País das Maravilhas escrita por TheBlingRing


Capítulo 5
Capítulo 4 - Toca de Coelho




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         Kitty, Maddie, Lizzie, Alistair, Bunny e Catherine já estavam correndo para chegar ao Poço das Maravilhas. Eles corriam pela floresta com medo de ter alguém os seguindo, Lizzie ainda insistia em não seguir Catherine e usar seu mapa, Bunny concordava com ela, mas por não aceitar em concordar com Catherine. Quando estavam vendo a colina quase invisível na escuridão da noite, Catie parou de andar e perguntou a Alistair:

         - Foi aqui que você me achou, não foi?

         - Foi sim, mas por que isso é importante? – o garoto respondeu.

         - Sempre curioso, mas todas as respostas têm uma hora para serem ditas. Kitty, a grande árvore com raízes fortes está na direção perfeita da subida ou à quantos passos para a esquerda ou direita?

         - Por que pergunta para ela? – Bunny perguntou.

         - Porque ela tem visão noturna, ela é um gato!

         - Está a dois passos à frente e – Kitty apertou um pouco seus olhos. – um na diagonal para a esquerda.

         - Rápido! Vamos por aqui, e não deem um passo na subida! Fiquem antes da subida! Se não estragaremos tudo!

         Nenhum a questionou, afinal, mesmo que parecesse uma regra maluca, o País das Maravilhas era maluco e a terra natal de todos eles. No pé da subida, ela pegou Bunny pelo braço e a botou na frente da fila.

         - Ei, por que isso? – a coelha perguntou.

         - Quer que Leo e Bert morram?

         - NÃO! – gritou Bunny no mesmo segundo.

         - Então não me faça perder tempo! Alistair, vem aqui, atrás da Bunny.

         - Por quê? – Alistair perguntou, Catherine viu como uma pequena defesa a Bunny e ficou feliz.

         - Eu... acho que essa explicação pode ser dada agora... talvez.

         - Nós temos uma ordem também? – perguntou Kitty.

         - Não, Alistair e Bunny estão em primeiro por causa da nossa história.

         - O QUE? – todos os cinco adolescentes perguntaram, havia Royals e Rebels ali e mesmo assim poucos achavam que viveriam um Alice no País das Maravilhas tão cedo.

         - Precisamos ir direto para o palácio da Rainha de Copas, o buraco de coelho que o Coelho Branco – ela apontou para Bunny. – leva Alice – ela apontou para Alistair. – a leva à uma sala com sete portas, as sete portas levam para sete lugares diferentes. A festa do chá do Chapeleiro Maluco e da Lebre Louca – ela apontou para Maddie. –, a Floresta da Lua, onde mora o Gato de Cheshire – ela apontou para Kitty. –, a Floresta do Oráculo onde a Lagarta Azul encontra Alice e dá a ela seu primeiro conselho, o Palácio da Rainha Branca, a Casa das Feras, o Tabuleiro de Batalha, onde Alice vence o Jaguadarte e o Palácio da Rainha de Copas. – Catherine apontou, por fim, para a melhor amiga Lizzie. – Se Bunny nos guiar e Alistair for o primeiro a entrar no buraco depois dela, seria como se estivéssemos vivendo a nossa história e se isso acontecer a sala das sete portas será aberta e nós poderemos ir para a Casa das Feras, que fica perto do Palácio da Rainha de Copas e salvar nossos amigos que estão presos.

         - E como vai fazer para irmos para a Casa das Feras? – Bunny disse, mexendo na orelha. – A única chave que aparece para a mãe do Alistair é a da Floresta do Oráculo, como vamos parar na Casa das Feras sem uma chave?

         - Isso mesmo, Catie! – apoiaram Lizzie e Kitty.

         - Mas o que você não sabe, srta. Blanc, é que eu tenho a chave da Casa das Feras. Era lá que a sua mãe, Lizzie, guardava o pai do Mike e os irmãos dele para guardar a Espada Vorpal, Mike e o pai moram ali agora e ele me deu a chave dele quando expliquei meu plano para fugir do calabouço da sua mãe.

         - Então... – Bunny disse depois de um minuto envergonhado de silêncio. – O que estamos esperando? Precisamos salvar nossos amigos! Como fazemos para abrir o buraco de coelho?

          - Muito bem, Bunny, vá até a árvore grande com raízes fortes, é só andar dois passos para esquerda e mais um na diagonal da esquerda também até chegar na raiz, depois você já sabe como abrir um buraco de coelho, não sabe?

          - Sim, claro que eu sei!

         E assim, eles conseguiram abrir o buraco de coelho e começaram a cair para o País das Maravilhas. Kitty, Bunny e Lizzie gritavam assustadas e desviando de todo tipo de coisas. Maddie, achando tudo maluco e divertido, pegou a xícara em seu chapéu e se serviu de um chá, mas acabou sendo atacada pelo resto do jogo de chá que veio junto, fugindo, foi abraçar as outras três meninas.

         - Catie! – gritou Alistair, para a menina conseguir ouvir através do barulho do vento. – O que aconteceu para nossos amigos serem presos?

         - A Rainha! – Catherine gritou. – Ela soube que a Lizzie era Rebel por alguma fonte falsa em Ever After e soube por um infiltrado na Floresta do Oráculo que minha primeira profecia dizia algo sobre nós a tirando novamente da regência do trono do País das Maravilhas!

          -  E isso é verdade?

— Eu não sei! O meu oráculo ainda é mais forte do que eu! Eu nunca me lembro quando e o que prevejo para o País das Maravilhas! E eu tentei explicar isso à Rainha de Copas, mas ela não ligou! Ela me prendeu no calabouço! Depois o meu pai, depois nossos amigos e eu... não podia confirmar nada para salva-los daquela louca! Eu não tinha poderes, mas daí o pai da Bunny me trouxe o verdadeiro Oráculo do País das Maravilhas, eu escrevi nele e me lembro de poucas partes, só me lembro de trazer todos vocês para enfrentar a Rainha e que...

De repente, seis bolas de fumaça surgiram das paredes, uma azul, uma roxa, uma amarela, uma vermelha, uma branca e uma preta, elas seguiram para cada um dos adolescentes, os envolvendo em um furacão de cores. A azul em Catherine, a roxa em Kitty, a amarela em Maddie, a vermelha em Lizzie, a branca em Bunny e a preta em Alistair. Eles não viam mais nada e as meninas abraçadas e todos eles foram separados, ficando muito distantes.

Os furacões girando em fumaça colorida começaram a girar mais rápido.

— CATIE! – Lizzie gritou. – O que está acontecendo?

— DIGA QUE VAI FICAR TUDO BEM! – pediu Alistair. – Por favor, diga que vai ficar tudo bem!

— Eu... – Catie disse. – EU NÃO SEI!

— BUNNY! – Alistair gritou segurando a mão da menina.

— ALISTAIR! – ela gritou quando as mãos deles se separam com força.

Eles finalmente caíram em um chão de pedra dura e lisa, um chão meio arredondado e estranho. Poucos deles entendiam isso, até que Alistair lembrou onde estavam.

— É como na história da minha mãe! Nós estamos no teto da sala das sete portas!

— No teto? – Maddie perguntou. – Então isso quer dizer que... OH-OH! SE SEGUREM!

— No quê? – gritou Lizzie de volta.

Todos caíram no chão cheio de losangos em preto e branco, Bunny ia cair em cima de uma mesa de vidro, mas Alistair a segurou junto ao seu corpo e eles dois caíram no chão como todos os outros.

Eles se olharam e perceberam o que as fumaças coloridas fizeram com eles.

Catherine não vestia mais o vestido azul e as botas, ela estava com um cropped top azul de ombros nus, uma bermuda jeans de cintura alta, uma meia calça xadrez preta e azul, botas pretas com enfeites e fivelas prateadas e no lugar do arco listrado em azul ela usava uma bandana azul amarrada na cabeça. Kitty estava com o cabelo preso em uma trança, usava orelhas de gato vazadas com florezinhas de prata, uma gargantilha preta com um desenho de um gato, uma blusa solta que tinha uma cauda atrás com o sorriso do pai dela bem estampado na frente escrito em inglês “Todos aqui são malucos”, uma saia longa e preta com uma abertura que mostrava suas pernas em duas meias 5/8 listradas pretas e roxas e um coturno de salto roxo. Maddie estava com os cabelos em uma maria chiquinha, usava um macaquinho verde por cima de um cropped rosa com lacinhos azuis, um colar com um pingente de chapéu, uma meia calça com bolinhas azuis, rosas e amarelas e um coturno amarelo. Lizzie usava um short de lycra, uma meia 3/4 de corações pretos, luvas vermelhas, uma coroa, uma bota vermelha de salto fino e um espartilho preto e vermelho. Bunny usava uma blusa lilás de bolinhas brancas de botão amarrada acima da cintura com um nó, uma gravata preta, uma saia de couro preta com zíperes prateados, uma meia calça quadriculada preta e branca e um coturno verde. Alistair vestia um casaco com estampa militar em azul, uma calça preta e um coturno cinza e preso em seu cinto cinza também estava uma espada.

— Ué? – disse Maddie. – Não que esses looks não sejam incríveis, mas cadê os vestidos chapelásticos que nos deram da última vez aqui no País das Maravilhas? E uma espada? Pra que isso?

— Essa não é uma espada qualquer, Maddie. – disse Catherine, com um ar sombrio. – É a Espada Vorpal.

— O QUE? – todos perguntaram.

— Por que o País das Maravilhas nos daria algo como isso? – perguntou Lizzie.

— Porque ele sabe. – disse Catherine, sombriamente.

— Sabe o que? – perguntou Bunny.

— Que estamos indo à Casa das Feras, e começando algo que talvez não pare sem nossa ajuda.

— E o que seria isso? – perguntou Kitty.

— Uma guerra... – todos arregalaram os olhos para Catherine. – Ou pior que isso.

— O que pode ser pior que uma guerra no País das Maravilhas? – perguntou Alistair.

— Uma guerra começada não porque nós salvamos nossos amigos, mas porque começamos a seguir nossos destinos nas nossas histórias.

— Como assim? – perguntou Maddie.

— Isso quer dizer que a Lizzie e o Rod vão ser banidos do mundo subterrâneo e que o Rod vai ter que te assassinar, Lizzie. Significa que o Alistair vai ter que matar a Nikki e que você vai ter que me matar, Lizzie. Além de você fugir todos os dias do Cart tentando cortar sua cabeça, Maddie! Depois que tudo acabar você vai ser conhecida como a maior covarde do mundo subterrâneo, Kitty. E você e Bunny nunca vão poder ficar juntos porque você vai ter que sair do País das Maravilhas e ainda vai achar que todos nós fomos um sonho!

— Que? – Bunny disse quase desesperada. – Nós dois? Eu e o Alis? Não! Nós somos só a...

— Na verdade, Bunny. – Alistair disse para a garota. – Se nós estamos indo para uma guerra e há uma pequena chance de nós não nos virmos nunca mais, eu gostaria de dizer isso agora caso eu não tenha mais nenhuma chance de dizer. – Bunny arregalou os olhos. – Bunny Blanc, desde os 10 anos nós somos melhores amigos, eu e você vivemos tudo juntos e se depender de mim eu nunca mais vou sair do lado, porque eu te amo, Bunny!

— Eu também te amo, Alistair!

E os dois se beijaram, por um longo tempo.

— Ei! – sussurrou Kitty. – Pensei que nós tínhamos um tempo para salvar os nossos amigos!

— E nós temos, mas isso é muito fofinho, deixa só mais um pouco.

— Você se esqueceu do que eles do que eles têm que ser salvos? – perguntou Maddie. – Se demorarmos demais...

— Cortam-lhes as cabeças! – disseram Lizzie e Kitty.

— Tudo bem, tudo bem! – Catherine pigarreou alto. – Acho que não temos mais tempo, pombinhos.

Bunny e Alistair estavam vermelhos.

— Mas foi muito fofo! – Catie sussurrou para eles, fazendo um coração com as mãos.

Catherine pegou a chave dentro de sua bota e foi até a porta com a maçaneta feita de pele de animal e perguntou:

— Estão prontos?


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