(PDV 3° pessoa)

O som das lagrimas encheram o ar enquanto eles carregam o caixão negro para dentro das catacumbas.

Não muitas pessoas atenderam ao funeral. Dentre as poucas pessoas vestidas de negro, uma menina de uns dezesseis anos com longos cabelos loiros conforta uma criança de cabelos pretos, que chora copiosamente, uma garotinha de dez anos de idade.

Dentro do caixão, Azrail Scythe, um jovem de quinze anos está para ser sepultado nas catacumbas do cemitério de sua cidade.
Blackwood, a cidade única na Inglaterra, em Cape Wrath, no extremo norte da Inglaterra na beira do mar.

Devido ao seu isolamento depois de alguns problemas com a cidade, e certas ocasiões, a cidade é comandada por cinco famílias principais, com pouca interferência com o exterior.

Não somente isso, esta cidade também possui um massivo sistema de esgoto, toda construída no estilo vitoriano.

E talvez uma das coisas mais impressionantes seja as catacumbas. No cemitério desta cidade existe um enorme sistema de túneis bondes os corpos dos últimos setecentos anos estão sepultados, e até hoje é onde eles são sepultados.

E é por isso que este garoto esta sendo levado para dentro das catacumbas, seu local de descanso.

Porém, ele não morreu pacificamente, deixando um pai, irmão mais velho e irmã mais nova para trás.

Esfaqueado, o jovem morreu prematuramente. Do lado de fora do cemitério, em uma limusine preta e discreta, um jovem loiro observa o sepultamento do corpo. Enquanto as pessoas se dispersam, voltando para suas casas, ele fecha a limusine e manda o chofer dirigir.

Enquanto ele volta para casa, ele sente um misto de medo, raiva e prazer borbulhando dentro dele.

O sorriso sinistro estraga as feições bonitas e os olhos azuis brilham com maldade. Este é o assassino que esfaqueou Azrail, o filho mais velho da família Blackwood, os donos da cidade, Brad Blackwood.

E assim os dias se passam. Nenhuma justiça foi feita pelo o que aconteceu a Azrail. Nenhuma investigação foi realizada por causa da pressão dos Blackwood na polícia.

E assim, a cidade volta ao seu silêncio costumeiro. Até que, dois meses depois, não muito depois da noite de ano novo, um caixão negro se move, no centro de uma das câmaras mais profunda das catacumbas.

O caixão, antes perto das câmaras superiores, esta posicionado no centro. Depois de alguns segundos, o som de algo duro atingindo a madeira ecoa no escuro.

O som vem de dentro do caixão. Novamente, o som ecoa, mais alto e forte desta vez.

De repente, um braço explode para fora da tampa, jogando fragmentos de madeira para todo lado.

E o braço... é feito somente de ossos, com um não esquelética que agarra o ar vazio.