Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 31
Capítulo 31- Esperanças




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Helô

Faz alguns dias que não o vejo. Sei que ele estava em São Paulo a trabalho e também pra ver aquela paixãozinha dele. Mas não sei se ele já retornou.
Não vou ligar pra assessora dele, pois ela irá desconfiar se eu disser que não sei se ele ja voltou, afinal somos amigos. Ou éramos.
Só de pensar naquela, me dá um um ranço.


Eu o conheço e sei que daqui um tempo ele vai se cansar dela e voltar pra mim. É sempre assim.
Ele não foi feito para relacionamentos, não combina com ele. Um homem daqueles, preso à alguém é até um crime. Se bem que se fosse comigo, eu não acharia ruim. Mas melhor tê-lo da forma como tem sido, ou que pelo menos era do que perdê-lo completamente.

A viagem dele está se aproximando. A minha também.
Sim, vou viajar! Aproveitar esse momento pra esquecer tudo o que está acontecendo . Quem sabe quando eu voltar, tudo já não esteja normalizado, do jeito que tem que ser? Tô trabalhando pra isso.

Aquele outro, sumiu do mapa. Desde o episódio daquele dia, não tive mais contato. Também não faz diferença, ele não contribuiu em nada.

Ainda não sei ao certo o que fazer ou como fazer.
Pretendo pelo menos atrapalhar.


Não! Eu não sou louca.

Pelo contrário, estou bem lúcida! Só que ele não vai se livrar tão fácil assim de mim. Enquanto eu servia tudo bem? E agora que encontrou alguém que ele acha que esteja apaixonado, eu não sou mais útil?

Veremos.

 

Quero ver a carinha de felicidade deles quando virem o presente que irão receber em Portugal! 

 

Ramon

Minha vida não mudou muito depois do nosso término. Já era assim antes disso tudo acontecer.
So que agora não tenho mais pra quem voltar.


A vida aqui no Chile não é muito ruim. Mas foi por causa desse lugar que tudo começou. Uma proposta de emprego irrecusável. Estabilidade financeira, profissional.
Mas e a minha vida pessoal? Foi pro ralo! Literalmente.
No início foi tranquilo, mas pensando aqui agora, deitado e só, completamente só, vejo que o causador disso tudo fui eu. Que não deu a atenção que ela precisava, no momento que ela precisava.

Era tão simples! E eu feito um idiota, a perdi e agora ela está lá com ele.
Posso culpa-la por isso? Acho que não.

Eu estava longe. Ele estava perto.

Nós estávamos distante em todos os sentidos. A passagem dos dias, o desgaste da relação foi causando um esfriamento e tinha momentos que parecia que não nos conhecíamos mais.


Eu entendi isso quando a vi sair daquele hotel com ele. E então todas as lembranças deles juntos enquanto gravavam vieram em minha memória. Todo aquele carinho que ele demonstrava por ela já era amor.

Ele estava lá fazendo o meu papel. De apoiar, de estar perto, dar carinho, atenção..

Minha primeira reação foi de repulsa. Eu a ofendi. E ameacei agredi-la!! Mas eu nunca faria isso. Foi coisa de momento. Eu estava fora de mim!
Só que ele não quis saber e eu estou com o nariz ainda dolorido por causa do soco que ele me deu ao defender ela.

Preciso me desculpar, mas duvido que ela queira falar comigo. Tento o celular. Desligado.
Vou tentar a casa.

— Alô, Dona Sônia? É o Ramon. Eu posso falar com a Sabrina? Ah, ela não tá? Eu tô tentando o celular e também não consegui. Ah, ela está fora da cidade? Uhm, e ela demora a voltar? Amanhã? Ah, tudo bem. Eu volto a ligar. Obrigado.
Ela não está em São Paulo. Onde ela pode estar? Não lembro dela ter comentado de algum trabalho fora da cidade, a não ser que ela esteja com ele.

Me prostro com a constatação. Já estava mais que clara, mas eu ainda tinha alguma esperança.
Bom, vou esperar ela voltar. Preciso me desculpar e quem sabe ela não entenda e me dê uma segunda chance?


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