Férias de Dezembro escrita por minsantana


Capítulo 19
Capítulo 19 – Uma dúvida que machuca


Notas iniciais do capítulo

Se preparem pro início do barraco! hahahaha



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Os dias passaram e nenhum sinal de Gerard, nem um telefonema, nem uma carta, nada. O celular dele só dava desligado e todas as mensagens que eu enviava ele não respondia. Algo estava errado, não tinha outra opção a não ser JEN.

- você não pode pensar assim, quem sabe não aconteceu alguma coisa com o telefone dele? – July perguntava.
- então por que sempre que você consegue falar com o Ray, ele sempre diz que o Gerard não tá perto??
Todas ficaram caladas diante meu olhar de indignação. Eu estava revoltada, essa era a palavra.
- eles devem estar juntos, não tem outro jeito. – comecei a chorar e todas me abraçaram.
- espere ele voltar e então vocês conversam. Tenho certeza que ele vai esclarecer tudo. Fica tranqüila. – Kary disse me consolando.

Aquele dia foi péssimo. Passei o dia inteiro trancada em casa, triste e chorando. Minha cabeça teimava em pensar bobagens o tempo inteiro. Ou quem sabe tudo não era verdade? Adormeci abraçada ao meu travesseiro que tinha o cheirinho do perfume do Gerard. Era tão bom...

Eu já estava me acostumando a idéia de que o Gerard era ‘uma carta fora do baralho’ na minha vida, ou seja, não era mais nada. Só que 2 dias antes da festa quem me aparece na porta de casa com as malas na mão? Ele mesmo.
- filha, visita pra você! – minha mãe gritou do andar de baixo.
- ok, já to descendo. – respondi e desci em seguida pensando que fosse uma das meninas. Estava enganada.
Gerard me esperava na sala segurando sua mala e quando me viu levantou do sofá com um sorriso no rosto.
- meu amor, que saudades de você. – ele veio em minha direção querendo me abraçar e eu me distanciei. – o que foi?
- Gerard, temos que conversar. – eu disse séria.
- o que houve? Aconteceu alguma coisa?
- me diz você.
Ele me olhou sem entender e eu pensei que ele estivesse mentindo.
- eu não sei do que você tá falando, Iza.
- como foi em Los Angeles? Bem? – eu falava sendo irônica.
- sim, correu tudo bem. Até assinamos um contrato pra gravar nosso primeiro CD e...
- e aproveitou muito seu tempo livre? – eu o cortei e ele ficou chateado.
- o que está acontecendo afinal? Você está sendo irônica.
- irônica? Eu? Imagina... – eu debochei.
- eu não acredito nisso... com licença. – ele pegou sua mala e saiu enfurecido.
Foi horrível. Me tranquei no quarto e toda aquela amargura e tristeza voltou de novo pro meu peito. Será que eu tinha sido dura demais? E se não aconteceu nada entre eles? E se eles nem ao menos tinham se encontrado?
Chorei muito durante a noite, ainda mais porque Gerard não me procurou nenhuma vez, nenhum telefonema, nada. Me senti a pior das mulheres, e resolvi me desculpar no dia seguinte.

Assim que acordei, tomei um banho e saí em direção à casa de Gerard. Quando cheguei lá, bati na porta várias vezes e ninguém veio atender. Pensei que não tivesse ninguém em casa, talvez Gerard estivesse na casa de um dos meninos. Quando eu estava saindo, vi que a janela do quarto dele estava aberta.
- ele nunca deixa a janela aberta quando não está em casa. – pensei.
Fui andando até a janela pelo lado de fora da casa e comecei a ouvir vozes vindo do quarto dele. Ele estava lá e conversava com Mikey. Resolvi dar um susto neles e fiquei embaixo da janela. Foi então que ouvi algo que me fez chorar.
- (...) ela está muito estranha, Mikey. To começando a achar que é cedo demais pra isso.
- mas você já não tinha decidido o que fazer? Vai desistir bem agora?
- eu não sei, talvez não seja a hora. E se ela não gostar?
- ela vai entender, fica tranqüilo. (...)

Eu não agüentei ouvir mais nada e corri o máximo que pude. Lágrimas brotavam dos meus olhos e caíam em meu rosto espalhadas pelo vento forte que dominava New Jersey naquele dia.
Era óbvio que eles estavam conversando sobre mim, e o pior, Gerard queria terminar nosso namoro, só não tinha coragem. Era isso que eu pensava e foi isso que eu decidi fazer antes dele.
- se ele não tem coragem, eu tenho. – eu disse entrando em casa debaixo de chuva.

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