A Trouxa escrita por Bábi


Capítulo 3
O Ouriço


Notas iniciais do capítulo

Hey, People!

Esse capítulo demorou mais do que anterior pelo simples fato de que eu perdi o Pen Drive. Sim, isso acontecerá frequentemente porque eu sou muito distraída, então me perdoem!

Espero que gostem!



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Acordei no dia seguinte sem acreditar no que tinha acontecido. Como ficaria minha vida sem pertencer ao mundo bruxo? Tenho certeza que meu pai havia ficado tão arrasado quanto eu, principalmente em saber que a filha dele era um fracasso em todos os mundos.

Estava com todo o material exigido em meu desk, mas a varinha eu não havia encontrado. Outras lojas de varinhas existiam, mas se eu não encontrei no Sr. Olivaras, eu não encontraria em nenhum outro lugar. O expresso de Hogwarts sairia em dói dias da estação e eu ainda precisava decidir se eu iria ou não para a escola.

É a melhor instituição de ensino bruxo, mas se eu não tiver poderes, não adiantaria muito minha presença. Provavelmente os exames apresentados envolvam fazer feitiços e transformar coisas, como isso pode ser feito sem magia?

Resolvo, depois de alguns minutos pensando sobre Hogwarts, olhar meus livros escolares para saber o que esperar da escola. Coloco a mão para puxar um livro e sobre sua capa encontro um pequeno ouriço. Pensei que ele deveria ter entrado em minha mochila enquanto meu pai comprava os livros ou enquanto eu experimentava minha varinha.

Eu não fazia ideia de que o mundo bruxo possuía animais parecidos com o mundo sem mágica. Será que eles eram como os humanos? Possuíam  mágica e, por isso, faziam parte de outro mundo? Ou eles eram, simplesmente, os mesmos animais que eu encontraria pelas ruas do meu mundo?

Peguei o meu mais novo amigo pela mão e o acariciei. Ele parecia tão dócil, compreensivo e inteligente quanto um cachorro ou um gato do mundo sem mágicas. Seus espinhos não me incomodavam como imaginei que fariam, se acariciados em uma direção, eles parecem macios e suaves.

O pequeno animal parecia faminto por passar um dia inteiro dentro da minha mochila. Encontrei meu pai n cozinha, então, para me servir do café da manhã e dar algum alimento para meu novo animal de estimação. Procurei algum cereal no armário, coloquei em um potinho e deu ao meu novo amigo. O resultado não foi o melhor.

O ouriço pareceu furioso e saiu correndo da mesa de jantar, onde eu o havia colocado. Com uma velocidade incrível ele correu pela sala de estar, roeu móveis de madeira, como a estante, e furou móveis de pano, como o sofá. O pequeno ouriço causou mais danos à minha sala em um minuto, do que eu causei à minha casa a vida toda.

Meu pai não parecia feliz com o animalzinho, ele estava destruindo tudo! O ouriço agarrou a cortina, a escalou e começou a roer, de cima a baixo, e conseguiu concluir o trabalho em menos de dois minutos. O tapete também não ficou de fora, vários buracos foram acrescentados a estética do mesmo. A estante posicionada na sala ficou intacta, mas os livros guardados nela foram destruídos como um passe de mágicas, as folhas voavam por todo lugar no cômodo e seus pedaços se misturavam , pelo chão, com o enchimento das almofadas.

 Enquanto meu pai tentava captura-lo, sem êxito, eu busquei respostas em meus livros de Hogwarts porque, com certeza, aquele ouriço não era um animal não mágico. Comecei com os livros que intitulavam animais na capa, pesquisava com rapidez para conseguirmos capturar o ouriço o mais rápido possível. Passava os olhos pelas páginas dos livros, procurando alguma indicação de ouriços, mas nada encontrava. Até que encontrei a gravura de um parecido, seu nome era Knarl.

Em Animais Fantásticos e Onde Habitam, Newt os define como dóceis, mas dar comida para o Knarl, ele imagina estar sendo levado para uma armadilha e reagirá de uma forma não tão amigável. O melhor a se fazer, nesse momento, seria nos retirar do lugar, provavelmente. Por isso, desci as escadas correndo para avisar meu pai do que deveríamos fazer e, assim, nos recolhemos para nossos quartos torcendo para o ouriço se acalmar antes de minha mãe chegar em casa.

O barulho no primeiro andar da casa era alto o suficiente para os vizinhos ouvirem. Ele roia os móveis como se dependesse disso para viver! Quando li no livro que ele poderia causar estragos, não imaginava que era tanto destroço em tão pouco tempo, principalmente por ser um animalzinho tão pequeno e aparentemente frágil.

Após meia hora tudo estava completamente quieto na sala, já não ouvíamos um ruído sequer. Pensei, naquele momento, que o pequeno animalzinho havia partido. Ao descer as escadas o encontrei dormindo sobre o sofá. Varri a sala e disfarcei tudo o que pude dos estragos nos móveis, por sorte minha mãe não perceberia, peguei o pequeno porco espinho, a tigela de cereal e os levei ao meu quarto.

Enquanto depositava o Knarl em um travesseiro ao lado do meu, sobre a minha cama, deixava o alimento para o ouriço ao pé da minha cama, assim ele se sentiria confortável em fazer suas refeições e, ao lado, um pote com água. No dia seguinte, pensava, iria convencer meu pai a ficar com o animal. Provavelmente ele seria a única coisa que eu levaria do mundo bruxo, além dos meus cadernos e roupas desnecessárias.

Não iria a Hogwarts, havia decidido. Ficaria no mundo não mágico com meus pais, tentaria encontrar uma escola que me aceitasse e cuidaria do meu mais novo animalzinho. Não precisava de mágica para tentar me dar bem, tentar mudar meu futuro e conseguir alguma realização.

O pequeno Knarl dormia ao meu lado, como se nenhum estrago tivesse sido feito ao longo da manhã. Pulei o almoço e, provavelmente também pularia a janta. Estava com medo do que meus pais achariam do ouriço, mas o manteria comigo sempre. Eu estava apaixonada por aquele animalzinho como nunca estive por qualquer outro pet que já tive.

Decidi nomeá-lo de Fred, me pareceu um nome justo ao pequeno menininho travesso. Fred, o ouriço, me pareceu adequadamente sonoro e um tanto raro. Eu teria que cuidar bem para que ele não se sentisse ameaçado novamente porque minha casa não aguentaria um furacão como o que aconteceu hoje. Os estragos foram demasiadamente grandes.

Terminei de ler alguns livros e, dessa vez, sem apenas passar os olhos pela página. Iniciei uma aventura pelos livros didáticos da lista de materiais para a escola de magia e bruxaria. O estudo de animais era tão fantástico e tão amplo que eu nunca poderia imaginar algo parecido.

Ao terminar meu primeiro livro, tive vontade de ler os outros. Era uma informação mais peculiar do que a outra. O mundo bruxo era cheio de oportunidades e esperanças. A história da magia era tão viva e cheia de realizações!

Olhei para o meu ticket para o Expresso Hogwarts e imaginei como seria maravilhoso estudar em uma escola e aprender mais do que tudo o que eu conseguia ler nos livros. Para mim, a escola seria um grande castelo, cheio de torres onde ficariam os dormitórios, uma vista magnífica de uma floresta e, ao longe, conseguir ver a civilização sem magia.

Eu não iria para Hogwarts, estava decidida. Por mais que eu quisesse, eu não era dotada de magia, me sentiria completamente deslocada e seria um fracasso em todas as aulas. Não poderia ser expulsa de mais uma escola, me tornar mais um problema para meus pais. Eu não usaria aquele trem e não voltaria ao mundo bruxo, talvez apenas para devolver meus livros e cancelar o empréstimo no Gringotts


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Notas finais do capítulo

Esse foi o capítulo de hoje. Comentem o que vocês acharam e o que precisa ser melhorado, tá?! Espero vocês nos Reviews, então!

Momento reflexão:
No capítulo anterior eu escrevi que o Sr. Olivaras tinha morrido e, acontece, que ele morreu entre o dia 27 e 28, aparentemente. Me senti muito mal a respeito da perda de John Hurt, nosso eterno Olivaras. Não é a primeira vez que escrevo uma morte e ela aconteça, não que eu acredite que tenha algo relacionado, são coincidências que aconteceram ao decorrer do tempo em que escrevi.

Espero, realmente, que a família dele fique em paz e que todos lembrem do John como um excepcional ator. Mais de 200 filmes realizados dom muito sucesso e louvor do público.
Fica aqui meu agradecimento por ter feito parte da minha vida, mesmo não sendo muito.

Espero que tenham curtido.
Xoxo, Bábi



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