Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 19
Capítulo 19- Revelações




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722933/chapter/19

Marcos

E não é que a Sabrina estava bem saidinha?
Ela está me provocando dizendo que está usando uma lingerie vermelha. Ela sabe o que acontece comigo. Essa mulher tem um poder sobre mim que nem imagina. É como eu fosse uma mosca e ela a luz. A luz para o qual me dirijo. Só espero não me queimar.

Amanhã de tarde estarei em São Paulo. Ainda tenho o endereço dela, de quando estive lá. Vou fazer uma surpresa. Estou muito apaixonado por ela. Muito. Quero tanto que dê certo, que acabo as vezes agindo como um idiota. Trocamos mensagens até tarde. Ela está usando o chaveiro que dei a ela. Sinal que está pensando em mim, pelo menos foi o que eu entendi com a postagem dela no insta.

Helô não deu mais notícias. Deve ter ficado bem chateada. Bom, não posso fazer nada por ela.
Minha manhã passa rápido, meu compromisso foi rápido. É uma campanha contra o uso excessivo de agrotóxicos na agricultura. Minha outra paixão.
Passo em casa rápido e chamo um táxi. Chego ao aeroporto e vou até a loja de conveniência. Pego um urso em formato de cachorrinho. Sei que a Sabrina adora cães. Ela me mostrou várias vezes fotos do Google e durante as gravações ela se encantou pelo Tito. Acho que ela vai gostar de conhecer a Bel e o Robinho.

O voo é rápido e pouco depois pouso em São Paulo. Será que ela vai gostar de me ver aqui?

Me hospedei no mesmo hotel da viagem anterior, pois é próximo ao apartamento dela.

Tomo um banho e pego um táxi em direção ao seu apartamento. Chego em menos de 5 minhotos e em instantes já estou em frente ao apartamento. Subo e toco a campanhia.

— Marcos? Você aqui? A Sabrina disse que você viria apenas na quinta ou sexta. - ela está surpresa. Será que fiz bem em vir sem avisar?
— Dona Sônia! Que bom rever a senhora. Então, resolvi fazer uma visita surpresa pra ela. Ela tá aí?
— Naaoo. Eh, Ela teve que ir resolver um problema, mas já deve estar chegando. Entra, vem senta aqui.
— Ah, eu não quero incomodar.
— Imagina, você não incomoda. Entra, vamos.
Eu entro e me sento no sofá, esperando Sabrina chegar. Eu devia ter avisado que vinha antes do combinado. E pelo nervosismo da minha sogrinha, ela deve estar com o arroz. Droga. Sinto meu coração palpitar.
— Olha Dona Sônia, a senhora me desculpe, mas eu volto outra hora. Eu não avisei a Sabrina que viria hoje e realmente não quero atrapalhar. Quando ela chegar, diz que eu estou hospedado no hotel de sempre, por favor. Obrigado por tudo.
— Não Marcos, você não está atrapalhando nada. Espera, ela já deve tá chegando.
— Obrigado, mas eu vou mesmo. Me levanto e saio.
Ao chegar a rua, decido caminhar um pouco.
Vou andando pela calçada e observando as redondezas do local. São Paulo respira arte pelos seus 4 cantos. Passo próximo a uma franquia de lanchonete e decido entrar pra comer alguma coisa. Paro na porta ao ver Sabrina sentada a uma mesa conversando com ele. Meu mundo desaba naquele momento e percebo que talvez a tenha perdido. O que eu fiz errado? Sei que fui muito impulsivo, mas ela precisava saber como eu me sentia em relação a ela.
Ele está pegando na mão dela, fazendo um carinho. A vejo sorrir sem graça e tirando as mãos da dele. Talvez ainda há uma esperança. Decido encaminhar uma mensagem: "Como eu queria estar te abraçando nesse friozinho gostoso de São Paulo. Será que eu posso?"
Vejo ela pegando o celular e sorrindo. Ela se levanta, diz alguma coisa e vem em direção à porta, com o celular na mão digitando uma mensagem. Ela para de cabeça baixa e eu me aproximo, mas ela nem nota.
— Será que eu posso te dar um abraço de urso?
Ela olha em minha direção boquiaberta. Não acredita que eu esteja na frente dela.
— Marcos? O que... - eu a interrompo com um beijo de tirar o fôlego e sou correspondido. Ótimo, ela também sentiu minha falta.
— Como eu senti sua falta! - digo isso encostando minha testa na dela.
— Eu também. Muita. Mas eu preciso terminar uma coisa. Será que você pode me esperar mais ali na frente? Vai ser rapidinho.
— Claro. Eu vi que você está conversando. Não quero te atrapalhar. Qualquer coisa me grita, princesa.
— Obrigada, príncipe. - ela vem até mim e me dá um beijo e vai.
A vejo se sentando novamente, articulando as mãos. De repente ela se levanta, fala algo e vem de volta pra fora. Ele vem atras dela, falando coisas.
Quando eles chegam na calçada, ela se vira e levanta a mão como se o estivesse pedindo pra parar. Ele segura seu pulso e eu resisto de ir até lá dar umas boas porradas nele. Como ele pode tratar assim uma mulher? A minha mulher?

Ela puxa o braço com força o fazendo se assustar. E dá um tapa em seu rosto. Estou estupefato com a cena que acompanho! Ele leva a mão onde ela acabou de bater e levanta o dedo em sua direção, como se estivesse fazendo uma ameaça e parte na direção contrária.
Ela se volta na direção em que me encontro, como se estivesse me procurando. Corro em sua direção e sem dizer uma palavra, a abraço apertado, tentando tirar a dor que ela está sentindo. Ela chora copiosamente agarrada a mim e eu não tenho coragem de afasta-la.
Dou um tempo até ela se recompor. Ela me olha com os olhos cheios de ternura, mas também com decepção e tenho certeza que não por mim.

— Que bom que você está aqui! - ela diz enxugando as lágrimas.
— Ei, não chore! Ele não merece nenhuma lágrima que você está derramando.
— Eu sei que não. Mas ele insistiu em conversar comigo e eu acabei cedendo. Você não está chateado, não é?
— Claro que não. - enxugo uma lágrima que ainda insiste em cair. - Eu sei que vocês precisam ajustar as coisas. E eu também preciso conversar com você. Mas primeiro, eu trouxe um presente. - digo entregando o embrulho.
Ela sorri e abre o pacote. Ela está radiante!!!
— Eu amei!! Obrigada, obrigada, obrigada!- diz distribuindo beijinhos por todo meu rosto. Eu a puxo mais pra perto e dou um beijo urgente nela. Finalizamos e estamos sem ar.
— Vem. Preciso falar com você. É muito importante!
— O que pode ser mais importante que ficar aqui te dando uns amassos? - ela diz descendo a mão pelo meu peito me provocando.
— Sabrina, não faz isso. Você não sabe como estou me segurando pra não te arrastar pro meu hotel e te amar a noite inteira. Mas antes eu preciso mesmo falar com você.
— Ok. Então vamos.
Nos dirigimos pra uma praça próximo ao apartamento dela.
— Então, é sobre a Helô. Ontem nós nos encontramos. Ela veio me pedir desculpas pelo que aconteceu domingo. Já te disse que ela só uma amiga, mas nós, quer dizer, a gente tinha um lance. De vez em quando nós dormíamos juntos. Sabe como é né? Coisa de pele. Mas eu te juro que era só isso. Não passava de sexo. E ontem eu rompi isso com ela. Se ela quiser e você não se importar, nós continuaremos amigos e só isso. - termino de falar e a olho pra ver qual sua reação . Ela não disse nada. Então ela se levanta e fica de costas pra mim e fala:
— Quer dizer que vocês dormiam juntos, transavam né, mas era só sexo? Você não sente ou sentia nada por ela? E você está me contando isso porque Marcos?
— Porque eu não quero nada entre nós. Quero ser um livro aberto pra você. Agora você sabe de tudo e eu não quero que ela seja motivo de brigas entre nós. Eu já falei que é só com você, essa paixão louca, essa vontade de ficar perto sempre, te de proteger, é só com você Sabrina.- ela se vira com um sorrisão no rosto. Seus olhos estão brilhando de desejo e outra coisa que não consegui identificar. Ela avança em minha direção, se senta em meu colo e sussurra no meu ouvido:
— Então eu sou a única dona do seu coração e de todo o seu desejo? Sou a única com quem você quer realmente estar? Sou a única que você quer amar?
— Sim Sabrina, você é a única!
— Então o que aconteceu lá atras não tem importância, porque você está aqui agora, não está? E sabe que estamos perdendo tempo aqui? Que tal eu pegar umas coisas e ir dormir com você lá no seu hotel?
— Eu não esperaria outra coisa!
— Então vamos! Porque eu estou louca pra tirar a sua roupa....

Ela me desmonta com suas palavras. E partimos em direção a sua casa e depois pro meu hotel...
E eu tenho a sensação que será mais especial ainda!
A noite hoje promete.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.