Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 9
Capítulo 9- Sedução




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Sabrina

— Marcos, você tem noção do quanto eu queria assistir à essa peça? Pergunto abismada olhando pra ele.
— Sim, eu imaginei. Você é louca por teatro, então achei que gostaria de assistir.
— Claro que eu amei!! Queria ter ido em São Paulo quando estava em cartaz por lá, mas eu estava aqui no Rio e não foi possível. Obrigada por me proporcionar isso.
— Não precisa agradecer Sabrina. Já disse que quero te fazer bem. - ele diz isso alisando meu braço de forma leve e sedutora. Engasgo com o pensamento que tenho. Não posso deixar as coisas correrem tão rápido assim. Calma Sabrina, se contenha. Mas é difícil, com um homem lindo desse do meu lado.
Ficamos em silêncio, assistindo a peça. Como rimos. Foi incrível! Quando termina ele me puxa pelo braço e saímos pela lateral do teatro. Não sei onde ele está me levando, mas o sigo. Entramos por uma outra porta que dá acesso aos fundos do prédio. Ele abre uma outra porta e temos acesso ao camarim. Logo vejo Fernanda e Cassio.
— Marcos, que bom que você conseguiu trazê-la! Diz Fernanda me dando um abraço apertado!
— Oi Fe, eu amei a peça! Vocês estão demais!
— Obrigada Sa! Que bom te ver! Você já conhece o Cássio?
Digo que não e ela me apresenta. Ele é super simpático conosco e pergunta há quanto tempo eu Marcos namoramos, porque é super legal trabalhar junto com o parceiro. Eu engasgo com a sua pergunta e o Marcos sorri e responde por nós.
— Ainda não Cassio. - ele diz e eu olho pra ele sem saber o que dizer ou onde enfiar a minha cara.
— Nossa, jurava que vocês eram namorados! É que vocês têm um sintonia e química tão grande, que não imaginei outra coisa. Me desculpem!
— Ah, tudo bem. Todo mundo se engana.
Sorrio sem graça, mas imaginando como seria namorar o Marcos. Ele tem se revelado um cara bem atencioso, confesso. Bem diferente da imagem que eu tinha dele. Balada, mulheres.... será que ele mudou? Ou tá só fazendo isso pra me ganhar! Coro com meu pensamento e percebo que eles estão me olhando com cara de assustados. Será que pensei em voz alta?
— Sabrina, estava me despedindo do casal. Vamos?
— Claro, vamos! - Dou uma abraço na Fê e no Cassio e saímos. Fico em silêncio com meus pensamentos. Ele também está em silêncio.
Chegamos no carro e ele pergunta se eu quero que ele me leve de volta ao hotel.
— Mas já acabamos a nossa noite? Você quer ir embora?
— Não, é que pensei que você quisesse ficar sozinha. Não falou nada quando saímos do teatro.. pensei...
— Shiii, digo e coloco um dedo em sua boca, fazendo ele se calar. - A noite está apenas começando! Vamos aproveitar!
Ele sorri. Um sorriso que atinge os olhos ao mesmo tempo que os vejo escurecer.
— Bora então! Conheço um ótimo lugar pra curtirmos então.
— Tenho certeza que sim. Confio em você!
Saímos do teatro e fomos pra uma boate.
— Uma boate Marcos? Hahaha, você não existe!
— Ué, você não queria se divertir? Vamos dançar um pouco!
— Ok. Você venceu.
Entramos e logo me deparo com um ambiente escuro, cheio de luzes piscantes. No canto à nossa direita, há uns sofás em vermelho e uns pufs gigantes e pelo que parece muito aconchegantes. No canto esquerdo há umas mesas num espaço que parece reservado, uma espécie e área VIP e é pra lá que vamos. Ele me puxa pela mão, me conduzindo até o canto. No centro há uma enorme pista de dança, com algumas pessoas, não está muito cheio, porque
Ainda é cedo.
Na parte de trás, há um barzinho, com um jovem fazendo acrobacias com uns copos, preparando drinks.
— Quer beber alguma coisa Sah?
— Quero sim, pode ser o que você for beber.
Minutos depois ele volta com dois copos com uma bebida azul flamejante.
— O que é isso? Pergunto
— Prove. É uma delicia!
Beberico o drink e acabo gostando. Realmente é uma delicia. Viro todo o conteúdo de uma vez, não sei se pra conter a ansiedade que está me consumindo ou pra tentar apagar os fantasmas dos acontecimentos do início da semana.
— Mais um. - estendo meu copo pro Marcos que me olha meio suspeito.
— Que foi? Não viemos nos divertir? Então, vou me divertir.
Ele pega meu copo e volta logo depois.
Pego novamente o copo de sua mão e viro outra vez de forma rápida. O líquido desce queimando em minha garganta, mas a sensação é boa. Me sinto leve, muito leve. Me levanto e sinto meu corpo flutuar. Opa, acho que já fez efeito!
— Vamos dançar, vem! - O puxo pelo braço e o arrasto pra pista de dança. Sinto olhares sobre nós, mas não me importo nem um pouco, só quero extravasar essa noite.
A música que está tocando é um ritmo dançante e ao mesmo tempo sensual. Começo a dançar em volta dele, encostando meu corpo no seu de maneira provocativa. Sei o efeito que isso causa nele, reparei mais cedo na praia, quando ele me viu de biquíni. Ele entende o recado e começa a dançar também, embora não saiba dominar muito bem seu corpo. Rio dele, de forma escancarada , estou me divertindo muito. Ele se aproxima novamente, segurando em minha cintura, me envolvendo em seus braços e eu percebo que não quero mais sair de lá, passaria a noite inteira entre eles.

Marcos

A Sabrina adorou a peça! Tirando que ela ficou super sem graça com a pergunta do Cássio, tudo correu bem. E lógico, que eu aproveitei o momento pra mostrar pra ela que não estou pra brincadeira mesmo. Depois que saímos do teatro, ela permaneceu em silêncio por um longo período, então imaginei que ela quisesse voltar pro hotel dela. Ela me olha estupefata e pergunta se nossa noite já acabou. Estou surpreso, mas sei onde levá-la pra se distrair.
Chegamos na boate e ela fica observando tudo com muita atenção. Pego no seu braço e nos dirigimos pra área VIP. Percebo olhares de alguns homens sobre ela e isso me irrita: tira os olhos da minha mulher , rapaz! Estou possesso, mas não posso fazer nada. Ela está maravilhosa, com um decote que valoriza ainda mais seu corpo.
Logo ofereço uma bebida, pra ficarmos mais a vontade. Busco e a entrego, ela vira tudo de uma vez. Pelo visto quer se esbaldar essa noite. Me pede mais um. Reluto, mas busco e novamente ele vira tudo de uma vez.
De repente ela me puxa pra pista de dança e começa uma dança sensual, envolvente.. encosta seu corpo ao meu, sabendo o efeito que isso me causa. Acho que ela não está muito bem. Me aproximo mais dela e danço junto, aliás, me remexo , porque não sei dançar.
Passo meus braços por sua cintura e a puxo pra mais perto de mim. Sinto ela relaxar ao meu toque e percebo que ela não quer se afastar. Permanece assim por um longo tempo.
— Sabrina, você quer ir embora? Acho que bebemos demais, né?
— Você acha? Eu tô ótima! - ela tenta se firmar em suas pernas ao fazer um "quatro" muito desajeitado.
— Sim. Vamos agora.
— Ah, ok senhor mandão.
Bufo com o comentário, mas não consigo ficar com raiva dela por muito tempo. A levo pro carro e imediatamente ela recosta e apaga. Como vou entrar com ela no hotel desse jeito?
Não tenho outra alternativa a não ser levá-la pro meu apartamento. Ela está desacordada. Subo com ela em meu colo. Seus braços estão em volta do meu pescoço e seu cheiro inebriante sobe por minhas narinas e me entorpece. Como eu desejo essa mulher, como eu queria tê-la em meus braços e amá-la.
Como se ouvisse meus pensamentos, ela abre os olhos quando a coloco na cama.
Me olha profundamente e avança em minha direção. Ela me beija com vontade, com urgência, tenta abrir os botões da minha camisa. Por um momento, fico tentado a tirar sua blusa, mas me contenho.
— Você não me quer? Ela pergunta, os olhos marejados.
— Quero Sabrina, quero muito. Mas te quero inteira e sem efeito de álcool. Quero que você me queira sem qualquer interferência. E quando isso acontecer, saiba que eu vou te amar da forma como nunca amei ninguém. Agora, dorme. Você precisa descansar. Tome, vista essa camisa. Eu estarei na sala, qualquer coisa me chame.
— Obrigada Marcos. Ela me dá um beijo no rosto, ainda meio trôpega, se vira e adormece instantaneamente.
Vou pra sala e me deito no sofá. Vai ser uma noite longa. Adormeço pensando em como seria dormir abraçadinho com ela, sentindo seu cheiro...


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