Sabrina

O Marcos ficou bem nervosinho por causa do apresentador. Não nego que ele já estava me incomodando. 

Por sorte, Marcos se aproximou e me tirou de lá, mas a bonitona do programa também estava dando em cima dele. Eu vi ela se engraçando com ele e logo depois ela sair murcha com alguma coisa que ele disse. 

Me senti em uma disputa, e não nego, que ver o Marcos me defendendo ou declarando posse de mim é algo fascinante. Mas eu não sou nenhum objeto para que eles fiquem me disputando.

Ele está me esperando lá embaixo pro almoço. Pra variar, não disse onde íamos. Então, coloco uma calça preta confortável e meu sobretudo, porque ainda está um pouco frio.

Desço e partimos. Almoçamos num restaurante próximo às docas, não sei porque ele fez essa escolha, mas confio nele. Afinal, ele pesquisou tudo por aqui e tem sido meu guia turístico.

Depois do almoço, caminhamos um pouco e vamos até o cais para embarcarmos. Um passeio de barco! 

Entramos e nos sentamos na parte de cima. A visão era deslumbrante! 

Como Portugal é linda!  

Passamos por vários pontos turísticos, como a Praça do Comércio , onde almoçamos no primeiro dia! 

A minha vontade era de abraçá-lo e agradece-lo por tudo o que ele tem feito. Mas o barco está cheio e já fomos reconhecidos por algumas pessoas. 

Passamos próximo ao Mosteiro dos Jerónimo e faço uma anotação mental pra voltar àquele lugar. 

O barco faz uma parada pra quem quiser descer e ver de perto as belezas da Avenida Ribeira dos Naus. Eu e Marcos ficamos e aproveitamos que estamos sozinhos para trocar uns beijos.

— Obrigada! - sussurro quando terminamos o beijo.

— Não precisa agradecer. Espero que esteja gostando.

— Estou amando! E o melhor disso tudo é a sua companhia. 

Ele sorri aquele sorriso de lado, marca registrada dele e seus olhos estão brilhando.

O pessoal que tinha descido retorna e novamente iniciamos nosso passeio. 

Cada lugar lindo, inspirador. Estou fascinada por essa cidade. Fico admirando tudo é imaginando como aquela cidade não era na época dos Descobrimentos.

— Chegamos!- saio de meus pensamentos e ele está com a mão estendida para que eu me apoie.

— Onde estamos

— Na Torre de Belém!

— Sério? Marcos, aqui é maravilhoso!

— Eu sei! E imaginei que você fosse adorar vir aqui.

A Torre de Belém localiza-se na freguesia de Belém, concelho e distrito de Lisboa, em Portugal. Na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém, era primitivamente cercada pelas águas em todo o seu perímetro. Ao longo dos séculos foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje a terra firme.

Um dos "ex libris" da cidade, o monumento é um ícone da arquitetura do reinado de Manuel I de Portugal, numa síntese entre a torre de menagem de tradição medieval e o baluarte moderno, onde se dispunham peças de artilharia.

Ao longo do tempo a torre foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo e, a partir da ocupação Filipina, os antigos paióis deram lugar a masmorras. Nos quatro pisos da torre, mantêm-se a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e, finalmente, a Capela com as suas características abóbadas quinhentistas.

Subimos e começamos a visitar cada sala daquele lugar. Nós demoramos em cada canto, eu absorvendo tudo o que o guia tinha a nos explicar. O Marcos também conhecia bem e eu fiquei maravilhada com as explicações que ele nos dava.

— O que foi princesa? Porque tá me olhando assim?

— Onde você aprendeu tudo isso?

— Ah, - e de novo vem aquela risada gostosa. - eu pesquisei muito antes de vir pra cá. Agora vamos subir mais um pouquinho, que eu tenho uma surpresa pra você. - ele agradece ao guia e diz algo que eu não consigo compreender. Algo como: obrigado por facilitar ... do que ele está falando?

—Vamos?- ele pergunta já me pegando pela mão.

— Mas nós vamos nos perder do grupo. Eles já devem estar voltando!

— Nós não iremos voltar de barco. Agora vamos subir.

— Não? Mas...

— Deixa de ser curiosa princesa! Você já vai saber.

Sei que não vai adiantar insistir com ele, então pego sua mão e o acompanho.

Chegamos ao ponto mais alto da torre! De lá, temos a visão panorâmica de Belém! As luzes começando a iluminar a cidade que está entrando na noite! Estou encantada! Olho pra ele e o vejo lá, me admirando com expectativa!

 No canto direito há um sofá vermelho de couro e No outro canto há uma mesa montada. Duas taças de vinho, um balde com uma garrafa de vinho do Porto dentro e dois pratos a postos. E velas, muitas velas!

Ele preparou um jantar na Torre de Belém!

—  Como você conseguiu isso? Eu li em algum lugar que essa parte da Torre não era aberta para visitantes. - ele está sorrindo.

— Ah, eu tenho alguns contatos. Então, tudo que eu fiz foi pedir um favorzinho pra esses contatos, pra eu surpreender a minha namorada!

— Marcos, isso é incrível!

Ele vai até a porta e chama alguém. De repente entra algumas pessoas e servem nosso jantar. Ele agradece e os paga e diz que não precisará mais dos serviços deles. Ele volta e puxa uma cadeira pra eu me sentar. Estou sem palavras! Esse homem move céu e terra pra me agradar. Estou em choque.

— Vem princesa! Vamos jantar senão vai esfriar.

— Claro!

Jantamos num clima descontraído. Conversamos sobre várias coisas, vida, família. Ele acabou me contando que não conhece seu pai biológico e que o namorado da mãe que cuidou dele desde bebê, o adotou quando ele tinha 18 anos.

Eu não conhecia esse lado da vida dele. Me surpreendi. Ele não era de falar muito sobre a família. Terminamos o jantar e nos sentamos no sofá, bebericando nosso vinho.

— Príncipe, você é incrível! Eu não sei nem como agradecer tudo isso, eu estou sem palavras.

— Já falei que você não precisa agradecer princesa. Eu quero teu bem, quero te ver feliz e eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance pra isso acontecer! - ele me olha profundamente, como se estivesse criando coragem pra fazer alguma coisa e como eu pensava, era isso mesmo.- Sabe porque? Porque eu te amo desde aquele dia que você estava usando aquele vestido branco simples que te deixou maravilhosa e o Ortiz te apresentou pra mim, como minha princesa! 

Seus olhos estão marejados e eu não acredito no que acabei de ouvir. Ele falou que me ama? Oi? Não consigo responder. Simplesmente coloco minha taça de vinho no chão e me aproximo dele beijando-o com vontade. Nossos beijos ficam duros e intensos e no mesmo instante ele está tirando meu casaco e eu a roupa dele.

— Não é perigoso alguém vir pra cá?- pergunto sem parar de beija-lo.

— Não. Eu tranquei a porta. 

Meu sorriso me denúncia e num segundo já estou em seu colo, beijando todo seu rosto, pescoço, descendo pro tórax. Nossa urgência é alucinante. E sem pensar, já estamos deitados no sofá, nos amando. Ele é tão gentil, tão doce, tão intenso, mas tão voluptuoso. Mudamos a posição e eu estou por cima agora. Pulando em seu colo, cavalgando em seu membro. Ele está com a boca em meus seios, chupando, torturando, mordendo. 

Meu corpo começa a sentir aquela estranha sensação, meu orgasmo está chegando e num instante, gritamos juntos o nome do outro. Ambos com a respiração forte. O desejo exalando por cada poro do corpo.

E de novo vem aquela sensação de que sempre pertencemos um ao outro!