Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 11
Capítulo 11- Presença indigesta




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722933/chapter/11

 

Marcos

Ela está usando a minha cueca?! Não acredito!!! Ela é louca! E eu estou loucamente apaixonado por ela!
O que eu vou fazer com esse sentimento? Ela me pediu um tempo, está confusa e eu entendo. Afinal ela acabou de sair de um relacionamento, é compreensível.
Sinto meu telefone vibrar. Duas mensagens.
Uma da Sabrina e outra da Helô. Ignoro a última e vejo o que a Sabrina me mandou.
" Obrigada pela noite incrível e me desculpe pela forma desprezível como me comportei. Te vejo as 11."

" Sabrina, eu quem agradeço pela excelente companhia. Já disse que estar com você é extremamente prazeroso. Você não agiu de forma desprezível, apenas não estava bem. Esqueça isso. Daqui a pouco pego você." Fiz questão de dar ênfase ao pego, pra ela não esquecer.

"Ok. Estarei esperando."

" Estou ansioso, Beijo"

Ponto! Agora vamos a mensagem de Helô. Faz algum tempo que não a vejo desde que voltamos de Jeri.

" Oi amor, quanto tempo?? O que vai fazer hoje? Tava querendo matar as saudades. , Beijos"

Preciso urgentemente conversar com a Helô, pôr um ponto final na nossa "estranha relação". Somos amigos com alguns benefícios, digamos assim.

" Oi Helô, tudo bem? Então, hoje não dá. Tenho compromissos inadiáveis. Outro dia? Ligo pra você assim que possível! Bj."

Não recebo nenhuma resposta, então imagino que ela não tenha gostado de levar um fora.

Às 11 em ponto, pego a Sabrina no hotel. Pra variar ela está maravilhosa. Está usando um short jeans , que deixa à mostra suas belas pernas. Está usando tênis. Ótima escolha. Ela entra e me cumprimenta com um beijo.

— Onde estamos indo? Porque você não me falou nada e eu não sei se a minha roupa está adequada.

— Sabrina, você está perfeita, como sempre. E curiosa também.

— Aha. Tô falando sério Marcos. - Ela finge se ofender, fazendo bico.

Aperto sua bochecha, aproveitando a sensação do toque em sua pele macia.

Ela está observando a paisagem pela janela do carro. Está muito quieta e pensativa. Será que estava se lembrando de ontem ou estava pensando no seu ex?

— Um trocado pelos seus pensamentos. – digo, a tirando do transe.

Ela me olha e dá um sorriso que não atinge os olhos.
— Quer dividir comigo? Sabe que estou aqui, se precisar.
— Eu sei e obrigada. Você tá sendo muito importante nessa momento. Obrigada mesmo . Mas não quero falar sobre isso.
— Sobre o que quer falar então?
— Onde estamos indo? Você ainda não me disse. - Uou, ela muda de assunto radicalmente e entendo que ela não quer conversar.
— Já estamos chegando.

Mais uns minutos no trânsito e chegamos. Estamos no Leblon.

— O que? Eh, onde estamos?
        - Você já vai ver. Vem.

Iniciamos uma subida, ainda bem que ela veio de tênis. Depois de uns 15 minutos de trilha, chegamos ao mirante. Uma vista incrível e apaixonante, assim como o sentimento que eu nutria por ela.

— Que lugar lindo!
— Gostou?
— Eu amei!
O mirante do Leblon é um lugar lindo. Daqui se tem a vista privilegiada de toda a orla do Leblon e de Ipanema. Ela olha admirada a tudo isso e de repente de se vira pra mim.
— Eu não sei como agradecer tudo isso, todos esses dias, nem sei o que dizer. Mas quero que saiba que você está sendo muito importante pra mim nesses período e eu gostaria muito de retribuir de alguma forma. - ela se aproxima de mim e toca meu rosto. Me dá um beijo silencioso e calmo. Eu aprecio seu gosto em minha boca e envolvo meus braços em sua cintura, ela passa as mãos por meu cabelo puxando levemente, me fazendo arcar em busca de ar. Nosso beijo se torna urgente, intenso. Ela se afasta e cola sua testa na minha. - Obrigada!- ela sussurra.
— O que você está fazendo comigo Sabrina? Pergunto sem ar, tentando me recompor depois da sua demonstração de afeto.
— Não estou fazendo nada, estou apenas baixando a guarda, me permitindo viver isso com você. Não é o que você queria?
— É o que eu mais quero! - abraço-a e rodopio com ela em meu colo. - Agora vamos descer, tá na hora de almoçar. Tô morrendo de fome!
— Ah, que novidade hein! Aliás, eu nem sei como você consegue manter esse corpo magnífico..
— Você acha magnífico??
— Eh, quer dizer. Você é super sarado né...- ela se embaralha tentando se explicar.
— Vem vamos. - decido colaborar com ela.
Descemos de mãos dadas e a sensação da mão dela na minha é indescritível. Aperto com força pra ter certeza que não passa de um sonho, mas não, ela está aqui, comigo. Não poderia estar mais feliz.

Vamos pra um restaurante japonês. Isso me faz lembrar da cena que gravamos, da Shirlei tentando utilizar o hashi, foi hilário. E também revelador pra mim, foi um quase beijo e confesso que desejei muito que tivesse acontecido.

Almoçamos e saímos.


— E aí, o que quer fazer agora à tarde? To disponível pra você, pra o que você quiser.
— O que você quer fazer? - ela pergunta com uma voz rouca, me causando um certo arrepio na coluna.
— Eu sei bem o que eu quero fazer Sabrina, mas acho que você prefere fazer outra coisa.
— Ah é? E o que você tem em mente? Não quer dividir comigo?
— Sabrina, Sabrina. Não me provoque. Vamos dar um passeio pela orla.
— Ok. O que você quiser.

Passeamos de mãos dadas. A praia não está muito cheia. Percebo o barulho de alguns flashs e vejo que há um paparazzi nos fotografando.
Imediatamente Sabrina vira o rosto e eu xingo o cara.
— Marcos, isso não poderia acontecer. O que vão falar de nós? Eu acabei de terminar meu relacionamento e a mídia ainda nem sabe desse término! Meu Deus, e agora?
— Calma, nós estamos de óculos e boné. Talvez nem circule e se circular, podemos dar uma nota dizendo que estamos juntos, sei lá...
— Ainda não Marcos. É muito cedo! Você entende, não é?
— Entendo sim, fica tranquila. Espera aí.
— Onde você vai Marcos?- ela grita enquanto me afasto.

Vou até o paparazzi e engato uma conversa com ele. Por sorte é um conhecido meu. Explico a situação e ele imediatamente entende e apaga a foto. Ótimo! Ponto pra mim! Tô devendo essa pra ele.
— Pronto! Resolvido!
— Como assim?
— Ele apagou a foto! Simples.
— Mas? Como conseguiu isso?
— Digamos que eu tenha meus dotes, Dona Sabrina. - eu digo tocando a ponta do seu nariz.
— Você não existe, sabia?
— Existo sim e estou bem aqui na sua frente esperando você mudar essa cara de assustada e me dar um beijo! - repito o que ela me disse no café da manhã. Ela arregala os olhos e sorri e então me beija.


— MARCOS?!? É você?
Reconheço essa voz. Droga, é a Helô! Mas ela tinha que estar aqui logo hoje? Não acredito!
Me viro completamente sem graça e a cumprimento. A Sabrina está com uma cara nada amigável.
— Então é por isso que você não pôde sair comigo? Esse era o seu compromisso? - ela pergunta de forma ácida encarando a Sabrina. 
— Helô, podemos conversar depois?
— Não se preocupe comigo Marcos, eu já estou indo. Fica a vontade. - espera, a Sabrina tá indo embora!
— Não, Sabrina. Eu te levo.
— Não precisa, eu pego um táxi. - ela diz se afastando e logo entrando num táxi que está parado junto à orla.
— O que você está fazendo aqui Helô? - pergunto entre os dentes.
— Porque essa agressividade toda Marquinhos? Não estou te entendendo. - ela diz passando a mão pelo meu peito e parando em meu abdômen. Me afasto dela, eu já devia ter encerrado essa história há muito tempo e agora a Sabrina está irritada comigo e foi embora e ela parecia.... estar com ciúmes! Meu rosto se ilumina diante dessa constatação! Ela está com ciúmes, por isso foi embora!
— Helô, precisava mesmo falar com você. Ia te ligar amanhã pra gente se encontrar, mas já que você está aqui, ótimo. Não vai dar mais pra gente continuar com, uhm, nosso rolo. É que eu estou envolvido numas coisas aí e eu não quero perder o foco. Quer dizer, podemos continuar sendo amigos e tal, mas não passaremos mais disso, se é que m entende. Você percebeu, eu encontrei uma pessoa e a gente tá dando certo. Então, é isso. Não fique chateada comigo, mas nossa relação sempre foi assim e você sabe que não ia passar disso. Espero que entenda!
— Ah, você está me dando o fora por causa daquela ali? Não acredito Marcos! Você que sempre teve discurso de não se envolver, não se apaixonar, tá de 4 por aquela e ela ainda é comprometida! Que babado!! - ela diz batendo palmas de forma sarcástica.
— Olha Helô, as coisas nem sempre funcionam como queremos. Mas a partir de hoje é assim que vai ser. Se você quiser, manteremos nossa amizade, se não, eu sinto muito. - me viro e a deixo sozinha, de boca aberta , não acreditando no que eu acabei de dizer.

Helô

— Se você pensa que vai se livrar de mim, assim tão fácil, está enganado Senhor Marcos Pitombo, ah se está!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.