Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 33
Capítulo 33- Confissão




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Sabrina

— Mãe! Mãe!- estranho ela não me responder.
Saio do banho, me troco e vou até a cozinha. Estou morrendo de fome.
Quando passo pela sala, dou de cara com ele sentado no sofá!
— O que você está fazendo aqui?
— Vim te ver! Não gostou da surpresa?!
— Sim, mas é que acabamos de nos despedir. -Ele se aproxima de mim e passa a mão por meu rosto. Seu simples toque me deixa enlouquecida.
Passei um fim de semana inteiro com ele e já estou morrendo de saudades.
— Senti a sua falta. - ele sussurra.
— Como você entrou?
— Sua mãe me ajudou. Acho que ela foi dar um voltinha.- vejo um sorriso malicioso em seus lábios.
— Ah, vocês agora estão de segredinho, é?
— Digamos que eu tenho uma parceira!
— Ah Marcos, o que eu faço com você?
— Faz o que eu quero fazer com você! Eu não consigo ficar longe de você Sabrina! - ele cola sua testa na minha.- O que você está fazendo comigo?
— Eu também queria saber o que você está fazendo comigo.- beijo seu rosto de forma tão delicada.
— Essa flores são pra você! Amanhã de manhã eu volto pro Rio. Vem comigo?- ele está fazendo aquela cara, de novo. Não posso ir, mas queria.
— Obrigada Marcos, são lindas! Queria muito poder ir com você, mas daqui a duas semanas viajamos pra Portugal e eu quero passar esse tempo com meus pais. Mas ó, a gente vai se falar todos os dias.
— Eu sei, mas não é a mesma coisa! Como eu vou fazer longe dos seus beijos? Do seu corpo, da sua companhia?
— Ah, isso a gente pode resolver agora, já que estamos só nós dois aqui. O que acha? - pergunto, colocando mais sensualidade do que eu devia na minha voz.
— Acho que você leu meus pensamentos!- ele diz aos beijos, pressionando seu corpo no meu. Vamos nos beijando enquanto eu vou empurrando ele pro meu quarto.
Entramos nos agarrando, beijando, ele tirando minha roupa, eu puxando a camisa dele, levando as mãos aos seus cabelos, repuxando com vontade.
Ele me deita na cama sem parar de me beijar. Nossas carícias vão ficando mais fortes, mais intensas. E então, ouço a campainha tocar.
— Droga, preciso atender.
— Não vai!- ele me puxa de volta.
— Não tem ninguém aqui, preciso atender. É rapidinho. -Estamos ofegantes. Me levanto, visto minha roupa, me recomponho e vou até a sala.
Abro a porta e dou de cara com o Ramon.
— O que você está fazendo aqui Ramon? Eu já não disse que não tínhamos mais nada pra conversar?
— Eu sei Sabrina. Posso entrar?- ele pergunta já entrando. - Mas eu vim pra me desculpar. Sobre aquele dia. Eu perdi a razão, fiquei maluco quando te vi com aquele cara. Eu sei que estamos brigados, mas eu amo você e eu sei também que você me ama, mas deve estar chateada com o que aconteceu. Eu entendo tudo agora e eu quero uma nova chance pra nós. Eu tentei falar com você antes, mas sua mãe disse que você estava fora. Onde você estava?
— Ramon, sinceramente isso não é da sua conta. E eu não estou "chateada", Eu estou chocada com o que você pensou em fazer. Nós não temos mais jeito, eu já disse. Não dá mais. Nossa história acabou. Eu sugiro você seguir a sua vida, seu caminho.

De repente ouço a voz do Marcos se aproximando. Droga! Outra briga não!
— Sabrina?! Aconteceu alguma coisa?- ele para quando vê o Ramon.
— O que esse cara tá fazendo aqui Sabrina? Vocês estão juntos?- Que? Tá de brincadeira.

Eu olho dele pro Marcos sem saber o que dizer. Marcos se adianta.

— Vou esperar você lá dentro.- E ele me surpreende de novo. Quando eu penso que já vi de tudo, lá vem ele com essa atitude digna de um príncipe. Ele me ganha a cada dia mais. Talvez seja hora de retribuir tanto carinho, atenção, cumplicidade e paciência.


— Não Marcos, fica. Ele já está de saída. E respondendo a sua pergunta: Sim Ramon,  nós estamos juntos e eu espero que você não venha me causar problemas de novo.
— Eu...Sabrina, por favor.
— Ramon, acho que a nossa conversa acabou.
— Sim, claro! Adeus.

Ele se vira e sai. Eu estava segurando o choro, porque eu queria parecer forte. Mas assim que ele saiu, não aguento e desabo no sofá. Marcos se aproximou e me abraçou em silêncio. Como seu abraço é bom, reconfortante. Me sentia protegida e eu não queria que ele me largasse.
— Me desculpa. Você não precisava passar por isso.
— Ei! Olha pra mim! Somos um casal, não somos? Então vamos passar por isso juntos. Eu tô aqui.

Suas palavras aquecem meu coração e num instante estou beijando ele novamente. Com tanta vontade que nem eu me reconheço. Vamos pro quarto, de novo, aos beijos e espero que dessa vez ninguém nos atrapalhe.
Nos amamos de forma tão doce e pura, que cada vez era diferente. Nunca era igual as outras. Ele sabe na medida certa do que o meu corpo precisa. E nesse momento eu precisava dele apenas me amando, como só ele sabe fazer.
Acabamos dormindo e quando despertei já era tarde da noite. Será que não havia chegado ninguém ainda?
Ele ainda está dormindo. Admiro a sua beleza e constato o quanto eu tenho sorte.
Me levanto e vou até a cozinha ver se tem algo para comermos.
Como se soubesse, minha mãe tinha deixado o jantar pronto. Sirvo dois pratos, coloco na bandeja e volto pro quarto.
— Senti sua falta aqui na cama. - ele está acordado.- Tá vendo como eu não consigo ficar longe de você? Perdi o seu calor e não consegui dormir mais. O que eu vou fazer Sabrina?
— Eu trouxe alguma coisa pra gente comer. Mas quanto a ficar longe, vamos ter que nos adaptar. Você pode Dormir aqui comigo.
— Meu voo sai amanhã cedo. Eu adoraria, mas melhor não. Também tem a sua família, eu não quero precipitar as coisas e nem te causar problema.
— Acho melhor assim. Tenho que amaciar o Sr. Edu, porque a dona Sônia você já fez o favor de conquistar né!?
— Uhm, tá com ciúmes da mamãe, eh?
— Não! É que ela parece gostar de você.
— Isso é bom não?- ele já está sentado comendo o que eu trouxe.
— É ótimo. Mas vamos terminar de comer, porque você tem de ir e amanhã você pega voo cedo.
— Ahh, cuidando de mim..namorada.
— Cuido sim. - digo e dou um beijo nele.

Terminamos o jantar e ele diz que precisa ir. O acompanho até a porta. Me despeço com um aperto no coração, não quero que ele vá, mas também não posso obrigá-lo a ficar.
— Se cuida e qualquer coisa me chama que eu dou um jeito e venho correndo.- estamos abraçados na porta.
— Você também e me avise quando chegar no Rio, por favor. Queria ir ao aeroporto com você, mas não vai dar. Tenho um encontro com umas amigas.
— Que pena princesa. Mas tudo bem! Beijo.

Nos beijamos com vontade. Um beijo de saudade e olha que ele ainda nem foi embora.
— Ate semana que vem.
E assim ele vai. E eu fico parada vendo-o se afastar e imaginando outra vez como eu tenho sorte.

********

Acordo com o sol batendo no meu rosto.
Meu celular despertou e eu estou extremamente cansada do fim de semana. Tomo um banho e me arrumo para me encontrar com as minhas amigas.

Chego na sala e vejo uma cesta de café da manhã em cima da mesa.
Dentro há um cartão: "Para a princesa mais linda desse mundo. Do seu príncipe, que já está morrendo de saudade."
Ele é um fofo. Abro a cesta e ela está completa.
Uma coisa me chama atenção: uma lata de doce de leite e no cantinho, bem lá no fundo, um conjunto com uma lingerie vermelha. Pregado ao pacote com a peça íntima, está escrito: " para você usar na nossa primeira noite em Portugal, não esqueça!"

Estou de boca aberta encarando o embrulho, pensando em como ele ainda pode me surpreender.


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