizer o que acharam.
Não vou demorar a postar o próximo.
Beijão!



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