Marcos

Saímos do restaurante abraçados, aproveitando aquele momento que era só nosso.

Era tão bom estar do lado dela, que sinceramente eu nem tinha parado pra pensar nos problemas que enfrentaríamos ao voltar pro Brasil. Helô, Ramon, a mídia.

Chegamos no hotel e peço pra ela aguardar um instante no seu quarto, porque preciso pegar uma coisa rapidinho no meu. Era assim. Estávamos dormindo no mesmo quarto. Essa noite eu iria pro dela.

Entro no meu quarto e vou até a caixinha que está guardada na gaveta do criado-mudo.

Eu tinha comprado um dia antes e daria pra ela no passeio de amanhã, mas vou entregá-lo de uma vez.

Troco de roupa e volto pro quarto dela. A porta está entreaberta. Fecho-a atrás de mim e a chamo: - Sabrina eu voltei. Cadê você?

Vejo a porta do banheiro se abrindo e ela saindo, com o roupão meio aberto, deixando a mostra uma parte da sua lingerie. Vermelha.

— Demorou amor. Pensei que nem viria. - ela vem e me beija. Suas mãos sobem e descem por meus braços, alisando, acarinhando. - Você não acha que está vestido demais?
— Eu acho! Você bem que poderia me ajudar a tirá-la.
— Com todo prazer.- ela começa a desabotoar minha camisa sem tirar os olhos dos meus. Suas mãos ágeis entram por dentro dela e a descem pelos meus ombros. Eu estou beijando seu pescoço e desamarrando o nó do seu roupão. Uau!
— Você está linda! - ela está usando um espartilho vermelho com alças que ligam com a parte de baixo da sua roupa íntima! Ela sabe me provocar. Termino de tirar o seu roupão e fico olhando admirado o corpo dela. Aquelas curvas incríveis, a sua pele tão linda e alva. Volto meus olhos pra os seus e ela se aproxima, suas mãos deslizando por meu tórax descendo até minha calça. Lentamente e sem desgrudar um segundo o nosso olhar, ela tira a minha calça junto com a minha box.
Eu estou completamente livre pra ela, na frente dela. Ainda me olhando ela começa a fazer carinho no meu membro, pra cima e pra baixo, pra cima e pra baixo, seus movimentos são perfeitos e estou delirando de olhos fechados, absorvendo o máximo o prazer que ela está me proporcionando. De repente sinto sua língua deslizando por ele, sua saliva aquecendo-o. Ela continua suas ministracões e eu não sei se vou aguentar por muito tempo. Envolvo minhas mãos em seus cabelos, para que eu possa ver o seu rosto. Ela me olha com intensidade e só sei que eu quero estar dentro dela. A puxo pelos ombros e dou um beijo violento nela, sim, violento. Desço o fecho do espartilho e o arranco sem nenhuma cerimônia.
Imediatamente meus lábios estão eles, sugando sem do nem piedade. A minha vontade dela é tão grande que eu não me demoro muito em seus seios. A levanto pelas coxas e a coloco em meu colo. Não há tempo de mais nada. Numa rapidez que nem eu entendo, coloco a sua calcinha de lado e a penetro.
— Ahhhh, aqui é o melhor lugar do mundo. - estamos num ritmo alucinante, e a cada gemido dela, a cada vez que ouço meu nome em seus lábios, sinto que vou desmoronar. Ela tem esse poder sobre mim. Aumento meu ritmo enquanto ela mete a mão em meus cabelos, apoiando o peso do corpo em meus ombros e também me ajuda a intensificar os movimentos. Sinto que estamos lá, não ousamos parar por nem um minuto. É intenso, é violento, é sexual, é amor.
Nesse momento sinto-me esvaziar dentro dela. Estamos tremendo!
— Isso- foi- o- paraíso! - estou tão ofegante que nem consigo falar direito. Nossos corpos ainda estão grudados, meus braços em torno da sua cintura, seus braços em torno do meu pescoço, sua cabeça apoiada em meu ombro e seu peito subindo e descendo, arfaste por conta da falta de ar.
— Banho delicia!- ela nem responde. Com ela ainda no colo, vou com ela pro banheiro e abro o chuveiro. A água quente caindo em nossos corpos ajuda a regular a temperatura.
Um pouco mais calmos, desço ela do meu colo sem desgrudar meus olhos dos seus. Aquele olhos mais expressivos que eu já vi e que pareciam ver dentro de mim.
— Eu te amo! Obrigado por tudo! - dou-lhe um beijo calmo e cheio de amor.
— Eu te amo! - ela finaliza me dando um beijo também, cheio de paixão e imediatamente meu corpo se acende em resposta ao seu corpo grudado no meu. E novamente nos amamos, de novo no chuveiro. Terminamos o amor e o banho e voltamos pro quarto. Estou com ela em meus braços. Nos deitamos de frente um pro outro, eu fazendo carinho em seu rosto enquanto ela me olha com seus olhos brilhando.
— Eu tenho uma coisa pra você. Eu ia te entregar amanhã, no nosso passeio. - Pego a caixinha que havia jogado pra qualquer lugar quando entrei no quarto dela e a entrego. Ela abre e sorri. - eu não esqueci. Torre de Belém. - é um berloque da Torre de Belém, do dia do nosso jantar.
— Obrigada meu amor, eu também tenho um. - ela se levanta e pega um embrulho na gaveta do criado. É um berloque da fachada do Hennessy, lugar onde fizemos amor no banheiro. - estes são os lugares que traremos como recordação de onde estivemos.
Ah, ela não sabe como eu fico feliz e bobalhão ao seu lado! Estou no melhor lugar do mundo e não tenho intenção nenhuma de sair de lá.
Dormimos abraçados, meu rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro. O meu lugar no mundo.