Marcos

Ouço o toque de um telefone, longe, mas insistente. É o aparelho do quarto! Será que aconteceu alguma coisa com a Sabrina? Me levanto rapidamente e com a voz meio rouca de sono, atendo.
— Sim?
— Príncipe, será que você pode vir até o meu quarto? Estou com um probleminha aqui.
— Estou indo! Tá tudo bem com você?
— Tá sim. Só estou precisando da sua ajuda.

Coloco um sapato e vou em direção ao seu quarto. Quando chego, a porta está entreaberta.
Estranho, porque ela deixaria a porta aberta?
Entro com calma e a fecho. O quarto está escuro, com exceção das luzes do abajur e de algumas... velas. Há uma cadeira no centro e não a vejo.
— Sabrina? Onde você está? - tento adaptar meus olhos para o pouco de luz que tem no quarto. Uma música começa a ser tocada.

Lenta, mas carregada de sensualidade.
Beyonce está cantando Crazy in love, em uma versão que eu nunca ouvi.
Estou completamente aturdido. Então foi por isso que ela me despachou! E eu pensando...
De repente ela sai do banheiro, vestida com seu sobretudo preto e saltos altos. Ela está extremamente sexy.
Não consigo me mover. Só tenho olhos pra ela. Ela vem até mim e deposita um beijo forte em meus lábios, e me guia até a cadeira. Sem tirar os olhos dos meus, ela me senta e circula em volta de mim, as mãos espalmando meu corpo.
Ela volta pra minha frente e começa a dançar no ritmo da música. Suas mãos deslizam por sobre o seu corpo, numa mistura de sensualidade e paixão, indo dos seios até o cabelo.
Sem parar de se mexer e de me olhar, ela começa a desabotoar o sobretudo que está usando e fico ainda mais surpreso quando percebo que ela está usando a lingerie que mandei de presente pra ela na cesta de café da manhã!
— Sabrina, você está divina!
— Shiii.- ela põe dois dedos sobre os meus lábios, me fazendo calar.
Ela continua sua dança torturante, rebolando pra mim, tirando peça por peça.
Ela se aproxima apenas de calcinha e passa a língua no meu pescoço até a minha orelha. Seu toque queima dentro de mim e levanto as mãos para toca-lá, mas ela não permite.
Ela continua seus beijos. Seus seios estão dançando livres em minha frente e não sei o que fazer, pois o desejo está ardendo de forma que estou arfando.
Ela retira minha camisa lentamente, ainda me olhando.
Seus beijos agora estão sobre a minha pele.
Cada contato da sua boca em mim, me causa um estremecimento. Ela vai descendo com seus beijos e para no umbigo. Enquanto sua língua desliza sobre minha barriga, suas mãos ágeis estão abrindo os botões da minha calça. Ela tira tudo e seus olhos brilham em malícia quando vê minha situação. Lentamente ela se volta até mim e continua sua tortura.
Dessa vez ela está passando os dedos nas minhas costas. Sinto um arrepio na coluna, ela está me causando um frenesi.
Sinto seu hálito quente em meu pescoço e na minha orelha, mordendo de leve o lóbulo dela. Estou em ebulição por causa dessa mulher.
A música continua em seu ritmo alucinante, eu não suporto mais não toca-lá. Quando ela vem pra minha frente, eu a puxo e enfio minha cabeça entre seus peitos.

— Você está tentando me matar? - digo já beijando seus seios, chupando, mordiscando. Ela geme com meu carinho.
— Marcos, eu não acabei ainda.
— Sabrina, pelo amor de Deus, eu não aguento mais. - a olho com o olhar intenso tamanho é o meu desejo por ela. Passo os dedos pela lateral da sua calcinha e sem nenhuma cerimônia a rasgo. Ela está ofegante também, querendo tanto quanto eu. Ela está de pé na minha frente, me ajoelho e coloco a minha boca em sua intimidade que está quente e úmida. Faço círculos com a língua e ela está se contorcendo. Continuo mais um pouco e me afasto, olhando pra ela. Levo dois dedos até lá e enfio com calma! Meu Deus, ela está encharcada! A constatação do seu desejo é suficiente para que eu me levante, a pegue pelos braços e a deposite em meu colo. Suas pernas estão em volta da minha cintura.
Com ela presa a mim, volto a me sentar na cadeira e imediatamente ela está me engolindo.
Nosso ritmo é forte, urgente. O deslizar do meu membro dentro dela é o paraíso.
E ela continua cavalgando em mim, a cabeça inclinada pra trás, seus peitos saltitando a medida em que ela aumenta seus movimentos. Ela está totalmente no controle. Ela me tem por inteiro e nem se dá conta disso.
Sinto aquela sensação se aproximar, ela dita o ritmo, que está cada vez maior. E assim vai, até não aguentarmos mais e explodirmos em prazer.

Ela cai em cima de mim. Sua cabeça apoiada em meu ombro. Sua respiração entrecortada. Estamos exaustos. Me levanto com ela no colo e a levo pra cama. Deitamos de conchinha, abraçados, sem dizer uma palavra.
Completamente satisfeitos e anestesiados.