Moving escrita por SakuraCherrypie


Capítulo 2
Inquilinos


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que estou muito atrasada. Mas, espero que vocês me perdoem e curtam esse capítulo quentinho que acaba de ser terminado.



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No dia seguinte, Ino e eu estamos em seu carro a caminho da sede imobiliária onde alugarei definitivamente o meu novo lar.

− Não acredito que você conseguiu um lugar tão bom e rápido. Aquele site é demais! Nem precisa me agradecer por abrir essa porta para você... – fala se gabando e olhando de canto de olho para mim.

− Eu já te agradeci várias vezes, Ino. Mas, foi realmente um grande feito. – Sorrio animada. – É aqui! Apenas vire a direita e estacione o carro. Chegamos! ­ − Falo ao observar o endereço pelo GPS. Ino segue minhas instruções e enfim, descemos do carro.

                O prédio é enorme e muito bem organizado. Nós pedimos por informações na recepção e seguimos para o elevador até o terceiro andar, seguindo o que a recepcionista havia nos instruído. Chegamos a uma sala imensa com dezenas de mesas e algumas pessoas já em atendimento. Essa deve ser uma imobiliária bastante popular e com muitos clientes.

− Olha! Há uma mesa vaga ali, vamos falar com o atendente, Sakura.

− Verdade!

 Enquanto caminhamos nessa direção, um homem passa por nós com seus passos largos e firmes e chega lá antes. Ino e eu nos encaramos perplexas e pronunciamos ao mesmo tempo:

− Mas que homem lindo é esse? – Ino fala maravilhada.

− Mas que mal educado! – Eu digo.

− Tá... tudo bem! Mas, ele é perfeito!

− Ah, Ino!... Há outro atendente disponível ali, Vamos! – A puxo para me acompanhar.

                Ao chegarmos e nos sentarmos o atendente nos cumprimenta e me pergunta se eu procuro alugar algum imóvel com o procedimento desde o início ou se eu já havia escolhido e pré-alugado o imóvel pela internet. Ao respondê-lo com a segunda opção ele me pergunta se eu tenho em mãos o primeiro contrato disponibilizado pela internet e o comprovante de pagamento.

− Ah, aqui estão! – Respondo enquanto o entrego os documentos.

− Está tudo certo, senhorita. Agora só preciso que assine aqui, e eu lhe entregarei as suas chaves.

...

                Agora, o apartamento está finalmente alugado e posso voltar para casa e organizar tudo que for necessário para minha breve mudança e início das aulas.

− Que bom que deu tudo certo, Sakura. – Ino comenta enquanto estamos novamente no térreo da companhia imobiliária a caminho do estacionamento.

− Realmente! O bairro onde irei morar é bem conceituado e deve ser lindo pessoalmente. Por falar nisso, precisamos ir visitar o apartamento antes de voltarmos para casa.

− Claro!

                Seguimos nosso caminho até o meu mais novo endereço, mas não sem antes darmos uma parada no caminho para comermos algo e entrarmos numa loja de móveis para fazer uma breve pesquisa de preços e modelos para meu apartamento.

                Quando enfim chegamos ao endereço do prédio onde irei morar, ainda no estacionamento, observo um carro seguindo para a saída. É impressão minha ou esse cara é o mesmo que encontramos na sede imobiliária?! Talvez, ele também tenha alugado um apartamento aqui. Ah, mas isso não importa!

...

− O apartamento é lindo, Sakura! Olha para essa vista... Own, eu queria tanto vir morar com você aqui! Era nosso sonho dividir um apartamento enquanto estivéssemos na universidade. – Choraminga ela no meu ombro.

− Eu também queria muito, Ino. Mas, seus pais foram bastante claros quanto a isso. Agora, precisamos ir, Já está muito tarde!

                Saímos do apartamento e eu o tranquei e encarei as chaves em minhas mãos. Mal posso esperar para iniciar essa nova fase da minha vida. Ainda não acredito que terminei o colegial, estudei feito louca e consegui ser aceita na universidade e finalmente irei seguir com minha vida. Sair de casa, morar sozinha e iniciar uma vida acadêmica são os primeiros passos para uma mudança geral na minha realidade e o início da minha fase adulta.

...

                Ino me deixou em casa e foi direto para a sua casa. Meus pais não estão em casa agora. Provavelmente, já saíram para o jantar de aniversário de casamento deles. Eles são ainda tão românticos. – Sorrio com o pensamento. Chego exausta e completamente feliz com os acontecimentos de hoje. Subo as escadas e guardo cuidadosamente o contrato de aluguel na gaveta da minha cômoda.

− Tudo está dando certo nessa nova etapa da minha vida, e esse é apenas o começo. – Sussurro para mim mesma.

                Não muito tempo depois, já estou pronta para dormir. Meus pais ainda não chegaram, mas também, o que eu queria?! Hoje é o dia deles, e apesar da minha ansiedade para conversar sobre as novidades, eu posso muito bem esperar até amanhã. Sem falar que já é muito tarde para uma conversa. Amanhã os contarei sobre o quanto gostei do lugar e o quão bom é onde ele se localiza.

*

*

*

UMA SEMANA ANTES DAS AULAS

− Sakura! Querida, você já terminou de embrulhar os seus pertences? O motorista que irá levá-la já deve estar chegando. – Grita a minha mãe do térreo.

− Já terminei sim, mãe! – grito em resposta. – Estou me arrumando para descer. Se ele chegar antes, o peça para esperar que não irei demorar.

− Certo!

                Alguns minutos depois, termino de me arrumar e pego minha bolsa para ir para a sala. O motorista já me espera há cerca de cinco minutos. Ele e meu pai estão me ajudando a colocar a bagagem no carro.

− Vão com cuidado! – Meu pai nos instrui.

− Com toda certeza, senhor! – O motorista o responde.

− Eu vou me cuidar, pai.

− Sei que irá.

− Coma direito e durma bem. Você precisa se manter saudável!... Não fique focada apenas nos estudos. Você tem que se cuidar também. E sempre que possível venha nos visitar, essa continuará sempre sendo sua casa. Qualquer problema ou se você precisar de algo, não hesite em nos procurar. – Fala minha mãe com lágrimas nos olhos.

− Eu sei, mamãe! Não precisa se preocupar comigo, ok? Eu vou comer e dormir direito e me manterei saudável e sempre entrarei em contato com vocês. – A abraço.

...

                Depois de quase uma hora de viagem, chegamos ao endereço. Quando desço do carro, informo o número do meu apartamento e aviso ao motorista que irei subir primeiro para abri-lo, aproveitando para levar comigo algumas bagagens mais leve. Enquanto isso, ele tira as bagagens do carro e se prepara para me encontrar no apartamento.

                Antes mesmo de sair do estacionamento, vejo o mesmo carro que vi de saída quando estava aqui com a Ino para conhecer pessoalmente o apartamento. E agora tenho certeza que é o mesmo homem que encontramos na agência naquele dia. Aparentemente, ele alugou algum apartamento por aqui também.

                Ignoro-o e sigo meu caminho, passo pela recepção e entro no elevador. Enquanto as portas se fechavam, me assusto com uma entrada repentina do homem que acabei de encontrar no estacionamento. Nos cumprimentamos rapidamente e já sem graça, eu entendo minha mão para pressionar o botão com um número “9” estampado, mas a recolho rapidamente ao notar que ele  fez o mesmo. Nos encaramos por breves segundos e ele faz um gesto para que eu pressionasse o botão, e eu o faço.

                Chegando ao nono andar, me desloco do meu lugar em direção à saída do elevador e me choco com o homem desconhecido. “Ai meu ombro”, é o que eu penso. E o observo esfregar seu braço enquanto me dá passagem.

                Agora, andando pelo corredor já conhecido, seguindo para meu apartamento. Noto que continuo a ouvir passos atrás de mim, o homem com quem dividi o elevador continua me seguindo. “Isso é estranho... será que ele é algum pervertido? Ah, qual é?! Já encontrei problemas no meu primeiro dia aqui?”. Apresso os passos e tento despistar o desconhecido.

                “Ah, finalmente cheguei ao meu apartamento! Vou entrar logo e me esconder desse mala.”

                Paro em frente ao meu apartamento, tiro as chaves da bolsa e tento abrir a porta. Mas, paro o movimento ao perceber que há outra mão estendida em direção à mesma fechadura. O encaro perplexa e o ouço dizer que esse é o apartamento dele e eu o rebato imediatamente. E assim se inicia uma discussão.

− Me desculpe moça. Mas, acho que você está equivocada. Esse é o meu apartamento! – Ele me responde da forma mais natural possível.

− Não! Você que deve estar equivocado. Eu aluguei esse apartamento há um mês e até vim visitá-lo no mesmo dia. – Me defendo. “Só me faltava essa!”

− Você é quem está se confundindo aqui. Eu tenho certeza que este aqui é o meu apartamento. Você pode ter alugado algum desses apartamentos ao lado e esqueceu o número e pensou que este seria o seu.

− Só se isso aconteceu com você, porque eu não estou enganada!

                Ele tentou colocar sua chave na porta, mas, eu tampei a fechadura com minha mão. E peguei meu celular para tentar desfazer esse mal entendido ligando para agência imobiliária. E ele aparentemente está fazendo o mesmo.

                Infelizmente, ninguém está me atendendo. Já estou ficando aflita, e logo agora... Meu primeiro dia, e falta apenas uma semana para as minhas aulas começarem. Não acredito que esse apartamento foi alugado para duas pessoas ao mesmo tempo. Isso não pode ser possível. Eles precisam resolver isso, e RÁPIDO!

                Enquanto estou aqui distraída pensando em como tentar resolver essa situação, o espertinho aqui do lado coloca sua chave na fechadura e destranca a porta. Eu o empurro e entro antes dele, mas, ele coloca uma de suas pernas em cima da minha mala de rodinhas na tentativa de me atrasar, mas eu a puxo sem pena, e ele retira a perna às pressas já prestes a cair. Sigo para o centro da sala e solto minha mala. O encaro e deixo bem claro que eu não irei sair.

− Eu não vou sair daqui. Esse lugar é meu! – Eu falo tentando me manter calma.

− Eu acho que não! Você não viu que foi a minha chave que abriu a porta? – ele me provoca.

− Olha aqui, esse é o meu apartamento e eu tenho como provar. Minhas chaves também abrem aquela porta. – aponto para a porta enquanto falo. – E eu tenho um documento assinado que comprova que aluguei esse apartamento. Eu não sei quem é você, mas, você terá que se retirar.

                De repente, ouvimos um barulho na porta e olhamos ao mesmo tempo na direção. Trata-se do motorista que subiu para deixar minhas bagagens.

− Aqui está alguns de seus pertences, senhorita Haruno. Há mais algumas malas lá em baixo, estou voltando para poder buscar.

− Espere, o senhor não precisa fazer isso. Pelo o contrário...

                Antes que esse folgado e mal educado pudesse terminar o que estava falando o motorista o interrompe.

− Ah, então o senhor é o namorado da senhorita Haruno? – Ele não nos dá a oportunidade de responder e prossegue. – O senhor não precisa se preocupar. Eu irei buscar a bagagem, isso é parte do meu trabalho. Mas, se quiser adiantar o processo, o senhor pode me ajudar a pegar alguns dos pertences da jovem senhorita e trazê-los para cá. Aliás, vocês formam um belo casal, se me permitem dizer.

− Não! – Respondemos ao mesmo tempo em alto e bom som. Nos entreolhamos e prosseguimos. – Não somos um casal!

− Ahn, bem... Desculpem-me! Parece que cometi um erro. Mas, de toda forma, irei buscar o restante da bagagem.

− Sim, pode fazer isso. Eu irei acompanhá-lo e pegarei o que restar dos meus pertences. – eu falo encarando o sujeito do meu lado.

− Ah, mas não vai não! Você vai pegar o que já está aqui e levará de volta para o carro.

− Quem você pensa que é para falar algo assim? Você não decide nada aqui. Se alguém aqui vai embora, esse alguém é você. – Me irei de uma vez e gritei com ele.

− Eu me chamo Sasuke Uchiha e sou o morador daqui. E você é quem tem que cair fora.

− Eu não vou a lugar algum!

− Senhorita Haruno... O que eu devo fazer? – O pobre motorista me questiona.

− Vai fazer o que veio para fazer! Eu o ajudarei a trazer o resto das minhas coisas.

                E encarei o tal de Sasuke Uchiha com toda a raiva e frustração do momento. Alguém vai ter que sair daqui. Mas, esse alguém não serei eu.


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Notas finais do capítulo

As brigas e desentendimentos desses dois apenas começaram. No próximo capítulo eles irão tentar resolver esse problema na agência. Como será a convivência desses dois?



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