Amar escrita por AmarPitombrina


Capítulo 10
Capítulo 10- Ressaca




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Marcos

Acordo às 10 da manhã com a luz do sol batendo em meu rosto. É domingo e o dia parece estar perfeito. Pretendo levar Sabrina pra conhecer um lugar extremamente lindo, mais um né!! Isso se ela estiver bem. Deve estar com uma ressaca daquelas.
Vou pra cozinha e preparo um café bem forte. Arrumo a mesa e decido que está na hora de acorda-la.
Entro no quarto e ela não está na cama! Será que foi embora? Confesso que esse sentimento me deixa triste. Porque ela foi sem se despedir? Vergonha?
Não. Vejo que suas roupas estão jogadas no sofá. Sinto o alívio me invadir. Ela deve estar no banho. Resisto a tentação de entrar no banheiro atras dela. Não, não posso fazer isso.
Ela sai. Está enrolada na minha toalha. Os cabelos molhados caindo sobre os ombros. Ela se assusta quando me vê. Peço desculpas e saio do quarto, pra que ela fique mais a vontade.
Instantes depois ela vem e se senta ao meu lado. Cabeça baixa e sem dizer uma palavra.
— Dormiu bem donzela? - ela enrubesce e me olha com vergonha.
— Marcos, me Perdoa por ontem! Eu me excedi completamente, eu não sei o que dizer. Me desculpa.
— Ei, não precisa se desculpar. - digo isso e seguro em seu queixo, fazendo com que ela olhe pra mim. - Isso acontece, você precisava extravasar, libertar essa coisa que está presa aí dentro. Eu entendo, fique tranquila.
— Mas eu me lembro de tudo o que aconteceu. Tudo. E estou morrendo de vergonha do que tentei fazer e ... e você foi um perfeito cavalheiro, um príncipe na verdade, ao não se aproveitar da minha situação. Obrigada . - Ela baixa os olhos e esfrega as mãos uma na outra.
— Sabrina, olha pra mim. Eu nunca faria nada que você não quisesse e se você não estivesse 100%. Eu entendo que você está carente, sensível, mas isso não vai fazer eu me aproveitar de você. Nunca. Eu te disse ontem, eu te quero demais, você nem imagina o efeito que causa em mim, mas eu quero você completa pra mim. Que você realmente queira e não porque você tomou coragem depois de umas doses de álcool. Entende isso, eu quero você como eu nunca quis ninguém, mas te quero em sã consciência pra que você veja tudo que eu quero fazer com você.
Ela me olha boquiaberta e toma um gole generoso do seu café.


— Cade o doce de leite? Ela pergunta, meio que pra quebrar o clima tenso que havia se criado entre nós.
— Hahaha, você não existe, sabia?
— Existo sim e estou bem aqui na sua frente, esperando você largar essa panqueca e me dar um beijo!
Estava começando a comer uma panqueca e paro no meio do caminho. Eu ouvi isso mesmo? Não é possível.
— O que você disse? Ela se dá conta do que disse e se levanta rapidamente.
— Nada, eh, eu vou escovar os dentes pra poder ir embora. Com Licença.
E assim ela me deixa sozinho, com minha ereção na mesa de café da manhã, apenas pronunciando aquelas palavras. - O que essa mulher tá fazendo comigo? Me pergunto.

Sabrina

Minha cabeça dói. Abro os olhos e não reconheço meu quarto de hotel. Onde..?? Olho ao redor e vejo um quarto totalmente clean, espaçoso. Como eu vim parar aqui? Me levanto e olho a redor. Há uma cama de casal enorme, uma escrivaninha no canto direito, um sofá próximo a porta que dá pra sacada. Volto meus olhos pro sofá e vejo minhas roupas. Me olho e vejo que estou usando apenas uma camisa branca, bem grande. Mas como? Não me lembro de ter vestido aquela camisa. Vou até a escrivaninha e vejo algumas fotos. Estou no apartamento dele! E imediatamente me recordo da noite anterior.  
A boate, os drinks, a nossa dança, o Marcos me carregando, me colocando na cama. Eu o beijando... tentando tirar sua roupa! Ahh? Tapo minha boca tentando conter um grito! Não acredito que eu fiz isso, aí meu Deus que vergonha! O que ele deve estar pensando de mim agora? Lembro que ele me afastou, não se aproveitou por eu estar bêbada.
É um cavalheiro mesmo. Sorrio, pensando nisso. Preciso de um banho, pois não quero que ele me veja assim, destruída. Então começo a revirar as gavetas do seu closet a procura de alguma coisa que sirva em mim ou que pelo menos quebre um galho. Logo encontro uma. - essa serve.
Vou pro banheiro e entro no box. Deixo a água quente cair sobre meu corpo pra ver se lava um pouco da "sujeira" a que me submeti ontem à noite. O que deu em mim? Eu nunca bebi dessa forma, mas também nunca aproveitei tanto uma noite. Termino o banho e percebo que esqueci de pegar uma toalha. Droga e agora? Vejo uma estendida do lado de fora do box, com as inicias M. P.

É a toalha dele. A pego e aproximo do meu rosto. Tem o cheiro do Marcos... me seco e me enrolo nela pra sair do banho. Quando saio, ele está lá, olhando pra mim estupefato. Levo um susto e imediatamente ele se desculpa e sai do quarto. Visto minhas roupas e imagino o que ele vai pensar quando souber que roubei a sua cueca. Haha. 
Decido que é hora de sair e enfrentá-lo.

Me sento à mesa do café, que está bem arrumada e ele me pergunta se dormi bem. Ótimo pra começar.
Peço desculpas, digo que estou morrendo de vergonha, principalmente pelo que tentei fazer. Baixo a cabeça, imaginando quanta sorte eu tenho. Ele foi um perfeito cavalheiro, e então ele me surpreende, mais uma vez, com o que diz a seguir.
— Sabrina, olha pra mim. Eu nunca faria nada se você não estivesse 100%. Eu entendo que você está carente, sensível, mas isso não vai fazer eu me aproveitar de você. Nunca. Eu te disse ontem, eu te quero demais, você nem imagina o efeito que causa em mim, mas eu quero você completa pra mim, que você realmente queira e não porque você tomou coragem depois de umas doses de álcool. Entende isso, eu quero você como eu nunca quis ninguém, mas te quero em sã consciência pra que você veja tudo que eu quero fazer com você.


Estou boquiaberta. Uma forma muito clara de dizer que me deseja, e sinto meu corpo todo se contrair, apenas com as palavras dele. Merda, eu o desejo também e muito. Isso significa que ontem eu não estava tão louca, tinha ideia sim do que eu estava fazendo e queria. Um clima tenso surge entre nós e decido quebrar.
— Cadê o doce de leite?
Ele para de comer e me olha com intensidade. Não consigo desviar meus olhos dos dele. Ele diz que não existo e eu inocentemente solto que existo sim e que estou esperando ele parar de comer e vir me dar um beijo. Vejo uma faísca em seus olhos e percebo que não devia ter feito isso. Saio da mesa e vou escovar os dentes.

Ele me leva até o hotel. Viemos calados todo o trajeto. Ambos estávamos sem graça ou não sabíamos o que dizer.
Quando ele para o carro, peço desculpas novamente e ele diz que não foi nada.


— Sah, você vai embora amanhã né, será que podemos almoçar juntos hoje? E eu gostaria de te levar pra conhecer um lugar que gosto muito. Você quer ir?
— Será uma boa ideia? Quer dizer, adoro a sua companhia, mas depois de ontem não sei o que você pode estar pensando de mim.
— Não mudou nada, acredite.
— Ah, ok. Me pega então, as 11? Dou um beijo em seu rosto e quando estou saindo digo:
— Obrigada por me emprestar sua cueca e escova de dentes. - Sorrio e me afasto ouvindo seu protesto dentro do carro.


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