Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 14
Capítulo 14- Rendição




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Marcos

Estou concentrado em meu computador avaliando minha agenda da semana.
Tenho vários compromissos: uma campanha de roupas, outra de uma marca de perfumes, um evento de debutantes, agenda cheia. Por sorte um deles é em São Paulo. Sorrio com a possibilidade.

A campainha toca. Estranho, não estou esperando ninguém.

Abro a porta e ela está lá. Com sua beleza, seu sorriso e suas malas.
Abro meu melhor sorriso e ela larga tudo no chão e vem em minha direção pulando no meu colo, me beijando intensamente.
Fui pego de surpresa e confesso que estou um pouco assustado. Bom, parece que ela recebeu o meu presente.

— Eii!! Calma! O que houve? - pergunto, colocando ela no chão de volta e indo buscar suas coisas que foram jogadas sem qualquer cerimônia na porta do meu apartamento.
— Precisava fazer isso! Precisava te agradecer por estar sendo tão incrível comigo! Você é melhor do que eu imaginava e eu quero muito tentar! - E novamente ela vem até mim me beijando, me provocando, me torturando. Preciso fazer um esforço pra não tirar a roupa dela aqui mesmo na sala.
— Sabrina, calma. Que bom que você quer tentar, mas ontem você tinha achado que tínhamos dado passos muito grandes e hoje.... eu não estou entendendo.
— Não fala nada. Eu sou uma idiota! Fico com esse discurso de ir com calma, de fazer as coisas certinhas e perco a oportunidade de ter meus melhores momentos com você e eu não estou disposta a ir embora do Rio sem mostrar pra você que eu te quero tanto quanto você me quer.

Suas palavras me incendeiam. Corro até ela e a pego no colo, beijando, desejando, tirando sua roupa.
Ela está usando... outra lingerie vermelha! Ah meu Deus, ela deve fazer isso por me provocar.
Com as mãos trêmulas solto sua peça de cima e eles dançam livres pra mim. São perfeitos.
Desço fazendo carinhos, passando a língua, mordiscando e ela está arfando em meu colo.
Ela tira minha camiseta e me beija também.
Nosso ritmo é urgente, como se fosse a última coisa que faríamos na vida. Eu preciso dela, preciso senti-la.
Deito ela no tapete da sala e termino de tirar sua roupa, ela está brigando pra tirar a minha bermuda e resolvo ajudá-la.
De repente ela se vira e fica por cima de mim. Começa despejando beijos por meu abdômen e sua boca chega até a minha virilidade. Beijando, chupando. Porra!! Ela quer me matar!
— Sá... eu...
— Shiii. - ela diz colocando o dedo em minha boca, me calando. E de repente quando menos espero, estou dentro dela.
— Aí meu Deus! Você vai me matar!
— Só se for de desejo!
— Nossa Senhora! Isso tá demais!
E ela continua sua tortura sobre mim e vai mais rápido e rápido e rápido e eu não suporto quando percebo seu corpo estremecer em cima do meu e me permito liberar o êxtase que está dançando pelas minhas entranhas!
Ela cai em cima de mim exausta, ofegante, mas está sorrindo. Um sorriso de satisfação, de prazer, de preenchimento.
E eu nem sei o que dizer.

— Sabrina, isso foi DE-MAIS! KARACA!!! - estou ofegante também, tentando me recompor.

Ficamos algum tempo deitados, ela ainda em cima de mim. Ela se levanta apoiada nos cotovelos e diz: - Isso foi incrível! Obrigada.
— Eu que tenho que te agradecer por me dar essa chance. Prometo que você não vai se arrepender. - Eu passo a mão pelo seu rosto, desenhando suas formas, delicadamente. Ela fecha os olhos sentindo meu toque, inclinando seu rosto para o contato da minha mão.
— Tenho certeza que não. Preciso de um banho. Já volto.
E ela vai, sem pudor, sem vergonha, como se já fizesse parte da minha vida há muito tempo. Quando ela chega na porta do meu quarto, ela se vira e pergunta: - Você vem?

Sem pensar duas vezes, me levanto e a abraço por trás distribuindo beijos por seu pescoço e assim vamos juntos pro banho.
Mais uma vez no banheiro nos amamos, um amor suave, daqueles como se estivéssemos nos despedindo, o que de fato estava acontecendo. Foi puro, doce, gentil, intenso e maravilhoso! E era assim todas as vezes que estávamos juntos. Percebi, de novo, que eu não queria estar em nenhum outro lugar ou com qualquer outra pessoa. Ela era o meu lugar no mundo.

Sabrina

Fiz o que eu devia e queria há muito tempo! Me entreguei a ele de corpo e alma. Me rendi.
Foi maravilhoso e aquela sensação de pertencimento estava de volta. Parece que nunca havia saído de lá. Era puro, sincero, intenso. E nos amamos de novo e de novo.
Acabamos de sair do banho e estou me trocando. Ele está deitado na sua cama me observando. Seu olhar passeia pelo meu corpo com admiração e respeito. E eu não sinto mais vergonha ou pudor. É como se eu sempre tivesse pertencido a ele.

— O que foi? - eu pergunto me aproximando e deitando do seu lado.
— Estava te admirando. - ele me dá um selinho.
— E gostou do que viu?
— Muito. Muito mesmo. Você tem mesmo que ir? -ele me pergunta sério.
— Eu preciso ir Marcos. Queria muito ficar, mas não posso.
— Essa semana eu tenho uma campanha pra fazer lá no Rio. Podemos nos encontrar?
— Podemos, mas por enquanto eu gostaria de manter sigilo sobre nós. Você se importa?
— Claro que não. Eu entendo você. Mas tem uma condição.
— Qual?
— Não esqueça em nenhum momento que você é minha.
— Não vou esquecer, eu juro!
— Vamos descer pra almoçar, que seu voo sai daqui a pouco e eu não quero que você o perca, mesmo te dizendo que eu ficaria imensamente feliz se isso acontecesse.
— Nem brinca com isso! Vamos

Almoçamos num restaurante próximo de casa. Quando fui ver já eram quase duas horas já. O caminho até o aeroporto não é longo, mas vai que acontece alguma coisa né. Então de lá mesmo, partimos. Chegamos com folga e fui realizar o check in. Enquanto isso, Marcos disse que ia ao banheiro. Instantes depois ele retorna com um embrulho e me diz pra abrir somente quando eu estiver no avião. Fico curiosa, mas seguro a ansiedade.

Logo depois meu voo é chamado e nos despedimos. Ele me abraça forte, mas tão forte, que me sinto protegida.
Não quero sair dos seus braços, mas preciso ir. Ele me beija de forma tão doce, tão carinhosa, tão tenra.
— Marcos, eu preciso ir. –digo sem sair do seu abraço.
— Por favor, me liga quando você chegar lá? – ele diz segurando meu rosto entre suas mãos.
— Ligo sim.
Ao entrar pelo portão de embarque, olho pra trás e ele ainda está lá acenando pra mim e mandando beijos.
Sorrio com sua demonstração de carinho e entro.
Procuro meu assento e abro imediatamente seu presente.
Meus olhos se enchem de lágrimas. Dentro da caixa há um urso, um bombom e outro cartão.

“ Sabrina, sei que palavras se perdem, mas também sei que são elas que vão delimitar o tamanho do sentimento que tenho por você. Esse fim de semana foi tudo o que eu sempre sonhei desde que te vi. Me perdoa se de alguma forma fui insensível com você diante do seu problema, só saiba que eu te quero muito, mas isso você também já viu. Obrigado por nos dar essa chance de ser feliz e tenha certeza, eu vou fazer você feliz, nem que essa seja a ultima coisa que eu faça. Tenha um boa viagem e lembre-se: tudo que um sonho precisa pra ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. Beijos, Marcos.”
PS: já estou com saudades.

Como ele consegue me fazer ficar assim com algo tão simples? Me recosto na poltrona, relembrando meu fim de semana e concluo que não poderia ter sido mais incrível!
Meu telefone vibra, é uma mensagem! Será dele?
Meu sorriso desaparece quando vejo que não. Droga, preciso por um fim nisso de uma vez.


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