Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 24
Capítulo 24- Fantasmas




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Sabrina

O Ramon nunca foi dessas coisas. Porque isso agora? O que ele está pensando? Que mandar flores, resolve o nosso problema? Ele está muito enganado, muito!
Estou com raiva. Uma raiva que não sabia poder sentir, ou pelo menos parecida com a que senti quando vi Marcos agarrado aquela lá.
Será que ele não percebeu o quanto já estava desgastado, frio? Não nos falávamos mais com tanta frequência e quando isso acontecia, geralmente discutíamos. Estava intolerável e eu demorei a tomar uma decisão, porque eu acredito que relacionamento não são como roupas, que quando se sujam e você se cansa delas, vai lá e descarta ou coloca pra lavar.

Decido respondê-lo por mensagem. Não vou perder tempo ligando pra ele.
"Achei que já tivéssemos conversado. Nós não temos mais como ficar juntos Ramon. Não estávamos felizes e pelo visto só você não via isso. Por favor, não piore as coisas. Eu não quero mais contato com você, eu já te disse isso!"

Rapidamente vem sua resposta: " você está se fazendo de difícil ou você está envolvida com aquele queridaço? Eu já te fiz essa pergunta e você fugiu. E ainda por cima me bateu. Se você estiver com ele, significa que você já estava me traindo. E isso não vai ficar assim. Você devia ter vergonha na sua cara, sabia?!"

Meu sangue está fervendo! Como ele pode insinuar essas coisas sobre mim?! Eu sempre o respeitei.
" não vou perder meu tempo me explicando com você. Até porque a sua opinião não importa mais pra mim. Passar bem."

"Isso não vai ficar assim Sabrina. Anote o que estou te dizendo. Você vai se arrepender do que está fazendo."

Não respondo. Sua ameaça me faz ter um calafrio. Não conhecia esse lado dele. Estou um pouco assustada com seu tom.
Repenso tudo o que vivemos. De novo. E não me recordo de alguma vez o ter visto falando dessa maneira. Ele deve estar magoado, só pode ser isso.
Pego as flores e as descarto no cesto da cozinha. Os bombons também. Não quero me recordar dele. Num impulso e acesso de raiva, vou até meu quarto e pego todas as nossas fotos, presentes e coloco tudo em um saco. O que eu sentia por ele morreu e não quero mais ficar olhando pra aquelas coisas e lembrar de um tempo que foi bom, mas que as acontecimentos atuais não fazem ser tão bom assim.
Depois de um tempo finalizo minha tarefa, satisfeita por ter tido a coragem de fazer o que fiz. Ouço a porta se abrir e fechar e sei que são meus pais chegando.
— Mãe, a senhora pode vir aqui por favor?
— Estou indo. Só um instante meu amor.- ela grita da sala.
Continuo minha faxina. Estou lavando minha alma e tirando todos os demônios que estão me exorcizando com essa história. Página virada. A partir de hoje vou me jogar na minha nova vida e com a minha nova companhia.
— Oi filha! Mas o que você está fazendo?- ela está com os olhos arregalados me observando.
— Estou faxinando da minha vida tudo que me fazia lembrar o Ramon. Eu quero distância dele. Ele está me ameaçando mãe! E mandou flores e bombons!
— Flores e bombons? Logo ele que nunca foi disso!
— Pois então. Eu acho que demorei a tomar essa decisão. Não quero me lembrar de nada Mae e eu estou feliz agora. Estou com um cara que é apaixonado por mim e que me prova isso a todo instante.
— Vai ser feliz minha filha! Você sabe que eu vou te apoiar em qualquer decisão que você tome, não é?
— Eu sei Mae. Obrigada por sempre estar comigo e me apoiar. Eu preciso ir atras do Marcos. Ele saiu daqui super chateado.
— Vai sim amor. Vai atras da sua felicidade!

Suas palavras me incentivam. Pego uma bolsa e coloco algumas peças de roupa. Tomo um banho e me perfumo. Escolho uma lingerie preta com meias cinta-liga e vou. Pego um táxi e em menos de 5 minutos estou em seu Hotel.
O porteiro não quer me deixar subir e eu insisto em dizer que é uma surpresa, que eu sou a namorada dele e com muito custo ele me permite subir, mas protestando que se acontecer algo errado eu serei responsabilizada. Dou um beijo nele como agradecimento e ele fica me olhando estupefato!

Paro em frente à porta do seu quarto. Verifico dos dois lados se não há ninguém e abro os botões do meu sobretudo. Bato na porta e aguardo. Ele não abre. Será que já está dormindo? Bato novamente e ouço uma voz, ele está ao telefone.
— Helô, só um minuto, estão batendo na porta. Não desliga, já volto.
Ele abre a porta e arregala os olhos quando me vê.
Estou sem reação olhando pra ele.
— Sabrina, o que você está fazendo aqui?- ele me pergunta ainda bobo.
— Eu ia te fazer uma surpresa, mas estou vendo que você está ocupado. Eu não devia ter vindo. Sou uma idiota mesmo. - digo virando as costas e saindo, fechando os botões do meu casaco.
— Espera. Ele vem correndo atrás de mim gritando.
— Não Marcos, isso é um erro! Você não vê? Como vamos dar certo se você continua tendo contato com essa dai? Assim não da!
— Mas Sabrina, eu estava justamente esclarecendo a questão da foto! Ela jura de pés juntos que não foi ela, mas eu não acredito! Era isso que estávamos conversando. Acredita em mim!
— Não sei Marcos. Me pareceu bem íntima a conversa de vocês. Melhor eu ir pra casa.
— Por favor, não vai. Fica! - ele segura meu braço e eu não resisto ao seu pedido. Me viro e o beijo, com força, com intensidade, pra mostrar pra ele que ele é meu e que eu reivindico o que me pertence.
Ele retribui meu beijo de forma tão intensa como o meu. E entramos em seu quarto sem nos desgrudar e prontos pra nos amar novamente.


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