Castelo de Cartas escrita por Clove Flor


Capítulo 1
Capítulo 1 - lost my way


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, galera!
Faz um bom tempo que eu não posto algo recente que escrevo, mas acho que essa história vai me motivar. Se vocês gostarem, por favor, me deixem saber para que eu possa continuar o segundo capítulo!
Muito amor pra vocês ♥

Eu quero fazer algo diferente. Cada capítulo vai ter uma música tema, ok?
O que estiver em itálico são lembranças.

*Música do capítulo: Lost - Bts*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722936/chapter/1

Lost my way
Constantly pushing without rest 
Within the harsh rainstorms
Lost my way
Within a complicated world without an exit 
Lost my way
No matter how much I wander

I want to believe in my path

 

Ventava muito naquela noite de outono em Columbia, Maryland (EUA). O menino que tampava metade do rosto com uma máscara preta caminhava devagar pela rua de uma praça desconhecida, sozinho. Suspirou, chutando uma pedrinha que estava em seu caminho. Era estranho pensar em como as coisas haviam chegado àquele ponto. Desde quando Jeon Jungkook tomava ações como aquela? Sinceramente, mal se reconhecia mais.

— Você deveria dar um tempo a si mesmo. – Jimin disse, apertando o ombro do mais novo. – A gente segura a barra pra você.

— Deixar a banda? Você tá louco, hyung. Eles me matam. Os fãs, os staffs, vocês. – ele chorava. Nunca fora de demonstrar suas emoções tão abertamente com qualquer membro do grupo, mas não aguentava mais. Era tanta coisa entalada na garganta, apertando seu peito, enchendo seus pesadelos... Por que, de repente, as câmeras e os holofotes o cegavam tanto? Havia dado tudo de si para chegar onde estava e descobrir que... nada daquilo... era o que queria? Sentia-se constantemente empurrado, dentro de um mundo onde não reconhecia a porta de saída.

— Jungkook, se isso for te deixar melhor, vá. Você é jovem. Você é forte. Só anda meio perdido. Desapareça um pouco e se encontre.

— E se... – ele começou, os lábios tremendo. Que ódio. Apesar de já ser o mais novo, se sentia completamente como uma criancinha. – e se eu não quiser voltar?

Jimin não esperava por essa. Apesar de todos os problemas recorrentes que o maknae estava trazendo para o grupo nos últimos meses, sempre apostou que o menino colocava a banda e a música em primeiro lugar em sua vida. Quão errado ele estaria?

O mais velho apenas soube sorrir levemente para seu melhor amigo triste.

— Nós estaremos de braços abertos para você.

Jungkook chutou a pedra com mais força, a fazendo quicar ao longo da calçada. Merda. Nada disso deveria estar acontecendo. Ele não deveria estar fugindo. Já fazia quatro dias que estava instalado em um apartamentozinho em um bairro afastado do centro da cidade e, apesar de ter se ocupado estudando muito inglês no último ano, ainda possuía dificuldades com algumas palavras que encontrara no contrato de aluguel.

Havia sido uma boa escolha de lugar para morar por um tempo. Aquela cidade não passava de mais de noventa mil habitantes – o que fora um choque no início. Ele mesmo havia nascido em uma que possuía mais de três milhões! Os Estados Unidos era um país tão grande, mas ao mesmo tempo, tão... fantasma. Ninguém parecia sequer conhecer músicas senão americanas, quem diria coreanas. Não existia Bangtan Sonyeondan ali. Não existia em nenhum lugar.

Era confortante, apesar de tudo. Não ouvia o constante ruído dos carros acelerando nas avenidas ou gritos de fãs e paparazzi’s ao seu redor. Conseguia respirar e sentir o coração batendo normalmente no peito.

Os meninos não sabiam aonde ele estava. Ninguém sabia – não havia contado, apesar de tudo o que ouvira quando anunciou a sua saída temporária. Apenas fechou sua mala e, rapidamente, foi embora do quarto em que morava sozinho, que o acolheu por tanto tempo.

Ele puxou o capuz do moletom um pouco mais para baixo quando sentiu o vento empurrá-lo para trás. Talvez, o que mais sentia saudade até aquele momento, era a comida. Era totalmente diferente do que estava acostumado em Seoul – mas não que os americanos não cozinhassem bem. As frutas e os legumes eram igualmente artificializados e industrializados, como os da Coréia, mas faltava o picante e os molhos da sua casa. Ah, como faltava.

Já fazia tempo que Jungkook estava andando por aquele caminho. Não sabia muito bem onde havia ido parar – mas a calçadinha da praça era muito bonita e não queria deixar de segui-la.

Olhou para o relógio do seu celular. Já era quase onze horas da noite. Talvez ele devesse mudar seu número? Desse modo realmente se isolaria de todos da Coréia. Não conseguiriam contatá-los ou enviar mensagens...

— Droga, Jungkook, o que você está fazendo? O que deu em você hoje? – a voz do diretor         do novo videoclipe ecoou no cenário em que estavam. O mais novo se encolheu, mas algo crescia dentro de si, quente, subindo por seu corpo, alcançando o pescoço.

— Ah, eu não sei, talvez eu só esteja cansado. Eu tô há mais de setenta horas sem dormir direito, só treinando e ensaiando pra essa coreografia de merda! Me deem um desconto!

O silêncio que pairou sobre todos parecia ser mais assustador do que a voz do diretor estremecendo ao falar:

— O que você disse?

— Jungkook... – o menino ouviu Taehyung sussurrar baixinho atrás de si, como se estivesse com medo do que poderia acontecer com o amigo.

Talvez ele devesse voltar ao apartamento. Ainda não sabia exatamente o quão seguro era andar pelas ruas da América de noite e a bateria de seu celular já estava começando a morrer em seu bolso.  Ele suspirou. Para que lado deveria seguir? Mal lembrava como havia chegado naquela praça, qual ônibus entrado. Droga, era só o que o faltava: estar perdido em uma cidade desconhecida em um país que não era seu.

Tentou encontrar a direção pelo endereço salvo em seu celular, mas a tela logo iria se apagar. Decidiu tentar economizar os últimos por centos de sua bateria caso, não sei, precisasse ligar para o 911 – um dos poucos números que havia se obrigado a decorar antes da viagem.

Lembrou-se da vez em que estava gravando Bon Voyage na Suécia com os meninos e V se perdera no meio do nada por algumas horas. O amigo ficara tão tranquilo que surpreendera a todos que o esperavam retornar junto com o manager em um carro. Aqui, agora, não havia ninguém que pudesse buscá-lo e levá-lo de volta em segurança. Estava sozinho. Havia escolhido isso, então precisava aceitar.

Migrou para uma rua onde os postes de luz eram amarelos. Talvez ele trombasse sem querer com algum ponto de ônibus se continuasse andando. Sinceramente, não sabia o que estava fazendo. Em outra época, se sentiria um tanto desesperado por estar perdido, mas agora não dava muito a mínima. Estava cansado.

O barulho de uma porta sendo aberta ecoou na rua vazia. Uma garota de cabelos castanhos saía de uma casa do outro lado da calçada – que possuía uma placa ilegível de onde Jungkook se encontrava –, carregando uma mochila rosa em suas costas. Ele a viu como sua chance de ir embora daquele bairro:

— Hm, olá? – a chamou após abaixar sua máscara, sua voz saindo um pouco rouca pela falta de uso. Rezou para que seu inglês fosse bom o suficiente para que ela pudesse entendê-lo sem grandes complicações.

O corpo da menina tremeu ao ouvi-lo falar – o que deixou Jungkook nervoso por um momento.

— Nossa, você me assustou! – ela riu sem graça.

— Me desculpe... é que eu, bem, meio que to perdido. – se explicou, tentando enxergar as expressões faciais dela para saber se havia entendido o que ele dissera. – Ainda passam ônibus nesse horário?

— Depende pra onde você quer ir.  – a morena atravessou a pequena rua que os separavam, andando na direção do mais alto. Ela tinha os olhos verdes e redondos - diferente do que Jungkook estava costumado a ver na Coréia. – Como posso te ajudar?

Rapidamente o maknae retirou seu celular do bolso e abriu o endereço do apartamento em que estava dormindo. A garota observou por alguns segundos. Jungkook tentou parecer não muito nervoso na presença dela – uma menina ocidental muito bonita – e conteve sua respiração pesada.

— O ônibus que eu vou pegar agora passa por esse bairro! Você pode vir comigo. – ela sorriu amigável ao erguer o rosto da tela e o coração de Jungkook bateu forte por alguns segundos. 

— Uh, tudo bem. – disse. – Obrigado.

— Não por isso. – ela respondeu, passando a andar para o lado contrário que o garoto estava seguindo. Ele passou a segui-la, alguns passos atrás.

Apesar de ser quase onze e meia da noite, a cidade toda parecia estar recolhida em suas casas. Ao chegar ao ponto de ônibus que havia – pasmem – em frente a praça em que Jungkook estava, ele resolveu perguntar, treinando a nova língua:

— A cidade é sempre assim, tão... calma?

— Não realmente... Quero dizer, ela é bem pequena, mas esse bairro é mesmo calmo. Se você fosse ao centro agora, encontraria mais agitação. – ela respondeu, a voz bonita e amigável. Jungkook perguntou internamente se talvez ela cantasse. – Ah, a propósito, meu nome é Savannah.

Savannah. Era um nome desconhecido e diferente para os ouvidos mal acostumados do maknae, mas o som parecia correto. Harmonioso.

— Hm... – ele murmurou, pensando em como se apresentaria. E se ela pesquisasse seu nome no Google ou algo do tipo? – Meus amigos me chamam de Kook.

Os olhos verdes da mais nova companheira de Jungkook os observaram, curiosos. Era um apelido novo para ela, também.

— Bem, Kook – Savannah sorriu. – você deu sorte. Eu nunca fico até tarde na casa da minha tia.

O ônibus não demorou para chegar. Havia poucas pessoas dentro dele e o mais alto entregou três dólares pela passagem ao subir. Não sabia agora se deveria sentar ao lado de Savannah ou não, portanto escolheu as últimas poltronas no fundo do veículo. Se ela quisesse, poderia acompanhá-lo.

E foi o que ela fez.

Deixando sua mochila no assento entre os dois, Savannah suspirou baixinho ao se acomodar. Havia sido um dia de atividades intensas para ela, mas procurou esquecer-se disso e tentar conversar com o garoto que estava ajudando.

— Você não é daqui, né? – perguntou, virando o corpo para ele. Seus olhos eram levemente puxados e a pele parecia perfeita, como se Kook tivesse muito cuidado com ela. Savannah também notou que havia tinta em seu cabelo – a raiz crescia um pouco mais escura que o tom acobreado dos fios. Era realmente um garoto muito bonito.

— Meu inglês é muito ruim? – ele indagou, sorrindo levemente para descontrair.

— Ah, não é não! Você tá se saindo bem. Sem pressão, pode se soltar! – Savannah riu, colocando uma mecha de seu cabelo ondulado atrás da orelha e recostando sua cabeça no acolchoado do banco.

— Eu, hm... – Jungkook pensou. Se sentia mal em mentir para a menina que estava sendo tão gentil com ele. – Sou estudante de intercâmbio. Vim da Coréia do Sul.

Os olhos de Savannah brilharam em entusiasmo.

— Wow, isso é muito legal. Eu não sei muito sobre a Ásia.

— Deveria conhecer um dia. – ele sorriu amigável. Desviou o olhar rapidamente para a paisagem noturna da cidade através da janela. Realmente, ao passar por algumas ruas do centro, podia ouvir o som abafado de música alta tocando nos bares. O ônibus balançava levemente enquanto se movimentava pelo asfalto. Quando seu rosto voltou a se tornar para a menina do seu lado, percebera que os olhos dela estavam fechados em cansaço. Jungkook sentiu suas bochechas queimarem, mas varreu o olhar sobre o rosto dela, a observando. Seu nariz era pequeno e coberto por sardas clarinhas e suas sobrancelhas eram arredondadas, seguindo os traços do rosto fino.

Savannah abriu os olhos devagar ao sentir o rosto esquentar por observada. Jungkook desviou o olhar rapidamente, nervoso e envergonhado por ter sido pego em flagrante.

— Me desculpe, estou com sono. – ela sorriu preguiçosa. – Esse balanço do ônibus sempre me faz dormir mais rápido. Hm... – a morena se inclinou para o lado, tentando enxergar a janela. – Eu já vou descer em breve. Você precisa esperar ainda mais uma parada. Quando descer, vai ter um ponto de taxi bem perto à sua direita, então é só mostrar o endereço que eles te levam, tudo bem?

Jungkook maneou a cabeça em entendimento. O inglês até que estava se saindo mais fácil do que acreditava que seria.

— Você se importaria de me mandar uma mensagem quando chegar na sua casa? Só para eu saber que deu tudo certo. – Savannah sorriu enquanto arrumava a mochila de volta em seu ombro.

— Uh, não, claro, tudo bem. – Jungkook gaguejou, procurando por seu celular. Ao encontrá-lo, entregou-o para que Savannah pudesse anotar seu número.

Ela pareceu um pouco perdida ao segurar o objeto, os dedos suspensos sobre o teclado digital.

— Hm... Eu meio que não to entendendo onde que eu digito. – a menina riu, olhando para Kook em socorro. Seu celular estava totalmente em hangul.

— Aish! Me desculpe por isso! Deixa que eu escrevo. – ele disse, um pouco envergonhado por sua idiotice. Clicou nos campos corretos e anotou os números que Savannah lhe ditava – não sem pedir a confirmação dela depois, com medo de ter errado.

— Até mais, Kook. Chegue bem em casa. – a morena acenou enquanto ia embora, descendo em uma rua residencial aparentemente tranquila. Quando ela se foi, Jungkook deixou a cabeça cair contra a janela e suspirou, cansado. Não queria estar nervoso, mas era a primeira pessoa que realmente conversava desde a sua chegada no país. E era uma menina.

O fato era que Jungkook podia ter seus vinte anos coreanos (pois na América ele era considerado um ano mais novo), mas sua experiência com garotas se resumia às fãs que seguravam suas mãos através de uma mesa durante fan meetings. Por ter entrado muito jovem na Big Hit e ter sido uma criança muito tímida, seu tempo livre era constantemente ocupado em assistir animes e jogar vídeo-games com seu irmão e, mais tarde, com Taehyung. Sua vida corrida de K-Idol não permitia brechas para namoro ou coisa do tipo – e na Coréia, os relacionamentos não eram tão fáceis como na parte ocidental da coisa. Levava tempo.

Então, sim, Jungkook havia estado nervoso. Por vários motivos. Mas o que importava agora era que estava chegando em seu apartamento – e tudo ficaria bem. Mais cedo ou mais tarde, as coisas iriam dar certo.

///

Jungkook largou as chaves sobre o balcão da cozinha enquanto chutava seus tênis para fora dos pés. Já passava da meia noite, mas sabia que o sono só viria no meio da madrugada. Ainda precisava de mais alguns dias para se acostumar com o fuso dos Estados Unidos.

Conectou seu celular no carregador ao lado da cama. A tela havia se apagado logo após de ter mostrado o endereço ao taxista – o que o fez suspirar em alívio. Não podia negar que havia tido muita sorte naquela noite.

Estudante de intercâmbio... francamente, e se ela tivesse perguntado onde Jungkook estava matriculado? Não iria ter o que responder. Talvez agora ele precisasse pesquisar alguma faculdade para fingir estar nela.

Sentou na beirada da cama, exausto. Apesar desses últimos 4 dias estarem sendo extremamente calmos – sem fãs, paparazzis, produtores, trabalhos a fazer –, Jungkook podia sentir cada célula em seu corpo doer. Talvez fosse a culpa de ter deixado o grupo tão de repente e sem qualquer apoio. Ele tinha muitas linhas nas músicas e agora elas seriam divididas entre os três vocalistas. Quanto tempo duraria até que o PD o ligasse para demiti-lo? Jungkook queria ser demitido? Droga. Cantar e dançar era tudo o que sempre quis fazer – mas agora, a sua cabeça parecia pesada e a ponto de explodir. Ele estava a ponto de explodir.

Desbloqueou a tela de seu celular e clicou para enviar uma mensagem à Savannah. Seus dedos apagaram diversas vezes as poucas palavras que havia escrito. Adicionara o teclado em inglês como extensão para poder se comunicar e fazer algumas pesquisas de palavras na internet.

“Oi Savannah, cheguei em casa. Obrigado pela ajuda e gentileza. – Kook”

O celular vibrou alguns segundos depois, assustando-o.

“Você demorou! Fico feliz, então. Espero que goste de Columbia, mesmo sendo pequena.”

Jungkook inclinou a cabeça, pensativo. Ela estaria o esperando enviar uma mensagem antes de poder dormir? Que doce de sua parte, parecia tão cansada no ônibus...

Sorriu.

“Também espero. Boa noite.”

“Boa noite (:”

Ele estava prestes a soltar seu celular quando observou que havia algumas mensagens não vistas. Quando olhou quem as havia enviado, seu coração acelerou no peito. Seijin, o manager “principal” do grupo – que era mais como um melhor amigo e conselheiro de todos – havia lhe enviado vários links de sites de notícias coreanas. E todas envolviam ele.

“Não sei mais nem o que dizer, Jungkook-ah.”

Especulações sobre o afastamento dele, fãs desesperadas em comentários, falsas fotos de “visto ontem em [x]”... Ninguém havia se pronunciado, porém. A empresa, os membros, a família. Claro que haveria confusão.

“Onde está o nosso doce Jungkook?” Eu não sei, pensou.

“Dizem que está gravemente ferido depois da performance em...” Bem que queria.

“Ele realmente parecia perturbado nos últimos meses” Eu estou, eu estou.

“Quando Jungkook irá retornar? Seria a sua saída definitiva?” Eu não sei, eu não quero que seja, mas eu estou confuso e triste e chateado e...

“Fontes revelam que Jeon Jungkook está internado no SNUH Boramae...” Chega.

O menino passou a mão no rosto, esfregando-o com força, como se para acordar de um pesadelo. Nada disso estava acontecendo. Ele ainda tinha seus 16 anos, sonhando com os palcos e o reconhecimento, vislumbrado com todas as câmeras. Ainda era trainee com seus novos colegas e tinha medo de conversar com eles. Jungkook não havia crescido e descoberto que o estresse era mais forte que o sonho. Não havia se perdido.

Deitou as costas na cama do pequeno quarto. O apartamento em que estava não era muito diferente do dormitório em Seoul, mas ainda precisava se acostumar com a mobília nova e, principalmente, o travesseiro. Engraçado como a primeira coisa que lembrou ao se mudar de Busan para a capital fora de levar seu travesseiro consigo, e dessa vez, apenas sentiu sua falta na primeira noite sem ele. Será que havia algo de errado com Jungkook ou ele era o certo de toda a situação? Os meninos também reclamavam e choravam um pouco no ombro de cada um, mas por motivos diferentes. Nenhum nunca cogitou em sair do grupo ou deixar a carreira. Era tudo muito confuso. Aquele caminho – dos palcos, dos fãs, do reconhecimento, do assédio, dos flashes – era o certo para ele?

Fechou os olhos na posição desconfortável que se encontrava e respirou forte. Não iria chorar. Não iria mais pensar nisso. Ele iria voltar a gostar da fama quando desse falta dela, só esperava que isso acontecesse em breve.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Castelo de Cartas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.