Amar escrita por AmarPitombrina
Marcos
Continuamos abraçados por um tempo que eu não sei explicar quanto. Sentir os braços dela em volta do meu corpo era algo a que eu nunca me acostumaria. A sensação que eu tinha era que eu devia protegê-la de tudo e de todos.
— Quando você volta pra São Paulo?- queria que ela ficasse comigo aqui. Ficamos muitos dias separados.
— Meu voo é no início da noite.
— Fica comigo? Remarca seu voo, por favor.
— Tá bom, eu fico. Mas preciso buscar minhas coisas no hotel. Precisamos conversar também.
— Então vamos, que eu quero matar essa saudade que eu tô de você.
Descemos até o carro e fomos conversando.
— Então quer dizer que o Ramon sofre de uma espécie de TOC?
— Sim. O psicólogo explicou que um dos grandes problemas é quando um dos lados não aceita o fim do relacionamento, fazendo de tudo para voltar, gerando a obsessão, sentimento de transtorno, derivado da ansiedade e compulsão. Esse tipo de comportamento é visto em jornais, revistas, sites, geralmente na editoria policial e também em novelas em revela a sua pouca resistência ao lidar com a rejeição e frustração pessoal.
— Sabrina, mas isso é muito sério!
— É sim Marcos e por isso eu voltei correndo pro Brasil. O meu erro foi não ter te avisado, mas é como eu te falei, tive medo da sua reação e foi ai que botei tudo a perder. Ele fez parte da minha vida. Eu não posso simplesmente ignorar esse fato. Geralmente uma pessoa normal consegue lidar com a perda sem manifestações neuróticas, mas ele não e foi isso que o médico nos fez enxergar. Na verdade ainda não foram decifradas as principais causas que originam o TOC, no entanto parece ser justamente a ansiedade, a frustração e uma leve situação de estresse, que pode ocasionar esse quadro. E nesse caso é ainda pior, pois ele apresentou, além da compulsão, a agressividade e a possessividade, uma mistura bombástica e perigosa.
Então a orientação do médico foi essa, a conversa deve ser mantida sempre em primeiro lugar e estar atentos a qualquer demonstração fora do comum em uma dessas situações.
— Nossa, eu não imaginava que fosse tão grave assim. Sinceramente, eu fiquei muito chateado com o que aconteceu e eu pensei que você não quisesse dividir sua vida comigo. Isso inclui os problemas também. Mas agora eu entendo e eu já disse que te perdoei, então não quero que toquemos mais nesse assunto. Ainda bem que ouvi uns conselhos, se não provavelmente estaríamos brigados.
— Uhm, é.
— Que foi? Algum problema?
— Nenhum. Só não entendi esse ‘conselho’ gratuito da Helô. Ela não me engana.
—Ah, temos alguém com ciúmes aqui?
— Não. Só não acredito nessa mudança repentina que você diz que ela sofreu. Ninguém muda da noite pro dia. Desconfio totalmente dela.
— Mas foi ela quem disse pra eu ir atrás de você e ouvir com calma o que você tinha a dizer.
— Mesmo assim, alguma coisa está errada.
— Não vamos discutir por isso, ok? Chegamos ao seu hotel. Quer que eu suba com você?
— Vou pedir ao recepcionista para liberar o estacionamento.
Durante todo o trajeto ela veio acariciando meu braço, seu toque exercia algo em meu corpo que era praticamente impossível suportar.
Alguns minutos depois, fomos liberados a entrar. Ela continuava com suas carícias, eu já tinha perdido toda a concentração.
— Sabrina, você está me desconcentrando. Desse jeito não vou esperar nem sair do carro!
— Você nem imagina o quanto eu senti sua falta. Eu preciso de você Marcos! – ela diz soltando o cinto e pulando no meu colo.
—Sabrina, estamos no estacionamento!
— Sim e os vidros do seu carro são escuros e não tem ninguém aqui.- ela diz beijando meu pescoço. Suas mão deslizando por meu peito e descendo até a calça.
— Você tem certeza disso?- estou ofegante com seus beijos e mal aguentando falar. Ficar tanto tempo longe dela, só fez eu perceber o quanto eu preciso dela. Empurro o banco pra trás, nos dando um pouco mais de espaço.
Em um instante já tinha desabotoado sua blusa e estava sugando seus seios. Ah, como eu senti falta do seu corpo. Minhas mãos passeiam pelas suas pernas, subindo a saia que ela está usando.
Rapidamente abro o zíper da minha calça e coloco sua calcinha de lado. Ela senta sobre mim e começa a cavalgar. Seus movimentos são intensos, mostrando o quanto ela também sentiu minha falta. O frisson que percorre meu corpo é tão intenso, que eu não resisto e libero meu prazer dentro dela.
Estamos ofegantes, sua testa colada à minha, nossa respiração descompassada.
—Nunca mais fique longe de mim, está me ouvindo? Eu amo você!- sussurro em seu ouvido.
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