Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 47
Capítulo 47- Tombada com Classe




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Marcos

—Eu não acredito nisso!- falo ofegante ao entrar no quarto dela, depois ter termos cometido outra loucura, dessa vez no elevador. Confesso que o risco que corremos foi um fator a mais. Tive que desdobrar para tapar as câmeras de segurança que haviam lá, pra termos mais privacidade.

— Olha, eu vou te dizer que eu nunca imaginei fazer nesse lugar, mas as circunstâncias foram outras.- ela diz enquanto deitamos na cama olhando um pro outro.

— Você está me saindo uma bela de uma aventureira, isso sim!

— Ah, vem me dizer que você não gostou do lugar Improvável em que fizemos amor?!?

— Eu adorei, mas corremos risco e eu não quero você sendo exposta.

— Obrigada por esse cuidado comigo. Sempre tão protetor.

— Eu te falei que ia cuidar de você e eu vou cumprir.

— Obrigada de novo, mas temos que nos arrumar, porque temos um jantar daqui a exatamente -ela consulta o relógio - uma hora.

— Um jantar? Mas a minha assessoria não me passou nada!

— Mas não é profissional, eu estou dando esse jantar!

— Ahh, o que a senhorita está aprontando, hein?

— Eu? Nada! Só quero aproveitar cada minuto com o meu namorado, neste país maravilhoso!

— Uhm, ok. Então eu vou lá no meu quarto tomar um banho e te espero lá embaixo na recepção.- dou um beijo nela e saio.

Estar em Portugal sempre foi um sonho. Um país cheio de cultura, de história, da nossa história também. Saber que daqui começou tudo! O início de todos nós brasileiros.

Essa cidade inspira arte por onde passamos, daqui saiu os maiores escritores romancistas de todos os tempos.

Penso na Sabrina e me recordo de um poema que eu lia muito:

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

 

Impossível não pensar nessa mulher incrível que mudou a minha vida! Eu estou completamente apaixonado por ela e não sei e nem imagino como será daqui pra frente!

Estou no hall, aguardando que ela desça. As portas do elevador se abrem e imagino que seja ela, pois já faz uns minutos que estou esperando por ela.

Mas não! Logo meus olhos se semicerram de raiva. Sinto algo que só senti uma vez, quando o ‘arroz’ ameaçou a minha mulher. Helô aparece no elevador, vestida com um longo vermelho e está vindo diretamente até mim.

Eu não acredito que ela ainda está aqui!

— Oi Marquinhos querido, pensei que já tivesse ido embora.

— Eu não sou o seu querido. E o que você ainda está fazendo aqui?- meu maxilar está dolorido de tanta raiva.

— Eu acho que ainda sou livre pra ir e vir, você não acha? Aliás, o que você está fazendo sozinho aqui em baixo? Te abandonaram, foi?

— Não Helô, ele está muito bem acompanhado! Vamos meu amor?- a minha deusa se aproxima e me da um beijo quente! Ela está maravilhosa! Usando um longo azul, que realça todas as suas curvas, eu disse todas as suas curvas! Ela está deslumbrante!

— Amor? Como assim? – Helô pisca sem entender muito bem o que está acontecendo.

— Ué, pensei que você e o Marcos fossem amigos! – e se virando pra mim ela diz:- Amor, você não contou pra ela? - E sem esperar que eu responda, porque estou completamente abestado com a minha mulher declarando sua posse sobre mim, ela responde a Helô: - Notícia em primeira mão querida, Estamos namorando!

Há um sorriso no meu rosto que eu não consigo e que não faço questão de esconder. E eu confesso que foi imensamente prazeroso assistir aquela cena!

Sabrina me pega a minha mão e a coloca em sua cintura. E me olhando nos olhos, diz:

— Meu amor, vamos que a nossa noite está só começando. Até mais Helô, aproveite bastante Portugal! Eu e Marcos estamos amando, não é meu bem?- seus olhos estão faiscando.

— Claro meu amor! Até mais Helô, a gente se vê por ai!

Ao sairmos, pude vislumbrar que talvez a aparição da Helô não tenha sido coincidência, porque ao olhar pra trás a vejo retornando ao elevador, pisando duro e com uma cara de poucos amigos. Preciso descobrir como ela nos descobriu aqui e já tenho uma vaga ideia.


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