Caos havia ficado muito mais séria em sua luta, pois os amigos haviam se juntado depois de destruir os Shadows que ela tinha de guarda e estavam complicando a vida dela. Ela admitia: enfrentar todos juntos era complicado; porém, eles estavam ficando cansados – já que se fosse para contar a quanto tempo a luta persistia, pelo método da Terra, seriam três dias.

Os amigos não deixariam aquilo continuar! Decidiram usar todo seu poder para derrotar Caos em um só golpe; pois não sabiam por quanto tempo mais poderiam continuar. Invocando os poderes de seus planetas e joias guardiãs um ataque potente e direto foi lançado contra Caos.

Ela conseguiu se proteger de parte do dano assustando o grupo que não teve tempo de fugir quando ela os atacou com toda força que tinha. Ela havia explodido uma parte do Castelo das Estrelas e feito todos voarem para fora se chocando com o campo de estrelas do lado de fora.

— Quanta estupidez. – ela começou a falar enquanto se dirigia ao local para onde arremessou todos – Vocês realmente acreditavam que poderiam me vencer? – ela zombava dos esforços de todos enquanto eles ainda tentavam se levantar – Patético! – ela os atacou de novo.

Agora eles estavam com problemas. Caos não parava de realizar sucessivos ataques sem que tivessem a chance de se proteger ou reagir. Ela os levou até a beirada do Coração da Galáxia nesse mesmo ritmo se divertindo muito com tudo.

— Que belo ataque. – ela voltou a se vangloriar – Pelo menos serviram para me divertir um pouco. Acho que quando acabar aqui, vou brinca com seus planetas até estar satisfeita. – a risada cruel ecoava pelo silêncio do lugar – Irei me divertir muito com isso. Bem, vou deixar vocês aí e ir me divertir. Não preciso mais me dar o trabalho de lidar com vocês. – ela estava indo embora – Vou adorar ver a esperança desaparecer deste Universo enquanto ele se torna meu brinquedo.

— Espere!

Caos se virou e reparou que a voz vinha da Sailor Moon; ela fazia força para levantar e conseguir respirar.

— Eu não vou deixar! – ela se forçava a ficar de pé – Não acabou ainda. Enquanto nossas estrelas existirem você não venceu. – Usagi pegava fôlego – E mesmo que acabe conosco, a esperança nunca morrera. Nem que seja apenas um resquício que exista em uma única estrela adormecida ela ainda existira. – Usagi terminou vendo Caos se enfurecer.

— Há! E você pretende me deter como? Com esse filete de esperança? Não me faça rir. – Caos debochava das palavras de Usagi – Mas, já que você insiste, vou te matar primeiro e depois prosseguir com minha diversão. – Caos avançou contra Usagi.

Mesmo com todos os ataques que Caos desferia, a Sailor Moon continuava a se levantar. Aquilo já estava acabando com a paciência de Caos. Quando um dos ataques fez a transformação de Usagi se desfazer, Caos se considerou vitoriosa, deu as costas e partiu.

O problema foi que uma sapatilha acertou sua cabeça pelas costas e, ao se virar de novo, viu Usagi se levantando apoiada em uma pequena rocha que estava próxima. Ela não desistiria.

— Ai.... – Caos suspirou incomodada – O que pensa que vai fazer agora? Sua transformação se foi, seus companheiros foram derrotados e seu Cristal de Prata desapareceu. Que chances tem contra mim agora? – ela questionou Usagi que a olhava assustada e tremendo.

— Eu não vou perder a esperança. – ela irritou Caos ainda mais – Meus companheiros estarão sempre comigo. Não posso desistir. Você só vai sair deste lugar se matar! Sou a Guerreira Sailor protegida pela luz da Lua, Sailor Moon. E vou lutar com você até o fim em nome da paz e segurança deste Universo. – ela terminou confiante e ainda tremendo.

— Muito bem então. Se é assim que quer, assim será. Vamos acabar com isso. – Caos se dirigia para Usagi que não se movia.

Naquela hora, ela sentiu todos lhe dando forças. Viu perderem suas formas físicas, suas estrelas surgirem e enviarem sua força restante a ela. As lágrimas que derramava mais uma vez cristalizaram em um novo Cristal de Prata que se abriu em uma flor com o poder de todos os companheiros dela. Ela ajoelhou quando suas estrelas pararam de brilhar e voltaram ao chão – sabia que tinham dado sua última gota de energia para ela.

Caos assistiu aquilo e não pode deixar de rir novamente – estava se divertindo muito com aquele esforço, que ela julgava inútil, dos companheiros de Usagi.

— Isso não tem graça! – Usagi gritou triste e angustiada – Vou fazer valer a força que me deram. – ela se levantou mais uma vez, só que sem apoio nenhum – Pelo poder eterno do Cristal de Prata! – ela gritou e um novo poder emanou.

Uma luz pura e branca preencheu a paisagem e deu lugar a uma nova sailor: a Sailor Cosmos. Os cabelos prateados, o uniforme branco com estrelas e pérolas, os olhos profundos como o espaço, a capa alva que balançava junto de seus cabelos e o bastão branco e pérola alto com uma grande joia pura em cima apresentavam a mais forte das Sailors, a absoluta versão da Luz Eterna da Esperança: a sailor guardiã do cosmos.

— Quem é você? – caos não pode acreditar que uma nova Sailor havia surgido.

— Sou a Sailor que leva consigo a luz do Cosmos, aquela que carrega a Luz Eterna da Esperança. – a visão imponente da mais forte sailor não permitia Caos ter uma reação decente; ela apenas assistia.

Em um momento em que a Sailor Cosmos se virou para ir até as estrelas de seus amigos, Caos não pensou duas vezes em ataca-la pelas costas. O ataque não foi bem-sucedido; ele fora facilmente bloqueado pelo poder do bastão de Usagi.

Enfurecida e desnorteada, Caos decidiu tomar uma atitude bruta e desesperada. Ela correu para os fundos do Castelo da Estrelas – sendo seguida de perto pela Sailor Cosmos – para chegar ao Caldeirão Galáctico. Lá ela planejava liberar toda sua energia negra para acabar definitivamente com o futuro do Universo. Isso Usagi jamais permitiria.

Caos, sabendo que a Sailor Cosmos não pararia até detê-la, atacou uma sequência de vigas do castelo fazendo com que começasse a desmoronar. A sailor Cosmos não teve como fugir e acabou de baixo dos escombros enquanto Caos se jogava nas profundezas do Caldeirão.

Na Terra as pessoas se desesperavam na visão do poder negro que emanava do caldeirão, seus defensores derrotados e a luz das estrelas do céu se extinguindo uma a uma; sendo que o ar havia voltado a ficar impregnado de energia negra.